Capítulo 4
Parte da série Por Amor
OI OI GENTE!
Estou ansioso para que vocês leiam esse capítulo, particularmente acho que ficou MUITO bom! Espero que tenham o mesmo pensamento que o meu, e por favor, não deixem de comentar, é importante para mim, tanto quanto para qualquer escritor, então façam esse pequeno esforço por favor.
E claro, não posso esquecer-me de vocês que comentaram. Sou muito grato pelos comentários, que vêm sempre em vibrações positivas. Obrigado a todos vocês! (Isso aqui está parecendo créditos finais, hahah)
↨Niss→ Vamos com calma amigo, tem coisas bem mais interessantes pela frente, e é claro, em algumas delas você vai perder o fôlego, e depois que recuperar, vai querer tirar sangue de mim até a morte. Por ser um fato real é um pouco revoltante. Mas se acostume, minha vida é revoltante desde que me conheço por gente. Haha, obrigado pelo comentário, e, por favor, não tenha um treco, não quero ser processado! Um abraço e até logo.
↨Cesar Neto→ Olhe, você pare com a bajulação, vou começar a me achar aqui, e você não vai gostar! Haha... Nem me fale em “um dos melhores escritores”, ainda sou fã daquela coisa viciante que você postou, e ainda quero te dar um soco gigantesco #ficaadica. E SIIIIM!!! É um conto real, minha vida aí, todinha pra vocês curiosos de plantão. Sim, eu decidi postar essa série porque eu to no auge da felicidade (mentira, tá uma bela merda) porém, eu quero compartilhar com vocês as coisas boas e ruins que já me aconteceram. Estou tentando fazer com que a escrita seja bem excepcional, porque vão ter capítulos nem tão interessantes, e poxa, já falei de mais. Enfim, já falei mais do que deveria, e pelo amor, já pedi parar com os elogios... Um abraço gato, até a próxima hein, vou cobrar ♥
(...) Boa leitura (...)
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Capítulo 4 – Cura Gay
Lucas me olhava perplexo, cobrindo o nariz apunhalado com as duas mãos. Os olhos do meu melhor amigo se arregalaram e seu queixo caiu. Ele surtaria em três... Dois... Um...
– Você é louco! – Surtei antes dele, o atingindo com gritos controlados – Você, definitivamente, é louco. – Falei pausadamente, recuperando o fôlego perdido. Tudo o que eu queria era terminar de acertar a cara dele, mas parte de mim se sentia culpado por ter batido no meu amigo quando ele me proporcionou um tipo de prazer novo, que valia a apena sentir – Não faça isso nunca mais, entendeu?
– Eu? Eu sou o louco? – Lucas gritou indignado – Não fui eu que me transformei em um pugilista de uma para outra! Seu... Seu... Seu baka!
– Ai Lucas, argh! – Respondi sentindo arrepios por todo o meu corpo. Eu tinha beijado um garoto. Não, pior que isso, um garoto havia me beijado, e eu gostei – Que nojo, que nojo de você!
Senti uma vontade incontrolável de vomitar. Eu havia gostado.
Não! Eu não havia gostado, eu só estava excitado, todo homem fica excitado quando alguém meche no seu órgão, isso é biologicamente natural. Eu não era, e não viraria gay. O que a minha diria? E meu irmão mais velho? Ele certamente me espancaria.
Meus olhos se encheram de lágrimas, mas eu não queria chorar. Não na frente de Lucas. Eu não queria ser homossexual, eu queria ser normal, queria ter filhos...
Olhei para Lucas com raiva. Era culpa dele. Se ele não propagasse a hipótese, se ele não me tocasse, se ele não me beijasse... Ele havia me transformado naquilo.
– Você não deveria ter feito isso. – Falei com a voz embargada e saí do quarto de Lucas às pressas, deixando as lágrimas caírem e serem deformadas pelo vento.
Subi a rua correndo. A casa estaria vazia, meus irmãos estudavam no período noturno e minha mãe só chegava em casa depois das 20 horas. Pelo menos ninguém perguntaria qual o meu problema. Eu não saberia o que dizer. “Ah mãe, eu acho que sou gay e não vou te dar netos”.
Tais pensamentos só pioravam a minha situação. Eu não queria decepcionar a minha mãe, eu não queria magoar ela, ferir os sentimentos ou fazer qualquer coisa que a deixasse triste. Eu queria que ela sentisse orgulho de mim, e era por isso que eu passava 90% do dia planejando e correndo atrás do meu futuro, enquanto os outros 10% eu usava para dormir. Era pela minha mãe que eu estava sacrificando a minha vida pessoal, para ela me olhar com orgulho. E se eu deixasse essa história de homossexualidade se agravar, minha mãe nunca sentiria orgulho de mim. Não sendo essa pessoa totalmente religiosa que ela é.
Funguei e sequei os olhos. Abri a dispensa e tirei um pacote de arroz de lá. Cozinhar me deixava bem mais relaxado.
Tateei o bolso do meu jeans e puxei meu celular juntamente com fone, ignorando as notificações de mensagens. Liguei o modo aleatório do reprodutor e deixei as músicas rolarem sem pressa, me desconcentrando por uns poucos minutos raros do que havia acontecido hoje.
Minha mãe chegou pouco tempo depois que eu comecei a preparar a janta, mas não disse nada, fez o seu ritual diário de beber uma xícara de café e ir para o quarto dela, sempre em silêncio. Talvez fosse daí que eu tirei esse jeito frio e inexpressivo. Minha mãe raramente dizia que me amava, e eu raramente dizia que amava ela. É claro que tinha aquelas datas especiais, como festas de fim de ano, aniversários e dia das mães. Fora esses dias, nós éramos praticamente dois estranhos que moravam na mesma casa.
