Capítulo 7
Parte da série Uma Aflição Imperial ♚
OI OI GENTE
Já acharam que eu tinha sumido de novo né? Não, não sumi e nem vou sumir. Acontece que esse capítulo foi muito difícil, e eu confesso que eu (particularmente falando) não gostei muito dele, mas espero que vocês gostem. Infelizmente esse capítulo é muito necessário, vocês vão entender isso, afinal, é quando boa parte da treta se resolve.
Enfim, não vou dar spoiler, leiam pra saber. Obrigado por estarem aqui comigo. Beijos.
♚ Niss: Obrigado! Hehe, quanto amor ao próximo em relação ao Ricardo kk mas não se preocupe, eu entendo você. Beijos (sou brasileiro com muito orgulho), Hist.
♚ J...B...: como você é extremista kkkkk mesmo que Louis e Cadu não venham a ficar juntos (isso ainda não foi decidido [foi sim]) o Louis não vai ir "pastar" kkkk. Fique de olho aqui pra ver o que acontece. Até mais.
♚ BielRock: awn obrigado ❤ e não se preocupe kkkk o Cadu e o ethan são muito diferentes, já que o nosso personagem atual é mais decidido e menos mongo. Enfim. Só lendo pra saber né? Um abraço baby, até mais.
♚ Nickkcesar: tunts tunts tunts kkkkk gostou daquele final? Eu também, e bem, lê aqui pra saber o que acontece. Te aguardo ansioso, até logo.
♚ Edu: KKKKKK É PRA DAR MAIS SUSPENSE KKK enfim, realmente esse Ricardo é uma peste, nossa, odeio ele e o criador desse demônio aí kkkk obrigado pelo comentário, até mais.
Boa leitura.
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[Capítulo 7]
De repente o chão parecia muito interessante. A textura lisa e fria do piso negro mantinha meus olhos fixos no chão, me impedindo de olhar para os traços escuros que se cruzavam e formavam o símbolo da suástica na pele bronzeada de Ricardo.
Ergui os olhos, fitando Ricardo com raiva. Eu não entendia porque essas pessoas faziam o que faziam, e o seu ódio assassino pelas raças e etnias diferentes. Os gays também são gente, e têm tanta necessidade de amar e se envolver quanto qualquer outra pessoa, os negros também são gente, e têm tanto direito à desfrutar dos privilégios da vida quanto qualquer outra pessoa. As pessoas têm tanto medo do que não conhecem, que acham que exterminar as diferenças é mais seguro do que conhecê-las. Isso me deixava em estado de ebulição, com raiva, mas ao mesmo tempo triste por ser parte de uma espécime tão primata e inferior.
Saí do banheiro confiante a não olhar para Ricardo, mas isso não me tornou mais valente. Eu ainda tinha medo do que Ricardo era capaz de fazer, não somente comigo, mas com Louis também.
Louis se levantou ao me ver andar em sua direção, e eu achei isso maravilhoso. Passei pelo meu melhor amigo e andei até o subsolo, onde Louis havia estacionado o carro. Passei pelas várias fileiras, umas exibindo carros de luxo, outras com carros mais modestos, porém ainda refinados. Meu Porsche preto destacava-se meio a uma fileira só de carros cinzas, de marcas diversificadas.
Os faróis do carro piscaram uma vez, anunciando que os alarmes foram desativados. Louis passou por mim com a chave do carro já em mãos e sentou no banco do motorista.
— Eu dirijo. — Falei decidido, fazendo Louis pular para o banco do carona — Obrigado.
Sentei na frente do volante e liguei o rádio, que tocava uma música da Meghan Trainor com o John Legend. Mordi os lábios e deixei a música tocar enquanto eu tirava o carro do estacionamento mais rápido do que Louis o colocou.
Desci o vidro da janela e pisei fundo no acelerador, sentindo o beijo frio e refrescante do vento de Porto Alegre. Louis me olhava dirigir com espanto, provavelmente achando que eu não andaria acima dos 50 quilômetros por hora. Sorri e olhei para o velocímetro, que indicava 75 quilômetros por hora, em uma avenida movimentada e perigosa.
— Não vai pra casa. — Louis pediu olhando para a estrada longa à nossa frente.
— Pra onde então? — Perguntei diminuindo a velocidade para olhar Louis, que arqueou a sobrancelha, protestando responder a minha pergunta — Estou cansado de surpresas. É um motel?
— Um motel? — Louis disse rindo — Você quer ir para um motel?
— Não. — Falei rindo, não resistindo aos encanto daquele sorriso largo e contagiante — Só perguntei, vai que é.
— Não é. — Louis disse rindo — Mas também não é uma má idéia.
Parei o carro. Olhei para Louis com uma seriedade repentina. Eu tinha que fazer aquilo, tinha que ser agora.
— Louis, eu sou gay. — Falei, e em poucos segundos eu já estava ofegante, temendo a reação do meu melhor amigo. Eu queria que ele me aceitasse, mas sabia que se isso acontecesse, algo entre nós mudaria. Talvez ele trocasse de quarto só pra não dormir mais comigo, talvez decidisse alugar um apartamento ou ficar em um hotel. Era impossível prever o que ele faria, já que nesse momento Louis olhava pensativo para a paisagem lá fora. — E então...
