Capítulo 2 (Recreação)

Conto de historiador como (Seguir)

Parte da série Caçadores

OI OI GENTE!

Demorei? Dmeorei! Problema meu? Problema nosso!

Quem me conhece sabe que meu método de postagem é um capítulo por dia, mas quem escreve sabe que a parte mais difícil de uma série é sempre o começo dela. Apresentações e tudo mais, e essa tá sendo impossível! Estou tentando fazer o melhor para vocês. Há também alguns problemas pessoais que interferem e que não me convém contar a vocês.

Bem, obrigado a quem leu meu primeiro capítulo, e saibam que eu farei de tudo para levar essa série até o fim. Amo vocês.

ΞNiss* QUEIDO PARE! Nem se interesse por ele porque ele é meu e eu não compartilho meus bebês com ninguém. Vamos descobrir quem é esse gato? Foco na serie então. Obrigado pelo comentário, até breve. Beijos.

Boa leitura

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Capítulo 2 (Recreação) - Caçadores

*O governo da cidade de Osasco declarou estado de emergência em toda a região. As tempestades que chegaram ao litoral de São Paulo causaram um grande estrago ecônomico, reduzindo a zero o número de turistas, e fechando as portas comerciais. As escolas públicas também fecharam as suas portas, devido ao perigo das tempestades e dos raios, que já fizeram mais de 27 vítimas, em apenas duas...*

A imagem da jornalista de cabelos loiros sumiu, sendo substituída pela imagem de um desenho animado sem qualidade. Olhei para o lado silenciosamente, observando papai trocar de canal até achar algo que lhe agradasse. Para ser mais franco, algo que agradasse a mim.

— Não perca seu tempo vendo essas porcarias. — Papai disse um tanto estressado — Eles não falam nada que nós já não sabemos, e isso é irritante.

Permaneci em silêncio, me sentindo incomodado. É claro que era em relação ao número se vítimas dos raios e tempestades. Sim, eu tenho medo de raios. Na verdade, eu tenho fobia, e isso talvez seja o motivo do meu pesadelo na noite passada.

Afastei os pensamentos e foquei na minha xícara de café, que já estava no final. Levantei da cadeira de madeira e peguei a minha bolsa com o material do colégio. Infelizmente eu não estudava em escola pública.

— Você não precisa ir ao colégio se não quiser. — Papai disse com os olhos grudados no desenho animado, fingindo interesse — Pode ficar em casa.

— Tudo bem. — Falei e dei de ombros — O colégio me faz esquecer muita coisa, e eu não acho que seja perigoso andar de ônibus uns poucos metros até o colégio, e muito menos acho que seja ruim estar no colégio. Eles tem pára-raios. — Falei zombando do meu medo e coloquei a mochila nas costas.

— Você quer que eu te leve? — Papai parecia preocupado.

— Tudo bem papai, são só algumas quadras, e nem está chovendo — O acalmei verificando se realmente não estava chovendo — Eu te amo. Se cuida.

— Eu também te amo. — Papai sorriu calorosamente — Se cuida você.

— Vou me cuidar. E por favor, não se esqueça de ir me buscar no ponto de ônibus. — Falei, com o pesadelo ainda rondando os meus pensamentos.

Papai assentiu, e eu pude ver um ar misterioso atravessar sua face inexpressiva. Ele estava pensativo.

Sorri e saí de casa, torcendo para que não chovesse. Andei até a esquina de casa e esperei paciente até que o ônibus chegasse.

Meu nome é Gustavo Bittencour. Moro em Osasco com meu pai, e tenho 17 anos de idade. Quer dizer, ainda tenho 16, mas logo faço 17, daqui a uma semana. LOL, que alegria, me sinto muito feliz em estar ficando velho e próximo da morte.

O ônibus abriu as portas e esperou que eu descesse. Acenei para o motorista corajoso que ousava sair com as tempestades em alta e os raios fazendo várias vítimas. O motorista buzinou e acelerou, sumindo com o ônibus segundos depois.