E ausência dela me machucava, mas eu não a culpava. Ela sofreu muito com o meu pai, e o pai dos meus dois irmãos mais velhos. Minha mãe era uma mulher forte, e eu a amava por ser quem é. Ela aturava um chefe que ela não gostava, num ofício que ela não gosta por um salário que fosse suficiente para manter a casa funcionando e sustentar eu e os meus irmãos. Ela era a minha heroína, e era por isso que eu me importava tanto com o meu futuro. Mesmo com 15 anos de idade, eu ainda sonhava em dar um mundo inteiro para aquela mulher que me fez ser quem eu sou.
Terminei a janta e fui até o quarto da minha mãe. Empurrei a porta com cuidado e coloquei só a cabeça para dentro do quarto. Ela estava dormindo.
Eu não gostava de acordar ela, mas era pior saber que ela fora dormir sem jantar.
– Mãe... – Sussurrei a princípio, mas aumentei o tom de voz na segunda chamada – Mãe!
Ela abriu os olhos resmungando, e mesmo já sabendo qual seria a resposta, ela perguntou o que eu queria.
– Quer que eu venha com a sua janta aqui? – Perguntei baixo, mas o suficiente para ela ouvir.
Essa era a minha estratégia para persuadir qualquer um a fazer o que eu queria. Eu sempre dava opções que levassem ao mesmo resultado. Se eu perguntasse se ela iria jantar, ela diria que não. Mas se eu insinuasse que ela iria jantar, mas a desse a sensação de escolha, ela faria o que eu quisesse. Funcionava quase sempre.
– Eu vou jantar. – Mamãe resmungou e eu sorri – Obrigado.
Assenti mesmo sabendo que ela não poderia ver.
Voltei à cozinha e fiz o meu parto, mas esperei que minha mãe chegasse para podermos jantar juntos, mesmo que fosse em silêncio. E assim foi.
Depois da janta eu preparei as minhas coisas do banho, e foi lá que eu me desfaleci em lágrimas. Deixei as minhas musicas tocarem no alto-falante enquanto eu relembrava o beijo e o toque de Lucas, e relembrava do prazer que aquilo me causou. Eu não queria ser gay, não queria isso pra mim. Eu sabia o quanto a sociedade era preconceituosa, e o quanto essa escolha mudaria a minha vida e os meus planos.
Eu não era preconceituoso. Não com os outros, apenas comigo mesmo. Eu era preconceituoso comigo por que eu cresci em uma família que considera o homossexualismo um pecado digno de apedrejamento, ainda que as coisas não funcionassem mais assim. Eles mesmos me apedrejariam se fosse preciso, e isso era o que me causava espanto e terror. Ser julgado pela minha própria família.
Saí do chuveiro e encontrei meus irmãos conversando na sala. Como se já não fosse tortura suficiente, me aproximo curioso e ouço parte do que eles estavam falando.
– Você viu aquela repostagem? Da agressão aos gays? – Disse minha irmã, Laissa – Nossa, eu morri de dó deles, por que mesmo sendo errado. Eles não gays por que querem, apenas são. Eles não escolhem, eles nascem assim. As pessoas deveriam pensar nesse lado da história.
Laissa era um ano mais velha do que eu. Ela tem olhos grandes e castanhos, cabelos negros cacheados e pele escura. Era idêntica à minha mãe, sem tirar nem por.
– Acho isso uma desculpa esfarrapada. – Meu irmão, Leandro, disse com a repulsa estampada em sua voz – Eles dão o cu porque eles querem e gostam. Ninguém os obriga. Eles merecem mesmo apanhar, acho que essa sim é a cura gay.
– Como você é ridículo. – falei espontaneamente, me arrependendo por ter aberto a boca – Se eles dão o – fiz sinal de aspas com os dedos – “cu”, alguém tem que comer, você não acha? E outra, você apanhou quase a vida inteira e não deixou de ser maconheirinho. Reveja seus conceitos.
Leandro me olhou com raiva, mas não sabia o que responder. Ele era três anos mais velho que eu, e apesar da nossa rixa, nos dávamos bem. Ele é o único filho loiro da minha mãe – puxou o pai. Leandro tem olhos claros, cabelo liso e pele parda.
Dei de ombros e deixei os dois conversando sobre aquele assunto desagradável. Amanhã pelo menos eu não teria curso. Ficaria em casa a manhã inteira, e planejava não sair da cama até a hora de ir para a escola.
Deitei na cama ainda com os cabelos úmidos, mas não consegui dormir com facilidade. Minha mente projetava a cena do beijo sem parar, desejando poder repetir aquele gesto novamente.
Eu tinha certeza de que não estava apaixonado por Lucas. Ele era apenas meu amigo, e eu não queria que isso que isso mudasse, com certeza estragaria a amizade, e não seria duradouro. O que eu queria era a sensação de novo. Adrenalina, prazer, perigo. Fazer algo proibido era muito bom, mas ao mesmo tempo muito desconcertante. Eu não tinha esse costume, sempre fui o bom garoto que segue as regras e se comporta.
Eu queria ser o garoto age impulsivamente, mas eu não sabia como, só sabia que o beijo do Lucas mudou algo em mim, e a mesma sensação foi me dada quando eu enfrentei o meu irmão.
Aquilo era bom pra mim, e se fosse bom pra mim, eu o faria mais vezes, mesmo que tivesse que esconder isso de todos. Eu queria mais daquela sensação, e a teria de qualquer forma.
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TUTS TUTS TUTS, estou contente, eu adoro vocês, adoro de verdade!
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Um beijo e um abraço do maior fã de vocês, o historiador.