Capítulo 1

Conto de historiador como (Seguir)

Parte da série Uma Aflição Imperial ♚

OOOOOOLA ROMANTICISTAS, AMANTES DE ROMANCE, OLÁ SITE! Não sei o que dizer, então quero pedir a todos que tenham uma boa leitura, e que comentem no final. É importante. Obrigado desde já.

Boa leitura

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[Capítulo 1]

A peça de vidro negro foi posta graciosamente à frente do meu rei de vidro transparente.

— Checkmate! — A voz rouca e seria do meu melhor amigo disse em tom superior. Os olhos verdes de Louis cintilavam como belas e preciosas esmeraldas, e seu sorriso não disfarçava o seu ego se enchendo a cada segundo.

Dei de ombros e derrubei o meu rei com cuidado. Sorri para Louis e derrubei a rainha dele, a qual havia feito o último movimento.

— Você é insuportável. — Falei fingindo estar chateado, e de certa forma eu estava. Ainda tinha esperanças de vencer Louis em um jogo, mas ele tão melhor que eu, em tudo. Não apenas nos jogos, mas fisicamente também.

Louis tem um corpo mais desenvolvido que um jovem de 19 anos de idade deveria ter. Seus músculos são visíveis, e ele adora exibir a barriga malhada dele. Sua pele é bronzeada e macia, seu sorriso é cafajeste e conquistador, seus fios castanho-escuro são curtos, e caem perfeitamente no corte militar de Louis.

— E você é super agradável! — Louis ironizou, deixando seu lugar e indo até a janela, que exibia um dia chuvoso de inverno — Eu gosto de vir pra cá, ficar com você.

Meu sorriso brincalhão desapareceu quando a voz do meu melhor amigo se tornou pensativa e monótona. Ele raramente adotava tal tom, e eu sabia que quando ele falava assim, estava se lembrando do passado desagradável dele.

Engoli em seco e me aproximei de Louis. Ele olhava inexpressivo e sério para o meu jardim. Passei as mãos nas costas de Louis e dei o sorriso mais acolhedor que pude. Ele sorriu de volta.

— Sua casa é bonita. — Ele disse com sua voz descontraída, mas não me convenceu. De qualquer forma, achei que seria melhor se nos distraíssemos com outra coisa.

— Sim, eu também acho. — Falei olhando para a sala acolhedora que nos rodeava. Era tudo muito clássico, com paredes de gesso, móveis de madeira e couro, e objetos de vidro. Toda a minha casa seguia esse mesmo estilo clássico — É uma pena que você só vá ficar esse mês.

Eu estava sendo sincero. Desde que Louis alistou-se no exército e eu iniciei a minha faculdade de medicina, nós nos afastamos de mais fisicamente. É claro que sempre mandamos cartas (já que no exército as ligações e torpedos são proibidos), mas distantes, a amizade não parecia a mesma.

Foi uma surpresa quando Louis apareceu na minha porta com as malas e perguntou se podia ficar esse mês que ele foi liberado do exército comigo, mas então eu percebi que eu era a melhor opção para ele. Depois da morte dos pais dele, há dois anos, Louis perdeu a familiaridade com os tios e todos os parentes dele.

— E então, como anda a faculdade? — Louis perguntou animado e sentou-se na poltrona de couro, olhando atentamente para mim e curvando seu corpo para frente. Era incrível a atenção que ele me dava. Às vezes até constrangedoras — E as gatinhas? — Seu olhar brilhou em um sentimento que eu não pude distinguir. Talvez ele se sentisse sozinho às vezes, talvez quisesse uma namorada

— Está normal! — Falei com um sorriso tímido no rosto – Não há muitas garotas interessantes lá, e eu também não tenho interesse em namorar. Não agora.

50% era mentira. Não estava tudo normal na faculdade. Quando o semestre começou, um grupo de alunos homofóbico formou-se e ganhou fama no campus. O grupo é famoso por espancar os gays e fazê-los sair da faculdade. Já foram 16 até agora, e havia boatos de que eu seria o próximo.

Haviam dois motivos para eu mentir pro meu melhor amigo: antes de tudo, eu não queria que ele se preocupasse comigo, queria que ele fosse uma distração de tudo isso. Em segundo lugar, Louis não sabe da minha homossexualidade, e eu tenho muito medo do que ele vai dizer é da sua reação ao saber.

— Ah sim, esqueci que você sempre foi nerd. — Ele disse com um sorriso venenoso e deu uma piscadela.

— O nerd de hoje é o cara rico de amanhã. — Falei devolvendo a piscadela.

— Considerando o fato que você sempre foi filhinho de papai, acho que o nerd de hoje é o rico de ontem. — Louis mordeu a boca e deu um sorriso infantil. O sorriso que me fazia sorrir.

— Eu não sou filhinho de papai! — Me defendi com veemência.

Na verdade, eu sou sim filhinho de papai. Minha família é dona da maior parte do comércio da minha cidade, contando com uma ramificação de empresas nacionais e multinacionais. Para o meu pai, a maior decepção da vida foi ter um filho que nunca quis ser um empresário e tomar conta dos negócios da família.

— Hmmm... — Ele disse (?). Não sei se foi um gemido ou um tipo de comunicação, mas achei melhor não responder. A verdade era que tanto a minha bela casa quanto a minha faculdade foram um presente dos meus pais.

