Anahi - Pedacinho Do Céu - Capítulo 5

Conto de Guhh como (Seguir)

Parte da série Anahi - Pedacinho Do Céu

Uma semana havia-se passado desde a lida do testamento. O assunto não tinha sido trago a discussão, qual decisão eles iriam tomar.

Na noite que Ethan chegou à pousada, tão ferido e angustiado, necessitando ser abrir com alguém, estava cansado de levar tudo sozinho. Acabou conversando com a bondosa mulher, sem medo, abriu seu coração.

Contou sobre sua vida com sua mãe, como a coisa estava mais difícil depois que foi expulso de casa, e como tivera uma centelha de esperança quando veio a cidade, que realmente considerou que sua família o aceitaria, mas como foi grande a decepção em ver ser mais uma vez sozinho... Falou sobre o testamento, e a última vontade de seu avô.

Maldite fez ver que não era obrigado a casa-se com Christian. O rancho não tinha peso sentimental para si, e nem o dinheiro o traia. Os Brynn’s eram os mais interessados em permanece com o rancho, e se ele quisesse iria procurá-lo.

Claro, se ele aceitasse era uma forma de ser aproximar de sua família, e quem saber conquistá-los e criando um vínculo, no entanto ao custo era ele entrar em um casamento forçado, e mesmo que não tivesse ligações sanguíneas, casaria com o homem que devia ser seu irmão.

Contudo, de nada adiantava atropelar as coisas, precisava esfriar a mente, e pensar no melhor que era para si, se realmente estava preparado para lutar, pois seria um longo caminho para conquistar os Brynn’s. Havia muito mágoa e rancor ali para ter abatido.

No final, mais calmo, Ethan resolveu dar um rumo sua vida. Se pretendia fica uma temporada na cidade precisava trabalhar, pois sua grana estava acabando.

Acanhado, seguiu para o restaurante. Abby ajudará se arrumar, e ambas – mãe e filha – o desejou boa sorte.

Sabia que estava uma semana atrasado, e o cara podia ter já arrumado alguém para o trabalho, mas não custava tentar.

Respirou fundo parando em frente ao lugar. Não era grande, mas um tamanho razoável. Era típico estabelecimento que funcionava como café, lanchonete e restaurante. Apesar de modesto era bem arrumado e aconchegante.

Viu que pelo horário ali parecia meio cheio, mas resolveu arriscar. Empurrou a porta, ouvindo o sino tocar, e tentou localizar alguém que parecesse o proprietário.

Viu uma jovem anotando os pedidos, mas ela parecia atender bem os clientes. Pelo horário, era hora do café da manhã, e o estabelecimento estava cheio. Possivelmente a comida era boa.

Olhou ao redor, e viu um senhor de pele morena levando uma bandeja com as comidas para as mesas, e ele parecia bem desesperado. Resolveu tentar. Seguiu até o homem, e com firmando sua voz ditou:

— E... Posso falar com o dono? Eu vim pela indicação do xerife para uma vaga. — Ficou orgulhoso de si por ter saído firme e auditivel.

O homem virou o medindo de cima e baixo.

— Tem quantos anos?

— Tenho vinte, senhor, mas farei vinte e um em poucas semanas. Sou novo na cidade, e pretendo ficar um tempo aqui, ou morar. — Falou desconfortável.

O homem continuou andando recolhendo os pratos vazios das mesas, e os levou para a bancada. Fez um gesto para Ethan o seguir. Essa era a entrevista mais estranha que já tinha feito, tendo que seguir alguém como um cachorro.

— Tem experiências? O que saber fazer?

— Trabalhei em um restaurante, padaria, livraria, e assistência técnica de eletrônicos... E em limpeza e Shopping...

— Não é novo para ter trabalho nisso tudo? — O homem indagou desconfiado.

— E... Foi tempo curto, senhor. Eu juro, vou me esforçar. Me de uma chance de mostrar. O senhor parece bem apertado, e precisa ajudar. — Falou torcendo para que o homem aceitasse.

