Capt.12

Conto de JJ como (Seguir)

Parte da série "Aquele garoto com os fones de ouvido"

- Você é doente seu animal? – perguntei quando ele chegou perto – Ainda fica tentando parecer boa pessoa batendo nos outros pra me defender, se eu precisasse de alguém pra me proteger contrataria seguranças

- de nada Daniel... só quero conversar com você... a sós – ele disse sorrindo de canto

- pra que? Levar ele pras pedras? – perguntou Bia ironizando

- não, só quero esclarecer umas coisas – ele disse olhando pra mim

- se eu quisesse esclarecimento de alguma coisa já teria ido atrás de você! E guarda bem o que vou falar agora, se você voltar a me encher a paciência, arrumo gente pra te dar surra! – eu disse tentando bancar o “carinha cheio de contatos perigosos”

- quem? Sua gangue de ursos? – ele disse rindo

- Felipe... por que você insiste em bancar o retardado? Isso é alguma necessidade? Desejo de me ver com raiva? O que é hein? – eu já tava me irritando com aquela discussão infantil

- só quero falar com você, só isso – ele disse se aproximando mais

- pois é... eu não quero – eu disse virando as costas e saindo

A Bia foi pra sua casa e eu fui pra minha, tomei um banho, vesti uma roupa leve e fui pra sacada com um livro, sentei em uma das cadeiras e fiquei la lendo com meus fones de ouvido, eu estava entretido, viajando na história do livro, quando passou um caminhão na rua, não dei importância, de vista rápida parecia só mais um caminhão, continuei lendo e um tempo depois parei e me apoiei na grade da sacada pra olhar a rua, quando olhei pro final da rua vi o mesmo caminhão que tinha passado parado em frente a uma casa, e adivinhem, a desgraça do caminhão trazia uma mudança, na hora pensei comigo “espero que minha mãe não veja o que pra ela são vizinhos novos, não quero encontrar um segundo Felipe na minha vida, muito menos rasgar minha boca por causa de um cachorro” sai da sacada e fui pro quarto dormir, quando acordei me troquei, escovei os dentes, peguei um dinheiro e fui ao mercado comprar umas coisas que minha mãe tinha me pedido ao deixar um bilhete na geladeira, quando fui ao açougue do mercado encontrei com a vadia que tinha começado a briga mais cedo, do lado dela estava um menino branco dos cabelos lisos e com uma franja usando um shortinho dobrado até o meio das coxas lacrado em duas pernas finas e uma regata infantil feminina que tentava se ajustar daquele tórax seco, ela só faltou rosnar quando me viu, cochichou alguma coisa com o menino do lado, e a criatura se virou me regulando, soltou uns palavrões em tom baixo e virou a cara, olhando em direção a bancada de atendimento, quando o açougueiro voltou com o pedido dela, ela abriu a boca pra pedir outra coisa e eu que nem sou abusado entrei na frente

- ahh moç...

- boa tarde, 3 filés de peito de frango por favor – eu disse a interrompendo

- ei coisinha linda, não ta me vendo aqui não? – ela disse cutucando meu ombro

- não me toque – eu disse sem me virar, o açougueiro ainda tava parado observando – vamos rapaz, só 3 filés, rapidinho por favor

- ok – ele disse saindo

- é muito abuso mesmo viuh – o menino que acompanhava a vadia falou

- deve ser de nascença, deve ter vindo no sangue dessa praga – a vadia falou

- qual é seu nome mesmo? – eu perguntei me virando pra ela

- Leide – ela disse levantando o queixo

- isso não é nome querida, é no mínimo apelido de cachorro, não me venha falar do meu sangue ou se dirigir a mim como uma praga, a infelicidade de ter nascido é sua! Porque se tem alguém aqui que só existe pra fazer peso no mundo é você! Não abusa da minha bondade, eu to dentro do mercado, não dentro de uma delegacia, giro a mão na tua cara como a Bia fez mais cedo!

- gira que eu quero ver – o menino saiu de trás dela se pondo na frente

- da até dó de bater em você, tenho medo de te desmontar! Sai da frente que o assunto não é contigo! – eu falei sorrindo

- a senhora ta muito abusada – ele disse fazendo uma pose ridícula

- senhora é sua mãe! Não sou você pra gostar de ser tratado como uma “dama”, e seu eu tiver que pedir pra senhorita sair da frente de novo, vou mostrar o porque não sou uma dama... – eu disse segurando o braço dele

- solta ele – a tal da Leide gritou

- rapaz – o açougueiro me chamou a atenção – seus filés...

- ahh obrigado – eu disse me virando sorrindo, pegando o que tinha pedido e saindo enquanto as duas criaturas reclamavam

Passei pelo caixa e fui pra casa rápido pra não ter que dar de cara com aqueles estranhos de novo, arrumei as coisas na cozinha e subi pro meu quarto, fiz uns trabalhos da escola, e voltei a dormir (sim, durmo muito) isso eram umas 21 hrs da noite, acordei umas 4 da manhã e fiquei acordado até a hora de me arrumar e ir pra escola, tomei um banho, me vesti e fui pra escola, resolvi entrar pelo portão de trás pra não ter que dar de cara com ninguém, queria evitar risadinhas depois do que tinha acontecido no dia anterior, fui direto pra sala e quando entrei, me deparei com ela vazia, só então fui lembrar que todo mundo tinha combinado de faltar, voltei correndo pro portão na esperança dele ainda estar aberto, mas é claro que ele não estava, afinal nada conspira ao meu favor.

