Fallen 04
Parte da série Angel's City
É isso aí gente. Capítulo de número 4! Estamos chegando perto do grande clímax da história, e vocês não perdem por esperar.
Estão gostando? Não? Sim? Bem, de qualquer forma, se você chegou até aqui, por favor não vá embora! Estou muito grato por ter você nos meus dias, porque afinal, é por você que eu estou aqui.
Esse capítulo é bem interessante, e ele tem muitas coisas ocultas que serão reveladas ao longo da série, e eu garanto que você não faz a mínima idéia do que eu preparei daqui até o final da série. Eu tenho a péssima fama de surpreender.
Bom, espero que esse capítulo te agrade, e que você possa estar aqui no próximo, e no próximo... Até que a série chegue ao fim.
Vamos lá então?
❇anônimo: haha, loucura é meu nome do meio kkkk. Obrigado pelo seu comentário, espero continuar agradando. Beijos e abraços.
❇Henry Meirelles: kkkk não se preocupe sr Meirelles, essa sombra maldita está com os seus dias contados! Kkk e cuidado com o seu pobre coração, ele não pode dar pau agora, manda ele esperar até o fim da série kk valeu por comentar. Beijos.
❇Nando martinez: Oi rsrsrs' você pode não ser, mas eu sou tímido, e até demais rsrsrs mentira, da licença, uma coisa que eu não tenho é vergonha na cara huashuashuas obrigado pelo comentário, mas eu preciso ressaltar que eles não são, hum, seres mágicos kkkk mas tudo bem, vamos deixar o drama sobre AS AULAS DE FILOSOFIA QUE EU AMO E AI VOCÊ VAI FAZER O QUE? Mentira kkk vou tentar evitar a aula de filosofia, mas não garanto nada! Obrigado pelos seus votos de melhoras, mas explica direito kkkkkk você ficou com o pau duro porque eu disse que não tenho aids? Que? Kkkkkk enfim, obrigado pelo comentário, espero te ver aqui novamente. Beijos.
❇simon: Oh mds, muito obrigado simon 🙏 não vou abandonar essa série, é uma promessa! Obrigado pelo comentário, mas prometa que também não vai abandonar a série :(. Até logo, se cuida e boa noite.
❇Boa Leitura❇
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Thiago me olhava sinistramente, e um sorriso cheio de segredos deu vida ao seu rosto frio e sombrio. Eu ainda não acreditava que ele era capaz de falar na minha cabeça. Algo em mim se recusava a aceitar o óbvio, porque o óbvio era surreal.
— Porque você está chorando? — A voz rouca de Thiago não tinha um pingo sequer de compaixão, mas seu olhar fixo em mim me fazia crer que ele realmente se importava. Tolice. Ele queria me enlouquecer.
— Me solta. — Pedi engolindo o choro, tentando me livrar do toque de Thiago. Tão quente, tão acolhedor... — Por favor.
Thiago me soltou lentamente, observando suas mãos deslizar pelos meus braços lentamente. Enxuguei as lágrimas e virei as costas, indo em direção à sala de aula calmamente.
Minhas pernas estavam bambas, mas eu me recusava a cambaler e ir de encontro ao chão. Eu não permitiria que Thiago me visse no chão novamente. Não aceitaria que ele me salvasse outra vez. Não deixaria que seus dedos me tocassem, e nem que seus olhos cor de água me hipnotizazem novamente.
Me endireitei antes de abrir a porta e entrar na classe. Hélio sorriu ao me olhar e voltou a escrever na louza. Andei até a minha carteira, mas não sabia se queria sentar ali novamente. Fechei os olhos e limpei a minha mente, decidido a não pensar em mais nada.
Thiago voltou à classe alguns minutos depois. Ele usava uma camisa preta, jeans escuros e um coturno preto. Suas pernas davam longas passadas, o fazendo chegar rapidamente ao meu lado.
Senti minhas mãos aquecerem e suarem e as coloquei no meu colo, secando o suor na calça.
Thiago sentou-se ao meu lado em silêncio e recostou-se na cadeira, observando a aula, mas lançando olhares discretos para mim.
— Como dever de casa, eu quero que vocês façam um texto baseado no contratuslismo de um dos três filósofos citados na aula. — O olhar de Hélio repousou sobre Thiago e depois voltou a correr sobre a sala toda — Entretanto, eu vou sortear. O que eu quero é que você e o seu parceiro simulem o estado de natureza, e então encontrem um ótimo motivo para que o contrato social seja criado.