Ele olhou ao redor, vendo como tudo estava uma loucura, e coçou sua nuca. — Ok, Garoto! Faremos o seguinte, trabalha aqui hoje, vou avaliar seu desempenho, e no final do dia discutiremos.

— Agora?

— Algum problema? Pensei que precisasse trabalhar!

— Eu preciso! Aceito, só me diz o que tenho que fazer. — Ethan falou rápido. Não ia deixar essa chance passar, realmente precisava trabalhar.

— Sou Dakota Rourke, mas pode-me chamar de Kota. Vem comigo. — Disse. O dono do local arrumou para Ethan um avental de cintura, e uma caderneta e caneta, tal como entregou uma bandeja. — E bem simples. Você vai atender os clientes, pegar seus pedidos e os colocar ali... — Apontou para uma abertura que dava para a cozinha. — Assim que tivera pronto, o cozinheiro avisará, e os levar para a mesa. Não confunda os pedidos. Depois que os clientes sair você vai à mesa e as limpas. Alguma dúvida?

— Não senhor!

— Então vai! — Falou indicando para que ele começasse a trabalhar.

No começo Ethan se atrapalhou um pouco, mas algumas horas, ele pegou o ritmo. Geralmente população de cidade pequena era mais receptível e simpático, assim ele acabou sendo atenciosos com os clientes, e até indicou prazos no cardápio.

Quando o café da manhã terminou, ele foi arrumar as mesas e cadeiras para o almoço. Tentou decorar cardápio para facilitar no trabalho. Acabou conversando um pouco com Alicia a outra que ajudava atendo, e descobriu que a jovem era filha do senhor Kota, e estava ali somente para ajudar o pai, pois ele estava há um mês sem garçom.

A garota era amigável e lhe deu algumas dicas. Logo veio o horário do almoço, e as coisas foram mais corridas do que no café. Até parecia que toda cidade resolveu comer fora. Ele descobriu que o cozinheiro novo era muito bom, e depois que ele foi contratado, o negócio alavancou mais.

Quando o relógio marcou três horas da tarde, e que o último cliente saiu, o senhor Kota fechou as portas.

— Vamos comer rapaz, depois conversamos. — Falou.

Ethan foi arrastando por Alicia para sentar em uma das mesas, e logo o pai da mesma voltou junto com outro homem, e duas bandejas com comida.

— Prazer, sou Duncan, o cozinheiro. — O cara devia ter coisa pouca a mais que Ethan. Seus cabelos eram loiros cortados no estilo militar, e seus olhos azuis. O corpo não era grande, mas os músculos eram trabalhados.

— Igualmente! Ethan.

Assim os quatros sentaram, e entre conversar de banalidade, começaram a comer. Ethan descobriu que Dakata era viúvo, e praticamente criou sozinha a filha, que tinha 21 anos. Que ele tinha aberto o restaurante com sua esposa, e depois que ela faleceu continuou o negócio.

Quanto a Duncan, o rapaz estava um pouco mais que três meses na cidade. Como Ethan, ele tinha sido expulso de casa, mas no caso do loiro, era por que seus pais descobriram que ele era gay. Após viajar por várias cidades parou em Montana, e como amava cozinha, e o senhor Dakota precisava e não se importava da opção sexual dele, acabou ficando por ali mesmo.

Quando eles terminaram de comer, Alicia e Duncan saíram levando as louças para a cozinha, deixando Dakota e Ethan a sós.

— Tem a onde morar garoto? — O homem indagou.

— Estou na pousada da senhora Maldite, ela tem sido muito gentil, e não é tão caro. Quero dizer, preciso trabalha para continuar pagando.

— Uhh! Acima do restaurante tenho um apartamento disponível, que dizer Duncan o tem ocupado, mas creio que para ele não será um problema dividi.

Ethan ficou calado, não entendeu bem aonde o homem queria chegar, mas era melhor ficar calado e esperar.

— O salário não é enorme, mas é digno para um homem vive. Trabalhará por escala, pode fazer suas alimentações aqui ser quiser, e não precisam pagar aluguel do apartamento desde que o mantenha conservado. — Kota disse.

— Como senhor?

