Anahi - Pedacinho Do Céu - Capítulo 12

Conto de Guhh como (Seguir)

Parte da série Anahi - Pedacinho Do Céu

— Feliz aniversário! — A voz infantil gritou quando o corpo jogou sobre o seu, fazendo gemer de dor.

— O que? Onde é o fogo? — Ethan indagou desnorteado. Moveu colocando Oscar ao lado da cama, e apertou as bochechas dele. Com toda certeza essa era uma forma inusitada de acordar.

— Não tem fogo! Esquece seu aniversário hoje. Eu quis ser o primeiro a desejar. Tomar! — O pequeno disse sentando na cama, e estendeu a folha de papel para Ethan.

Ethan sentou olhando a janela, realmente havia amanhecido, e completava seus 21 anos. Sentiu um contentamento em seu coração. De todos os presentes que chegou a receber – sempre por aparência – esse era o primeiro que fez seus olhos arderem, e inevitavelmente as lágrimas desceram. Pegou o papel da mão do irmão seu coração jubilou ao ver o simples desenho, mas que tinha imenso valor.

— Está chorando! Não gostou? Eu sei que é simples... Mas eu quis fazer algo com minhas mãos para você. — Oscar disse com os olhos marejados, considerando que o outro não tinha gostado.

— Não Oscar... Eu... E o melhor presente que já recebi! Obrigado. — Agradeceu puxando o menor para um abraço apertado.

— Vejo que ele pulou da cama para desejar feliz aniversário. — Cody disse aparecendo na porta.

— E me deu presente lindo! — Ethan mostrou o desenho. Era à entrada do rancho Anahi, e nele tinha todos integrantes da família, isso incluindo o falecido Raynard, e claro Ethan.

— Realmente belo! Feliz aniversário querido. — Cody disse puxando Ethan para um abraço, e depois o entregou o embrulho. — E simples, mas espero que sirva.

— Obrigado! — Falou abrindo. Os olhos de Ethan brilharam. — Mas como?

— Digamos que um passarinho me contou. Espero que tenha comprado o certo. — Falou feliz ao ver alegria do outro. Tinha descoberto por Duncan – no churrasco – que Ethan tinha vendido se notebook para comprar a passagem para Montana, então deu seus pulos para adquirir o presente certo.

— E perfeito! Um Apple. A um melhor marca. Cody não precisava, dever ter custado caro.

— Você merecer! Fiquei sabendo que costumar escrever histórias, um dia desses quero ler. — Falou vendo o marido chegar à porta do quarto. — Oscar, vem me ajudar preparar a mesa para o café da manhã.

O pequeno pulo da cama, e segurando a mão do pai saíra do recinto.

Ethan ficou sem jeito diante de seu pai. Ryan tinha de alguma forma uma presença sobre si. Eles não tiveram um começo muito bom, e ambos sempre pareciam sem jeito perto do outro.

Ryan entrou no quarto sentando ao lado de Ethan. Em suas mãos ele segurava um caixa, e dentro tinha vários envelopes.

— Eu... Tive uma conversar com uma senhora muito durona e simpática que me fez ver algumas coisas. Alguma decisão na minha vida me arrepende, e outras... Sinto honrado em ter feito, e não voltaria atrás... — Ryan começou a dizer, e com isso Ethan ficou tenso, medo que seu pai dissesse que ele tinha sido sua pior decisão.

— Senhor...

— Me deixar terminar! — Pediu, mas sem grosseria. — Sim, envolve e casar com sua mãe foi um erro, mas não me arrependo, por que disso tudo tiver você. Era tão pequeno. A primeira vez que o tiver em meus braços foi um dos dias mais felizes da minha vida. Arrependo-me por ter deixado ela o levar. Eu juro, tentei de tudo para recuperá-lo... Mas nenhum juiz abraçou minha causa. Eu era um homem que deixou de lado os laços matrimonias para ficar com outro homem, que cometeu adultério. No mundo ainda existe muito preconceito.