Olhei para os portões prateados do colégio, vendo o amontoado de alunos entrar alegremente na escola. Típico de um dia onde os professores em sua maioria iriam faltar, e nós ficaríamos livres o dia todo. Um dia normal em um mês misterioso de tempestades e chuvas.

Respirei fundo e segui o fluxo de adolescentes.

Fui surpreendido enquanto passava pelo portão secundário, que era mais estreito e difícil de passar com a multidão. Braços finos prenderam o meu pescoço em um abraço e meu corpo foi lançado para frente com o impulso. Uma risada divertida explodiu, fazendo com que eu gargalhasse também.

— Olá princesa! — A voz infantil de Luana me fez parar por alguns segundos. Ela era linda. Olhos verdes e cabelo loiro, pequena, com os braços e as pernas finas. Ouvi alguns palavrões e voltei a andar em direção ao grande Hall, onde a recepcionista desejava a quem passava uma boa semana. — Como foi o seu fim de semana?

— Bem frio e o seu? — Falei rindo do meu próprio sarcasmo.

— Também. — Ela disse me acompanhando — Meu pai quer sair da cidade por uns tempos. Eu já disse que não posso, já que as férias ainda estão longe. E ele sabe muito bem da situação em que meu boletim se encontra.

Chegamos à nossa classe e nos dirigimos para a fileira da janela, onde nos sentamos como de custume. Deixei minha mochila no gancho da parede e olhei pela janela, com visão privilegiada para o ginásio esportivo. Estava vazio, exceto pelos mesmos alunos que sempre ficavam ali fumando maconha. A neblina impedia que eu pudesse ver a silhueta dos garotos, mas eu não precisava disso, eu conhecia todos ali.

O mais alto era o Rafael, líder do time de futsal da escola. O mais gordo era o Felipe, zagueiro do mesmo time, e o terceiro era Igor, que só andava com eles por popularidade. A verdade era que Igor não se enquadrava no grupo deles, e ele sabia disso.

— ... E cara, eu quase chorei com o final daquele filme que passou na tv, foi muito triste. — Luana tagarelava sem falar, mas calou-se quando o técnico entrou na classe.

O técnico Diogo era o nosso educador físico, e pela aparência dele, ele carregava más notícias. Diogo também lecionava biologia nas horas vagas, mas não era novidade que era apenas para que seu salário de educador fosse suficiente

— Bom gente, como vocês sabem, entramos no último bimestre do ano letivo hoje, e eu tenho três noticias para vocês. — Diogo se apoiou na mesa do professor e levantou o dedo indicador — Uma das notícias se refere ao fato de estar chovendo. A direção achou que mais — Ele fez aspas com os dedos — prudente e seguro — o

típico sorriso irônico de Diogo brilhou nos seus lábios — trabalhar apenas com aulas teóricas, o que significa que enquanto a cidade estiver sob o ataque dessa terrível tempestade, nós não usaremos o ginásio...

A classe fez um coro de "aaah", mas não houve perguntas. Diogo é o tipo de professor respeitado pelos alunos, nós sabíamos que ele odiava bagunça enquanto ele estava falando.

— ... A segunda notícia, refere-se à primeira — O técnico continuou com paciência — Como eu não acho justo essa história das aulas teóricas, eu decidi que nós estudaremos biologia durante nossas aulas de Educação Física. Mas não se desesperem — Ele falou antes que alguém pudesse protestar — Estamos entrando em um tema que todos vão gostar: reprodução humana. E assim que nos livrarmos da tempestade, voltaremos ao ginásio, usando as aulas de biologia para repor as aulas perdidas.

Diogo sorriu enquanto os alunos festejavam. Eu observava Luana se juntar à bagunça. Ela estava louca para nós pudéssemos falar de sexo na aula, e agora que falariamos, ela estava comemorando com toda a alegria que tinha em si.