– Professor. — Falei de imediato e ergui a mão — Como vamos fazer esse trabalho se ficamos na escola em período integral e só saímos no período da noite?
Eu arranjaria qualquer desculpa para manter Thiago longe de mim. Já era suficiente o tempo que eu tinha que passar com ele na escola, eu não o levaria para fora dela também.
— Você tem razão. — Hélio disse pensativo — Bem, então façam esse trabalho no fim de semana e me entreguem na segunda-feira. Quero um trabalho bem feito, e feito em equipe. Se eu souber que um aluno sequer fez sozinho, eu zero a nota da dupla. Entendido?
Que droga!
A classe ficou em silêncio, e como quem cala consente, Hélio andou até a sua mesa e pegou alguns papéis cortados, colocando-os sobre a sua mesa. Ele dobrou os papéis e colocou dentro da sua caixa de canetas.
Hélio passou de carteira em carteira, entregando os papéis para as duplas. Ele parou entre eu e Thiago e entendeu a caixa. Quando notei que Thiago não pesaria o papel, ergui minha mão e coloquei dentro da caixa, puxando um pedaço de papel.
— Não abra ainda. — Hélio disse e continuou distribuindo os papéis.
Ao terminar, Hélio caminhou até a sua mesa e ordenou que os alunos abrissem seus papéis. Obedeci. No meu papel estava gravado John Locke. Eu não sabia nada sobre ele
— Deixa eu ver. — Thiago disse estendendo a mão e me tocando. Ele demorou seu toque na minha mão, passando seu dedo pelas juntas dos meus. Ele pegou o papel e o leu — John Locke? Poderia ser pior, tipo Jean Jacques Rousseau.
Fiquei em silêncio. Eu não queria falar com ele, e achei que ele não ia querer falar comigo se percebesse isso.
— Enfim classe, só para vocês não esquecerem — Hélio ergueu seu dedo indicador — Hobbes: o homem é ruim de natureza; Rousseau: o homem é bom por natureza; Locke: o homem era um bom selvagem; e se restar mais alguma dúvida, tem tudo isso no capítulo 13 do livro didático de vocês. Guardem os materiais em silêncio e podem sair.
— Sexta-feira à noite. — Thiago disse pegando seu matéria e o pondo em uma mochila com estampa militar.
— O que? — Perguntei involuntariamente, tentando entender do que o meu companheiro indesejável estava falando.
— Vamos fazer esse trabalho na sexta-feira à noite. — Thiago disse e revirou os olhos. — Depois que sairmos da escola.
— Não! — Falei abismado — Nós vamos fazer isso no sábado, e olhe lá se eu vou dedicar o meu tempo livre a você. Acho que dá pra cada um fazer sua parte em casa, e depois a gente unifica os textos.
— Vamos estar ocupado no sábado. — Ele falou sério — E eu não faço nada do domingo. É o dia de descanso. Você nunca foi à igreja?
Estranhei a pergunta. Igreja? Como se de repente ele fosse a pessoa mais religiosa do mundo.
— Então nós não vamos fazer esse trabalho. — Falei decidido.
— Quem precisa de nota é você. — Thiago deu de ombros.
Fiquei quieto. Ele tinha razão. Eu precisava dessa nota, e precisava da nota máxima. Talvez se eu mostrasse desempenho, minha nota com Hélio não ficasse abaixo da média.
— Sábado. — Insisti — Não posso ficar fora até tarde, e eu já saio do colégio tarde.
— Tudo bem. — Não parecia uma rendição, então esperei que Thiago constinuasse — Eu posso ficar fora até tarde. Eu vou para a sua casa na sexta-feira.
Eu ia rebater, mas Livia interrompeu a conversa.
— Vamos? — Ela disse apressada — Hoje eu vou aceitar a sua carona pra casa.
— Amanhã a gente conversa sobre isso. — Falei sério.
— Da minha parte já estamos conversados.
Ignorei Thiago e acompanhei Livia até a porta da classe. Ela agarrou meu braço.
— O que aconteceu na aula hoje? — Livia sussurrou — Você não tinha pesquisado e tudo?
— É, mas deu branco na hora. — Falei — Eu tinha tudo preparado para falar, e aí aconteceu...
