01 - Second Season

Conto de historiador como (Seguir)

Parte da série Entre Dois Corações

Ryan Benson >> Obrigado, foi um grande prazer escrever essa série também e melhor ainda é poder proporcionar esse prazer aos leitores. É gratificante ver você no final da série, e bem, espero te ver aqui no começo também. Obrigado por tudo, espero você para lhe proporcionar mais momentos de emoção, ódio... etc. Obrigado Ryan.

Fagner >> Você só pra variar me emocionou. Cara, nem sei o que dizer, mas te espero ansiosamente aqui no final desse capitulo. Foi maravilhoso esse tempo que eu passei com você, e espero que esse novo tempo seja muito melhor. Obrigado por ser um leitor companheiro, amigo. Você me conheceu em uma fase da minha vida que eu não imaginava passar, e se tornou um amigo maravilhoso. Bem, sei que não foi o que você esperava, afinal eu acho que até eu mesmo queria um fim mais feliz. Mas quem disse que Ethan não pode ser feliz sem Christopher? É exatamente isso o que nós vamos descobrir nessa temporada: É possível Ethan viver sem seu grande amor? Obrigado por tudo Fagner, até logo caro amigo.

NillDidas >> às vezes me impressiona a capacidade de algumas pessoas em me deixar sem palavras. Espero realmente que Entre Dois Corações tenha lhe proporcionado bons momentos, mas não satisfeito com isso, eu quero proporcionar momentos melhores ainda. Obrigado por me acompanhar nessa jornada, espero te ver por aqui.

hugo >> Essa era a intenção!!! Bem, na verdade a intenção era causar revolta, mas lágrimas são o primeiro passo. A reviravolta na trama e na opinião dos leitores era a minha intenção desde o começo. Na verdade a ideia original era fazer com que Ethan voltasse a namorar Robert, mas esse final ficou diferente, e foi isso o que me atraiu. Obrigado senhor, espero te encontrar aqui nessa segunda temporada. Um grande abraço.

igoroliveira O Importante é que você estava aqui, e que você gostou da trama. Espero ver comentários seu nessa temporada he8in! Obrigado, um grande abraço.

Entre Dois Corações 01 – Memórias Assassinas

[Rio de Janeiro - Brasil]

Tateei o ar à procura da minha cama e despejei as sacolas de roupas ao encontrá-la. Sentei-me com cuidado, assim como tem sido desde que cheguei no Brasil. Desde que fiquei cego para ser mais exato. Tudo passou a ser feito com um cuidado e uma calma irritante.

Fechei os olhos (como se mantê-los aberto ou fechado fizesse alguma diferença) e levei toda a minha concentração aos ouvidos. Eles eram tudo o que havia me restado. Certifiquei-me que Gabrielly e Thiago não estavam em casa antes de deixar minhas lágrimas caírem. Eu me sentia mal por enganá-los e fingir que eu estava bem, mas não fazia diferença. Eu me sentia mal por milhares de outros motivos, por outros milhares de fatos. Eu simplesmente me sentia mal em cada segundo do dia, apenas disfarçando tudo com um sorriso. Isso por que minha melhor amiga odiava me ver chorando, então eu simplesmente parei de fazer isso na frente dela e de Thiago, o meu oftalmologista.

Acho que ainda não contei, mas Gabrielly e Thiago estão namorando. Bem, eu também fiquei surpreso quando eles me contaram, mas até gostei da ideia. Eles perdiam tanto tempo comigo, dedicavam grande parte do dia á mim, e a me deixar confortável. Eu realmente queria que eles vivessem mais e me deixassem viver menos.

Ainda de olhos fechados, me virei de conchinha na cama e agarrei o edredom, sentindo o cheiro confortável e inebriante dele. Cheirava a Christopher.

Respirei fundo e deixei que a escuridão me abraçasse, ficando de conchinha comigo. Isso pode até parecer algo sem noção. E é mesmo. Mas só eu sei os meus motivos, só eu conheço a escuridão intimamente. Eu fui o único que não lutou contra ela, que a deixou fazer parte da minha vida. Isso por que a escuridão é minha amiga, porque ela me traz lembranças. Lembranças de olhos tão negros quanto o próprio vácuo à minha frente, cabelos tão escuros quanto às sombras que dançavam à minha volta, indicando que tinha algum objeto ali. Afinal, era apenas isso que eu via: sombras, vultos e escuridão.

