Fallen 14

Parte da série Angel's City

OI OI GENTE!! QUERIA DIZER QUE A VIDA É ROSA, RELAXA E GOZA, E ELA TAMBÉM É BEGE, VAI FUNDO E METE!! kkkkkkk o que isso quer dizer? Não sei tô loka.

Vocês devem estar achando que eu estou com a vida resolvida, mas eu não estou. Continua a mesma bosta de sempre. Mas pelo menos o capítulo saiu, né? Amo vocês.

Não se esqueçam de comentar viu amores? Papai ama vocês.

Eeeeee, obrigado por todos vocês estarem aqui. Tô meio dopado por que esse capítulo foi exaustivo. Então me perdoem se eu não for o mesmo de sempre. Tô um pouco cansado.

❇Mister Good Vibes: demorei :( me desculpa. MAS ESTOU AQUI E ESPERO QUE VOCÊ TAMBÉM? obrigado meu lindo, estou esperando você aqui nesse capítulo viu? Um abraço.

❇Edu: maravilhosa a cena né? Me inspirei em um idiota aí que eu era super afim :((((( Hélio é suspeito kkk e sim, Thiago não gosta dele, mas porque será? Vamos descobrir juntos. Obrigado por tudo, e não demore a aparecer viu? Um abraço do tamanho do mundo.

❇Javo Cast 3: Ai gente você é maravilhoso 😍😍 tô apaixonado por você, e agora? Acho que deveríamos casar! Eu amo escrever as cenas do Chris e do Thiago porque é sempre algo muito espontâneo e natural. As coisas simplesmente acontecem, e esses dois são um apego. Livia e Hélio são uns fardos, precisam de socos e murros na cara pra ver se tomam rumo. Só acho. Não conheço essa música (eu acho) então vou pro final: obrigado por tudo amor, saudades de você, e eu espero te ver aqui nesse capítulo. Um grande abraço. Te vivo.

❇simon: apareci, e eu preciso concordar com você: é sempre ótimo quando tem romance e não apenas sexo. Amo romances. Já mandei você ser ciumento. Beijos meu amorzinho, obrigado pelo comentário e até logo. Obs: obrigado pela mensagem de apoio. Te adoro.

❇h1411: filho você é obrigado a gostar do Thiago. Se não gostasse eu te convidaria a se retirar MENTIRA KFIJDKJDIR nossa o Thiago é um amor, adoro dele, e o Hélio é um carrapato me arrependo de ter feito ele. Vou apagar ele da história (ou não) kkk. Beijos. Até logo viu amore? Obrigado pelo comentário. Obs: valeu você também pela sua mensagem de apoio. Um abraço bem grande.

❇Viihtinho: MENINO MUITO OBRIGADO 😍😍 SOMOS DOIS LOUCOS HISTÉRICOS ENTÃO UHUUUUL sério eu dou uns gritos aqui quando eu escrevo que tenho dó de quem está por perto. Obrigado pelo seu comentário gato, até logo. Beijos.

❇anônimo1; se eu tivesse um Thiago da vida eu acordaria chorando porque não seria real. Não tenho essa sorte não.

❇anônimo2: kkkkkk obrigado, e sim, ele já que comer o menino, mas quem não quer? Eu quero. Kkkk

❇BielRock: BEEEEEEEELE 😍😍💖 sensacional é você seu lindo, mas vem cá, quem disse que é pra shippar Chris e Hélio? Kkkkk te orienta moço. Não vai ter incesto na série gente, por favor eu sou do bem, e olha lindo, obrigado. Saudades de você. Estou te esperando nesse capítulo viu? Te adoro demais. Um beijo.

❇Boa Leitura❇

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— O que vocês estão fazendo aqui? — Perguntei com um sorriso bem forçado no rosto. Thiago é Hélio ainda se olhavam com rivalidade, se encarando e exibindo seus prêmios.