— Cadu, eu sei. — Ele disse, virando-se para mim e sorrindo, ainda com seu sorriso brincalhão — Eu já sabia disso muito antes de me alistar para o exército.
Fiquei completamente perplexo, tentando imaginar desde quando ele sabia. Eu sabia que meu jeito não era de todo masculino, mas nunca suspeitaram da minha sexualidade até eu expô-la. Foi uma surpresa para todos da faculdade, e uma surpresa maior para os meus pais e minha família.
— Sabia? — Perguntei exitante, indeciso se queria ou não saber a história dele — Como você sabia?
— Não sei. — Louis deu de ombros, voltando a olhar para a janela do carro — Quero dizer, não é algo que eu tenha comprovado, mas fé certa forma, eu já sabia. Como é que as pessoas chamam isso mesmo? — Louis riu sem graça e coçou o pescoço — Gaydar, não é mesmo? Então...
— Calma! — Interrompi Louis de queixo caído — Você também é gay?
— Foi complicado pra mim, descobrir isso. — Louis disse sorrindo, com o rosto vermelho de vergonha — E quando eu descobri, tentei negar e reprimir de muitos jeitos. Eu não queria ser gay. Só que eu me apaixonei. Puta que pariu. — Louis gargalhou — Olha, foi a pior merda que eu já fiz na minha vida. Eu me apaixonei por alguém, e não podia contar a verdade, me declarar. Caralho, eu sofri muito, e chorei muito também. Eu me apaixonei pelo meu melhor amigo, e não podia contar pra ele. Eu tinha medo de estar errado sobre ele, e medo de estar certo, dele não gostar de mim, de ter que assumir o que eu era... E aí eu fiz uma burrada que quase se igualou a de me apaixonar: eu me alistei no exército pra me afastar, eu queria a qualquer custo "curar" isso. Não queria ser gay. E bem, agora eu voltei, por que descobri que não dá pra fugir ou curar essas coisas aí. E sabe o que eu acho incrível? Depois de seis anos sem ver o meu melhor amigo, eu continuo loucamente apaixonado por ele, e pelo jeito todo nerd dele.
"Eu não sabia como curar isso. Era impossível não sentir atração, afeto, desejo... Ele sempre foi lindo, inteligente. Eu amo muito ele, e tudo o que eu quero é que ele seja feliz, e de preferência que eu o faça feliz. Pra sempre."
Meus lábios tremiam, me impossibilitando de dizer algo. Louis era apaixonado por mim. Por minha causa ele havia se alistado e ido embora.
Minhas mãos soltaram o volante, caindo sobre o meu colo. Louis voltou por minha causa. Ele havia voltado por que não deixou de gostar de mim.
Mordi os lábios, pensando em toda a situação. Eu amava Louis, e isso era indiscutível, mas eu o amava como um irmão. Eu o queria por perto, mas eu o queria como ele me queria?
— E eu planejei essa noite justamente pra poder te contar também sobre isso. — Louis respirou fundo — Quando eu voltei, não houve dúvidas sobre. Eu tinha certeza que você era gay, ou bi. Eu só não contei antes por medo de você não gostar de mim. Mas depois de tudo o que houve entre nós em apenas dois dias, eu suspeitei que você gostasse de mim.
Eu gostava dele? Eu queria algo sério com Louis? Minhas dúvidas foram sanadas quando eu tive coragem de olhar para ele. Sim, eu gostava dele. Louis era especial pra mim, e agora, olhando aqueles olhos verdes e brilhantes, eu concretizava a certeza de que eu não pensaria duas vezes em ficar com ele, e ter a atenção dele apenas para mim, e ter exclusividade nos toques dele, e nos beijos que me encantam e me seduzem.
— Eu gosto de você. — Falei ainda com medo, mas sentindo que o meu melhor amigo ainda estava ali, e que ainda poderíamos falar de tudo um com um outro, e ainda melhor, sem nenhuma restrição ou medo. — Gosto muito de você.
— E eu de você.
Um silêncio acolhedor se instalou, me deixando mais confortável ao lado de Louis. Nossos olhares se encontraram e um sorriso de criança brotou em seus lábios, derretendo toda a resistência que ainda havia em mim. Louis se enclinou em minha direção, passou a mão pelo meu pescoço e me puxou para um beijo. Um beijo que diferente dos outros, não tinha pressa. Nossas bocas moviam-se em reflexo uma da outra, e nossas línguas dançavam a mais lenta das valsas.
Ao encerrar o beijo, me recostei no banco do motorista e fechei os olhos, com um sorriso relaxado. Olhei pelo visor do carro, o liguei e dirigi para casa, ignorando o pedido anterior de Louis. Ele também não se.pronunciou. Estava olhando pela janela com seu sorriso de criança.
(...)