Senti um calafrio passar pela minha espinha, e tudo pareceu ficar em câmera lenta. Os alunos pareciam mudos, mas eu sabia que eles estavam fazendo barulho. Todos ali pareciam estranhamente felizes, alegres de uma forma sombria.

Olhei pela janela e vi o ginásio vazio. O trio de idiotas já não estava mais ali, e uma sensação amedrontadora tomou conta de mim e dos meus pensamentos. Eu estava sendo observado. Um homem de capuz estava no gramado próximo ao ginásio, olhando para a janela. Para mim.

Tomei um susto com um raio e voltei a mim. O barulho da classe chamou a minha atenção, fazendo com que eu olhasse para os alunos à minha volta. Olhei novamente pela janela, mas não havia ninguém ali.

— Okay, okay, vamo à última notícia. — Diogo disse fazendo com que a festança acabasse — Para trabalharmos sexualidade SEM NENHUM TIPO — Ele enfatizou — de gracinhas ou preconceitos, eu é quem vou formar os grupos de estudo.

Eu ainda olhava assustado para a janela, procurando a silhueta de capuz. Nenhum indício de que ele sequer esteve ali.

Engoli em seco e me concentrei no "ahhhh" da classe, que desta vez foi seguido de porquês e "isso não é justo".

— Vocês têm que entender — A voz do técnico se sobressaiu sobre a revolta — Que a partir do momento em que eu entro na classe, quem manda aqui sou eu. Eu sou um deus aqui dentro, e sou eu quem decide o que é o que não é injusto. Vamos começar aqui pela fileira da porta. Elias, você está com Karina, Douglas e Aline...

Ele foi juntando os quartetos com cuidado, analisando quem seria o mais adequado e o equilíbrio intelectual. Ele não podia colocar quatro gênios na mesma equipe, e ele, como técnico, sabia disso perfeitamente.

— Muito bem, Luana e Gustavo... — O meu nome fez com que eu sentasse reto e trocasse um olhar desconfiado com Luana — Os dois vão permanecer juntos, mas como vocês puderam notar, o Pedro e a Gabriela estão em outra equipe. Então, vocês vão juntar-se com o...

O técnico foi interrompido pelo ranger da porta. Os três babacas sorriam como idiotas, achando que era legal atrasar.

— Podemos entrar? — Igor disse simpático. Apesar de ficar com os outros palhaços, ele não usava drogas. Isso não o tornava um cara mais legal ou menos idiota.

— Podem. — Diogo disse seco — Aliás, vamos aproveitar, Igor, eu quero você com Luana e Gustavo.

Igor estranhou e olhou confuso para o técnico. A troca de olhares fez com que Igor assentisse e andasse devagar até mim.

O técnico designou os outros dois a outras equipes que ele havia deixado incompletas propositadamente.

Não havia mais ninguém. Desde o começo do ano uma equipe era fechada com apenas três integrantes. Desta vez seria a minha.

— Muito bem, continuando, Gustavo, Luana e Igor, o aluno ali da última carteira — O técnico apontou me fazendo olhar — Está sob responsabilidade de vocês.

E lá estava ele, de agasalho e capuz cinza, calça jeans e olhos tão cinzentos e intensos quanto prata.

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É isso gente, comentem, por favor, to pedindo, implorando, é muito importante pra mim :(. Fiquem bem e até logo.

Espero que tenham gostado. Abraços do seu eterno historiador.

⇨CONTATO⇦

★ Email: contistacontato@gmail.com

Comentários

Há 2 comentários.

Por Niss em 2015-07-27 23:02:06
Olhos cinzas, mistério!- Hist queridinho, se eu quiser ele é meu tbm, pq eu viajo na historia e parece que eu o vejo, então... pois é kkk posso te-lo tbm. Posta logo outras, esses olhos cinzentos estão me corroendo de curiosidade. Bjs, Niss.
Por phillbecsialmeida em 2015-07-27 11:12:42
Tô amando os olhos cinzentos... 😍