Capítulo 3
Parte da série Por Amor
Oi oi gente... Capítulo de número 3 pra vocês... espero que gostem, é aqui que as coisas começam a melhorar..
↨Cass→ Obrigado meu anjo *-* Aqui está a continuação, espero manter você nesse mesmo entusiasmo haha ♥
↨paulinho12→ Obrigado, de verdade ♥ Aqui está, espero que ame tanto quanto já ama. Até logo
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Capítulo 3 – Prazeres Proibidos
Guardei alguns livros na mochila e me inclinei sobre a mesinha do computador. Passei os olhos por cima do relatório e mordi os lábios. Respirei fundo e mandei o relatório para a impressão.
Corri para o banheiro para escovar os dentes e só então percebi que ainda não tinha calçado os sapatos. O chão ainda estava úmido devido ao meu banho. Assim que Odilon me deixou em casa eu corri para o banho. Ele era lento, e isso me atrasou um pouco.
Escovei os dentes com pressa e corri para a área de serviço. Peguei um tênis cinza e o calcei com pressa. Voltei ao quarto e peguei as folhas do relatório, parando um segundo para sentir o cheiro fresco das folhas. Era ótimo.
– Luciano! – A voz grave do meu melhor amigo ecoou, me fazendo ficar quase que desesperado por causa do horário – Estamos atrasados...
Coloquei o relatório em um saco plástico e a coloquei dentro da mochila. Apoiei as alças da mochila nos ombros e saí. Meu melhor amigo, Lucas, me esperava na porta da minha casa, usando um agasalho azul e um jeans confortável. A mochila estava apoiada apenas no ombro direito.
– Demorou. – Lucas disse seco.
– Nem notei. Não era eu quem estava esperando. – Respondi com a mesma entonação.
– Quem era aquele garoto que estava com você? Seu namorado? Tá pegando ele?
Dei uma gargalhada divertida.
– Está me vigiando, Lucas Alexander? – Pergunto sorrindo – Já falei que não sou gay. Tire o cavalinho da chuva meu bem.
– Isso é bom. Por que se você fosse gay, seria meu namorado. Ou pelo menos ia deixar eu te comer.
Franzi o cenho e o olhei, segurando a gargalhada. Lucas e eu nos conhecemos a pouco mais de três anos, e em pouco tempo ele já se tornara o meu melhor amigo. Estudávamos na mesma escola, porém em classes diferentes. Ele assumiu ser gay para mim no nosso sexto mês de amizade, e desde então faz o que pode para jogar indiretas e sempre que tem a oportunidade me pede em namoro.
Era bom saber que eu despertava interesse até mesmo no sexo oposto.
Lucas é bem mais alto que eu, e tem o corpo forte. Sua pele é dourada e seus olhos são claros, quase chegando no verde. Ele tem um rosto redondo, como o de um bebê. Era relativamente bonito. Seu cabelo tinha um corte militar e era castanho-claro.
– Eu não seria seu namorado nem que eu fosse mulher, e você fosse o Rodrigo Santoro. – Falei sorrindo e comecei a andar, fazendo ele me acompanhar.
– Se você fosse mulher eu não ia te querer. – Lucas disse assim que alcançou o meu passo – Se bem que se fosse continuasse gostosinho assim, porque não?
– Sai! – Falei rindo – Nem te contei que a Camila terminou comigo né?
– Não... Por que ela fez isso?
– Aparentemente eu não tenho sentimentos, não me importo, ou não demonstro.
– Mas ela tem razão. – Lucas riu – De verdade.
Dei de ombros e expliquei como havia sido o término, e que incrivelmente eu não me sentia mal com isso, e que eu não sabia por que não sentia. Expliquei sobre eu não sentir vontade de ficar com ninguém. Que ninguém me atraía.
Lucas me ouviu atentamente, fazendo comentários sérios durante as minhas pausas. Eu gostava disso nele, ele era atencioso quando sabia que precisava ser. Ele pareceu pensativo, todo o caminho, mas não disse nada que eu não soubesse interpretar.
– Se a gente sair de aula vaga... – Lucas disse sorrindo, voltando com a sua expressão típica e brincalhona – Passa na minha casa. Eu não fiz o relatório ainda, e preciso conversar sério com você. Pode ser?
– Tá. – Falei dando de ombros. Já estávamos na porta da escola.
Descemos a escadaria em silêncio. Fomos juntos até as nossas salas. Ele entrou na sala à direita e eu na sala à esquerda, onde Talia me esperava sentada sobre a minha mesa, com as pernas cruzadas.
Talia desceu da mesa e me recebeu com seu típico abraço de urso, me apertando e me beijando o rosto. Abracei-a com a mesma intensidade e beijei sua testa.
– Tudo bem? – Ela perguntou sorrindo, toda alegre – Fiquei com saudade de você.
– Tudo sim, e você? – Perguntei educadamente – Eu também princesa, muita saudade.
