Capítulo 4 : O Presidente

Parte da série Hunger Eyes

Estou caminhando sozinho. Numa espécie de corredor branco. Não sabia para aonde estava indo, só tinha uma necessidade incontrolável de continuar andando. Meus olhos se encontram com o meu reflexo diante um espelho. Eu estou impecável. Estou vestindo um luxuoso terno branco. Meu cabelo está brilhoso, e meus olhos estavam queimando em sua cor de fogo. Paro de me admirar no espelho. Não sou o tipo de pessoa que costuma a fazer este tipo de coisa.

Vejo que o imenso corredor branco havia uma saída que não estava muito longe de mim. Meus passos ecoam pelo corredor cada vez que estou mais perto da saída. Então quando saio da corredor encontro um guarda mirando seu revólver em minha direção.

- Calma.-Digo assustado.-Podemos resolver isto de uma maneira mais amigável.

O guarda continua calado mirando seu revólver em direção ao meu ombro esquerdo. Seus olhavam para mim com atenção. Um sorriso assustador se forma em seus lábios o fazendo disparar contra o meu ombro.

Caio no chão gritando e gemendo de dor. Sangue escorria pelo o meu ombro. Uma poça de sangue se formava ao meu redor. Cada vez mais o tamanho da poça aumentava fazendo meu terno se sujar todo de sangue. Escorria litros e litros de sangue saiam de meu ombro, quando eu percebo um lago de sangue se forma ao meu redor. A sala toda se enchia de sangue. Sangue por toda parte, sangue saindo pelas paredes. Eles queriam me afogar no meu próprio sangue. E conseguiram.

Quando acordo novamente eu estou vivo. Mas minhas vestes estavam rasgadas. Estou numa imensa floresta. O que mais me parece um labirinto de árvores. Escuto um grunido assustador então saio correndo entre as árvores. Eu não sabia o que era. Eu não queria ficar ali para ver. Por onde eu passava todas as árvores que ficavam atrás de mim eram arremessadas no ar. Não olhe para trás. Digo a mim mesmo. Eu não quero olhar para trás para ver o que está me seguindo. Então quando menos espero caio num abismo. Um abismo sem fim. Uma queda que não parecia ter fim. Tudo o que se escutava eram os meus gritos por socorro.

- Clain. Acorda.-Diz Amable me balançando. -Clain está tudo bem com você? .

Acordo assustado. Não sabia o que estava acontecendo uma hora estou caindo de um abismo e na outra estou deitado em minha cama. Amable me olhava assustada junto xom Alex que está atrás dela. Tudo faz sentido acabei de ter um horrível pesadelo.

Meus olhos miravam a pequena xícara de porcela que estava em minha frente. Com um líquido quente que eles me disseram ser chá de canela. Me recuso a tomar o líquido desta xícara . Pego uma torrada na mesa e a como fazendo um barulho estranho na boca. Todos na mesa estavam numa conbersa frenética de como nós saímos ontem. De como aquelas lentes do meu olho pareciam olhos reais de fogo. Mas são olhos reais de fogo. De como todos vão querer lentes iguais e que Rodd e Myz depois deste Jogos Sangrentos se tornaram uma das pessoas mais ricas da sociedade.

- Meus olhos não podem ser copiados.-Digo.-Eles não podem copiar.-Todos param de falar para me encarar.-Estas lentes são exclusivas. Feitas especialmente para mim.

- Mas todos vão querer uma-Diz Daytti.

- Eu não me importo. -Digo grosseiramente.-Eles não podem me imitar.

Taco a xícara de chá contra a parede vendo toda a porcelana se espatifar pela chão e no momento seguinte eu ps encaro saindo correndo da sala. Subo as escadas sem olhar para trás me trancando no quarto. Eles querem imitar a única coisa que me diferencia deles. Eles querem tirar de mim a única coisa que me resta. Coloco meu broche de cruz de malta. Sim eles tiraram minha mãe de mim. Meu pai de mim. Me tiraram o Brandon. Me tiraram de casa.e tiraram de minha melhor amiga Juh. Eles estão tirando tudo de mim. Eu os odeio.

