Capítulo 5
Parte da série Por Amor
OI OI GENTE!
Bom, não é novidade eu estar aqui, mas eu espero que tenham sentido muito a minha falta, porque eu senti a de vocês. Muitão.
Sério, eu passei o dia inteiro pensando no que seria interessante colocar no capítulo, e as partes desnecessárias, e parecia impossível... Mas aí quando meus dedos vieram de encontro ao teclado, o capítulo simplesmente fluiu. É incrível como eu me transformo quando estou escrevendo, eu realmente nasci para isso!
Enfim, não vamos falar de mim, terá um capítulo inteiro pela frente para isso. Vamos falar de vocês. Ou melhor, com vocês.
↨Niss→ ♥♥♥ mais pra você *-* kkk olha, uma dica, eu sempre posto os capítulos depois da meia noite por que eu estudo pela manhã, e aí de tarde eu tenho mil tarefas pra fazer kkk enfim, não me processe nem hoje, e nem nunca! Kkkk Enfim é bom saber que você estará aqui para os próximos capítulos ^^... até logo, beijos e abraços.
↨leopinheiro→ Fico contente em estar atendendo às expectativas, espero manter sempre esse nível, ou quem sabe melhorar! Obrigado, um grande abraço.
(...) Boa leitura (...)
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Capítulo 5 – Surpresa!
Eu queria dizer que meu plano de passar a manhã inteira na cama foi bem sucedido, mas isso não aconteceu. Levantei-me antes das oito horas, e antes que desse onze a casa já estava limpa.
Leandro acordou nesse meio tempo e aprontou-se para ir trabalhar. Não trocamos nada mais profundo que um bom dia, e nem queríamos. Era desagradável conversar com o meu irmão. Ele usava palavrões sem ter necessidade, e geralmente se exaltava ao perder uma discussão, o que ocorria frequentemente, já que seus argumentos eram baseados em letras de funk.
– Bom dia – Minha irmã apareceu no corredor com seu pijama de flanela e o cabelo preso em um rabo de cavalo.
– Bom dia. – Respondi com um sorriso educado, mas sem muita vontade de sorrir.
O dia não havia começado tão bem. Meu celular estava descarregado e eu não coloquei minhas músicas no aparelho de som para não acordar ela. Passei o dia inteiro pensando no que havia acontecido entre Lucas e eu. Fazer isso sem ouvir as minhas músicas deprimentes era bem mais desconcertante. Imaginar o que seria de mim se alguém descobrisse.
Mas descobrisse o que? O beijo? Eu poderia dizer que ele me agarrou, porque foi isso o que aconteceu de verdade. Naquela manhã eu decidi que tudo o que eu havia pensado na noite anterior era devaneio do meu desespero. Eu não podia e não iria arriscar anos de dedicação por uns poucos segundos de prazer. E eu nem sabia se isso era realmente o que eu queria.
Não! Isso não era o que eu queria. Ponto final. Eu não era gay, e se fosse preciso repetir isso para mim mesmo milhares e bilhões de vezes, eu o faria.
– Tem aula hoje? – Laissa perguntou indo em direção à cozinha e pegando um pacote de biscoito integral que fazia parte da dieta dela – Eu tenho a semana inteira. E ainda falta mais um ano depois desse. Que bela merda.
– Não reclama, pra mim ainda faltam dois. – Falei e fui até o armário, puxando um copo e uma xícara de lá – Pior, já pensou se você reprova o último ano igual ao Leandro? – Falei rindo – Seria bem interessante.
– Vira essa boca pra lá! – Laissa riu – Só vou reprovar se me jogarem macumba. Caso contrário, meu diploma está garantido.
Dei de ombros. Não era verdade. Segundo os professores dela, as notas dela eram uma das piores da classe, mas ela achava que ir à aula era o suficiente, que só reprovaria se fosse por faltas, como o meu irmão.
Enchi a xícara de chá e deixei que minha irmã se servisse. Ela não costumava beber chá, mas colocou a bebida no copo até que ele se encontrasse pela metade. Comemos em silêncio, deixando que o assunto passasse em branco. Depois do café minha irmã se aprontou para ir à academia. Ela colocou uma calça legging preta e uma camisa cinza folgada.
– Tchau. – Laissa disse quando já estava do lado de fora de casa – Até de noite.
Respondi com um aceno e peguei os meus produtos de banho no meu quarto, sabendo que já se passava do meio-dia, e em menos de meia hora eu deveria sair de casa para ir à escola.
Tomei um banho rápido e como de costume enrolei a toalha na cintura para ir até o meu quarto. Mesmo sozinho eu não tinha o costume de andar sem roupa pela casa. Eu me sentia desconfortável.
Assim que empurrei a porta do meu quarto para entrar a campainha tocou, me assustando. Perguntei-me se era o Lucas me chamando para ir para a escola, mas ele não apertava a campainha. Ele tinha o péssimo habito de invadir minha casa quando eu não atendia pelo meu nome.
Se bem que depois de ontem, eu não acho que ele seria capaz de vir aqui me chamar para ir para escola, tampouco invadir a minha casa. Ele provavelmente deveria saber que eu tenho facas em casa, e que as jogaria nele sem culpa nem remorso.
Coloquei minha bermuda de seda às pressas e fui atender a porta. Eu provavelmente assustaria quem quer que estivesse na porta esperando. Eu estava com uma bermuda acima dos joelhos, o cabelo e o tronco do corpo estavam molhados, e eu estava descalço. Parecia primitivo, ou naturalmente, alguém que acabou de sair do banho e foi pego de surpresa.
