3. Punidos
Parte da série Celestial
GENTE... Quero dizer que estou muito empolgado com essa série, e que de forma alguma eu estaria tão contente sem vocês. É muito importante para mim os comentários, por que eu sou aquele tipo de pessoa que se sente melhor ouvindo elogios, e que sempre tenta se superar. E obrigado, vocês me deixam muito contente com os elogios, e é maravilhoso ver que já nos primeiros capítulos vocês estão se identificando e gostando da série, obrigado de verdade.
#BielRock passado obscuro? Eu diria um passado curioso, mas não obscuro, mas que com certeza em algum momento terá que ser revelado, já que as máscaras simplesmente caem com o tempo não é mesmo? Obrigado Bel, um abraço e um beijo.
#maickito para começar você não tem que querer nada, tem que calar a boca e admitir que eu sou surpreendente sempre, e que você não surpreende ninguém, quem surpreende é essa sua beleza exagerada u.u, mas obrigado, acredite, vale a pena continuar lendo a série.
#gutoferreira olha aqui amigo, vou começar logo defendendo o sucrilhos, por que eu detesto o sucrilhos de chocolate ok? E é por isso que você é esse ser, por que você prefere o protótipo, eu prefiro o original, dois beijos no seu rabo :) quando ao seu comentário sobre o capítulo: own que bom que você gostou, e vamos ver se você tem sorte nos palpites, tem muito a ser descoberto ainda né? Hahahahah
#Victorsecrets SEU Luzão não né? Kk vai causar ciúme nos meus outros leitores! E sim, você me tocou no meu ponto fraco, justo no medo que eu tenho de decepcionar as pessoas. Mas obrigado pela confiança, eu prometo que vou fazer o possível para manter no contexto e surpreender você
#RyanBenson Ô meu anjo, me desculpe, mas é que você comentou justamente quando eu postei o capítulo, e quando eu vi o comentário já era tarde demais, me perdoe, mas saiba que eu estou feliz por você estar acompanhando a série, eu agradeço muito, de verdade! Obrigado, e mais uma vez me perdoe
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CELESTIAL - 3, Punidos
(ouçam a música tema da série, FUCKING PERFECT - P!NK)
O corredor estava silencioso e vazio, e as únicas sombras que formavam-se no chão era a minha e a do aluno novo, o idiota que se propôs a sofrer a punição comigo. Se ele ao menos soubesse...
Nós não havíamos trocado uma única palavra o dia todo, e nem queríamos. Nos encaramos uma ou duas vezes, mas ele não conseguia me olhar fixamente por muito tempo, e logo desviava o olhar com uma risada debochada. Isso estava me dando raiva, e eu pensei em entortar aquele belo sorriso com um belo soco.
O único som audível no corredor além da nossa respiração era o tic-tac do grande relógio marrom em forma de coruja.
— Não fala comigo. - Falei quando vi que o novato tomou fôlego - Você pode se achar corajoso por ter assumido a culpa, mas para mim você não é nada mais que um idiota. Você acha que ele vai amenizar as coisas só por que você também se entregou?
— Eu só não achei justo você pagar sozinho pelo que todos nós fizemos. - O garoto se pronunciou me olhando com raiva - Me desculpe, eu deveria ter deixado você sofrer a punição sozinho.
— É você acha que o diretor vai fazer o que? Acha que ele vai dividir as consequências só porque um idiota se confessou também? Por favor garoto, eu realmente prefiro você de boca calada, assim não estraga a visão desse seu rosto.
— Gosta da visão do meu rosto? - Ele perguntou.
— Mais do que gosto do som da sua voz, acredite, isso não é um elogio.
A dona Heloisa saiu da sala do professor com um sorriso diabólico no rosto, nos obrigando a ficar em silêncio novamente.
— Ele pediu para vocês entrarem. - Ela disse com um tom de voz superior - Boa sorte.
Entrei primeiro na sala e sentei na cadeira à frente do diretor. O novato entrou logo em seguida mas não se sentou.