— Não veio aqui por causa do emprego? Estou dizendo que a vaga é sua, e oferecendo um teto para sua cabeça. — Disse levantando da mesa, e dando um apertão no ombro de Ethan. — Depois agradeça meu irmão pela indicação. — Completou indo para o próprio escritório.

Ethan ficou lá parado, sem acreditar. Após um dia de trabalho e pequenos desastre algo bom estava acontecendo com ele. Teria um emprego. Ele soltou o ar lentamente, e fungou. Não iria chorar, o momento era para se feliz. Sabia que teria que se esforça para manter o emprego, e daria o melhor de si.

— Parabéns, e seja bem-vindo. — Duncan disse dando um terno sorriso, e ao lado dele Alicia.

— Eu... Vou me esforça, prometo.

— Tem que dizer isso para papai! Ouvir dizer que está hospedado em dona Maldite. Vou lá agora, ver Abby, dou uma carona, e poder trazer suas coisas. — Alicia disse.

Ethan olhou para o loiro. — Não se incomoda? Que dizer eu invadir seu espaço? — Não queria que Duncan ficasse ofendido ou algo assim, por ter um intruso.

— Não! Você parece ser alguém legal. Desde que respeite minhas coisas, e não tenha preconceito por minha opção sexual, sem grilo. Pode deixar você não faz meu tipo. — Disse rindo no final.

— Vou aceitar a carona. Não tenho muita coisa, e tudo cabe na mochila. — Falou com um sorriso radiante. Finalmente depois de tanto choro, momentos que se sentia alegre.

Os três foram até a hospedaria, e com alegria contou para Maldite e Abby sobre o emprego, e o lugar para morar. Agradeceu as ambas por tê-lo recebido tão bem.

Dona Maldite deixou claro que queria visitas dele, e que sempre seria bem-vindo.

Ethan foi ao quarto, pegou tudo que era seu, e pagou seu tempo na hospedaria. Deu abraço de despedida da bondosa senhora. Na volta seguiu a pé com Ducan, já que Alicia iria ficar com Abby.

O caminho de volta não era logo, e em todo trajeto os dois jovens conversaram sobre várias coisas, e viram que tinham muito em comum. Ducan tinha 26 anos. Ele tinha cursado faculdade de gastronomia, e chegado a trabalhar em restaurante em paris. Quando retornou para casa com seus 22 anos, seu pai o pegou beijando outro homem, o que rendeu agressões físicas, e foi expulso de casa sem nada. Depois disso, ele viajou por vários estados, fez pequenos serviços, até que veio parar nessa pequena cidade.

Ao chegarem ao restaurante, eles foram para o beco lateral, e subiram uma escada. O andar de cima tinha alguns apartamentos, na certa alugados. Eles foram até o último do corredor, e Ducan abriu a porta.

O lugar era pequeno, contento apenas dois cômodos e um banheiro, mas para dois jovens solteiros que apenas precisavam de um teto sobre suas cabeças, vinha a calhar.

— Os móveis já vieram nele. Tem duas camas de solteiro no quarto. A televisão pegar TV a cabo, e o chuveiro têm água quente. Não é muito, mas e confortável.

Na sala tinha um sofá e um estante com a televisão de tubo, perto da janela, no outro lado, tinha uma geladeira, e uma pia. Em cima dessas tinha um armário, e sobre a bancada tinha um fogão de duas bocas embutidos.

— O senhor Kota não cobrar mesmo aluguel? — Indagou olhando ao redor.

— Não! O que é bom, agora como as refeições principais fazemos no restaurante, o que precisa para a casa podemos dividir as despesas. — Duncan disse levando o outro até o quarto.

Nesse tinha duas camas de solteiro, um guarda-roupa que era embutido na parede, e uma cômoda. O banheiro ficava interligado ao quarto.

— Parece ótimo, melhor que meu apartamento em New York. Aquilo era bueiro de ratos.

— Sim! Que tomar banho primeiro ou posso ir? — O loiro indagou. — Estou fedendo a óleo queimado e frango.

Os dois caíram na gargalhada.

