16- Déjà Vu

Parte da série Entre Dois Corações

ONDE ESTÃO MEUS FAVORITOS DO SITE? MEUS LEITORES LINDOS?

Estão pondo todos os meus capítulos nos mais lidos (quanto orgulho de vocês)

Enfim, depois de uma demora quase abusiva (mds como os meus domingos são tediantes) e de muitos neurônios queimados, aqui está a continuação da série. Quero que me perdoem pela demora, eu realmente estava sem paciência para escrever e sem criatividade para continuar o conto (estou sofrendo com o capítulo anterior)

Vamos parar de bla bla bla e ir pro que interessa então?

<RESPOSTAS À COMENTÁRIOS>

*yellow* kkk tá com a memória fraca hein! Hahaha obrigado por comentar, e que bom que está gostando, acho que a intenção de todo autor é fazer as pessoas se apaixonarem pelos seus contos

*BielRock* Hmmm surpreendi não foi? Quem diria afinal que isso aconteceria? kkkkk espero para ver você aqui nesse capítulo hein, nada de dar furo comigo!

*Fagner* Esse capítulo foi uma luta para ser escrito kkkk acho que todos afinal estavam sofrendo com isso, afinal, é completamente agoniante saber que alguém que você conhece está sendo torturado de forma tão cruel! E menino, não é mesmo? Esse Christopher é um vagabundo mesmo, canalha cachorro gostoso kkk se vingar? Ethan não me parece o tipo de pessoa que se vinga dos outros (será?) Mas então, acho que até eu estou chocado com a atitude de Scott! E eu achei super fofo quando ele diz que tinha orgulho da força de Ethan *-* E sim, esse segredo que ele guarda promete muito mais do que já teve huehuehue Obrigado por me acompanhar nessa jornada Fag (quanta originalidade para um apelido hein) e obrigado por tantos elogios que afinal, são o que me mantém no caminho certo (eu acho) um beijo guri, obrigado de verdade!

*maickito* kkkkk obrigado cara, mas acho que perdoar faz parte né? Enfim, isso é decisão do Ethan é não minha, espero que ele faça a escolha certa, e que afinal, tudo se resolva. Valeu carinha, até logo!

~~boa leitura (comentem)~~

<ENTRE DOIS CORAÇÕES>

Capítulo XVI: [Déjà Vu]

- Procure ela... - Foram as duas últimas palavras de Scott, antes do seu corpo cair desfalecido no chão, sem vida.

De repente tudo parecia mover-se em câmera lenta. O Jeep brecou e deu um cavalinho de pau, dando meia volta e tentando fazer o retorno, mas outra viaturas da polícia já havia fechado a rua, eles não tinham mais por onde fugir.

Eu ainda estava cambaleando, mas alguma coisa e impedia de ver as cenas com clareza. Eu estava chorando?

Bom, quando você é salvo de ser baleado, com certeza tem motivos para chorar, mas parte de mim chorava por Scott, pelo corpo sem vida dele.

Esfreguei os olhos e vi papai correr em minha direção, enquanto o agente Underwood ia dar um breve aperto de mãos nos policiais.

As palavras de Scott ainda ecoavam em minha cabeça, e eu me perguntava quem eu deveria procurar. Ela? Era uma mulher.

Papai chegou até mim com um olhar aterrorizado, e eu teria feito algum piadinha se não estivesse tão cansado.

- Eu vou levar você pra o hospital meu anjo. - Hélio disse chorando, e quando dei por mim ele estava me abraçando.

Minha visão ficou embaçada novamente, e notei que dessa vez estava chorando por causa de papai. Como era bom ver ele, ouvir ele...

"Está doendo? Agradeça ao seu papai" as palavras de Scott ecoaram em minha mente, e por susto e impulso eu empurrei Hélio para longe, dando um passo para trás e me desequilibrando.

Tropecei no corpo de Scott e caí.

(...)

Minha cabeça latejava de dor, e mesmo estando de olhos fechados eu tinha uma leve impressão de que eu já estive ali.

Abri os olhos lentamente, deixando eles se acostumarem com a claridade do lugar. Que no caso se referia ao quarto de um hospital.

- Acho que só assim pra gente poder se ver sem dar um jeito de discutir. - Uma voz masculina preencheu o ar.

