Anahi - Pedacinho Do Céu - Capítulo 2

Conto de Guhh como (Seguir)

Parte da série Anahi - Pedacinho Do Céu

Saiu sem dar conversar. Queria apagar aquele episódio de sua mente. O mais rápido que pudesse dar o fora daquela cidade, ficaria feliz. Sua mãe não o queria, seu pai não o queria... Tudo não passou de uma doce ilusão... Um sonho que jamais seria realizado... De ter uma família. Isso não foi feito para Ethan Griggs.

Não tivera uma noite de sono muito bom. Pesadelo o atormentou, e na alvorada acordou em sobressalto com lágrimas nos olhos. Deixaram claro que as palavras de seu pai o tinham atingido bem mais o que queria.

O quarto da hospedaria era agradável. Fazia tempo que não dormia em um lugar decente. Ficou na cama, não havia motivos para apressa em levantar. Ficou olhando pela janela, o céu claro de sol brilhante, nem parecia que tinha caído uma tempestade na noite anterior.

As coisas ultimamente não estavam sendo fáceis. Tinha sido demitido de mais um emprego, não que deixasse de esforça, mas era um azarão, e sempre acontecia algo... Que o fazia quebrar algo ou sempre chegar atrasado... Três meses de alugueis não pagos, acabou despejado.

Quando recebeu a ligação do advogado de seu avô, realmente considerou que as coisas iriam melhorar para si. Não por qualquer dinheiro que viesse receber, e sim por que não estaria mais sozinho, teria uma família. Vendeu seu amado “note book” - seu último bem e hobby - já que amava escrever, e comprou passagem para Montana. No final só gastou dinheiro, pois aqui não era querido.

Talvez não precisasse ir embora. A pequena cidade era agradável, quem saber não conseguia um emprego ali, um aluguel barato.

Após puxar o ar para seus pulmões, Ethan colocou-se de pé, e foi até sua mochila. Não tinha muita coisa, e tudo que possuía estava ali. Algumas peças de roupas, artigos de higiene pessoal, além de seu Ipod - outra paixão - música.

Separou um jeans surrado, uma regata preta, e uma cueca limpa. Pegou sua bolsinha com os artigos, e rumou para o banheiro, que ficava no corredor. Por sorte não estava sendo usando, assim Ethan tomou um bom banho.

Ele tinha cabelos castanhos acobreados que agradeceram por estarem sendo limpos. Os seus 60kg era bem distribuído em seus 1,67. Não era alto, mas nem baixo. Sua pele era leitosa, tão diferente dos outros Brynn que encontrará.

Era magro, mas nada seco o esquelético. Tinha os músculos torneados, mas não chegava a ser um homem robusto ou coisa parecida. Tinha apenas certa vergonha da sua bunda, na escola o pessoal sempre implicava, dizia que era bunda de menina, só causa dela se razoavelmente arredonda e empinada.

Tirando tais pensamentos de sua mente, ele saiu da corrente água, enxugou e vestiu-se. Tudo feito mecanicamente, sem ânimo algum. Fazia a higiene pessoal, quando alguém bateu na porta.

— Estou saindo!

— Ethan? Querido telefone para você na recepção, acho que é algum advogado. — Ouviu a voz da dona da hospedaria, Maldite.

— Ah sim! Estou indo, obrigado. — Terminou rapidamente o que fazia, deixou suas coisas no quarto, e correu para a recepção do local, e pegou o gancho do telefone sobre o balcão. — Ethan falando! Ah Doutor Clark. As 16hs? Claro. Não, eu me acho. Obrigado e tenha um bom dia. — Terminado a ligação voltou coloca o fone no gancho.

— O que farei até lá?

— Que tal começando por um reforçado café da manhã? — Maldite sugeriu. — Não ouvir a conversa querido, mas saber, cidade pequena as coisas espalham. Não pensar em problemas agora, venha comer. — Disse puxando Ethan pelo braço.

A sala era grande, e tinha várias mesinhas destruídas com quatros cadeiras cada. A mulher levou o jovem para uma delas, e o serviu uma bela xícara de café, e panquecas.

Os olhos de Ethan brilharam. Sua última refeição tinha sido o café da manhã no dia anterior. Tão abatido com as palavras de seu pai, esqueceu de comer, e agora a fome batia com força.

— Fique a vontade, voltou logo para lhe fazer companhia. — A boa mulher para não constrange Ethan saiu.