— Como você disse que viria pra cá com o Lucas, eu e Hélio achamos que seria legal dar uma passada aqui também. — Livia explicou, ainda alheia à de faroeste que estava acontecendo ao seu redor — O Lucas estava sozinho quando nós chegamos.

Percebi que a última frase fora uma exigência de explicação, mas não levei a exigência a sério. Primeiro que o Lucas não estava sozinho, ele veio com os amigos. E depois que não foi eu quem estraguei tudo ao levar alguém desagradável e indesejado.

— Bem. — Falei encerrando a conversa — Nós já estávamos indo. Já é tarde, e eu não quero preocupar a sua mãe.

— Você não pode ir pra casa sem o Lucas. — Livia fez careta — Ele vai ser morto pela fera, vulgo minha mãe.

Fiz a minha melhor cara de indignação ao me lembrar de Lucas. Seria muito errado deixar o Lucas pagar pela mancada que a irmã dele deu, e ele era um cara legal, quando não estava me odiando.

— Então vamos achar ele. — Falei respirando fundo — Onde você o viu quando chegou?

— Ele estava perto da montanha-russa. — Livia disse apontando para o norte do parque — Eu não vou pra casa agora não. O Hélio me leva depois.

Olhei para Hélio e ele assentiu. Eu estava irritado, mas não acreditava que Hélio faria mal a Livia. Era perceptível a falta de interesse dele na minha melhor amiga, e eu só queria que ela enxergasse isso também, e se afastasse dele.

— Tudo bem então. — Murmurei — Thiago, você vem comigo?

— Posso te ajudar a encontrar ele. — Thiago disse ainda encarando o nosso professor — Mas não vou te levar pra casa, então eu acho que é melhor você pegar o seu notebook na minha moto.

— Ele tá com o seu notebook? — Livia estranhou. Ela sabia que eu não costumava emprestar o meu notebook, a menos que disse algo com extrema urgência.

— Eu levei pra escola no dia que você faltou. — Falei a primeira coisa que a minha mente conseguiu inventar — Aí eu acabei esquecendo na carteira, e o Thiago guardou.

Livia pareceu acreditar. Ela assentiu e olhou para o seu braço ruim, se lamentando.

— Bom... Então eu vou indo. — Falei dando de ombros — O Lucas está de carro. Eu vou pra casa com ele.

— Tá bom. — Thiago disse me arrastando para longe de Livia. Fomos em silêncio até a montanha-russa, mas Thiago não me soltou até que estivéssemos de fato bem longe do casal — Você tem que convencer a sua amiga de que esse professor não é gente boa. — Thiago disse sem olhar para mim — Ela vai acabar se desiludindo com ele.

— Como você sabe? — Falei curioso. Apesar da rivalidade, Thiago não parecia conhecer Hélio — Quer dizer, eu também não confio nele, mas de onde você tira tanta certeza?

— Eu apenas sei. — Thiago não estava para conversa. Como ele podia ser tão bipolar assim? Isso ainda me intrigava. Quem era Hélio, afinal, para que ele mudasse tanto o humor de Thiago? — Posso te devolver o notebook amanhã?

— Não! — Falei inconformado com o pedido. Eu cortaria os dez dedos de Thiago se ele se atravesse a tocar no meu notebook. Thiago ainda me segurava pelo braço. Ele me olhou e me soltou.

— Tudo bem. — Thiago disse revirando os olhos e andando na frente até o estacionamento. Eu o acompanhei a passos largos, seguindo o seu ritmo.

Chegamos no estacionamento rápido, e Thiago foi até sua moto. Ele abriu o porta-malas e pegou o meu notebook, junto com uma sacola da Renner. Não era a que eu havia deixado. Peguei a sacola pela alça, voltando para o parque. Thiago me acompanhou.

— Eu não mechi no seu notebook, se é o que você está pensando, seu idiota. — Thiago disse com a voz entediada — Se você olhar a sacola, vai ver que tem um presente. Mas só abra quando chegar em casa.

