Capt.14
Parte da série "Aquele garoto com os fones de ouvido"
Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii kkkkk
Voltei pra alegria de alguns e pra tristeza de outros :D
Bom... logo logo vou responder a todos os comentários, e prometo tentar publicar com a maior rapidez possível! Logo essa temporada dessa série “Aquele garoto com os fones de ouvido” vai se mesclar com a minha outra série que iniciei “Eu voltei e quero vingança” e a partir de certo ponto elas serão uma só... e eu prometo... isso vai ser bem... “legal” hahahaha
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3 anos se passaram, você deve se perguntar o que aconteceu nesse intervalo... bom... podemos dizer que enfrentei muito bullying enquanto estudei naquela escola, nunca revelei aos meus pais e eles nunca souberam que vazaram fotos minhas pelado em grupos do whatsapp, cada dia que eu passava na escola eu alimentava cada vez mais raiva por Felipe, que naquela noite fugiu do meu quarto enquanto eu tomava banho.
Nunca entendi as razões que levaram ele a fazer aquilo, mas o que ele fez me custou minha alegria, minha vontade de viver, passei 1 ano afundado em uma depressão, com medo do que as pessoas pensavam quando me viam na rua, com medo da minha família descobrir as fotos, Felipe aparentemente seguia sua vida normalmente, sempre rindo quando me via, jogando piadinhas e me rebaixando junto com os novos amigos que tinha arrumado, Bia foi a pessoa responsável pela minha recuperação, quando terminamos o 3º anos já não restava mais nada do pouco de alegria que eu tinha, alimentar uma personalidade fria pra mim era como criar muralhas que me protegiam da maldade de quem ria daquelas fotos
Com 20 anos eu deixei minha cidade e fui morar com Bia em um apartamento que conseguimos alugar juntos, eramos responsáveis o bastante para cuidarmos de nós mesmos, no ano seguinte uma mulher viu os desenhos de vestidos que eu postava no facebook e me chamou para uma entrevista, e o que me surpreendeu era ela ser uma das diretoras criativas de uma das revistas de moda mais vendidas no mundo: RUNWAY
Com 2 meses Milena me ensinou tudo que eu precisava saber pra prosperar com meus desenhos, e logo em seguida fui promovido a assistente criativo dela, ela era uma mulher incrível, não se sentia ameaçada em me ensinar tudo o que sabia, me ensinou a realizar trabalhos incríveis, e realizá-los da mesma forma como ela realizava, com perfeição.
Bom... nesse meio tempo eu já ganhava o suficiente pra manter minha cobertura no litoral de São Paulo e meu apartamento onde morava com Bia, era incrível estar sempre ligado a coisas das quais eu gostava e ao mesmo tempo ganhar o suficiente pra me sustentar, sustentar meus pais e presentear Bia com o melhor vindo de Donatella e seu império, Versace.
Morar em São Paulo sempre foi do jeito como eu imaginava durante o inverno, aquela garoa não parava de cair, e levantar na segunda-feira de manhã era torturante, mas se eu quisesse me manter vivo precisava trabalhar...
Levantei e fiz minha higiene pessoal, fui até a sala e liguei pro restaurante
- Casa do Pão de Queijo, bom dia
- e ai Ju, bom dia – disse com sono
- Oi Dani que voz de morto! oq vai ser hoje? - Juliana ria do outro lado da linha
- O de sempre sua boba, e se der vem entregar você mesma, quero te entregar uma coisa – respondi
- ain Dani... contrataram um entregador, acredita? Acabaram meus dias de escapada de serviço a caminho do seu palácio de roupas divinas – ela disse rindo
- poxa Ju, tudo bem então... mas passo ai quando eu for sair pra trabalhar mais tarde e te entrego, e me faça o favor de mandar o maior pedaço de torta que tiver ai – eu disse rindo
- ok, beijos – ela disse desligando
- desaforada... - ri quando percebi que ela tinha desligado na minha cara, Juliana era a atendente do restaurante que ficava em frente ao meu prédio, do qual eu pedia o café da manhã todos os dias, já eramos íntimos (tão íntimos que a doida já andou dando uns pegas na Bia quando se conheceram), o tempo ajudou Bia... a infeliz estava incrivelmente linda, e quando me apareceu com seu corte de cabelo mais recente me fez questionar se eu realmente era gay kkkk
Como sempre ela já tinha acordado e estava parada em pé na minha frente com uma das minhas blusas e uma calcinha, com as abertas e os braços suspensos, ela parava com os olhos fechados e o cabelo bagunçado na minha frente e ficava resmungando umas coisas loucas até eu dar um saculejo nela
- bom dia – eu disse apertando os peitos dela
- AHHHHHH viado tarado! - ela disse “acordando”
- menina você tem que se tratar, ou procurar um exorcista! Acha certo ficar acordando todo dia assim e ficar resmungando essas reza demoniaca ai? - eu disse me sentando no sofá
- me deixa... já pediu o café? - ela disse toda mole se jogando no sofá com uma cara de bosta
- a senhora tá abusada hein, quero ver se eu deixar de pedir esse café.... sera se a Ju consegue entender você pedindo o café com essas suas rezas diarias?
- viado.... - o telefone tocando interrompeu ela
- Pois não... - eu disse atendendo
- Seu Daniel... tem um moço aqui dizendo que é do restaurante, ele quer subir pra entregar o café – disse o porteiro
- tudo bem Márcio, pode mandar subir, obrigado – respondi e desliguei
Logo a campainha tocou e eu vesti uma blusa e fui atender, quando abri a porta e olhei pro entregador tomei um choque...
- Daniel?
- Você ainda existe... seu pedaço de coco... - disse com ironia olhando pro Felipe segurando as sacolas do meu café