Ethan avançou na comida. Nunca tinha provado nada tão bom. As sete panquecas foram rapidamente, e com o bom café melhor ainda.

— Estava com fome mesmo. Quer mais? — Ela questionou sentando na frente dele.

— Não, estou satisfeito. Senhora Maldite, conhece bem os Brynn’s? — Indagou timidamente. Não sentia confortável perguntar aquilo a uma estranha, mas estava claro que por sua família não saberia nada.

— Claro! Nasci e cresci aqui, e desde que me entendo por gente, os Brynn’s estão aqui. Uma família maravilhosa! Eles praticamente giram o capital da cidade esquecida do mundo. — Ela disse gentilmente.

Ethan remexeu na cadeira.

— Meu avô... Digo, o senhor Raynard como era?

— Sei que eis o neto dele, o único legível, mas ele tem outros adotivos. — Maldite disse.

— Então ele não é meu irmão de verdade? — Havia certa decepção nas falas de Ethan, pois a idéia de ter um irmão o agradava merda, ter uma família era seu sonho. Entretanto tinha que tirar tal sonho de sua mente, eles nunca o aceitaria como parte da família.

— Chris é filho de Cody, o companheiro de Ryan, seu pai... Eles estão juntos uns quinze anos, e Ryan adotou-o com filho. Há sete anos eles adotaram outro menino, Oscar, um doce. Foi adotado ainda bebê. — Ela disse vendo como os olhos de Ethan brilhavam. — Seu avô era um homem rústico e rígido que vivia para a família.

— Então ele foi contra meu pai... — Ficou meio sem jeito. — Saber...

— Foi um choque no começo, tanto para Raynard como a cidade. Espera que uma cidade tão pequena não aceite esse tipo de relação, mas o velho Brynn deu exemplo, apoiou o filho, dizendo que ele sendo feliz era o mais importante... E assim, a cidade adaptou. Creio que temos outros casais. — Ela apertou a mão de Ethan sobre a mesa.

Nesse momento Ethan queria chorar. Ser aceito! Era tudo que queria. Talvez se seu avô tivesse vivo, ele o teria recebido de braços abertos. Então por que nunca tentaram o achar antes?

— Acho que não me encaixo nessa família. Eles pareciam felizes, e sua presença somente ia atrapalhar. — Divagou esquecendo que a mulher estava ali. As lágrimas começaram a brotar de seus olhos, rolando por seu terno rosto.

— Oh querido! Ryan sofreu muito por sua perda, e deus saber o quanto eles fizeram para reavê-lo. Os de uma chance. São feridas cicatrizadas que ele dever temer abri-las. — Maldite disse docemente.

— Não acredito muito! — Falou fungando e limpado as lágrimas.

— Abby! Abby... — A mulher chamou pela filha, e essa logo apareceu vestida ainda pijama, e com os cabelos bagunçados.

— O que foi mãe? Não precisa gritar. Bom dia fofinho. — A ruiva disse sentado ao lado de Ethan toda sorridente.

— Comporte-se garota. Por que não mostra a cidade para Ethan... Creio que ele dever conhecer as maravilhas daqui! — Disse a boa mulher levantando. — E não atrasem para o almoço.

— Sim! Sabia que iria conquistá-la. — Abby disse encarando arduamente Ethan. — Vou-me troca é sairemos, quero saber tudo sobre o irmãozinho do meu melhor amigo. — Ela falou saindo saltitante.

Ele suspirou buscando forças dentro de si. Não iria chorar mais, e sim ergue a cabeça. Ia aproveitar para conhecer a cidade, e quem saber arrumar um lugarzinho para chamar de seu. A lutar continuava.

Com esse pensamento foi ser arrumar para sair com a alegre ruiva... Ela parecia alguém fácil de lidar, e não tinha o recriminado ou zombado de si. Pelo menos já tinha duas pessoas - da cidade - que gostara.

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O clima pesava sobre aquela mesa. Geralmente os momentos da família Brynn junto sempre eram regados à alegria e gritaria, mas as coisas não estavam sendo assim ultimamente.

Há um mês com a morte de Raynard Brynn a triste abateu. Ele era amado, e sabia muito bem colocar todos na linha. Mesmo tendo seus 67 anos, ele exalava saúde, então o acidente pegou todos desprevenidos, e não aceitavam muito bem.

Se não bastasse essa tragédia, saber que o velho Brynn exigiu para a leitura de seu testamento o neto ausente, abalou todos, ao menos diretamente Ryan, e se um não estava bem, os demais não encontravam.