O olhei duvidoso. Thiago também não era confiável.

— Tudo bem. — Falei — Agora vamos para o parque atrás do Lucas, e aí você pode ir embora em paz.

— Olha o seu amigo ali. — Thiago disse se encostando na moto.

Ele não apontou, então eu tive que procurar. Não tinha ninguém além de nós no estacionamento. Dei um giro de 360 graus e voltei a olhar para Thiago, imaginado que ele estava zombando.

— No carro vermelho. — Thiago disse revirando os olhos e apontando para o tal carro — Ali.

Olhei para o carro que Thiago apontava. Olhei bem para ver se aquele era mesmo o Lucas. Ele usava um fone de ouvido e segurava um livro espesso na mão, concentrado em sua leitura.

Voltei a olhar para Thiago. Ele já estava sobre a moto.

— Tchau. — Thiago disse piscando para mim — Até segunda-feira, na aula de filosofia.

Assenti e fui para o carro vermelho. Era impossível não sorrir ao ver a cena tão de perto. Thiago usava um óculos para leitura e apoiava seu livro sobre o volante, sorrindo em alguns trechos que lia. Até parecia gente.

Bati no vidro do carro, assustando Lucas. Ele tirou o fone e jogou seu livro no banco do passageiro, abrindo a porta do logo em seguida. O olhei sorrindo e peguei o livro antes de sentar. Harry Potter.

— Olha só, você sabe ler. — Falei sorrindo.

— O que você está fazendo aqui? — Lucas perguntou curioso — Melou o encontro?

— Na verdade não. — Falei dando de ombros — E você? Não veio com os seus amigos?

— Aham. — Lucas disse se virando para o volante e ligando o carro, o tirando da vaga no estacionamento — Mas eles tiveram que ir, porque arranjaram umas meninas. Tá ligado né.

— Sim, entendi. — Falando sentindo um pouco de repulsa — Mas você não arranjou nenhuma menina?

— Eu não vim aqui pra pregação. — Lucas disse, já tirando o carro do estacionamento do parque — Vim apenas por diversão.

Uma parte de mim agradeceu por Lucas não ser como os amigos. Eu não suportaria ficar ao lado dele se ele levasse meninas para motéis, logo que as conhecesse. Isso era repugnante.

— Que bom. — Falei me recostando no banco do carro e bocejando — A sua mãe te ligou alguma vez?

— Alguma vez? — Ele disse rindo — Ela me ligou mais de cinco vezes, e nas cinco eu tive que dizer que você estava no banheiro. — Lucas riu novamente e deu uma pausa para respirar — E esse notebook aí?

— Ah, é meu. — Falei sorrindo — Estava com o Thiago.

Lucas assentiu e ficou em silêncio. Passei a mão sobre o notebook, o limpando. Estava todo empoeirado, e isso me fez pensar que Thiago nem sequer o tirou do porta-malas.

Olhei para a estrada, vendo as luzes da cidade iluminar a noite. Eu só conseguia pensar em quanto isso era pouco comparado às luzes do parque, e menos ainda comparado ao brilho das estrelas. Aquilo não parecia mais a minha cidade, o lugar onde eu cresci.

— Você está pensativo. — Lucas disse — O que houve?

— Não sei, e complicado demais.— Falei ainda olhando a estrada — Já se sentiu deslocado, como se você não pertencesse a certo lugar?

— Acho que todo mundo já se sentiu assim uma vez. — Lucas sorriu e respirou fundo — Sabe, alguns de nós nascem com um propósito que não cabe nesse nosso mundinho patético.

— Propósito?

— Chame como você quiser. — Lucas deu de ombros — Acontece que alguns nascem para serem altos, para serem notados. O que a gente tem de diferente, é o que faz de nós piores ou melhores.

— E o que você tem de diferente? — Perguntei interessado. Eu jamais havia visto Lucas falar desta maneira. Era encantador.

