3- Você Tem Algo Que Me Pertence

Conto de historiador como (Seguir)

Parte da série Entre Dois Corações

UHUUUUU AQUI ESTÁ MAIS UM CAPÍTULO!! Eu ia postar de madrugada mas estava com preguiça huehue e não tinha escrito o capítulo ainda. Mas aqui esta, espero que gostem

*maickito* Huehue, relutar requer muito esforço pra nada kk não gosto muito de prolongar essas cenas, já que a emoção começa mesmo em NYC! Uhul kkkk

*BielRock* AWN seu safadinho kkkkkkk também amei aquele capítulo, foi o que mais gostei de escrever kk amo essas fofuras, sou muito romântico 🙈

<ENTRE DOIS CORAÇÕES >

Capítulo III: [Você Tem Algo Que Me Pertence]

Música tema: [Enséñame - RBD]

- O que está fazendo aqui? - Pergunto sem mais delongas.

- Não vai apresentar seu amigo? - Hélio olhava para Robert não muito satisfeito com a cena que acabara de presenciar.

- Não é meu amigo, é meu namorado! - Falei sem tirar os olhos de Hélio - Robert amor, esse é Hélio, meu progenitor.

Hélio pareceu entristecer com a apresentação formal que eu fiz, mas eu estava pouco me importando com ele ou com os sentimentos dele.

- O que está fazendo aqui? - Repito o olhando.

- Como assim? - Hélio parace não entender a pergunta.

- Quero saber o que está fazendo aqui. - Repito impaciente - Em primeiro lugar não entre sem bater, por que essa não é sua casa, em segundo lugar, ainda são dez horas da manhã e o combinado seria que você viria me buscar à tarde, e terceiro, o que você está fazendo aqui?

Hélio não pareceu chateado nem comovido com a minha grosseria, e nem deveria, eu só falei verdades.

- Vim ver como você estava. - Hélio disse - Ver se precisava de alguma coisa...

O olhei sem compreender o que ele estava dizendo.

- Você quer dizer que você some por dez anos e acha que eu vou precisar de alguma coisa de você agora? - Perguntei - Hélio entenda, eu não preciso de você. Não mais. Eu aprendi a me virar sem um pai, assim como muitas pessoas vivem sem a mãe e sem o pai.

Robert apenas observava toda a cena, constrangido por participar de uma discussão familiar. Ele voltou a fazer as panquecas, fingindo ignorar a minha presença e de Hélio.

- Eu não sumi Ethan, você parou de atender às minhas ligações e responder minhas mensagens.

- Você acha que isso é ser um pai presente na minha vida? - Perguntei com os olhos marejados - Você não se deu o trabalho de fazer uma viagem sequer para vir me ver.

- Ethan você...

- Eu não entendo não é? Essa foi a desculpa que você usou esses anos todos! Mas já que eu não entendo, vou ser claro o suficiente para que você entenda: eu não quero ir com você para longe das pessoas que eu gosto, por que pra mim você não passa de um estranho, um desconhecido. E se ainda não foi claro, eu posso resumir também: me esquece Hélio, porque eu também já te esqueci!

Me virei, passei as mãos nas costas de Robert e subi para o meu quarto. Meu celular estava vibrando na cabeceira da cama. Atendi à ligação de Gabrielly.

- Olá baby. - Gabrielly disse rouca - Tudo bem?

- Eae gata! - Falei feliz ao ouvir sua voz - Tudo indo. O Hélio já está aqui. Vou arrumar minhas malas.

- Ah... - Gabrielly disse num tom mais baixo e triste - Vou até a sua casa baby, tenho uma notícia.

- Rola dica? - Perguntei e sorri.

- Já adianto que não são boas novidades.

Eu ia fazer mais perguntas, mas Gabrielly encerrou a ligação sem nem se despedir.

Fiquei preocupado mas achei melhor não pensar muito no assunto. Peguei uma mala preta no compartimento superior do meu guarda-roupas e a enchi com algumas calças, sapatos, camisas e agasalhos. Eu não usava bermuda. Dentro da mesma mala coloquei alguns CDs e meus aparelhos tecnológicos como notebook, ipod, etc.

Peguei uma outra mala menor e coloquei nela alguns itens pessoais como cuecas, meias, meus cremes... Não levaria muita coisa. O que eu precisasse eu compraria por lá mesmo.

Eu já havia pensado em resistir à viagem e convencer Hélio a me dar uma emancipação, mas estava claro que ele tentaria uma reaproximação, e era impossível isso comigo no Brasil e ele nos EUA.