— Não! Pode ir, vou guarda minhas coisas. Tudo bem?

— Claro, tem duas portas do guarda-roupa vago, e as gavetas de baixo da cômoda também. Fiquei a vontade. — Disse Duncan sumindo no banheiro, após pegar mudas de roupa limpa e a toalha.

Quando se viu sozinho, Ethan suspirou.

As coisas ao menos começaram a encaminhar. Ele começou a guarda seus pertences, que não eram muito, e depois foi dar mais uma olhada no apartamento.

Depois teria que encontrar o xerife é agradecer pela ajudar.

Depois que o loiro saiu do banheiro, vestido um short e blusa de malha surrada, Ethan foi tomar seu banho. No final ambos irem assistir algum filme, e aprontaram algo para jantarem. Optaram por dormir cedo, afinal, começam a trabalhar cedo.

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Os dois corpos nus sobre o leito entrelaçavam as pernas. O menor – apenas alguns centímetros – detinha sua cabeça apoiando no peito largo, e seus dedos brincavam com os pêlos que cobria o tórax definido.

Eles tinham acabado de fazer amor, e suas respirações ainda encontravam fora do ritmo normal. O topo cobria seus corpos.

Podiam estar anos juntos, mas sempre era como a primeira vez, avassalador.

— Ryan... Já pensou o que iremos fazer? — Cody indagou. Sabia que o marido queria evitar falar sobre aquilo, contudo era algo que não dava simplesmente para fugir.

— Não quero falar sobre isso! — Declarou com a voz azeda. Tinha tentado de todas as maneiras arrumar uma solução, porém tinha que concordar, seu pai tinha feito um trabalho bem feito, não deixando nenhuma escapatória para eles.

— Uma hora vai ter que encarar. — Cody apoiou o corpo sobre o braço, e de bruços encarou o marido. — Ou perdemos o rancho, mas sobrevivemos com nossos ideais, ou Chris deixar quem amar e casar com o próprio irmão.

— Eles não são irmãos de verdade. — Ryan resmungou.

— Para Chris você é o pai dele, assim como eis de Ethan, em consideração são irmãos.

Ryan fechou a expressão, e delicadamente saiu debaixo do esposo indo ao banheiro.

— Não pode fugir para sempre Ryan. Precisamos tomar uma decisão. — Cody disse ouvindo o barulho do chuveiro. — O aniversário de Ethan é daqui a três semanas. — Falou em um tom mais alto.

Alguns minutos depois Ryan saiu do banheiro, com os cabelos molhados, e uma toalha na cintura.

— Eu sei a data do aniversário do meu filho. — Foi ao armário pegando uma calça de flanela. — Lembro isso cada minuto, um filho que me foi tirando, e que nunca quis ver o pai, que tem ódio por ele ser um gay...

— Isso é passado. A vida está dando outro chance, só... Aproveitar!

— Não cabe a mim decidi Cody! E a vida de Chris que está em jogo. Saber o quanto ele amar Aslan, e casa-se com Ethan será o sacrifício que somente ele pode decidi fazer. — Voltou a deitar na cama. — Agora, só dorme homem, e para de falar.

— Claro senhor! — Cody disse levemente magoado. Odiava quando o marido fugia das conversas somente por que isso o desagradava o feria... E quase sobre era quando referia a Ethan... Ryan jamais se perdoou por perde o filho, ou recuperou do fato que para o filho era um pai sem valor e aberração. Ao menos era o que aquela carta disse anos atrás.

— Cody!... — Ryan chamou pelo esposo, mas este tinha entrado no banheiro o ignorado. — Maldição! — Conjurou batendo a cabeça contra o travesseiro.

As coisas andam tensas naquela família. Depois da dolorosa perda de seu patriarca nada dava certo. O mau-humor de todos. As palavras ditas que feriam e a dor sempre presente. Eles realmente precisavam de uma luz que os guiassem para o caminho correto.

Continua...

Comentários

Há 1 comentários.

Por Rich em 2014-04-15 19:54:32
Hum muito bom.. E essa carta ein? Cheiro de armaçao.. Ta perfeito!