Ethan deixou o seu notebook sobre a cama, e virou para seu pai. Sabia que sua mãe tinha sido dura demais, era uma mulher ressentida, inconsequente. Em todos os anos, ela sempre disse que seu pai os deixara por outro homem, e os expulsou, que nunca quis saber deles. Claro, desconfiava quando maior que nem tudo que ela o falara era propriamente verdadeiro.

— Quando pela terceira vez tentei sua guarda, e o juiz negou, sua mãe pediu uma ordem de restrição. Proibiu-me de vê-lo. Tudo que me restava era envia cartas e presentes de aniversários. — Falou visivelmente abalado, trazer aquele assunto à tona nunca era fácil para Ryan, mas seu marido e Maldite aconselharam ele ter aquele conversar franca com seu filho.

— Cartas? Mas eu nunca recebi nada do senhor. A mamãe disse que não queria saber da gente! — Ethan disse fechando a mão em sua calça do pijama.

Ryan deu um pequeno sorriso, e tomou forças para continuar:

— Todas elas voltaram lacradas, e nunca recebi uma resposta sua, achei que era uma criança mimada, pois com os presentes ficava, mas nunca dignava a ler minhas palavras ou responde. Sabia que crescia e não tinha uma foto sua... Perdi seu período na escola, ou se entrou no time de beisebol... Se teve seu primeiro baile... Não puder vivencia nada de sua vida. — As emoções fluía naquele quarto, isso era bem claro ali.

— Quando foi seu aniversário de 15 anos criei coragem e fui até a cidade que morava. Decidi que veria de todas as formas. Sua mãe chamou a polícia, e disse que você não queria-me ver, que eu era uma vergonha para você. Passei a noite da prisão, e uma semana depois recebi sua primeira carta, e desabafava o quanto tinha ódio por mim, que era uma aberração...

— Não... Eu... Pai, eu nunca recebi nenhuma carta ou presente... Nem sabia que tinha indo-me ver. Mamãe disse que não nos queria. — Ethan disse alterado. Aquilo era mentira. Não tinha recebido nenhuma notícia de seu pai em todos aqueles anos. Sem controle as lágrimas vieram aos olhos de Ethan. Naquele momento um ódio grande crescia por sua mãe, sabia que era errado, mas ela o tinha privado de tantas coisas. Não tinha esse direito.

— Eu... Fiquei com raiva, e queria odiá-lo. Quando o vi chegar aqui, meu desejo era abraçá-lo, mas igualmente sentir rancor por achar que veio somente interessado pela grana. Deus! Eu devia ter lutado mais por você, desconfiado que aquela mulher tramou tudo. — Ryan disse amargurado. Foram anos sofrendo pelo filho, e por causa de mentiras de uma mulher, o tratou mal desde que ele chegou ali.

— Eu juro! Não sabia de nada... — Ethan disse desesperado. — Ela não era exatamente um exemplo de mãe, e sempre deixou claro o ódio por ti. Por anos disse que nos odiava que mandou embora, e que preferiu ficar com um homem o seu próprio filho. Eu tentei ter odiar. Quer dizer, minha mãe não me amava, vivi anos de ódio e terror com ela... Mas realmente não ter odiei. — Falou em prantos.

— Ethan... Eu... Não me arrependo de ter ficado com Cody, o amor, mas o queria aqui perto. Talvez eu devesse...

— Não tinha como o senhor fazer nada. Minha mãe não deixou. Ela se casou com um homem rico, que nem amar, somente para ter advogados caros para garantir que ficasse longe de mim. Claro, ela quis a grana e o conforto que ele dar. — Falou sincero. — Quando fiz 17 anos que ela me expulsou de casa...

— Ela o que? Maldita... — Ryan alterou ao saber que aquela mulher tinha maltratado seu filho, ao ponto de coloca-lo na rua.