— Como ele é? — A voz infantil indagou. Oscar era um menino de 8 anos. Tinha sido adotado por Ryan e Cody ainda bebê, e era alegria da casa. Uma criança doce e de uma incrível inteligência. Com seus olhos verdes e cabelos negros parecia muito com seus pais adotivos, assim, ninguém nunca falava que não tinha nenhuma ligação sanguínea.

— Não deu para ver muito... — Christian gaguejou olhando de lado, para Ryan, que parecia concentrado na comida.

— Ele é magro, branco e medroso. Típico garoto da cidade! — Joseh disse. Este era o irmão mais novo de Ryan. Sempre festeiro, ele nunca se amarrou a ninguém, mas apesar de sua vida leviana, valorizava a família e era capaz de tudo por eles.

— Tio Joe, seja mais específico. Ele parece com o pai? E legal? — O menino parecia empenhado em descobrir algo sobre o irmão que nunca conheceu, e por seu pai Ryan, não conheceria.

— Já bastar Oscar. Ele não faz parte dessa família, então não há necessidade de conhecê-lo. — Ryan disse com olhar duro para o filho mais novo.

— Mas pai... Ele é seu...

— Oscar chegar! Termine seu almoço para poder fazer a lição de casa. — Cody disse para o pequeno. Era ciente o quanto tudo estava sendo difícil para seu marido, e mesmo que tinha opinião que ele estava sendo muito duro, não iria contrariá-lo.

— Sim, papai! — O pequeno disse com os olhos tristes, mas segurou o choro e continuou sua comida.

— Ryan, vai comprar a máquina que falei? Aquele trator não dar mais conta, perdemos mais tempo o consertado do que usando. — Joseh disse parando o garfo sobre o prato.

— Eu acho que em vez de trator devíamos contratar outra mão de obra. A colheita logo virá, e se não agilizamos o ritmo perderemos uma parte dela.

Toda família trabalhava no pequeno rancho. Ao menos ao que referia a Ryan, Joseh, Cody e Christian, mas ultimamente somente os quatros mãos de obra não eram suficientes. As tarefas de casa eles sempre dividiam, mas por causa de Oscar, Cody não ficava tanto tempo campo é isso de alguma forma interferia.

— Agora não! — Ryan disse com a expressão durar.

— Ryan! Precisamos ver logo, do contrários a colheita desse ano será a pior de todas. Nos últimos anos estávamos decaindo na produção, esse ano... — Joseh tentou rebater.

— Droga! Dar par você pararem? Eu preciso de paz, e nem na minha casa tenho isso. — Ele acabou gritando e jogou o garfo contra o prato, e levantou saindo pela porta da cozinha.

O silêncio caiu sobre todos.

Cody respirou fundo, e seguiu atrás do marido, o encontrando perto das primeiras árvores da reservas. Foi até ele sem dizer nada é o abraçou por trás.

A diferença de altura entre eles era pouco, Cody devia ser apenas uns cinco centímetros mais baixos, e seu corpo era bem menos robusto, mas igualmente era belo e definido. Seus cabelos eram castanhos e os olhos verdes.

Encostou a cabeça no ombro de Ryan, o abraçando possessivamente, mas não proferiu nenhuma palavra. Anos juntos os garantiam essa cumplicidade, em saber cada detalhe do outro, o momento de falar e o de cala.

— Por que ele tinha que aparecer? Por anos ele se negou, e agora... Pirralho ingrato. Foi só falar de dinheiro que veio correndo. E igual à mãe! — Ryan disse com os olhos cravados no bosque, ao que começou a acariciar a mão de Cody em voltar de seu corpo.

— Por anos desejou ter seu filho aqui, a vida está dando a chance agora, por que não aproveitar. — Cody disse dando beijo na larga costa do marido.

— Não vou me iludir! Ele não é meu filho, apenas um desconhecido. Não vou deixá-lo destruir essa família. — Ryan disse. Era um homem feliz, tinha muitos que amava ao seu lado, além da terra onde nascerá e queria morrer. Mas uma pequena parte de si – trancada em seu mais íntimo – sempre faltou uma parte. Seu filho, carne de sua carne, aquele que foi tirado de seus braços... Porém agora, tudo parecia tão incerto e assustado. Feridas tinham sido abertas, e mexer nelas iria doer.

— Não vamos pensar nisso! Hoje a tarde será a lida do testamento de seu pai, e na certa depois ela irá embora. — Cody disse virando Ryan para si. Eles se encararam. Havia tanta cumplicidade ali.