Algumas vezes eu via Christopher também, mas eram apenas ilusões e alucinações. Christopher estava longe, e eu o afastei. Afastei o homem que eu chamei de Amor, quando deveria tê-lo chamado de Irmão.

[Nova York – USA]

A pedra ricocheteou na água três vezes antes de afundar, e a pedra seguida ricocheteou quatro. Observei a pedra afundar rapidamente, sem dar um grito de socorro. É claro que pedras não pedem socorro, tampouco se importam em serem lançadas na água. Mas eu queria que elas pedissem socorro, por que eu queria poder pedir socorro. Era uma metáfora idiota, mas fazia sentido. Eu me sentia pesado, não conseguia nadar. Estava me afogando aos poucos, e não conseguia pedir socorro.

Cocei a barba que já não fora feita há dois dias e respirei fundo, me sentindo tão vazio quanto aquela praia. Era uma praia deserta. Uma reserva do governo, para preservar a natureza e manter o patrimônio limpo. Ótimo trabalho. O mar era cristalino, tão azul quanto...

Balancei a cabeça para afastar os pensamentos que me torturavam, e meu subconsciente despertou de seu sono de pouco mais de três meses. Ele me olhava cautelosamente, com os olhos cheios de remela e a boca numa linha fina, tentando entender o que se passava.

Ignorei o olhar curioso do meu subconsc0iente e voltei a jogar pedras na água, até o momento em que o meu celular tocou. Olhei para a tela touchscreen e quase me surpreendi ao ver que o celular estava chamando mesmo estando fora de cobertura. Quase. Eu teria ficado mais surpreso, é claro, se o nome na minha tela não identificasse quem estava me ligando.

Deslizei o dedo e encostei o celular no ouvido. Tomei coragem antes de me pronunciar.

– Alô? – Falei calmo, ou pelo menos tentando – Christopher Fitzgerald.

– Não me diga. – O tom zombeteiro e típico de Taylor me tirou um sorriso – Chris, eu preciso de você.

Taylor era o meu supervisor. Ele havia me treinado juntamente com Dona Carmen, para que eu fosse um agente perfeito. E eu fui.

Tornei-me o que os outros agentes chamam de Agente Camaleão. Fazia parte da CIA, FBI e Polícia Federal, era uma máquina. Sim, com o verbo no passado. Depois de toda a confusão que houve com Ethan e sua família, eu decidi largar tudo, e recomeçar. Atualmente eu estou morando em Nova Iorque, em um hotel com vista para reserva do governo.

– Do que você precisa? – Perguntei com um suspiro implantado na voz.

– Olha, sei que você largou o FBI, mas eu preciso que você vá a uma missão. É muito perigosa, e eu não consegui achar ninguém melhor do que você.

– Não, obrigado.

– Por favor, Christopher, pelo menos pensa na proposta. É importante. Tráfico internacional de drogas e armas. Estamos falando de gente perigosa e rica, que passam pelo governo de olhos vendados. – Taylor parecia sério, sua voz estava fria e impassível, quase sólida – Eu preciso de você.

– Precisa de uma resposta em quanto tempo? – Perguntei ainda em duvida. Eu realmente precisava pensar sobre isso.

Respirei fundo e baixei a cabeça, me autonomeando estúpido e idiota. Meu subconsciente deu um salto olímpico e bateu palmas. Ele ama aventuras, ama se aventurar e me ver em perigo.

– Cinco segundos. – Taylor respondeu de imediato, me fazendo piscar sucessivas vezes.

– Tudo bem. Última missão. – Falei autoritário – Não importa se logo em seguida acontecer um apocalipse zumbi ou uma invasão alienígena. Não quero e não vou me envolver com vocês. Ponto.

– Ótimo. Prepare as malas. – Taylor disse vitorioso – Amanhã mesmo você vai para o México. O nosso suspeito já tem nome. Gustavo Hammer. Ele trafica para alguns países da Europa, e a América do Sul inteira. Então não se surpreenda se um dia você estiver na Torre Eiffel e no outro frente a frente com o Cristo Redentor.

– México? – Falei indignado – Pensei que fosse aqui nos Estados Unidos. Não pensei que teria que cruzar a fronteira.