Escuto algumas batidas na porta do meu quarto e vou até lá abrir a porta. Vejo Amable olhando assustada para mim. Ela entra no quarto se jogando em cima da cama.

- Você sempre apronta.-Diz ela.-Eles vão querer te matar antes dos Jogos Sangrentos.

- Da mesma forma eu irei morrer mesmo.-Digo.

- Não. -Amable me encara.-Você é meu amigo. Não vou deixar eles te matarem. Se não vão teque me matar também.

- Assim nossa equipe vai ficar em desvantagem. -Digo.-Você quer da este gostinho à eles?.

-Pior que não.-Amable deita na cama encarando o teto.-Estou aqui para ganhar. E não para perder.

- Então isto tudo diz que você não pode morrer.

-E nem você. -Ela diz.

- Crianças nós conseguimos. -Diz Daytti toda feliz na entrada do meu quarto. -Se arrumem que nós vamos almoçar com o presidente.

Era só o que me faltava.

Depois de me entregarem uma roupa que tem como emblema na frente o símbolo da nossa nação e atrás o símbolo dos 3 S que representa o nosso país. Desço as escadas e vejo todos vestidos da mesma forma.

- Só pode ser férias em família. -Diz Crash.

- Está é a terceira vez que uso está roupa.-Diz Daytti. -Na primeira eu tinha 15 anos. Na segunda foi quando estavam Brandon e Alicia, e agora com vocês. -Ela sorri olhando para cada um de nós. -Vocês vão me matar de orgulho se vencerem.

- Então você vai viver mais um pouco.-Diz Jordan.

Não deixo de sorri com o seu comentário. Talvez seja pura sorte a gente conseguir. Mas tudo me indica que foi meu traje o causador desta vitória. Eu posso estar até enganado. Mas tenho quase toda certeza disto.

- Eu não sabia que a Nação com a melhor roupa na apresentação almoçava com o presidente. -Amable diz.

- É um almoço espetacular.-Diz Daytti e toda sua família confirma com a cabeça. -Os estilistas de vocês estarão lá. Vocês vão adorar. Os The Stars devem estar morrendo de inveja. Aliás quase todos os anos eles vencem nso trajes.

- Mas não desta vez.-Diz Crash.-Não com o gostosão aqui.

- Tem gente que nem é um pouquinho convencida. -Sussuro para Amable que estava do meu lado do carro.

Daytti diz várias outras centenas de coisas que acontecem neste almoço que dura até meia-noite. Para mim isto é uma festa que nunca temos em nossa nação. Aonde tem música ao vivo. Uma grande comemoração. Comida de todo os tipos. E tudo isto na casa do presidente. Foi isto que ela esperava pois acontecia das vezes anteriores. Pois desta vez estava tudo diferente.

Havia uma grande mesa cheio de comidas no meio do Jardim na mansão do presidente. Várias cadeiras de madeiras, e uma pequena banda tocando musical instrumental.

- Parece que ele está economizando.-Diz Daytti ao entrar no local.

O presidente é um senhor que aparentar ter seus 80 anos, cabelos brancos, barba branca, sua altura e baixa deve ter 1,50m de aultura, e seus olhos são castanhos claro. Ele sorri ao nós receber. O seu nome é Presidente Mouth.

- Olá meus caros cidadãos. -Diz ele.-Espero que gostem da mudança que eu fiz no nosso pequeno almoço. -E põe pequeno nisto em comparação que Daytti me disse. -Sintam-se a vontade.

-Pai.-Diz um homem saindo de dentro da mansão que ao nós ver abre um pequeno sorriso que me faz ter calafrios.

-Não sei se o conhecem.-Diz o presidente Mouth. -Mas este é meu filho Baarthor.

- Como ele já tá um rapaz-Diz Daytti.

- Sim 27 anos.-Diz Mouth sorrindo.

Baarthor tem o físico forte, sua pele e pálida como a neve, seu sorriso mostrava seus dentes totalmente brancos que chegava a me assustar, e seu olho e da cor azul claro, mas claro do que a cor do céu para ser exato. Percebo que ele fica olhando para mim e Amable o tempo todo.