— Sim! Vou dar uma corrida na floresta. Falamos mais tarde. — Disse tomando o outro em seus braços, e apossou da boca dele em um beijo calmo. Somente Cody tinha esse dom de acalmá-lo. O homem realmente era seu centro. Não se arrependia de suas decisões passadas, só desejava que pudesse ter mantido o filho.

— O espero para sairmos às 15hs, não esquece. — Disse Cody dando um tapa na arrebitada e apertada bunda do marido. Eles sorriram, e Ryan foi a sentido ao bosque, e Cody para dentro de casa. Precisava tranquilizar os demais membros daquela família.

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Suas mãos suavam, e seu coração pulsava tão forte que temia que a qualquer momento ele ia explodir.

Sabia que tinha quer ficar calmo. Bastava vestir uma expressão fria e indiferente, mas isso não era algo fácil para Ethan. Nunca foi bom nas aulas de artes cênicas mesmo.

Ao menos sua viagem até ali não tinha sido total perda. Agora tinha matado a ilusão que havia uma família perfeita o queria... E tinha conhecido duas pessoas maravilhosas. Maldite e Abby contribuindo para que sorrisos verdadeiros surgissem em sua face.

A dona da hospedaria era gentil, e sua filha alegre. Fez uma bela turnê na cidade tendo Abby como companhia. Sempre alegre e faladeira, ela o fez rir – sincero – após muito tempo.

Olhou para o prédio a sua frente. Feito de tijolos vermelhos e de dois andares. No primeiro piso tinha uma lanchonete e restaurante. Parecia um lugar bem agradável para ser fazer as alimentações. Na parte de cima parecia um lugar com vários apartamentos para escritórios.

Munido de ser coragem, Ethan deu os passos que o guiou até uma escada lateral, e seguiu para o segundo piso. Procurou pelo número indicado, e bateu três vezes.

Não demorou que alguém viesse o atender. Era uma jovem senhora em torno de seus trinta anos, e vestia com um belo vestido azul. Os cabelos loiros presos em um coque acima da cabeça, de aparência bem agradável.

— Sim?

— Estou aqui para falar com o advogado Clark. — Disse sem treme a voz. Não estava assim por ver o advogado, e sim por que a família que o desprezara devia está naquela sala.

— Ah sim! Só faltava o senhor! — Disse a mulher dando espaço para ele entrar. Se chamado de senhor o dava uma sensação de velho, sendo que tinha somente 20 anos.

— Obrigado! — Sentido as mãos tremendo, Ethan entrou no recinto.

Na entrada parecia ser uma recepção. Tinha uma pequena mesa com um computador meio antigo, e algumas cadeiras. Um jarro de flores recém colhidas, e um quadro de cores suaves. Um ambiente acolhedor.

— Por aqui! — A mulher disse o indicando à sala que devia ser do advogado, antes de se anunciado, pode ouvir a sonora voz, e ser bem lembrava, pertencia ao homem que tinha seu sangue.

— Esse garoto não saber o que é ser pontual! — Ryan parecia inquieto.

— Cara! São 16:0. Relaxa do contrário vai ter um ataque cardíaco. — Essa outra voz parecia do sujeito do cavalo.

Puxando o ar com força para seus pulmões, deu passo a frente entrando na sala.

— Boa tarde! Desculpem pela demora. — Disse com a voz falha, mas conseguiu deixar a cabeça erguida.

— Já era sem tempo! Podemos começar. — Outro homem, disse. Lembrava-se era o jovem da porta, que devia ser seu irmão adotivo.

— Isso tudo só por que vai ao Bill Bar’s. — O “Sr. Músculo” falou para o “Esmeralda”. Bem, ele não tinha culpa se não sabia corretamente o nome deles, então apelidos iriam ajudar.

— Senhor Griggs sente-se, por favor! — O advogado, um senhor de meia idade disse, apontado uma cadeira, e que estava meio afastada dos demais. — Vamos começar!

Continua...

Comentários

Há 3 comentários.

Por ru/ruanito em 2014-04-26 04:37:14
acheeiiiii
Por Guhh em 2014-04-14 16:51:08
Obrigado a todos pelos comentários, e Bruno Rocker vou pensar no seu caso kkkkk
Por Bruno Rocker em 2014-04-14 16:20:03
continua... Poderia ser dois capitulos por dia né? Que acha? KK