Eu e Talia tínhamos um tipo de amizade rara, onde nós expressávamos exatamente o que estávamos sentindo. Ela me entendia perfeitamente, e por isso era a minha melhor amiga. Prometemos nunca abandonar um ao outro, e a promessa mantinha-se intacta há dois anos.
– E então... – Falei meio sem graça – Qual era a surpresa?
Talia sorriu e andou até a sua mochila rosa.
Ela era bem formosa. Tem o corpo lindo, sem nenhuma gordura sobrando. Os cabelos são longos e cacheados, mas são muito bem cuidados. Ela estava usando um macacão jeans e uma camiseta preta. Estava linda como sempre.
Talia tirou um embrulho azul da sua mochila e o estendeu para mim.
– Eu prometi a mim mesma que só daria isso para o meu melhor amigo, mas um melhor amigo que fosse durar a vida inteira. – Ela disse já corando – Acho que você é esse melhor amigo.
Meus olhos se encheram de lágrimas e eu a abracei com força. Eu a amava muito, e não me via vivendo sem ela. Ela era tudo na minha vida.
Depois que nos afastamos do abraço eu desembrulhei e tirei do embrulho um panda de pelúcia com um laço azul no pescoço. O cheiro do perfume que Talia usava impregnou o ar, me arrancando suspiros. Era o melhor odor que meu nariz já havia sentido.
Voltei a embrulhar o urso de pelúcia e o guardei com cuidado na minha mochila. Guardaria aquele urso como a minha vida. Prometi isso a mim mesmo naquele momento.
Depois de guardar o urso eu e Talia nos sentamos lado a lado.
O dia passou com tranquilidade, seguindo a ordem das aulas de Língua Portuguesa, Geografia, Educação Artística e Inglês. A última aula deveria ser de Matemática, mas o professor havia se juntado a alguns outros na greve, nos deixando de aula livre.
– Gente arrumem os materiais. – A inspetora, Cida, anunciou – Vocês vão sair mais cedo hoje.
Arrumei o material apressado, sabendo que Lucas também ficaria de aula livre.
– Me leva até a minha casa? – Talia perguntou.
– Desculpa, já marquei um compromisso importante. – Falei me sentindo mal por não poder levá-la – Sinto muito.
– Tudo bem, fica para a próxima. – Ela disse sorrindo.
Sorri de volta e esperei que a inspetora liberasse as turmas. Lucas e eu nos encontramos no portão de saída.
– Vamos? – Lucas sorriu – passei o dia inteiro torcendo pra que nós saíssemos mais cedo.
Assenti.
Lucas morava na rua debaixo da minha, então não haveria nenhum problema ficar na casa dela até tarde.
Descemos as escadas até a casa dele, e ele me conduziu até o quarto. Nesse horário os irmãos dele ainda estavam na escola, o pai dele trabalhando. Cumprimentei educadamente a mãe dele ao passar pela cozinha, mas foi algo breve.
Lucas fechou a porta e me olhou curioso.
– Eu acho que você é gay. – Lucas disse sério – Não me leve a mal, sério. Cara, você já ficou com outros garotos?
– Não! – Falei assustado – Lucas, eu não sou gay, não sinto atração. Não gosto sabe, sei lá. Nunca fiquei e nem me imagino ficando. É repulsivo. Nojento.
– Não me bate.
Fiquei em silêncio, mas não raciocinei rápido o suficiente. Lucas me puxou para perto dele e apertou meu órgão genital em suas mãos, o massageando e acariciando. Eu estava imóvel. Meu coração se desintegrava a cada batida, eu me sentia culpado. Me sentia culpado por gostar do que o meu melhor amigo estava fazendo, e me sentia culpado pela reação positiva do meu corpo, e endurecia cada vez mais o meu membro.
Coloquei a minha mão sobre a de Lucas e a afastei do meu corpo, dando alguns passos para trás
–Você só pode estar ficando louco. – Eu falei – Louquíssimo! Já pensou se sua mãe entra nesse quarto?
– Você ficou de pau duro. – Lucas disse rindo – Agora vamos ver se você gosta disso.
Ele me puxou novamente, desta vez pressionando seus lábios carnudos contra o meu, me deixando mais uma vez sem reação, a não ser a do meu corpo que já havia respondido antes com o toque dele.
Lucas apertou meu traseiro com força, primeiramente causando mais uma reação positiva no meu corpo, mas causando um desconforto logo em seguida, me libertando do transe prazeroso que o toque da boca dele me causou.
Assim que consegui me libertar dos braços do meu melhor amigo, meu braço direito projetou um movimento estranho, e meu punho acertou o nariz de Lucas com força.
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O que acharam amores? Comentem aí, e esperem ansiosos por mais, que logo logo estará aqui para satisfazer vocês.
Um beijo e um abraço, o historiador.
Até logo.