Fui agarrado assim que passei pela porta, sendo erguido com uma facilidade humilhante. Louis me beijou sorrindo enquanto eu sorria e me debatia em seu colo, tentando descer. Fui posto sobre o sofá, com Louis se jogando sobre mim no mesmo segundo. Suas mãos corriam pelas minhas pernas, acariciando e apertando.
— Quarto? — Louis perguntou ainda sobre mim, me olhando com as sobrancelhas erguidas.
— Quarto! — Consenti sorrindo e o beijei, envolvendo sua cintura com minhas pernas e cruzando os braços em seu pescoço.
Louis me ergueu e subiu as escadas me beijando e tropeçando em alguns degraus.
Louis abriu a porta do meu quarto e me jogou na cama. Sua calça foi ao chão, exibindo uma cueca azul. Logo seu corpo já entrava em atrito com o meu, me pressionando sobre a cama. Seus olhos verdes pararam para me olhar por um curto período de tempo, me analisando com delicadeza.
— Você é lindo. — Louis disse sorridente, voltando a prender meu corpo sobre a cama. Seus lábios atacaram meu pescoço.
— Você que é. — Falei e mordi os lábios, prendendo meus dedos no cabelo de Louis e puxando devagar enquanto ele me beijava.
Observei meu melhor amigo tirar a minha camisa social e jogá-la em um canto qualquer do quarto. Suas mãos apertaram minha cintura e me sentaram na cama. Nossas bocas se tocavam outra vez, soltando faíscas e incendiando nossos corpos febris.
Meus dedos se desenrolaram do cabelo liso de Louis e desceram, indo em direção aos botões de seu smoking, que logo caía para o chão, deslizando sobre seu corpo escultural.
Louis esperou que eu tirasse seu smoking e sua camisa para tirar a minha calça. Foi um processo lento que passou por várias mãos bobas e apertos fortes na minha bunda.
Estávamos ambos apenas de cueca. Louis deitou-se na cama e eu me encaixei entre suas pernas abertas, beijando seu peito forte e arranhando, expelindo gemidos controlados do meu amigo.
Minha boca desceu para a barriga dele, com a língua molhando o caminho traçado. Beijei cada um dos gomos de sua barriga, subi para o peito e voltei para a barriga. Louis se contorcia com o toque da minha língua e dos meus lábios em seu corpo.
Louis me puxou para um beijo, me sentando em seu colo. Senti o pau de Louis abaixo de mim, completamente duro. Ele rebolava e esfregava seu pau na minha bunda, gemendo e se contorcendo.
— Antes da gente levar isso até o final — Louis disse ofegante, se aceitando em baixo de mim. Seus braços me envolveram em um abraço e sua boca foi ao meu ouvido, com mordidas, sorrisos e beijos — Eu quero te pedir uma coisa.
O sussurro de Louis me fez gemer baixo. Seus lábios desceram ao meu pescoço, mordendo e chupando.
— O que você quiser. — Sussurrei de volta e mordi os lábios para evitar outro gemido.
Louis era tão maravilhoso. Tudo nele era perfeito.
— Namora comigo? — Louis pediu entrelaçando suas mãos nas minhas, fazendo carinho nos meus dedos.
Mordi os lábios, pensando na proposta. Porque não aceitar? Louis seria de longe o melhor namorado do mundo, e mesmo que eu não o achasse tão perfeito, eu provavelmente ainda seria apaixonado pelo meu amigo. Me imaginei apresentando ele para Alice como meu namorado. Imaginei a faculdade comentando quando eu o levasse para o baile de formatura.
Então, como um balde de água fria em um dia frio, imaginei meu melhor amigo se envolvendo com Ricardo, e se tornando alvo do grupo de neonazistas.
Meu corpo tremeu. Eu não podia deixar isso acontecer. Não podia deixar que Ricardo fizesse algo com Louis, nem que o meu melhor amigo soubesse dos neonazistas. Eu não deixaria nada machucar o meu Louis, e se fosse preciso, eu passaria por cima de todos que tentasse ferí-lo.
— O que houve, amor? — Louis parecia preocupado — Você ficou pálido de repente. Você está bem?
Assenti, tentando ignorar as vozes ruins em minha cabeça.
— Porque não deixamos isso para depois da minha formatura? — Sugeri, pensando que seria muito melhor me relacionar quando já não tivesse mais nenhum contato com Ricardo — Agora que eu estou no fim do semestre, preciso me concentrar na faculdade, no tcc...
— Eu não quero ficar um dia sequer sem te chamar de namorado, ou de meu. — Louis tocou seu nariz no meu e beijou minha boca, a mordendo no final do beijo — Não quero correr o risco de você ser de outra pessoa.
— Eu não quero ser de outra pessoa. — Falei sorrindo — Eu já sou seu.
— Então namora comigo. — Louis insistiu, me dando um beijo leve e apaixonante.
— Não. — Sussurrei e mordi os lábios — Não posso. Sinto muito.
Louis ficou sério. Sua expressão se endureceu e ele me tirou do seu colo.
— Tudo bem. — Ele disse saindo da cama — Deixa pra depois da sua formatura, quando eu já tiver voltado para o exército.
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BEIJOS NO CORE BEBÊS, VOS AMO.