Voltei à cozinha. Robert finalizava as panquecas jogando molho por cima. Ele e Hélio riam de alguma coisa.

Me aproximei mais e vi uma terceira silhueta. Gabrielly.

Ela me viu e correu até mim, me dando um abraço apertado e demorado.

- Awn viado quanta saudade! - Ela falou enquanto me enforcava com seus braços.

- Vai sentir mais saudade se me matar sufocado... - Falei em meio ao abraço e a apertei pela cintura.

Nos separamos do abraço e eu fui até meu namorado. Dei um beijo no ombro de Robert e ele me beijou na boca.

- Fofos! - Gabrielly disse passando por mim e deslizando sua mão na minha bunda - Meu casal de viados favorito.

- Minha puta predileta! - Falei e passei meu braço no ombro dela - E então, qual era a novidade?

Os três se entreolharam sérios. Gabrielly puxou uma mala rosa de um canto da cozinha e se aproximou de mim.

- Eu consegui um intercâmbio para Nova Iorque! - Ela gritou e pulou nos meus braços - Você não vai se livrar de mim tão cedo sua bixa!

- Você disse que era uma notícia ruim sua vaca! - Falei rindo.

- E desde quando te aturar é uma coisa boa?

- Babaca!

Estávamos todos eufóricos, com exceção à Robert. Ele lavou as louças que ele utilizou e as guardou.

- Está pronto. - Ele disse com um sorriso simpático no rosto - Vou me trocar.

Robert subiu as escadas. Gabrielly estava falando sem parar sobre as coisas que pretendia fazer em New York.

- Ja venho... - Falei e subi para o meu quarto.

Robert estava sentado na cama, observando alguns quadros sobre o criado-mudo. Entrei em silêncio mas ele notou a minha surpresa.

- Está tudo bem? - Pergunto sentando-me ao seu lado.

Robert segura a minha mão e a aperta sobre a sua. Só então percebo o quão pequeno eu sou em comparação à ele, e como eu queria ser protegido. Mas nesse momento eu deveria ser o protetor...

- Não quero que você vá. - Robert disse e respirou fundo - Não posso te deixar escapar assim.

- Eu não estou escapando amor... - Falei e acariciei seus cabelos - Eu amo você meu anjo, você quebrou meu coração em dois pedaços, e levou o maior deles com você. Não posso fugir de você... Você tem algo que me pertence, você tem uma parte significativa de mim...

Robert me abraçou e me beijou. Entre nossos lábios pude sentir o gosto salgado de suas lágrimas.

- Você é meu! - Robert disse com seus lábios nos meus - Só meu.

- Só seu... - Concordei e o beijei.

- Quais são as chances de nós fazermos amor agora?

- Nenhuma. - Falei rindo - Vamos descer para comer.

Robert me apertou e me beijou, me deitando na cama.

- Não! - Ele falou rindo e beijou meu pescoço.

Empurrei Robert para o lado rindo.

- Desce com a minha mala! - Pedi quando já estava fora do quarto.

Fui à cozinha. Hélio e Gabrielly degustavam as panquecas com um copo de café. Peguei uma xícara e me sentei ao lado de Gabrielly. Nos olhamos sorrindo, felizes por podermos ficar juntos.

Ela deitou no meu ombro. Peguei a jarra de café e enchi minha xícara.

- Tenho que te falar uma coisa. - Olhei sério para Gabrielly e desviei o olhar discretamente para Hélio.

- Já entendi! - Gabrielly sempre teve um raciocínio muito rápido - Fala mais tarde, tenho certeza que é importante.

Hélio sorriu e deu um gole no seu café. Logo e seguida Robert desceu com as minhas malas.

- Obrigado amor. - Agradeci.

Robert beijou minha testa e sentou-se ao lado de Hélio.

- Gostaram das panquecas? - Robert perguntou orgulhoso de de seu trabalho.

- Fora as pelancas e as bordas queimadas... - Gabrielly disse rindo.

- Pelancas tem a tua bunda! - Robert riu.

- Minha bunda é lisinha e redondinha! - Gaby colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha - Quer ver?

- Essa fruta no me gusta... - Robert acrescentou um sotaque mexicano - Prefiro a bunda do meu namorado que é redonda, grande e empinadinha.

Corei e bebi um gole de café, tentando me esconder atrás da xícara. Hélio ficou sério.

Gabrielly gargalhou exageradamente e me olhou como quem dizia "vamos conversar sobre isso".