– Não se preocupe. Convoquei os nossos melhores agentes, você não vai viajar sozinho. Amanhã à tarde mando o jato ir buscar você. Estou te colocando na liderança da equipe, então sinta-se responsável pelas vidas que estão te acompanhando. Câmbio e desligo.

Taylor desligou antes que eu pudesse protestar, mas não me importei com isso. Meu subconsciente estava usando uma roupa de palhaço e andando de bicicleta na corda bamba. Ele estava feliz, quase saltando e gritando de alegria.

“Ele disse América do Sul. Cristo Redentor. Rio de Janeiro. Brasil. ETHAN!” Meu coração quase saltou ao lembrar que Ethan estava no Brasil, e eu quase saltei junto com ele. Ethan...

Olhei para o mar e então 0 semblante do meu subconsciente caiu, junto com ele. Ao atingir o chão, meu subconsciente gritou de raiva, me fazendo sentir uma dor insuportável no peito. Eu me sentia inconsolável, e esse sentimento era desesperador.

“Por que você não vai vê-lo?” meu subconsciente bradou, mas logo tomou um choque de realidade, ao lembrar-se dos meus bons e dolorosos motivos.

- Porque nós somos irmãos. – Murmurei, pegando uma pedra e a lançando ao mar. Ela não saltou, apenas afundou como se pesasse uma tonelada.

Seria tão mais fácil se esses dias não me atormentassem, se as lembranças dos beijos e dos abraços não fossem tão intensas. Seria bem melhor se esses dias simplesmente se apagassem da minha memória, como se nunca tivesse chegado a existir. Mas isso não aconteceria. Eu estava preso a lembranças dolorosas que sugavam a minha vida lentamente.

Comentários

Há 6 comentários.

Por hugo em 2016-01-03 00:32:39
oi vc sumiu como tbm sumi kkkkk !! espero que volte e que esteja tudo bem com vc ! desejo a você um feliz ano novo !!! só uma pergunta vc vai voltar a postar?bjossss
Por CarolSilva em 2015-05-23 23:16:12
Adorei tb. Um suspense...diferenciado. Mas vai continuar ou não a segunda temporada?
Por hugo em 2015-03-31 23:37:17
Caraca. Mto feliz que vcc voltou Nosssaaaa amei saber e ler kkkkk hum torcendo para o reencontro como sempre maravilhoso divino Bjokas meu lindo esperando ansioso pelo próximo!!!!!
Por Fagner em 2015-03-29 07:13:28
Olha eu aqui..rsrs Primeiramente vamos falar da sua volta. Bem, eu não esperava uma segunda temporada (até porque, você falou que não teria.kkkk), mas eu desejava muito que tivesse. E olha aí, agora temos uma segunda temporada. E que começo hein, logo de cara, você nos pega com uma notícia dessas (normal), para Chris. Saber que talvez ele possa reencontrar o Ethan nessa missão , pode ser algo que talvez ajude o Ethan a curar aquilo que doi. Por outro lado, eles já estão se acostumando com a idéia de que são irmãos. Por um lado vejo que os sentimentos de ambos estão divididos, e Ethan realmente não sabe o que fazer. Talvez essa missão os ajude em algo, os deixando mais próximos, ou acabe de uma vez com a esperança restante. Quanto ao namoro de Gabrielly e Thiago, foi algo bom para Ethan mesmo, já que ambos dedicavam mais a vida à ele. Enfim, senhor historiador. Passei rápido aqui, só para marcar presença nessa temporada.. Rsrs. Estou mais que ansioso esperando por tudo. Um abraço meu querido. Próximo capitulo estarei aqui novamente.😊
Por drim_ura em 2015-03-29 01:39:11
Nossa eu estou impressionado como sua escrita está melhor, eu acompanho sua serie desde o começo e digo com total clareza: é a melhor serie que eu já li aqui, você consegue misturar fotos ficcionais com uma realidade absurda, talento digno de um grande escritor, meus sinceros parabéns e continue assim! Grande beijo do seu mais novo amigo PÊ!
Por jpli em 2015-03-28 21:42:28
Eles realmente são irmãos um milagre poderia acontecer e eles não serem irmãos amo essa serie axo que nunca comentei saiba que chorei mt com o final.