Eu estava decidido a contar para Livia sobre a voz de Thiago falando na minha mente. Eu precisava contar pra alguém, ou ia acabar louco e internado.
— Eu falei pra você parar com essas paranóias! É melhor você repetir aquelas palavras e garantir sua vaga aqui na escola no que vem. — A entoação de Livia era idêntica ao de uma mãe dando bronca no filho por ele ter feito algo que ela disse para não fazer.
Fiquei quieto. Descemos as escadas normalmente, dando oi para uns e outros conhecidos nossos. Ela realmente achava que era paranóia, e o que eu podia fazer? Não tenho como provarque a sombra esteve mesmo no meu quarto e depois pulou da janela. Não tenho como ter certeza se Thiago realmente falava na minha cabeça ou se era só um engano, fruto da minha imaginação.
Achei melhor não falar sobre Thiago. Seria melhor ser diagnosticado como louco por um especialista do que pela minha melhor amiga.
— Qual foi o filósofo que você tirou? — Mudei de assunto sem sequer disfarçar que estava incomodado.
— Thomas Hobbes. — Ela falou orgulhosa — Esse é o mais fácil que tem. E você?
— É mesmo. — Falei sentindo uma pitada de inveja — Fiquei com John Locke, o iludido. Como vai fazer o seu texto?
— Morra de inveja! — Ela disse rindo — Não sei, vou deixar isso com a minha parceira esquisita, e pra não dizer que eu não fiz nada, eu pego o texto pronto e passo a limpo.
Era uma ótima ideia, mas Thiago jamais aceitaria fazer o texto assim, porque não queria ajudar, só queria incomodar. E ele fazia isso muito bem.
— Aliás, eu nunca tinha notado: seu parceiro é uma tentação. — Livia comentou discretamente, olhando para os lados — Pegava fácil.
Saímos da escola e fomos para o outro lado da rua. Alguns alunos já estavam indo embora, outros jogavam conversa fora. Sentamos no meio-fio da calçada e continuamos a falar.
— Ele é bonito. — Falei. Mesmo que eu não gostasse de Thiago, não podia negar que ele era atraente — Mas é um cara insuportável. Se eu fosse você mantinha distância dele. Ele também é muito estranho.
— Está com ciúme é? — Livia zombou — Eu te garanto que ninguém é mais estranho que a minha parceira. O assunto de hoje foi a terapia familiar que ela estava fazendo porque sempre que briga ela joga as coisas no chão, na parede... Aquela garota é perturbada.
— Você não presta! — Falei rindo.
Alguns minutos mais tarde papai dobrou a esquina com seu carro e buzinou duas vezes. Livia e eu levantamos do meio-fio e ajeitando as mochilas nas costas.
— Mas se eu pudesse escolher entre pegar o Thiago e o seu pai, com todo o respeito, eu pegava o seu pai. — Livia sussurrou e soltou uma risada tímida.
Acertei minha melhor amiga com o cotovelo e diz cara feia.
— Já desistiu do professor Hélio? — Falei sorrindo.
Papai parou o carro e abriu a porta do passageiro. Ele saiu do carro e me olhou de cima a baixo, sorrindo contente.
— Vocês esperam só uns minutos? — Papai disse se apoiando — Eu convidei o Hélio para jantar em casa hoje, e vou dar uma carona para ele.
Fiquei surpreso, mas papai não reparou. Entrei no carro normalmente e olhei pela janela.
— Tudo bem papai. — Falei sorrindo — Nós vamos esperar aqui.
Papai assentiu e passou a mão no cabelo de Livia. Ele foi para dentro da escola, e Livia entrou no carro comigo.
— Os dois homens mais gatos que eu já vi na minha vida, no mesmo carro. — Livia suspirou — Talvez eu tenha sonhos eróticos nessa bela noite.
— Você é estranha. — Fiz cara de nojo e depois sorri — E qual a minha posição na lista dos homens mais gatos que você já viu na sua vida?
— E quem disse que você está nessa lista? — Livia gargalhou — Até o meu irmão está nessa lista e você não.
— Seu irmão não é bonito. — Falei.
— Você diz isso porque ele implica com você, mas no fundo, bem no fundo você sabe que ele é bonito.
Ela tinha razão. O irmão dela não era a coisa mais linda do mundo, ou o cara mais agradável, mas ele era lindo. Seu cabelo era mais claro que o de Livia, e os olhos castanho-mel ficam dourados quando são expostos à luz solar. Ele é quase bombado, com músculos grandes e uma barriga cheia de gomos.