— Não fique assim, eu... Sinceramente teria saído de casa do mesmo jeito, só lamentei por causa de Angel, meu irmão. Queria ter vindo para conhecê-lo, mas na sabia onde morava. Ai o advogado ligou, e mesmo lamentado pela morte do meu avô, sentir esperança em ter uma família. Não quero dinheiro, só uma família. — Falou abaixando os olhos.

Fechou os olhos com força, não sabia por que, mas sentiu medo de seu pai levantar a mão contra si, mas o que sentiu foi o afago de uma mão. Ergueu os olhos e viu os olhos de seu pai marejados, e um olhar carinhoso.

— Eu te amo Ethan! Eis meu filho de meu sangue e minha alma. Queria tê-lo visto crescer, e lamento por isso... Mas pelo menos o vi homem, e hoje o verei formar a sua própria família. — Disse com emoção. — Sei que e um casamento que seu arranjando, mas tenho fé que ser amaram, e será feliz.

— Obrigado! — Ethan disse com um sorriso radiante. — Eu... Quero conhecê-lo melhor.

Ryan puxou o filho em seus braços, dando um abraço apertado. Ambos jaziam bastante emocionados. Quando se afastaram, ele entrou a caixa para Ethan.

— Não é algo de valor, mas achei que merece lê-la, e seu de direito. Atrasadas. — Falou referindo as cartas. Ali estavam todas as cartas que tinha enviado para o filho em todos aqueles anos. Em todas as datas especiais, meses...

— São tesouros para mim, lerei todas. Obrigado! — Ethan disse. Seu coração pulsava tão forte, não poderia ter dito melhor presente do que reconciliar com seu pai, em deixar as magoas para trás, e trilharem rumo ao novo caminho.

— Agora vamos tomar café. Todos devem está com fome. Chris preparou uma mega café de aniversário para você. — Ryan disse enxugando as lágrimas, e tal como, Ethan deixou os presentes sobre a cama, e acompanhou o pai para a cozinha.

Ethan poderia dizer com toda firme que estava tendo o melhor aniversário de sua vida. Aquele café da manhã foi recheado de conversar e risadas.

Por ter feito as pazes com seu pai, foi o melhor presente, e sentia-se amado por todos era único. Tinha a certeza que eles o aceitaram não pelo fato que ao casa-se com Christian salvou o rancho, mas sim por que era simplesmente ele.

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O dia passou sem qualquer interferência, e tal logo o sol deu lugar a lua a tensão tomou contar de Ethan.

Alicia juntamente com outras três jovens indígenas invadiram o rancho, mas precisamente o quarto de Ethan e Christian, com o intuito de aprontar ambos para a cerimônia de mais tarde.

Duas delas ficaram incumbidas de Ethan, e o jovem realmente teve a imensa vontade de se jogar pela janela. Amiga e agora “sobrinha” não lhe dera sossego.

Ela o informara como seria a cerimônia, e o que era esperado dele no mesmo. Até ia tudo bem, só que ela o fez tomar um banho de banheira com tantos óleos e sais que o deixou abismado, o pior, foi ter que ficar nu na frente delas, mas Alicia com seu humor fel dizia que não tinha nada demais, que aquilo fazia parte do ritual de purificação era muito precioso.

Nunca teve um banho tão demorado. Quando ele terminou realmente considerou que terminaram, contudo a coisa só estava começando.

Depois de enxugar, elas o fizeram vestir uma túnica fraca feita de algodão cru, e depois com uma faixa vermelho sangue em um tecido fino começaram a traçá-la em seu comor, de maneira com considerava que jamais conseguiria tirar depois.

Seus pés foram calçados com sandálias igualmente traçadas na panturrilha, e para finalizar braceletes foram postos em seus pulsos. Sentia-se na idade média ou aqueles filmes tribais. Não podia negar, ficou bem nele aquele figurino.

Enquanto a amiga de Alicia passavam lápis em seus olhos, que marcaria bem os olhos bicolores, Alicia ajeitou seus cabelos.

— Não sou noiva, não sei para que isso tudo! — Disse entediado.