A olhei de volta mordendo o lábio inferior. Dei um sorriso cúmplice para Gabrielly e ela fingiu que ia vomitar.

- Vocês são nojentos! - Ela disse se levantando - Vou me despedir dos meus parentes. Você vem boiola?

Neguei com a cabeça a olhei com um olhar suplicante. Gabrielly entendeu exatamente o que deveria fazer. Nós tínhamos uma conexão inexplicável e sobrenatural. Podíamos conversar apenas por olhares e sorrisos, e mesmo quando estávamos em silêncio decifravamos o que o outro estava pensando.

- Tio Hélio, você pode me dar uma carona? Minha mãe disse pra você aparecer lá antes de ir embora, e meu pai disse que sentia saudade de jogar uma pelada com você.

Gabrielly e eu nos conhecíamos desde o berçário, e nossos pais eram amigos facultativos que manteram o contato depois.

- Vamos então. Filho, você não vem? - Hélio perguntou e eu neguei - Muito bem, volto já.

Hélio e Gaby saíram juntos. Me levantei ao ouvir a porta sendo fechada.

Olhei para Robert.

- Enfim sós! - Falei tentando fazer cara de safado.

Fail. Robert gargalhou e se aproximou de mim, beijando meu rosto.

- Nunca mais faça essa cara. - Robert disse rindo e beijando meu pescoço.

- Eu não preciso. - Falei colocando minha mão no rosto dele - Consigo seduzir só pelo fato de estar respirando.

- Tenho que concordar contigo.

Prendi meu dedo no passante da calça dele e beijei seu queixo.

- Sabe onde estou querendo chegar não sabe? - Pergunto sorrindo meio sem jeito.

- Sei, mas não vai chegar. Vem, tenho uma coisa para você.

Não deu tempo de protestar. Robert me arrastou até o carro dele. Ele abriu a porta e depois o porta-luvas da Hailux. Tirou de lá um pingente em forma de coração e o quebrou no meio.

- Esse coração simboliza e representa o nosso amor. - Robert virou o pingente revelando nossos nomes gravados em cada lado - Não importa quanto tempo passe, não importa se nos apaixonarmos por outra pessoa enquanto estivermos longe um do outro... Quando nos vermos novamente, é você que eu vou querer perto de mim, é por você que eu vou me apaixonar de novo e de novo, quantas vezes forem precisas.

Meus olhos ameaçavam derrubar um oceano de lágrimas, mas eu as segurei. Precisava ser forte, parque qualquer coisa boba já seria motivo suficiente de desistir de tudo e fugir para longe com ele.

Beijei Robert e o abracei.. Respiramos sincronizadamente até nos beijarmos novamente.

- É errado querer transar com você agora? - Robert perguntou.

- Não... - Sussurrei e passei para o colo dele - Eu amo você.

- Te amo mais.

- Não ama! - o beijei - vamos lá pra dentro.

(...)

Eu abraçava Robert com força, e só o soltei ao ouvir a última chamada da aeromoça, dizendo que o vôo sairia em menos de cinco minutos.

O beijei chamando a atenção de quem passava. Segurei o pingente que Robert havia me dado. Estava num colar, no meu pescoço.

Robert repetiu o gesto e gesticulou um "eu te amo" com os lábios, sem som algum.

Beijei meu dedo médio e indicador, e os encostei na boca de Robert. Gabrielly segurou meu braço e nós fomos juntos com Hélio para o embraque.

Me tranquilizei pensando que isso não era um adeus, e sim até logo.

O motorista de Hélio estava no portão de embarque, vestido formalmente com uma camisa branca da Nike, uma calça saruel preta e um supra branco. Tinha cebelos e olhos negros, pele clara e corpo musculoso.

O motorista nos cumprimentou e embarcou conosco.

Respirei fundo e me preparei para os próximos seis meses, que graças à Gabrielly se tonariam menos entediantes.

***

Relembrando que: Ethan (Guilherme Leicam); Robert (Vitor Facchinetti); Gaby (Mel Fronckowiak); Hélio (Murilo Benicio)

***

Aí esta, não deixem de comentar, por favor é importante! Obrigado aos que acompanham e aos que estão começando agora.

**BielRock** Contato [luccipriano@gmail.com]

Comentários

Há 2 comentários.

Por BielRock em 2014-11-23 13:38:32
Agora que eu me lembrei , eu já tenho seu contato a muito tempo e já mandei um email já faz uma década .
Por BielRock em 2014-11-23 13:37:03
Own capítulo fofoe triste ao mesmo tempo . Não vejo a hora deles chegarem a NY u.u