U. D. P. : apresentando a casa (01x50)
Parte da série U. D. P.
Parte 50
Rafael – ninguém. Depois dos meus pais fui criado pelos meus avos e eles morreram há algum tempo então aconteceram umas coisas e acabei vindo morar aqui.
Alex – então essa casa é herança de família?
Rafael – não, foi um presente do meu amigo.
Alex – ele deve ser bem rico, pois a maioria dos vinhos daqui são de safras bem raras e que costuma pertencer a elite do mundo.
Carol – quer dizer que você mora sozinho aqui no meio da floresta e não tem medo?
Rafael – quando eu vim para cá estava bem abatido, então não me importava muito, mesmo porque depois eu acabei acostumando. Agora o Lucas está aqui, claro que os pais dele ainda não o deixarão ficar constantemente, mas eu já tenho um motivo para respirar – e ele me deu mais um beijo. Eu juro que se os dois não estivessem olhando eu transava com ele ali mesmo, o cheiro dele era bom demais.
Carol – ok, eu adoraria ver vocês nus, mas acho que o Alex não vai gostar e ainda temos muito para ver – ela disse e todos nós rimos, o momento era bom, aquele velho tinha razão. Seguimos para uma porta e chegamos a uma sala que eu ainda não havia visto.
Rafael – essa é a sala de máquinas, daqui vem à energia que a casa usa. Bem ao menos ela é guardada e processada aqui pelo que eu entendi da planta.
Alex – bem que eu desconfiava que a casa fosse longe demais da cidade para chegarem os cabos de energia. Como funciona? Qual é a fonte?
Rafael – eu não entendi muito, aparentemente a casa tem receptores para captar energia do ambiente ou algo assim e tem uma coisa chamada reator solar. Sinceramente é difícil ver tudo, o projeto da casa é grande e bem complexo.
Carol – deve ser energia solar – seguimos para uma porta que eu também não havia visto. Chegamos à garagem, ela era grande e eu pensei que Rafael tivesse apenas um carro e uma moto, mas ele tinha vários, de vários tipos, modelos e com varias finalidades, só a cor que ficava no branco, preto e prata.
Alex – minha nossa! Meu Deus! Virgem Maria! Que coisas mais bonitas. Esses modelos aqui eu nunca tinha visto, na verdade eu nunca havia visto nada assim, eles são muito esquisitos, pensando bem agora eu me lembro que eu não ouvi o barulho do motor quando saímos de casa. Eles são importados?
Rafael – não tenho certeza, acho que são únicos, pois os projetos deles estavam em anexo e pelo que eu percebi são quase todos movidos a energia elétrica ou algo do tipo. Acho que vi em um carro o tal reator solar, mas não tive tempo de ler a respeito e acho que mesmo lendo continuaria não sabendo o que é.
Ficamos mais uns quinze minutos falando sobre os veículos e fazendo hipóteses, depois seguimos para o primeiro andar. Mostramos a já familiarizada cozinha, a sala de vídeo, a sala da lareira (Carol adorou o tapete), a sala de jantar e chegamos ao rol de entrada. Voltamos às escadas que dão acesso ao segundo andar. Como o corredor era circular andamos para a esquerda. Mostramos uma sala que eu ainda não havia visto, vimos um escritório, depois vimos três quartos e o quarto do Rafael. No caminho de volta à escada a Carol falou.
Carol – nossa! Essa casa tem muitos quartos, seu amigo parece que achava que você tinha uma família imensa e que traria todos os parentes.
Alex – porque o seu quarto e a cama dele são tão grandes? Você não pode ser tão espaçoso – disse o ele olhando para o Rafael.
Eu – mas tarde vocês entenderão – dito isso seguimos para o terceiro andar, esse seria mais complicado. A primeira sala era o laboratório.
Rafael – bem esse aqui é o laboratório – ele disse enquanto entramos.
Carol – para que você precisa de um laboratório? – disse Carol olhando para uns vidros com substâncias coloridas que estava em um armário de vidro.
Rafael – nada especial. É apenas conveniente ter um desses a mão – ele disse dando um sorriso. Seguimos para a academia.
Alex – nossa! Você tem sua própria academia. Espero ser convidado mais vezes, pois ela é magnífica, parece ter todo o tipo de aparelho, e o sonho de muitos garotos.
Rafael – pode vir quando quiser, só avise com antecedência – ficamos pouco, pois estava ficando tarde e ainda iríamos assistir ao filme. Seguimos para a sala de reuniões.
Rafael – essa é uma sala que eu uso para... Bem, até agora eu ainda não sei direito como usar alguns cômodos da casa, como este – saímos desta sala e chegamos à sala de dança.
Rafael – bem essa é outra sala, acho que não precisamos entrar – ele disse meio vermelho, mas a curiosidade da Carol foi maior.
Carol – espelhos, chão de madeira... Rafael você dança balé? – o Alex e eu começamos a ter um acesso de risos, mas paramos aos poucos, pois nos lembramos da surra que Rafael nos deu na boate.
Rafael – qual o problema de eu gostar, além do mais essa sala tem muitas outras utilidades, como praticar piano – Alex deu mais um riso. Seguimos a primeira porta que realmente seria um, problema.
Alex – porque essa porta é diferente? – ele disse tentando empurrar para abrir, mas a porta nem tremia. Começa as esquisitices.
Continua...