Lucas parou o carro na estrada e me olhou.

— O mesmo que você, Christopher. — Os lábios de Lucas eram curvas perfeitas em seu rosto de criança. A pele pálida tornava-se branda ao luar, e parecia relizir.

O corpo de Lucas se inclinou em minha direção, e pouco a pouco, em um movimento quase imperceptível, suas pálpebras juntaram-se, seu corpo relaxado estava cada vez mais perto do meu. Minha respiração me abandonou, e eu não sabia o que fazer naquele momento. Lucas e eu não éramos compatíveis. Ele era lindo. Loiro. Mas não passava do irmão da minha melhor amiga. Era como se fosse meu irmão.

Minha mão ficou entre nossos lábios, e Lucas abriu os olhos. Respirei fundo e o afastei.

— Desculpa. — Falei sorrindo torto — Você é lindo, mas eu não posso, não consigo te ver assim.

— Como um homem? — Ele perguntou um pouco sem jeito — Como o seu homem?

Assenti. Minhas pernas me pareceram muito interessantes. Eu prendi minha atenção na calça jeans que pertencia à Lucas.

— Não fica chateado comigo. — Lucas disse me fazendo olhá-lo.

Lucas tirou a camisa, exibindo um corpo formoso. Ele sorriu tímido e mordeu os lábios em um gesto sexy. Fiquei boquiaberto. Ele tinha um corpo maravilhoso.

— Põe essa camisa de volta! — Falei sentindo meu coração acelerar e pulsar mais forte — Já pensou se alguém passa? Estamos no bem no meio da estrada.

Lucas sorriu e levou o carro até o canto da estrada. Ele tirou a calça e me olhou, jogando a calça no banco do passageiro. Ele usava apenas uma cueca boxer preta. Suas pernas não eram peludas.

— O que você tá fazendo? — Falei sentindo meu rosto arder.

— Estou fazendo você me ver como um homem. — Lucas falava sério, e suas mãos foram para a cueca — Porque eu quero ser visto como o homem que você quer. O que você precisa.

— O homem que eu quero e preciso não é assim. — Falei — Ele é bom, e paciente, e gentil...

— Eu tentei ser tudo isso. — Lucas mordeu os lábios, pensativo. Meus olhos fixaram-se nos seus, evitando olhar para as mãos — Eu não vou te obrigar a trasar comigo. Eu só quero que você me olhe. Quero que você me deseje pelo uma vez, como eu te desejei, e como eu ainda te desejo.

Lucas não parecia irritado, nem alterado. Ele parecia triste. Há quanto tempo ele gostava de mim? E porque nunca havia me dito? Lucas me fizera acreditar por anos que ele era hetero, e ainda portava um certo traço de homofobia.

— Quanto tempo? — Perguntei concentrado.

— Um ano, mais ou menos. — Lucas respirou fundo e fechou os olhos, recordando — Quando você dormiu comigo pela primeira vez.

Sorri ao lembrar. Lucas havia odiado a notícia de que eu ficaria no seu quarto, porque ele realmente não gostava de mim. Ele me olhava sem piscar, e eu fiquei com medo de dormir, mas acabei dormindo.

— Você dormiu todo enroladinho na coberta, com medo de mim — Os lábios de Lucas curvaram-se e uma risada baixa brotou — Eu fiquei te olhando a noite toda. Você não parava quieto, e aí acabou tirando seu cobertor. No começo era só desejo sexual. Eu passei a noite toda me condenando por te desejar, mas de certa forma eu não me culpava, já que eu sabia que era só apetite sexual. Mas aí começou a crescer. Eu comecei a desejar sua boca também. Que boca linda. E depois fiquei imaginado, eu e você deitados em um sofá, dividindo um pote grande de sorvete, deitados na cama, de conchinha... Aí eu pedi ajuda para a minha irmã. Eu não teria coragem de chegar em você.

