Capítulo 6
Parte da série Uma Aflição Imperial ♚
OOOOOOOOOI!!
Nossa gente, tô com um capítulo massa aqui, espero que gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever.
Antes de iniciar o capítulo, quero como sempre agradecer a todos vocês que lêem, que comentam, que estão chegando agora e que já estão desde o começo. Obrigado por tudo, por me deixaram dar a vocês um pouco do que a vida real não dá. Um grande abraço do seu eterno historiador.
♚ Niss: seus extintos não são confiáveis então, meu caro Niss, é melhor confiar na sua visão haha - A história está apenas em seu ponto de introdução, mas posso garantir que o que está por vir será carregado de fatos interesantes. Espero que esteja pronto. E talvez eu leve seu desejo em consideração, mas não fique muito alegre, posso mudar o rumo da história a qualquer momento. Um abraço, até logo meu anjo. P.S.: obrigado por comentar.
♚ Nickkcesar: estou tentando, aquiete o facho aí huehue, valeu por comentar, te espero no final desse capítulo. Abraços.
♚ jhon.jhon.: obrigado pelo elogio, caro fã. Ansioso em te ver de novo nos comentários. Até mais.
♚ BielRock: aaawn ❤❤ obrigado, obrigado ❤ eu também estou apaixonado por ele kk o que significa que vai ter briga, por que ele jamais será seu muarruarrurrua (risada maligna). Cara, obrigado, você senpre me deixa sem palavras. O que importa é que você apareceu!!! Senti sua falta, e poste logo sua série, estou ansioso para ver. Beijos e abraços, até logo Bel.
AGORA VAMOS LER NÉ, BOA LEITURA
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[Capítulo 6]
As chamas das velas dançavam e consumiam a cera branca que iluminava a pequena mesa quadrada de madeira cabreúva.
A taça cristalina que estava erguida à minha frente continha vinho francês, de uma marca que segundo o garçom era uma das mais pedidas. Eu não entendia de vinho, nem de nenhum tipo de bebida, mas ergui minha taça e a levei de encontro à taça de Louis.
— À nossa amizade. — Louis brindou e tomou um gole pequeno do seu vinho. Sua boca era carnuda, e a luz de velas, o tom vermelho dos seus lábios tornavam-se puro carmesim.
— À nossa amizade. — Brindei com ele, colocando a taça na boca para um gole elegante, como o de Louis.
E por falar em elegância, todo o ambiente era trabalhado em preto e marrom escuro. As mesas eram todas de madeira cabreúva, as cadeiras eram do mesmo tipo de madeira e eram estofadas com couro preto. O restaurante era requintado, silencioso, com apenas uma ou outra risada discreta climatizando o ar. Não havia música nenhuma tocando, mas ao lado das portas da cozinha tinha um pequeno aparelho de som camuflado. Era tudo muito clássico.
Louis também estava vestido com muita refinaria. Ele usava um smoking preto que caía perfeitamente em seus olhos verdes e no seu corte militar. Seu sorriso o enchia de charme, e cada gole que Louis dava no vinho o fazia parecer ainda mais requintado.
— Você está lindo. — Louis me surpreendeu, dizendo exatamente o que eu estava pensando sobre ele.
Eu não estava lindo. Quer dizer, não tanto quanto ele. Meu traje se baseava em uma camisa social branca e um colete preto, com um jeans escuro e sapatos sociais. O grande show era o meu amigo, que já chamara muitos olhares para a nossa mesa.
— Obrigado. — Sorri e tomei outro gole de vinho. Imaginei que ficar bêbado não seria elegante, então era melhor controlar um pouco a bebida.
— Obrigado você. — Louis sorriu discretamente e passou a língua nos lábios. Ele pegou o cardápio fechado sobre a mesa e chamou o garçom, que veio até nós quase de imediato. — O prato número 27, por favor.
A educação que Louis apresentava era espantosa. Meu amigo era surpreendente, e aquela noite prometia muitas surpresas.
O jovem garçom de cabelos loiros e olhos castanhos assentiu em confirmação e sorriu genuinamente para o meu amigo. O olhar de luxúria do jovem era perceptível, quase explícito, e eu temi saber o que se passava na cabeça dele.
— O que você quer para beber? — Louis se virou para mim, abrindo seu sorriso sedutor.
— Não sei... — Falei olhando para a minha taça de vinho, infeliz por ter presenciado uma pessoa desejando o meu amigo — Acho que um pouco mais de vinho, por favor.
— Nós vamos querer uma dose de Amaretto, por favor. — Louis se virou para o garçom novamente, que demorou em anotar o nosso pedido. É claro que ele estava fazendo aquilo pra poder ficar mais tempo perto de Louis.