Olhei à minha volta e o vi sentado no sofá do quarto. Robert estava mais lindo do que nunca, com os cabelos mais curtos e um tapete perfeito, os olhos estavam vermelhos e inchados, mas não perdiam a beleza natural. Como ele era lindo.

- Você acha? - Ironizei - Já é a segunda vez.

Ele riu e se aproximou da cama. Sentou na beira, pegou minha mão e me olhou nos olhos.

- Eu tive muito medo Ethan. - Ele falou - Logo depois que nós terminamos eu voltei para o Brasil, e quando recebi a notícia que você havia sumido...

- Robert - Falei interrompendo ele - Eu amo você.

Os olhos dele se encheram de lágrimas, e ele me beijou da forma mais intensa que eu já tinha sentido. Seus lábios molhados, suas lágrimas salgadas entre nossas bocas, suas mãos na minha cintura... Eu poderia ficar ali para sempre, pois nos braços de Robert eu me sentia seguro, me sentia querido. Não haviam segredos entre nós, e a história do namoro com a garota para mim era passado.

Nos separamos somente quando não tínhamos mais fôlego para respirar, mas logo voltamos a nos Beijar. Eu sorria em meio aos beijos, e Robert dava leves mordidas na minha boca.

- Seu nojento. - Falei rindo ainda com seus lábios nos meus.

- Eu? - Ele se afastou e ergueu a sobrancelha.

- Eu fiquei sabe-se lá quantos dias em cativeiro, sem escovar os dentes - falei - E você ainda tem coragem de me beijar.

- Não se preocupe, eu também fiquei esse tempo todo sem escovar os dentes. - Ele disse e avançou para mais um beijo.

- Eca! - Eu empurrei ele e gargalhei.

- Eu vou contar um segredo para você - Robert disse animado, se endireitando na cama - Faltam pouco mais de dois meses para você fazer 18 anos, ir morar comigo, a gente se casar e adotar nossas crianças.

Fiquei em silêncio, observando o tamanho da minha sorte. Como ele era lindo, e romântico... A cada segundo minha certeza de que ele era o homem ideal só aumentava.

- Casamento? - Perguntei tocando sua mão - Não lembro de termos conversado sobre isso.

- Então vamos conversar agora. - Ele falou segurando as minhas mãos e as prendendo nas suas - Talvez esse não seja o lugar nem a situação ideal, mas Ethan, depois de tudo o que aconteceu, eu não quero passar mais um dia sequer sem poder te chamar de meu. Casa comigo?

Fiquei em dúvida entre sorrir e chorar, e então decidi fazer os dois. Puxei Robert para um beijo e o abracei.

- Eu já sou seu. - Falei e o beijei novamente, me perguntando como eu pude ficar tanto tempo sem aquela boca.

- Isso foi um não? - Robert pareceu chateado.

- Robbie, eu só tenho 17 anos. - Falei com um sorriso meigo - Mas se para você é importante... Eu sei que você é o homem da minha vida, o único que realmente me ama como eu te amo, e sei que eu quero você pra sempre...

- Isso foi um sim?

Sorri e beijei sua boca, brincando com a língua e arranhando suas costas. Robert era muito mais que um dia eu achei que merecia.

- Isso foi um sim. - Falei rindo e beijando seu pescoço.

- Você tem que parar de fazer essas coisas. - Robert disse em meio a um gemido.

Dei uma risada tímida e olhei para a porta, vendo a maçaneta girar. Papai e Gabrielly entraram.

Gaby correu pra me abraçar, fazendo Robert se afastar. Ela chorava em meu ombro e me pedia desculpas.

- Me perdoa Ethan, me perdoa... - Ela falava e me apertava em seus braços - Eu fiquei com tanto medo, doeu tanto...

- Shh.. - Chiei para ela - Tá tudo bem, acabou, não me aconteceu nada de mais...

Eu sabia que tinha acontecido muitas coisas, mas de certa forma minha mente tratou de esquecer as torturas, mas eu ainda sentia a dor delas, não apenas no corpo, mas em toda minha essência.

- Eu tenho tanta coisa pra te contar! - Ela falou e olhou para Robert.

De repente meu coração doeu, lembrando que ela também havia escondido coisas de mim. Será que Gabrielly ainda tinha segredos? Será que me contaria todos eles?