— Bom Gustavo, você já conhece o sermão de todo ano, e sabe a punição que você vai receber por ter feito a Pegadinha. - Miguel pegou um bloco de anotações - Mas esse ano você passou dos limites, e depredação ao patrimônio público é um crime. Eu poderia ligar para a sua madrasta, ligar para a polícia e por o seu pai na cadeia por pelo menos três meses. Mas eu não vou fazer isso.
— Vai colocar a pulseira? - Eu perguntei, e mesmo sendo uma pergunta retórica ele assentiu com a cabeça - Então vamos acabar logo com isso.
— Não. Não vamos acabar logo com isso Gustavo, vamos falar mais sobre a punição desse ano. - O diretor colocou um óculos e começou a ler o que estava anotado: - Gustavo Hammer, dormitório 03, e Vinicius Grey, dormitório... 03? Olha só, eles são parceiros de dormitório. Devem ter mesmo bolado a Pegadinha juntos.
Nenhum de nós respondemos. Eu ainda sentia um desconforto muito grande na presença do diretor, talvez por causa da autoridade que ele tinha e que passava para nós. Ele passava superioridade para os que estavam à sua volta, passava a impressão de poder, de uma hierarquia, onde ele era o grande ditador.
— Muito bem, como eu dizia - O diretor voltou a ler o bloco de notas - Como punição vocês vão usar essas pulseiras aqui...
Miguel pegou uma caixa e eu esperei ele retirar as pulseiras pretas dela, mas ao invés de preta, elas tinham um tom de azul neon.
Geralmente as pulseiras eram ligadas diretamente ao nosso cérebro. Qualquer pensamento que nos levasse a quebrar regras nos daria um choque de 100 volts por cinco segundos. Parece pouca coisa quando dita em tempo, mas ser eletrocutado por alguns "poucos" cinco segundos é algo desumano e sem escrúpulos. O pior é que ele tinha o apoio do governo e do Conselho Tutelar para fazer essa barbaridade, e ainda tinha a permissão dos pais, já que isso era levado em pauta nas matrículas e nas rematriculas. Eu só não entendia por que as pulseiras azuis, se ele sempre citava que o preto significava o arrependimento.
— Eu sei que você está acostumado com pulseiras pretas, mas essas azuis são especiais - Miguel falou - Elas vão conectar vocês ao pensamento do outro. Não, vocês não vão conseguir se comunicar por telepatia, mas a pulseira ela tem um sistema eletrônico capaz de identificar a pulseira gêmea, que no caso seria essa aqui - Miguel levantou um par de pulseiras azuis - Ou seja, você não vai ser eletrocutado só quando a sua mente vacilar... Vai ser eletrocutado sempre que a mente do seu par vacilar também. 100 volts durante cinco longos e tortuosos segundos.
Vinicius e eu nos olhamos, e eu soube que ele não estava nem um pouco satisfeito com isso tudo, e com o fato de se machucar sempre que a minha mente pensasse em algo errado.
— Isso não é justo! - Vinicius disse astutamente e me olhou - Eu não tenho que ser torturado se ele errar, isso não é justo.
— Deveria ter pensado antes de assumir a culpa e querer bancar o herói. - Retruquei - Acha mesmo que eu quero levar um choque sempre que você vacilar e pensar em alguma coisa errada? Só que eu não vou reclamar, por que eu sei lidar com as minhas escolhas, e não interfiro nas escolhas dos outros.
— Sabe o que não é justo? - Miguel interrompeu o nosso momento de confraternização - Não é nada justo vocês depredarem o colégio e eu pagar para que arrumem. Por isso vai ser parte da punição a manutenção da escola durante todo o ano letivo, e isso deve ser negociado entre vocês. Não quero só um trabalhando, quero os dois sendo punidos e sofrendo durante todo o ano. Estendam os braços por favor.
Eu e Vinicius esticamos os braços e Miguel pôs as pulseiras em nossos punhos. Elas deram um bip quando já estavam ambas lacradas, e apenas um segundo depois eu pulei da cadeira com o choque repentino. Olhei para Vinicius incrédulo.
— Qual é o seu problema? - Eu gritei ofegante, com o susto do choque ainda fazendo efeito no meu coração.