— Você não vai desfazer sua mala? — Perguntei ao ver a mala de couro preta encostada na mesa de centro.

— Isso realmente é preciso? — Louis perguntou com um olhar de criança, inclinado a cabeça para o lado.

— Não seria, se você estivesse apenas de passagem. — Falei e me dirigi até a cozinha, onde havia uma escadaria que levava para o segundo andar — Vem, vou te levar até o quarto de hóspedes.

— Eu não sou um hóspede! — Louis disse e correu até mim, pegou sua mala no meio do caminho e parou um degrau abaixo de mim — Me recuso a ter que ocupar o quarto de hóspedes.

Parei na escada e o olhei. Seus olhos verdes me penetravam e não indicavam brincadeira. Fiquei confuso.

— Onde é que você quer dormir? — Perguntei com a sobrancelha erguida — Na sala? Porque bem, apesar de confortável, o sofá não é o lugar mais indicado para dormir. Ele deixa você com dores...

— Também não vou dormir na sala! — Louis me interrompeu, meio ofendido. O olhei, esperando que ele mesmo dissesse onde queria dormir — Vou dormir no seu quarto. Você tem uma cama de casal, não tem? Pois então, aposto que cabe perfeitamente nós dois.

Fiquei boquiabierto, esperando que meu cérebro me obrigasse a dizer algo racional. Ele estava falando sério? Quer dizer, dividir o quarto é algo comum, e eu sempre cedi espaço para Louis quando morava com os meus pais, mas nunca dividimos a mesma cama, os mesmos lençóis.

— Quer dizer, se estiver tudo bem pra você, não quero incomodar e nem mesmo ser inconveniente. — Louis baixou a cabeça, evitando me olhar nos olhos.

— Nã-Não! — Gaguejei — Tudo bem, você nunca incomoda.ü hm

— Aliás, eu durmo sem roupa porque é mais confortável. — Louis disse e meu queixo caiu. Ele me olhou com um sorriso cínico no rosto, que logo virou uma gargalhada. Eu só sentia vontade de derrubá-lo da escada

— Ridículo! — Eu falei rindo, com o rosto corado.

— Você realmente deixaria eu dormir com você? – Ele gargalhou ainda mais alto — Não tem medo de um militar dormir no mesmo quarto que você? Temos fama de tarados, já que não temos sexo durante o tempo em que estamos no quartel.

— Tudo bem, você nem sabe o que é sexo. — Falei provocando e rindo — Não tenho medo não.

— Não sei é? — A gargalhada de Louis virou um sorriso erótico e safado — Quer tirar a prova?

— Não! — Falei rindo — Vamos logo, deixa eu te mostrar o quarto de hóspedes.

Subi as escadas, deixando que Louis me acompanhasse.

— E se eu realmente quisesse dormir no seu quarto? — Louis disse sério, pensativo — Quer dizer, se eu colocar um colchão no chão e dormir ali.

— Primeiro que eu jamais deixaria você dormir em um colchão no chão — Falei — E depois, não temos mais quinze anos de idade, o que significa que dormir no mesmo quarto não é a mesma coisa, certo?

— Certo? — Louis ergueu uma sobrancelha — Porque não?

Fiquei sem saber o que responder. Eu não diria a ele sobre a minha sexualidade. Pelo menos não agora. Eu precisava investigar ele, e saber qual é a opinião dele sobre a homossexualidade. Eu não iria perder o meu melhor amigo.

— Não sei. — Falei e parei na porta do quarto de hóspedes — Você acha que seria como se tivéssemos quinze anos? Quando a gente virava a noite vendo pornografia?

Louis parou para pensar, e um sorriso incompreensível brotou em seus lábios vermelhos.

— Não. — Louis disse e empurrou a porta, entrando no quarto em seguida. Ele deixou a mala no chão e andou de um lado para o outro. Não houve mais nenhuma palavra depois, e o silêncio era crucial.

Meu nome é Carlos Eduardo (acho que deveria ter dito isso antes, certo?), tenho 18 anos de idade e faço faculdade de medicina na mesma cidade em que moro, Porto Alegre. Eu poderia seguir meu amigo e entrar no exército, mas meu porte físico não me permitiu isso. Eu sou baixo, pele pálida e corpo magro. Não tenho músculo, força, resistência, coragem... Tenho olhos azuis e cabelo loiro, o que me deixa idêntico ao Capitão América, antes do soro.

— Agora falando sério — Louis quebrou o silêncio, me chamando a atenção. O olhei ainda inerte em pensamentos – Tudo bem se a gente matar a saudade dos velhos tempos e dividirmos o mesmo quarto? Vai ser só um mês, e eu queria passar todo o tempo que eu tenho com você.

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Beijos e abraços.

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Comentários

Há 4 comentários.

Por luan silva em 2015-08-12 00:17:53
continua sim parece q vai ser uma otima serie esperando os proximos capitulos. (y)
Por phillbecsialmeida em 2015-08-12 00:08:00
cara sua escrita é perfeita eu amei... tenho que aprender com você dizem que aprendemos lendo rsrsrrs continua por favor...
Por WDG em 2015-08-11 23:31:07
Eu adoro romance, o começo muito interessante, quero um o segundo capítulo....
Por Niss em 2015-08-11 23:17:14
Hummmmmm, esse Louis ta com umas segundas intençoes beeemm interessantes kkkk. Muito bom Hist. ;-* Niss