— De qualquer forma, seu irmão está empatado com Thiago na minha lista de pessoas insuportáveis que não deveriam existir. — Falei — Eu não sei qual dos dois tem mais merda nabeça.
— Como se você fosse a melhor pessoa do mundo, né Cinderela? — A sobrancelha de Livia arqueou e ela sorriu venenosa — Você encabeça a minha lista de pessoas detestáveis.
— E você encabeça a minha lista de pessoas insignificantes. — Fiz um arco com as minhas sobrancelhas também.
Livia e eu nos olhamos em silêncio por alguns breves segundos. Os olhos dela me analisavam e os meus faziam o mesmo. Começamos a gargalhar histericamente, até chegar o ponto de perdemos o ar.
— Eu odeio você. — Livia falou rindo — Af.
Papai e Hélio apareceram nos vidros do carro, nos olhamos como se nós fôssemos duas aberrações da natureza.
— Olá, Christopher. — Hélio disse ao sentar-se no banco no carona — Tudo bem?
— Oi professor. — Falei envergonhado por ele ter visto e eu Livia em uma crise de risos. — Tudo ótimo e você?
— Sou seu professor apenas dentro da escola. — Hélio disse com um tom amigável — Fora dela eu sou apenas o Hélio.
Assenti. Livia estava hipnotizada por Hélio, e eu podia jurar que vi um fio de saliva escorrer pelo canto da boca dela.
— Fecha a boca linda. — Falei cutucando Livia e voltei a rir.
— Sai daqui idiota. — Ela estava rindo, mas havia ficado vermelha de vergonha.
Papai coloco o cinto de segurança e ligou o carro. Ele e Hélio falavam sobre trabalho, enquanto eu e Livia cochichavamos coisas aleatórias como a quedinha dela pelo professor, programas de tv... Ora ou outra ríamos um pouco mais alto, chamando a atenção dos dois no banco da frente e fazendo eles rirem também.
— Muito bem Livia — Papai disse ao parar o carro na porta da casa da minha amiga — Está entregue, à salvo, sem nenhum ematoma.
Livia beijou meu rosto e saiu do carro.
— Muito obrigada, senhor Gabriel — Ela agradeceu ao meu pai — Até amanhã, Hélio e Christopher.
— Até amanhã. — Hélio e eu respondemos em conjunto. Livia sorriu e virou as costas.
Papai acelerou o carro, andando a 70 Km/h. Ele parecia um louco no volante, e Hélio parecia se divertir.
— Ela ainda tem uma quedinha pelo professor de filosofia? — Papai disse rindo, e fez Hélio rir também.
— Pai! — O repreendi com os olhos arregalados.
— Eu já sabia disso muito antes do seu pai me contar. — Hélio falou rindo — Normal. Toda aluna tem uma paixão juvenil pelo professor, só que eu não queria ser a vítima da sua amiga.
— Ela é uma ótima pessoa. — Dei de ombros.
O assunto encerrou ali. Fomos para casa, e papai me obrigou a fazer companhia para Hélio enquanto o jantar era preparado. Eu não tinha noção do que ele gostava de falar, então ficamos em silêncio por um longo tempo, até que Hélio puxou assunto.
— Você não acha que mora longe da escola?
Hélio estava sentado na poltrona de couro, e eu no sofá pequeno ao lado.
— Um pouco. — Respondi — Mas eu até gosto. Meu pai me leva e me pega na escola, porque é caminho do trabalho dele. E a gente fala de tudo quando estamos na estrada, porque quando a gente chega em casa a gente só quer saber da nossa cama.
— Sei como é! — Hélio disse rindo — Eu mal tenho falado com o seu pai, por causa da rotina de trabalho dele e do meu cronograma.
— Hmmm... — Murmurei — Me reponde uma coisa... Porque você não acredita em anjos?
— Vamos deixar esse assunto para as aulas okay? — Hélio disse com um sorriso simpático no rosto. Nem parecia o professor arrogante e manipulador da sala de aula.
— Tudo bem. — Falei — E então... Você namora? Casado não é, porque não tem aliança nenhuma no seu dedo.
— Namoro. — Hélio exibiu seus dentes em um belo sorriso — É que eu não tenho jeito com essa coisa de casamento.