Ergui o olhar a tempo de ver o garçom me olhar com algum traço forte no rosto. Ele estava com raiva de mim? O que eu havia feito para ele, além de estar com o homem que ele praticamente comia com o olhar? Oh. Era isso. Inveja, ciúme. Ele queria estar no meu lugar. Ele queria estar com Louis como eu estava.
— Muito bem. — A voz juvenil do garçom tinha algo implícito, algo como ironia, uma felicidade forçada — O pedido dos senhores já foi enviado para a cozinha. Mais alguma coisa? O prato demora cerca de 15 minutos para ficar pronto.
— Não, obrigado. — Louis dispensou o garçom sem sequer olhar para ele — Vamos esperar o prato. Muito obrigado.
O garçom assentiu com um sorriso falso no rosto, virando-se com indiferença e indo até outra mesa, para atender outros clientes.
— Inconveniente. — Louis murmurou e respirou fundo. Seus olhos verdes me fitaram por alguns segundos, demostrando algo como admiração. — Já falei que você está lindo?
— Já. — Falei com uma risada discreta — O que nós vamos comer hoje? Qual foi o seu pedido?
— Se fosse pra você saber — Louis se apoiou na mesa, inclinando-se em minha direção — Eu teria pedido pelo nome do prato, e não pela colocação dele no cardápio.
— Ridículo. — Falei dando de ombros — De qualquer forma, eu só espero que seja algo bom para o meu paladar.
— Eu também. — Louis disse com um sorriso sugestivo, dando a impressão de que ele estava aprontando alguma.
— O que é Amaretto? — Perguntei lembrando de Louis ignorando a minha sugestão de vinho e pedindo a tal bebida.
— Uma bebida muito gostosa. — Louis manteve o sorriso em seu rosto — Combina perfeitamente com o pedido do cardápio.
— Entendi.
— Como foi na faculdade? — Louis mudou de assunto exatamente como se troca de canal, falando de algo completamente diferente do assunto anterior — Me conta das aulas, e dos professores, dos amigos...
Mordi os lábios. Meu dia se resumia basicamente na aula daquele maldito professor, mas eu não queria falar sobre aquela aula, nem sobre aquele professor, e sobre aquele trabalho ridículo. Forcei a minha memória trazer a tona alguns fragmentos das outras aulas, e foram sobre elas que eu falei. Falei sobre os professores, e sobre Alice, sobre o conteúdo das disciplinas...
— Parece legal estudar medicina. — Louis comentou, interessado no que eu contava, em especial sobre as aulas práticas.
— E é! — Falei animado — Eu não me imagino em outra profissão, acho que minha grande paixão é salvar vidas.
— Amo esse brilho nos seus olhos quando você fala de medicina, ser médico... Sabe, quando você fala dos seus sonhos. Você fica ainda mais lindo.
Um sorriso se abriu involuntariamente no meu rosto, e eu tive uma certeza irritante de que minhas bochechas estavam coradas. Que merda. Esse bastardo idiota amava me deixar envergonhado.
— Olá, senhores. — O mesmo garçom que anotou o nosso pedido nos comprimentou, parando em nossa mesa com um carrinho de aço inox. Ele removeu as tampas das bandeijas de prata — Duas porções do prato de número 27, ostras, e duas taças do melhor Amaretto que temos em nossa adega. Espero que aproveitem a refeição. Tenham um bom apetite.
O texto decorado quase me fez vomitar, e o garçom parecia sentir o mesmo que eu.
Louis se endireitou na cadeira enquanto observava o garçom nos servir em silêncio, com uma graciosidade magnífica. Seus olhos acompanham as mãos ágeis do garçom.
— Com licença. — O jovem disse ao colocar as taças de Amaretto na mesa e retirar as antigas.
Assenti e sorri simpático, arrancando do garçom um sorriso. Ele não estava mais com raiva? Isso era bom. Talvez ele tivesse dito a si mesmo que esse era apenas um jantar de negócios.
— Ostras? — Perguntei com a sobrancelha erguida, em um olhar divertido — O que isso quer dizer?
— Quer dizer que eu gosto de frutos do mar. — Louis disse em seu tom de voz normal. — Você não gosta?
— Gosto. — Falei com sorriso simpático.
— Que bom. — Louis disse contente — Você sabia que a outra é um alimento afrodisíaco?
— Sim. — Falei sorrindo — Isso influenciou na sua escolha?
— Digamos que esse tenha sido o fator que fez com que o prato se tornasse ideal para a ocasião.
— Ocasião? — Perguntei curioso, me divertindo com a conversa descontraída.
— Sim, ocasião. Uma ocasião de comemoração. - Louis se apoiou na mesa e deixou sua boca a poucos centímetros da minha. — E digamos que a comemoração vai durar a noite inteira.
— Será que vai? — O desafiei, me afastando e ingerindo a primera ostra do meu prato.
Louis sorriu, mas não falou nada. Ele começou a comer, sugando a ostra lentamente de dentro da sua casca.