— Você pediu pra ela me jogar pra você? — Perguntei surpreso.

Lucas assentiu e respirou fundo. Eu estava um pouco constrangido e surpreso com a revelação. As vezes que líbia insinuou que eu e Lucas seríamos um belo casal, foi a pedido do próprio Lucas.

— Eu gosto muito de você, Chris. — Lucas disse, se inclinando para o banco traseiro e pegando a sua calça.

Fiquei em silêncio. Eu olhava com luxúria para o corpo lindo de Lucas, mas não passava disso. Não era como Thiago. Lucas era encantador, mas Thiago era fascinante. Lucas era lindo, mas eu não procurava um porte físico.

— Você está gostando desse Thiago? — Lucas perguntou, quebrando o silêncio — Eu conheço ele? É da escola?

— Ele é legal. — Falei tímido. Eu não me sentia confortável ao falar de Thiago com Lucas — E eu acho que você não o conhece. Ele não é um cara de muitos amigos.

— Mas vocês estão namorando?

— Não. — Falei rindo.

— Isso é bom. Pra mim.

— Põe a sua roupa e vamos pra casa. — Falei — E se é importante pra você, seu corpo é lindo.

— Você tem que ver ele sem pano nenhum.

— Aposto que tenho. — Ironizei e observei Lucas vestir a calça. Ele se virou para o volante e arrancou o carro, nos colocando na estrada.

Lucas voltou a dirigir em silêncio, e eu achei melhor assim. Eu não era a pessoa mais linda do mundo, nem sequer entrava nessa lista. Meus quesitos físicos não eram favoráveis. Eu não tinha nada de lindo. Meu olho era negro, nada de especial. Meu cabelo era liso, não era sedoso e nem brilhoso, apenas liso e negro também. Não preciso nem citar o meu porte físico. Não tinha uma bunda grande e nem pernas grossas, ou braços fortes e barriga de tanquinho. Eu era tão humano, simples, normal.

Meditei sobre os dois garotos que me cercavam. Lucas era o que me deixava mais próximo da mortalidade, da humanidade, do normal. Eu me sentia bem com Lucas, sentia que não era errado ser tão simples e frágil. E isso não acontecia com Thiago. Eu tinha que ser forte perto dele, tinha que ter super poderes.

Demoramos a chegar na casa de Lucas, devido ao cuidado excessivo do mesmo. Ele dirigia lentamente, mas pelo menos chegamos.

Agarrei meu notebook e corri para o quarto, cumprimentando a dona Julia com um aceno rápido. Tirei a roupa e peguei o pijama que Lucas me emprestou.

Lucas apareceu no quarto logo após eu vestir o pijama. Ele sorriu, me olhando de cima a baixo. Lucas não disfarçava o desejo no olhar, e eu me sentia constrangido com aquilo.

— Vai dormir na minha cama hoje? — Lucas perguntou sorrindo.

— Não! — Falei rindo — Vou dormir na cama de baixo.

Lucas revirou os olhos. Andei até a cabeceira da cama de Lucas e me apoiei no colchão para pegar o celular. Haviam três ligações perdidas de papai. Retornei a ligação.

— Christopher! — Papai disse aliviado ao atender — Dois dias sem me atender, porque ontem não conta. Você atendeu e já desligou.

— Desculpa pai. — Falei olhando para Lucas. Ele estava se despindo e sorrindo, rodando cada peça de roupa no ar e as lançando em minha direção — Eu fui a uma festa hoje e deixei o celular em casa.

— E como foi a festa? — Papai agora parecia rígido — Onde era? Você não bebeu, né? E drogas? Usou? Usou camisinha? Eu sei como essas festas de adolescentes são.

— Foi uma festa de aniversário. — Menti. Papai não gostaria de saber que eu fui a um parque clandestino — E não, papai, eu não tomei nada alcoólico, e não usei drogas. Nem precisei usar camisinha.