— Você já foi casado? — Perguntei surpreso, e Hélio assentiu — Qual a sua idade? Por que olha, você está bem conservado.
— Com "bem conservado", você quis dizer bonito? — Hélio mordeu os lábios após um sorriso cínico.
— Não! — Respondi rindo, um pouco envergonhado — Quis dizer que você não parece ser velho.
— Porque você está vermelho? — Continuou me provocando — Eu só mordo se você pedir.
Gargalhei alto, achando graça da cantada ridícula e ultrapassada que ele usou. Não que ele estivesse me cantando. O rosto de Hélio dava claros sinais de que ele quisesse rir também, e ele riu.
— Você não deveria dar em cima dos seus alunos. Isso pode dar em coisas erradas. — Decidi entrar na brincadeira, mas eu não parava de rir.
— Você ainda não viu nada. — Hélio riu e piscou para mim — E aí seu molenga, a gente vai jantar ou tomar café da manhã? — Ele gritou, se curvando em direção à cozinha.
— Só estou arrumando a mesa! — Papai gritou de volta.
Eu e Hélio nos levantamos e andamos juntos em direção ao banheiro do primeiro andar, que consistia apenas em uma pia branca, um vaso sanitário e um pequeno armário espelhado.
Entrei no banheiro primeiro, rindo e piscando para Hélio. O professor entrou logo atrás de mim, indo em direção ao vaso abrindo o zíper da calça.
Evitei olhar. Lavei as mãos com sabão, mas não pude deixar de olhar no espelho, que refletia Hélio de costas.
Repreendi o pensamento sujo que desejou ter uma visão frontal de Hélio e saí do banheiro. Ter paixonites por professores era dever de Livia, não meu.
Sentei na cadeira à direita de papai, e pouco depois Hélio apareceu na cozinha, sentando à esquerda de papai, de frente para mim.
Papai fez com que Hélio orasse, agradecendo ao nosso jantar, e ele o fez com perfeição, como se tivesse o hábito de fazer isso.
— Bom apetite. — Papai disse após a oração de Hélio, pegando seu garfo e espetando o macarrão.
— E então, quando você vai tirar umas férias? — Hélio disse após dar uma garfada em seu prato de comida.
— Provavelmente na semana que vem. — Papai deu uma pausa para comer e olhou para mim, parecendo culpado por alguma coisa — Por que vou ter que cobrir uma matéria em Minas Gerais, sobre aquela barragem de Mariana que cedeu, e vou ficar três dias foras, incluindo o fim de semana.
Parei de comer no mesmo instante e olhei para papai. Meus olhos o fitavam, mas eu não sabia se estava com raiva ou com medo. Eu teria que ficar o fim de semana sozinho, com aquele vulto me perseguindo.
Senti meus olhos marejarem, mas não deixei as lágrimas caírem. Eu já era um rapaz. Eu tinha que entender papai.
— Não fica assim filho. — Papai disse com a voz cheia de culpa — Vão ser só três dias, e depois teremos uma semana inteira.
— Tudo bem papai. — Falei com um meio sorriso no rosto — Eu já sou um rapaz, vou ficar bem.
— Isso mesmo filho. Eu te amo.
— Eu também te amo pai.
No fim das contas, a viagem de papai não seria de todo ruim. Thiago não ia poder vir aqui em casa, e eu podia até ficar na casa de Livia. Eu estaria seguro lá.
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NHEM NHEM NHEM, NHEM NHEM NHEM.... Eu tenho uma história com essa música kk
Então gente, não vou enrolar muito aqui porque o capítulo já ficou grande, então se você gostou, comenta aí, se não gostou, comenta aí, se não leu, comenta aí... Enfim, se você sabe ler (e eu creio que sabe, de outra forma não estaria aqui) deixe seu comentário, sua promessa de ano novo, simpatia para amarrar amor (tô querendo e precisando de uma)....
Um grande abraço a todos vocês
E não se esqueçam: OUÇAM HUMAN, DA CHRISTINA PERRI!!!!!!
Obrigado pela atenção. Se você não tem conta, não sabe como faz pra comentar ou simplesmente não está afim, é só me mandar um email. O endereço é ➡ lucianobienutt@gmail.com ⬅
Uma boa noite a todos.
Até logo.
E ouçam Christina Perri.
Parei kkk.
Mas ouçam.