Todos nós se sentamos na mesa enquanto se serviamos de comida. O presidente fazia toda a linha de bom samaritano mais ele não me enganava. Meu ódio por ele e pelo seu filho só aumentava por todo o almoço. Suas risadas. Seu jeito de falar. O modo que se vestiam. Eles comiam e riam enquanto uma nação morrer em desgraça. Enquanto meu pai morria executado para eu ter o que comer. Enquanto minha mãe contraia uma doença que não tinha cura na nossa nação mas talvez houvesse alguna cura aqui. Eu os odiava. Eu odeio eles com todas as minhas forças.

- Está passando mal?.-O Presidente pergunta diretamente para mim.-Espero que sim. Pois é feio encarar as pessoas enquanto come. Seus pais não te ensinaram isto?.

- Talvez eles poderiam ter me ensinado se estivessem vivos.-Digo rancoroso.

O presidente me olha com raiva. Talvez nu ca alguém houvesse o respondido daquela forma como eu. Talvez eu fosse executado ali mesmo. Mas então ele abre um sorriso e começa a rir.

-Meu jovem o seu espírito me lembra o daquele jovem da sua nação que quase venceu.-Ele continua rindo.-Qual o nome dele?.

-Brandon.-Diz Daytti sorrindo.

- Sim este mesmo um belo jovem.-Ele diz.-Iria se casar. Criar uma família. Pena que morreu. Estava torcendo por ele. Você o conhecia?.

Alex e Amable me encaram. Na verdade todos na mesa me encaravam. Mas os únicos que sabiam da verdade eram Alex e Amable. Eu volto a encarar minha comida que em nenhum minuto foi mexida por mim.

- Não. -Minto.-Infelizmente não.

O presidente olha para mim e volta a comer, mas seu filho é o único que continuava me encarando. Aquilo me irritava. Minha vontade era de pegar a faca e enfiar por de baixo de sua goela. Depois do " incrível almoço que tivemos que não durou nem três horas fomos embora.

No caminho para casa todos falavam de como o almoço tava ótimo menos Daytti que reclamava que havia coisas faltando. Se eu pudesse falar o que realmente acho disto tudo que está me sufocando. Se eu pudesse desabafar. Tirar todo o peso de mim. Mas eu decido guardar as coisas só para mim. Meu odio pelo Solid Stade Survivor. Meu ódio pelo presidente. Meu ódio pelo Brandon.

Ao chegar a sacada do quarto fico olhando o céu estrelado desejando voltar no tempo e ter sumido, ter corrido para bem longe, para não poder teque passar por isto. Então Myz entra no meu quarto com um pequeno sorriso no rosto se aproximando de mim.

-O que achou do almoço? .-Ela me pergunta.

– Uma droga. - Respondo.

- O que foi que você fez na apresentação?.-Myz me pergunta.

-Nada.-Digo.

- Você sabe.-Ela diz.-Com os seus olhos. Aonde conseguiu aquelas lentes?.

- Por que está me perguntando?.

-Aquelas lentes significam chamas. Significam revolta.-Diz Myz.-Nunca mais usem elas escutou? Você vai significar uma ameaça.

-Não tem como. -Digo.

-Porque ?.-Ela me pergunta desesperada. -Você quer morrer.

-Não. Mas não tem como tirar.-Tiro minhas lentes de contado castanhas mostrando meus verdadeiros olhos em chamas. -Eu nasci com esta espécie de fragmentação nos olhos.

- Coloque novamente suas lentes.-Diz ela.-E nuncaais as tire enquanto estiver aqui me entendeu?.

-Sim.-Digo.

-Eles podem achar está chamas inovensivas.-Diz Myz -mas para os rebeldes isto é a própria rebelião viva. Tome cuidado.

Isto tudo queria dizer uma única coisa. Eu represento o próprio problema em pessoa. E se o estado descobri. Eu estarei morto. Eu sou um garoto morto.