Hélio não disse nada. Estava parado perto do armário de medicações com uma cesta na mão. O olhei sorrindo e pedi para Gabrielly se afastar. Ela obedeceu, dando espaço para Hélio.

- O Chris mandou de recordação. - Papai disse erguendo a cesta - Não pode vir, teve que levar a mãe e a irmã ao aeroporto.

E então tudo voltou num flashback em minha mente. As torturas, Chris me entregando para os bandidos, a troca... O beijo.

Meus olhos marejaram e eu sequei as lágrimas antes que eles a notassem. Olhei pra Robert e por um momento duvidei sobre nós.

Que merda, meus olhos não paravam de expelir lágrimas, e logo eles perceberiam isso, se é que já não perceberam.

Virei o rosto e o sequei nos lençóis. Respirei fundo e olhei para eles.

Eu queria contar sobre Christopher, sobre a troca, mas eu não achava justo. Ele não fez na intenção de me prejudicar ou me machucar, ele só queria salvar sua família.

(...)

Chegamos em casa e meu pai fez os curativos que os médicos receitaram.

- Então quer dizer que você está namorando o Chris? - Perguntei com um sorriso falso no rosto - Finalmente desencalhou!

- Cala a boca! - Gabrielly respondeu rindo - Meu Deus, e eu ainda sentia saudade de você!

- Hey bebê - Robert me chamou - Estou indo para o meu apartamento.

- Não vai ficar comigo? - Fiz cara de triste e olhei para o chão - Pensei que íamos dormir juntos hoje.

Robert corou devido à presença de papai, Gaby e Christopher. Sorri e mordi o lábio inferior.

Robert olhou para papai, pedindo permissão para poder ficar. Hélio assentiu e eu sorri, dando uma piscadela discreta para o meu namorado.

- Enfim, vou dormir um pouco, hoje a noite vai ser longa. - Falei rindo - Até mais tarde.

Fui para o meu quarto rindo, sem parar para olhar a reação dos que estavam presente. Eu estava realmente cansado, e amanhã ainda tinha um depoimento para dar amanhã.

Tirei minha roupa, deixando os curativos à mostra e coloquei uma bermuda mais larga de seda.

Ajeitei os travesseiros e deitei na cama, sentindo minhas pálpebras se tornarem mais pesadas a cada segundo.

~ Eu estava no carro junto com minha mãe, ambos rindo de alguma palhaçada dela, com certeza. Ela sempre foi muito bem humorada.

Olhei para ela pelo espelho retrovisor. Seus olhos azuis brilhavam numa intensidade que só os olhos dela tinham.

A chuva fraca molhava o para-brisas, mas mamãe era impecável no volante, fazia curvas perfeitas.

- Está com medo? - Mamãe disse vendo a minha cara de assustado com a curva.

Eu ia responder, mas uma mão vinda do banco de trás segurou o pescoço de mamãe, a fazendo perder o controle do carro.

- Ethan sai do caro! - Mamãe gritou e mordeu a mão que vinha do banco traseiro.

Peguei um pote de metal que mamãe colocava as cinzas do cigarro e bati no braço com força, fazendo ele soltar mamãe.

- Ethan pula! - Mamãe gritou - Agora.

Abrimos as portas do carro, mas a mão segurou mamãe. Estávamos indo direto em um posto se gasolina.

Pulei para o banco traseiro, em cima do dono da mão misteriosa, e me assustei quando o reconheci o rosto do agente Underwood.

O acertei com o pote de metal na cabeça, dando tempo para que mamãe pulasse do carro, mas não me sobrando tempo algum. O carro bateu em um abastecimento de gasolina do posto, causando uma grande explosão ~

Acordei suando e deixei um grito escapar. Meus olhos se encheram de lágrimas e Christopher entrou no quarto correndo.

Não o deixei me tocar, eu estava vulnerável de mais, e lembrava com intensidade da dor que senti quando ele me entregou para James e Scott.

"Procure ela..." a frase dita por Scott ecoava em minha mente "Procure ela...".

***

Então é isso pessoal, novamente me desculpem por não ter postado o capítulo antes kk domingo é o pior dia que tem para escrever! Hehehe beijos pra vocês, e não de esqueçam de comentar aí hein, espero que tenham gostado desse capítulo ^^

Contato: [luccipriano@gmail.com]