A conversa com papai foi longa. Falamos sobre a festa, sobre a casa de Livia, sobre o trabalho de papai... Não escapou nada.

Encerrei a ligação já caindo de sono. Papai queria falar mais, mas eu sabia que ele ainda tinha muito trabalho pra fazer.

— Vem cá. — Lucas deu tapinhas de leve na cama, bocejando — Minha cama tá arrumada e quentinha. Se você for dormir na de baixo, vai ter que arrumar a cama, e ela ainda vai estar fria...

— Você está muito assanhado. — Falei — Isso não é bom.

Puxei a cama de baixo e forrei o lençol nela, jogando o travesseiro e o cobertor logo em seguida. Peguei meu notebook e sentei na cama.

— Vai fazer o que? — Lucas perguntou curioso — Não acha que já está na hora de ir dormir?

— Vou só dar uma olhada nas minhas redes sociais. — Expliquei — Vai que tem alguma coisa importante.

— Hmmm... Então boa noite. — Lucas disse beijando minha cabeça.

Assenti e abri o notebook. Estava quase descarregado, e a tela ainda estava aberta na minha pesquisa sobre anjos caídos. Engoli em seco, me lembrando do vulto. Ele não aparecera mais.

Passei o olho no texto sobre anjos, pausando meus olhos no link, no final da página. “Como identificar anjos caídos”. Eu não sei de deveria, mas cliquei no link.

“Não é novidade que nós não estamos sozinhos no mundo, e que nós estamos sendo observados a todo instante. Mas quem são esses? O que, ou quem, nos rodeia?

Uns dizem ser alienígenas. Outros chamam de super-heróis. Anjos de guarda. Demônios. Deuses... Mas não passam de anjos caídos. Quem são os anjos caídos? Eles são seres mitológicos e bíblicos, que nos cercam desde o início da criação. Ao longo do tempo eles ganharam títulos variados, entre eles vampiros. Mas eles não passam de seres que tomam diferentes formas para conviver, ou até mesmo brincar e caçoar dos seres humanos.

Um anjo caído, em seu princípio, utiliza poderes mentais. Como é dito em vários textos (alguns deles bíblicos), os anjos têm o dom de nos orientar. Eles podem falar em nossas mentes, e fazer coisas que nós achamos impossíveis. Eles criam ilusões em nossas mentes, mas as fazem ser real fisicamente. Em suma, os caídos são traiçoeiros, e sua maior marca são as cicatrizes nas costas, onde as asas estavam, em sua vida de anjo celestial.”

Eu estava paralisado. Deixei o notebook cair da minha mão.

A voz de Thiago na minha mente. O vulto surreal. O suposto acidente na montanha-russa subaquática.

Thiago estava brincando com a minha mente, e eu era o seu fantoche perfeito. Eu era a diversão de Thiago. Será que o beijo dele foi real? E o parque? Parecia bom demais para ser real. Assim como aquele píer atrás da barraca de algodão doce. Até onde eu havia sido usado? Um brinquedo tão frágil. Fácil de ser quebrado.

Era loucura acreditar naquilo. Thiago podia mesmo ser um anjo? Anjo caído?

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SEGURA ESSA MARIMBA AÍ MUNAMU!!!

Já cheguei hitando, e já vou direto ao ponto com vocês: comentem o capítulo, por favor, pelo amor que vocês têm a chocolate, falem o que vocês quiserem aí, qualquer merda. Comenta, opina, faz macumba, canta uma música que eu conheça pra mim cantar com você... É da sua escolha, mas escolha comentar. Por favor.

Bom, já sabe né? Meu email tá aí, que é contatohistoriador@gmail.com pra você enviar todas as mensagens que achar necessário. Adoro vocês. E pessoas do email, tô indo falar com vocês agora!!

Obrigado por ler.

Comenta.

Por favor.

Valeu.

Comenta.

Fui.