Capitulo 1 – Abrindo os olhos

Parte da série Rebirth

Eu acordo com um galo cantando dentro da mente, na verdade era o despertador marcando exatamente 6:00 da manha, eu me levantei coçando olhos, fui ao banheiro fiz minha higiene matinal, e troquei de roupa ainda sem pensar no que tinha acontecido na noite anterior, resolvi que estava na hora de enfrentar essa situação, sai do quarto e me deparo com a casa, meus deus que casa, nunca tinha visto tanto luxo de perto, o quarto onde eu estava fica no segundo piso, desci as escadas ainda meio apreensivo do que me esperava, ando ate a sala de jantar, uma mesa imensa estava posta e quatro pessoas se sentavam junto a ela, o rapaz que estava no quarto na noite anterior e a senhora, uma moca muito bonita e um senhor vestido todo de branco que se parecia muito com o meu novo eu, assim que entro todo me olham, nunca tinha sentindo tanta vergonha na minha vida, o senhor me olha dos pés a cabeça e fala.

- Eu gostaria de saber o porquê do senhor estar com estes trajes ou o senhor acha que não vai pra escola hoje?

Eu meio que sem pensar volto pro quarto correndo, entro e começo a procurar algo que se pareça com uma farda escolar, finalmente eu encontro e quando eu olho o emblema na farda, percebo que uma das mais famosas escolas da minha cidade, e também a mais cara delas. Me arrumo rapidamente pego uma mochila ao lado da cama e desço as escadas de novo, era estranho estar fazendo aquilo, eu já tinha terminado o meu ensino médio a quase sete atrás e agora estava voltando, mais já era bem melhor do que estar morto numa vala em cemitério qualquer. Eu retorno a sala de antes, o senhor estava se levantando da mesa, ele pega um jaleco, ele provavelmente era medico ou algo do tipo, e caminha na minha direção e me abraça, eu parecia uma estatua parado na entrada enquanto o senhor me abraçava. Ele me olhou e beijou minha testa, e eu queimei, consegui sentir meu rosto vermelho, nunca tinha recebido esse tipo de demonstração de afeto paterno, a única coisa que pensei no momento foi que com certeza ele era o pai desse eu, ele ainda me olhando fala que hoje ele mesmo me levaria pra escola, a única coisa que fiz foi balança a cabeça consentindo, saímos da casa, e ele foi entrando no carro, uma Hilux, eu numa tinha entrado numa ate então, quando entrei eu vi um crachá de um hospital conceituadíssimo no retrovisor, nela estava escrito o nome dele, do meu pai, isso soava estranho pra mim, PAI, foi ai que eu percebi que eu não sabia o nome desse meu eu, o nome dele era Vitor Shraddh, e eu também achei estranho e difícil de pronunciar, mais beleza aquele também deveria ser meu novo sobrenome, ele me deixa na frente da escola e fala.

-Andreas, eu quero conversar com você assim que chegar em casa, você sabe sobre o que é.

Na verdade eu não sabia, não tinha a mínima ideia, mais fiquei de boa. Entrei na escola não tinha ideia de onde ficava minha sala, fui andando aleatoriamente, ate que uma garota me pega pelo braço e arrasta ate uma sala de aula.

• Affs, que cara de Tonto essa, ehn? – ela disse.

• Desculpa, quem é você mesmo – eu perguntei na duvida.

• Não, veio é serio... para de graça – ela disse retrucando

• Eu preciso te contar, aquele gatinho calouro que você tava af...