Os olhos de Louis se estreitaram e ele se arrumou em sua cadeira, parecendo incomodado com algo. Mordi os lábios, procurando o que havia mechido com o humor do meu melhor amigo.
— Você está mordendo os lábios. — Louis alertou, me lembrando do pedido (parecia mais uma ordem) de não morder os lábios.
— Desculpe. — Murmurei — Eu estava tentando descobrir por que o seu humor mudou tão repentinamente.
— Mudou? — Louis arqueou as sobrancelhas e sorriu, mas aquilo não me convenceu.
— Sim, mudou. E você está tentando esconder isso. Está tentando me enganar. — Falei irritado.
A expressão de Louis ficou séria. Ele fez um sinal apontando com o queixo para algo atrás de mim, e eu me arrependi amargamente de ter virado para olhar.
Ricardo estava usando um paletó preto, falando formalmente com a recepcionista. Ele não me viu, e eu agradeci por isso. Me esforcei para parecer indiferente, mas minha respiração começou a falhar e pesar. Isso só podia ser brincadeira. O que ele estava fazendo no mesmo restaurante que eu? Eu não queria parecer paranóico, mas eu não conseguia acreditar em coincidência.
— Não vai falar com o seu amigo? — Louis disse seco, me olhando profundamente.
— Não. — Falei ainda mais seco e tomei um gole da minha bebida desconhecida. Era deliciosa — E aliás, ele não é meu amigo.
— Não é?
Neguei com a cabeça, irritado com toda aquela situação. Porque Ricardo tinha que aparecer agora? Porque tinha que aparecer? E porque Louis tinha que ser tão idiota?
— Eu quero ir embora. — Falei afastando o meu prato, que mal fora tocado.
Louis me olhou sério, me questionando, mas não falou nada para mim. As pupilas negras dos seus olhos dilataram-se, fazendo com que o verde virasse minoria.
— Garçom. — Louis chamou acenando com a mão para o garçom que estaca atrás de mim. Ele não foi atendido, e chamou por mais duas vezes seguidas, desistindo na terceira.
Me levantei com raiva, girando o corpo na direção do garçom. Os nossos corpos se chocaram assim que eu me virei, fazendo com que as taças de champanhe que estavam em suas mãos fossem para o ar, encharcando nossas roupas.
Ricardo me olhava pasmo, com o queixo caído e a roupa em seu pior estado. Nossos olhares se encontraram, ambos marcados e caracterizados pelo espanto.
— Me desculpe, me desculpe por favor. — Explodi em pedidos de desculpas, morrendo de vergonha do meu desastre público.
Algumas pessoas mais próximas olhavam, cochichavam algo e depois se perdiam em alguma conversa particular. Outras riam e mantinham seu olhar e sua conversa no que havia acontecido. O meu rosto e pescoço queimavam, o rubor se espalhava por todo o corpo.
— Porque vocês não vão se secar no banheiro? — Louis disse em voz baixa, e apesar do escárnio claramente imposto em seu tom de voz, essa era uma ótima idéia.
— Com licença. — Tentei parecer o mais formal possível, indo para o banheiro como se ainda tivesse alguma dignidade.
Entrei no banheiro e me joguei no chão, encostando na parede de uma das cabines. Eu me sentia extremamente idiota.
— Desastrado. — Murmurei para o espelho acima de mim e me levantei, encarando o reflexo envergonhado e humilhado — Você sempre estraga tudo.
— Você está bem? — Ricardo disse ao entrar no banheiro.
— Tudo. — Falei me virando assustado — Me desculpe, por favor, foi sem querer.
— Tudo bem. — Ricardo me acalmou, indo em direção ao espelho e vendo o estrago que eu causei em sua roupa — E então... Aquele cara que estava com você era seu namorado?
Olhei para Ricardo apreensivo. Mordi os lábios, tentando imaginar qual seria o interesse de Ricardo em saber disso.
Abri a boca para responder, mas fiquei sem reação ao vê-lo tirar o paletó e exibir um corpo musculoso. Seus braços tinham todos os músculos que terminavam com "íceps", seu peitoral era definido e sua barriga cheia de gomos.
Umideci os lábios e me preparei para falar novamente, mas a cena foi muito mais forte do que ver Ricardo sem camisa. Meus olhos se arregalaram ao ver no espelho o reflexo das costas de Ricardo, marcada pelo símbolo nazista.
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NHEM NHEM NHEM, NHEM NHEM NHEM NHEM NHEM NHEM NHEM NHEM... Huahdnosnodmeoe comentem aí, tô ansioso pra saber a reação de vocês com esse capítulo.
Vai vai vai, vale xingar, elogiar, cantar, mandar recado de amor, se declarar, fazer propaganda, macumba... Espero que tenham gostado. Um abraço.
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Até logo.
xHistoriador ;)