Decidi subir pro laboratório de informática, e passei por um corredor de salas dos primeiros anos, como de costume eles estavam parecendo galinhas quando ganham milho, pulando de um lado pro outro, gritando, e tudo o que conseguiam fazer dentro do espaço da sala, a minha surpresa foi ter visto o amiguinho da “Leide” em uma das salas, era engraçado, eu me perguntava se aquela criatura tinha mãe ou pai, ele estava com a blusa da escola e outro short curto (nada contra quem usa) mas aquele menino tinha no máximo 15 anos, só uma mãe muuuuuito liberal pra deixar o filho ir daquele jeito pra escola, não é uma questão de preconceito, e sim de ética, aquele não era nem de longe o padrão exigido pela escola de roupas femininas, as meninas não podia usar nada 3 dedos acima do joelho, por que aquele “ser” estava usando?

Ele me viu e fez uma cara de nojo, veio correndo na minha direção e parou no meio do corredor

- Ta indo aonde seu recalcado? – ele disse botando o dedo magro no meu peito, olhei até assustado com aquela cena, peguei o dedo dele com a ponta dos dedos e tirei do meu peito

- pra um lugar com não tenha mosquitos – eu disse empurrando ele de lado e andando

- aaaaaahhhhh – ele soltou um grito fino e se jogou no chão, na hora o inspetor tava passando no corredor e nos viu e veio correndo, eu corri em direção ao mosquito jogado no chão e incorporei o personagem

- nossa, cuidadoo! Você não pode correr desse jeito, você ta bem? – eu disse tentando parecer preocupado, ele me fuzilou com os olhos

- você tava correndo? – perguntou o inspetor

- tava, mas ele me derrubou colocando o pé na frente – ele disse fazendo cara de choro e apontando pra mim

- nossa me desculpa, eu ia amarrar meu cadarço, não queria te derrubar, foi um acidente, vem te ajudo a levantar – eu disse pegando ele pelos braços finos

- meeee largaaa – ele soltou um gritinho fino

- então o senhor levanta sozinho – disse o inspetor – me já me acompanha até a secretaria, o senhor vai descansar um pouco lá!

- mas inspetor, eu só tava correndo, a culpa é dele, ele colocou o pé! – ele disse revoltado

- sim, você estava correndo, se estivesse andando teria visto ele amarrando o cadarço – o inspetor disse virando as costas e andando

- viado desgraçado! – ele rosnou baixo pra mim

- own não fica assim, logo logo a dor passa, ahhh – eu disse me aproximando do seu ouvido – a gente tem um bimestre inteiro juntos pela frente, aceita que dói menos – disse me levantando e andando em direção ao laboratório , fiquei la durante todo o período, quando deu a hora do intervalo, deixei minha mochila na sala mesmo, e fui ao pátio comprar alguma coisa pra comer, quando estava na fila esperando ser atendido, olhei em direção ao portão e vi o Felipe sentado do lado do portão... > CONVERSANDO COM AQUELE MOSQUITO <

Comentários

Há 10 comentários.

Por L1rouSinc3ro em 2015-01-19 13:15:33
mortooooo! daniel é mt foda kk!
Por dfc em 2014-11-26 09:24:32
Continuaa porfavorr
Por escritor da noite em 2014-11-09 01:09:29
Muito bom sua história. Parabéns. Só acho que um mosquito por aí vai apanhar kkkkk
Por Fagner em 2014-11-05 10:10:19
Felipe, não é o mesmo, ou está armando algo para "reconquistar" Daniel.... Mas o que será ? E porque ele estava falando com o "mosquito"?? Pelo jeito esse "mosquito" vai dar muito problema...... Mas estou aguardando o próximo ansioso...😉😉 Abraço... 😊
Por Ryan Benson em 2014-11-03 21:40:14
Pega uma daquelas raquetes eletricas e da na cara desse nojento... Rapaiz que bicha mais insuportavel cara '-' E o Felipe, ta cada vez mais chato, grudento, deve ta se engraçando com o outro nojentinho... Ta otimo querido, não demore pra postar o proximo.
Por XCX1 em 2014-11-03 19:51:21
Mosquito abusadooooo,da na cara dele,to adorando!!!
Por Love angel em 2014-11-03 13:53:08
Genteeee felipe arrasou , as vezes não podemos, levar desaforo para casa todo mundo tem seus dias de stresse , normal jaja ele volta ao normal kkkkk eu acho.kkkkkk bjs gostei <3.
Por fran em 2014-11-03 12:32:14
concordo com Anderson P. é meio estranho essas atitudes do Felipe. Nem parece mais aquele perfeito do começo, mais quem sabe ele não volta a demonstrar a primeira impressão novamente? E concerteza vão ter muita confusão ainda. Ach que Dani deveria escutar um pouco o Felipe depis de saber o que ele tem a dizer é só bolar algo para tirar a mascara.
Por dfc em 2014-11-03 09:30:14
Nossa to xocadooo. Kkkk posta mais please
Por Anderson P em 2014-11-03 04:15:57
Já vi que vai ter muita confusão pela frente, e acho que o Felipe vai fazer alguma coisa para infernizar ainda mais o Daniel, só não entendo por que ele faz essas coisas.