— Desculpa, eu pensei numa forma de tirar ela, eu não fiz de propósito. - Ele disse e mordeu o lábio inferior - Desculpa?
— Tá bom! Não me estressa... - Falei pondo o meu coração de volta no lugar - Podemos ir? Quero me deitar um pouco.
— Não. - Miguel disse - Dentro de alguns minutos os materiais para a restauração da escadaria vão estar aí na porta do colégio. Quero aquela escada arrumada ainda hoje.
Revirei os olhos e fui até a porta. Que bela merda, além de torturado eu também tenho que bancar o escravo.
— Ta esperando o que amor? - Falei para Vinicius num tom irônico - Vamos arrumar aquela porcaria logo, não tenho todo o tempo do mundo não.
— Ah não? Por que eu tenho. - Vinicius provocou, e automaticamente eu pensei em jogar a primeira coisa pesada na cabeça dele.
Pois bem, a minha mente automática demais me fez ser eletrocutado automaticamente e dar um grito automático.
— Que porcaria! - Falei batendo o pé no chão com raiva - Quer saber? Não venha! Está vendo isso né senhor diretor? Eu espero que sim, espero mesmo que sim.
Saí da sala furioso e fui para o Hall. Esperei até os homens chegarem com os materiais, e eles não demoraram. Em menos de cinco minutos eles já estavam depositando os materiais, e em menos de dez minutos eles já haviam depositado todo o material. Alguns sacos de cimento pronto, pregos e madeiras.
Vinicius chegou assim que os entregadores foram embora, e eu tive que me controlar para não dar na cabeça dele com um dos sacos de cimento, e para não pensar nisso também.
— Decidiu aparecer gracinha? - Ironizei - Pode me ajudar? Acho que você tem um pote físico melhor que o meu. Pode abrir os sacos?
Ele revirou os olhos e sorriu. Foi em direção aos sacos de cimento e abriu um. Peguei a mangueira e molhei o cimento, fazendo a massa se tornar homogênea. Vinicius pegou uma das ferramentas e começou a mecher a massa.
Joguei água nele e ele se assustou, soltando um xingamento involuntário. Eu gargalhei e o molhei de novo, fazendo a camisa branca colar no corpo definido do rapaz.
— Para de jogar água em mim! - Vinicius gritou e pegou um pouco de cimento com a mão. Ele jogou o cimento em minha direção, acertando em cheio o meu peito.
— Chega! - Falei em tom autoritário - Vamos por um fim nisso logo, quero muito tomar um banho e cair na cama.
— Tá certo. Estou louco para tomar um banho e ir dormir também. Ontem eu passei a noite toda em claro pra por o seu plano em prática.
Olhei bem para Vinicius e deixei meu imaginário criar cenas e imagens, de como seria ele tomando banho, completamente pelado. Ou ele dormido de forma suave e relaxada, com a respiração fraca e o peito se movendo lentamente.
Mas toda essa fantasia acabou com mais um bolo de cimento lançado dobre o meu peito.
— Acha que eu vou me ferrar arrumando a escada enquanto você só molha isso aí? - Vinicius disse meio bravo, mas com um sorriso infantil no rosto - deixa de ser folgado e vem logo me ajudar.
Obedeci, e enquanto ia até ele, fazia questão de apagar da minha mente as cenas imprópria que eu fantasiei.
É claro que eu não estava apaixonado, eu ainda me sentia atraído por Ângelo, o capitão do time de basquete, mas Vinicius era inegavelmente lindo, e despertaria desejos em qualquer pessoa, não só em mim.
Dei de ombros e olhei para Vinicius novamente, e o enxerguei como sempre o enxerguei, um pivete que se colocou no meu caminho para ganhar um pouco de fama. E é assim que eu pretendia ver ele enquanto tivéssemos contato. Ele seria apenas um pivete.
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E então meus amores? Gostaram desse segundo capítulo? Que tal falar ali nos comentários? Vocês sabem que eu vou responder com todo o carinho possível né? Então fala aí, deixa sua opinião e qual o rumo que você acha que essa história vai tomar.
Um beijo a todos vocês, e não se esqueçam
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