Na hora que ela ia terminar a frase um professor mal-encarado entra na sala nos mandado sentar, eu não tive como não pensar, -gatinho –afim, como assim, aquilo tinha me encabulado, será que esse eu é gay, ou será apenas coisa da minha cabeça, mais tarde dentro da sala de aula descubro o nome da garota, Mirella aparentemente minha (nova) melhor amiga. Após algumas horas de aulas maçantes, (sinceramente eu tinha esquecido com era estudar de novo), o sinal que marcava a hora do intervalo tocou e aquele mesmo professor mal – encarado me chamou e me deu um recado, ele precisa me ver na sala dele no fim da aula, algo sobre minhas notas, depois que ele saiu peguei uma carteira que estava dentro da mochila, quando abrir fiquei pasmo, tinha uns duzentos reais dentro, devia ser a mesada desse eu, resolvi comer alguma coisa, estava faminto, comprei um lanche e comi, estava voltando a sala quando um cara me pega pelo braço e me arrasta ate o vestiário, eu fiquei sem saber o que fazer, vai que outro amigo eu pensava, quando ele entrou, ai sim, eu comecei a achar esquisito, o cara fechou a porta e se direcionou a mim e falou bem serio.

Eu tenho uma coisa para falar contigo, cara um final de semana é muito tempo longe de ti – ele disse, eu fiquei na duvida mais uma vez, e ele do nada me beija. Não vou mentir foi bom pra caramba, e ainda tem mais o cara era um gato, moreno claro, deveria ter uns dois metros, (sou péssimo para mensurar as coisas), traduzindo ele era alto, e que pegada, eu me sinto enrijecer, se é que vocês me entendem, tava ficando bom, quando ele para, me olha e diz.

-Vai com calma, se não eu não me controlo.

Aquelas palavras foram fundo dentro de mim, como o cara pode me beijar do nada. Eu me desvencilhei dos braços dele e corri de volta para a sala, eu não tinha olhado se quer pra trás, eu sou queria voltar pra minha casa, NÃO, para a casa do Andreas, não minha. Eu estava confuso e com raiva, e o pior, uma raiva sem motivo, as ultimas duas aulas se passaram muito rapidamente, Mirella falava comigo mais eu não dava muita atenção, eu só queria sair dali o mais rápido possível, resolvi que voltaria para casa andando e não iria ver o tal professor.

Eu saio da escola sem dar muita atenção aos outros alunos, andando sem rumo ou direção, eu acabei me perdendo o que era uma coisa comum pra mim, eu costumava andar para pensar nos meus problemas e sempre acabava perdido de alguma forma, resolvi que a melhor forma de ir pra casa do Andreas ou minha, sei lá, era pegando um ônibus, tinha um ponto próximo da onde eu estava. Eu me sentei e esperei, ate um senhorzinho com uma bíblia de baixo do braço, puxar conversa e me perguntar se eu estava bem, ele disse que eu parecia pálido e nervoso. Eu não dei atenção, não queria ficar falando por com pessoas estranhas, no entanto ele disse mais uma coisa que me fez pensar, ele disse que eu tinha muita coisas para resolver e que meditar era a melhor saída para resolver meus problemas internos e espirituais, é engraçado com existe pessoas que são sensíveis dessa forma, saber ou pelo menos imaginar como as pessoas estão se sentindo sem que elas abram a boca. Depois de quase duas horas e meia dentro de um ônibus, chego em casa fadigado, eu estava desesperado por um banho, queria me lavar, tirar o suor e desestressar, eu entro no quarto me livrando de toda minha roupa e sigo pro banheiro, depois de banho de água fria (literalmente), volto para o quarto e tenho aquela surpresa, a senhora, a mãe do Andreas, estava no quarto olhando para mim, com uma cara de raiva ou melhor ódio (essa palavra exprime melhor o feição dela), e ele gritando me pergunta.

- Que estória é essa de você ficar se pegando dentro de vestiário?

Fiquei azul, totalmente sem reação.

Comentários

Há 2 comentários.

Por Lordas em 2013-07-10 02:19:23
Muito bom! Gostei do rumo que a história está tomando. Não demore para postar os novos capítulos. Só cuide com a pontuação. Aguardarei ansioso para saber o que irá acontecer, abraço.
Por Oi em 2013-07-09 12:52:53
Perfeito!Que mágico sua história;continue...e dedique um conto para mim!-*