Abri a porta e coloquei a cabeça para fora. O sorriso largo me era familiar, os olhos castanhos e grandes também.
Odilon usava uma camisa preta com uma estampa dourada 0que dizia “Keep Calm and Believe” e uma coroa sobre a frase. Olhos castanhos brilhavam, e ao me ver sua boca se curvou em um sorriso largo e sugestivo. Eu jamais esqueceria aquele momento constrangedor, e eu tinha certeza de que Odilon também não deixaria que eu me esquecesse. As mãos deles saíram do jeans claro e coçaram o queixo bem formado dele.
– Está lindo. – Ele disse, e eu tive certeza de que ele estava zombando da minha cara – Deixe-me avinhar: você esqueceu que prometeu sair comigo hoje. Estou certo?
– Eu não prometi nada. Não disse que iria sair com você. – Falei em tom doce e abri o portão maior, o convidando para entrar – Sinto muito, mas eu não posso faltar hoje.
– Vai fazer essa desfeita? – Odilon disse fazendo cara de triste e entrando na minha casa – Olha, eu juro que vou te manter ocupado o dia inteiro, até a hora que você teria que voltar para a casa. É só um sorvete.
– Porque toda essa insistência? – Perguntei – Porque comigo? Eu tenho alguma coisa de especial? Não, não tenho.
– Pra falar a verdade, eu nunca vi peitinhos tão lindos quanto os seus. – Ele disse me olhando de cima a baixo, quase gargalhando. – Não, sério. Sei lá, eu gostei de você, de cara. Por isso escolhi sentar com você ao invés do garoto de cinza.
– Deveria ter escolhido o garoto de cinza.
– Você acha? Eu acho que fiz uma boa escolha. – Odilon disse, mas dessa vez com um sorriso meigo, não zombeteiro – Agora vai se vestir, ou se não eu vou pra escola com você e falo pra todo mundo que nós estamos namorando.
– Você não faria isso. – desafiei.
– Você não tem noção de metade das coisas que eu faria.
– Me diga.
Odilon sorriu, revelando a mentira na sua frase. Ele não passava de um garoto indefeso.
– Okay. – Falei sorrindo – Eu saio com você. Mas tem que me prometer que vai me manter ocupado o dia todo, até eu disser que preciso voltar para casa.
– Prometido.
Virei às costas e entrei no meu quarto. Coloquei uma calça jeans escura e uma camisa cinza com um par de asas negras no verso. Era a minha favorita de todas, por que representava a minha saga de livros favorita.
Talvez eu estivesse me precipitando e cometendo um grande erro ao decidir matar aula com Odilon, mas eu pretendia fazer com que essa fosse a primeira e única vez, e que ele desejasse nunca ter me chamado para sair. Eu queria que ele visse quem eu sou, e eu seria quem mais gosto de ser: o Luciano frio e insuportável que sabia virar a cabeça de qualquer pessoa de ponta cabeça. Aquela era a minha verdadeira face. Eu não era legal, e não queria ser. Meus amigos de verdade me conheciam, e eles gostavam de mim daquele jeito.
Mas Odilon era diferente de mim, ao extremo. Extrovertido, brincalhão e completamente transparente. Em outras palavras, Odilon era o oposto de mim, e a lei da atração entre opostos só se aplicava às leis da física, não às leis da vida.
Coloquei um All Star cinza e saí do quarto. Odilon sorriu junto comigo, aparentemente satisfeito com o resultado.
– Pronto? – Ele perguntou se levantando do sofá em que tinha sentado enquanto eu me arrumava – Gostei da camisa – Ele disse quando eu me virei de costas, indo em direção ao banheiro.
– Quer beber alguma coisa? – Perguntei me condenando por não ter perguntado antes. Quanta falta de educação – Um suco, refrigerante, água...?
– Água... Pode ser?
– Claro, espera só um minutinho. – Falei me olhando no espelho enquanto arrumava o cabelo apressado, pouco me importando com o formato que ele sairia.
Depois de pronto eu baguncei o cabelo com as mãos e fui até a cozinha. Peguei um copo e o enchi de água, o entregando a Odilon.
– Vou escovar os dentes e já volto. – Falei voltando ao banheiro.
Senti um frio estranho na barriga enquanto escovava os dentes, e relutantemente eu tive que a ideia de matar aula com Odilon me causava aquela sensação de adrenalina e perigo, algo proibido. E essa sensação trazia consigo um prazer que eu mal podia conter. Com certeza algo proibido com Odilon parecia ser bem mais prazeroso do que algo proibido com Lucas.
– Vamos? – Perguntei ao sair do banheiro, fazendo Odilon se levantar com o copo na mão, vazio – Acho que estou pronto.
– Acha? – Ele perguntou sorrindo.
Peguei o celular perto do computador e tirei algumas notas de dinheiro de dentro de um pote de vidro.
– Acho. – Respondi com um sorriso involuntário no rosto.
Seria quase impossível ser frio com ele se essa sensação continuasse me dominando. Odilon me causava prazer, e eu tinha sérias dúvidas se realmente queria que isso parasse.
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É isso gente, espero que tenham gostado, e não se esqueçam de comentar, por favor.
Beijos do maior fã de vocês, o historiador