— Fiquei quieto! Tem que fazer bonito. — Alicia disse dados os retoques finais. — Agora fique aqui, não estrague tudo. Vou conferir Chris. — Completou dando beijo na face do outro, e ambas saíram do recinto.

Ethan fechou os olhos puxando o ar para seus pulmões. Estava nervoso e tremia, até mais que ontem no seu casamento civil. Também era de esperar, afinal depois da cerimônia vinha à lua de mel.

— Nervoso? — Ergueu a face encarando seu pai na porta.

— A ponto de um colapso! — Disse fechando os dedos contra a palma da mão.

— Tudo dará certo!

— E bem simples... Geme muito e diga coisas picantes, eles ficaram loucos. — Bryan disse aparecendo do nada.

— Saia daqui! — Ethan gritou jogando uma almofada no tio que saiu rindo pelo corredor.

— Não ligue para ele, tudo dará certo! — Ryan disse. Mas o estrago tinha sido feito, Ethan encontrava o dobro de nervoso.

–oo0oo-

Sabia que aquilo era uma imensa loucura. Ele mesmo ainda não podia acreditar que tinha aceitado aquela proposta, mas agora não era momento de voltar atrás.

A tribo encontrava presente, assim como os poucos amigos convidados. A fogueira queimava no centro e a lua majestosa brilhava no alto céu, como se prestigiasse a cerimônia que aconteceria no meio da floresta, na tribo indígena.

Quando o carro dos Bryan aproximou anunciando a chegada dos dois noivos, todos tomaram seus postos, e o de Aslan foi ao lado de seu pai – Pajé – no altar para aquela união.

Todos desceram indo tomar lugares perto do altar, mas Christian e Ethan foram os últimos a saírem.

Quando seus olhos pousaram sobre os dois, algo dentro de si vibrou de maneira única. Christian era o grande amor da sua vida, e unir-se a ele era seu maior sonho, mas Aslan não podia negar que estava caindo por Ethan. O menor dele era tão puro e inocente, mas tinha uma garra tão grande si, como se ansiasse viver... Uma flor que desejava ver desabrochar.

Os dois vestiam vestes similares, porém as de Christian eram azuis celestes e de Ethan vermelho sangue. Foram guiados por Alicia até o altar, e cada um tomou lugar ao lado de Aslan, encarando o pajé da tribo.

— Tudo tem seu ciclo da vida. A criança é gerada e nascer... Seus primeiros passos são guiados e todo conhecimento e lhe transmitido. Quando tal menino crescer e torna-se um homem ele tem sua liberdade de escolha. E é diante de tais decisões que estávamos aqui. Aslan, Christian e Ethan escolheram apresentar seus desejos de formarem suas famílias... De gerar seus próprios frutos.

Todos encontravam calados para ouvir as sábias palavras ditas pelo líder da tribo. Palavras que elevavam a todos a pensarem o quanto família era importante.

Os três que se uniriam eram os mais compenetrados no discurso. Chegou o momento em que cada um teve que ditar seus juramentos, e o cálice de ouro, com a bebida feita pelos próprios índios, foi compartilhado por eles selando a união.

Aslan tomou as três alianças das mãos de seu pai, e colocou uma no anelar de Christian jurando fidelidade e cuidado, e fez o mesmo processo para com Ethan.

Até que oficialmente – pela tradição indígena – eles foram declarados casados, e trocaram singelos beijos.

Obviamente uma festa foi organizada, e todos comeram, dançaram e conversaram animadamente. Os noivos ficaram recebendo os cumprimentos.

— Parabéns querido! Espero que seja feliz, e encontre o caminho correto. — Maldite disse dando abraço em Ethan.

— Sim! — Falou sorrindo docemente para a senhora, mas seus olhos sempre procuravam pelos dos esposos. Viu Aslan conversando com o irmão e outros amigos da polícia. Christian encontrava com Alicia e Abby, falando algo interessante, pois sempre riam e olhavam discretamente para si, o que fazia ficar corado.

A festa acontecia tranquilamente, e com claros sinais que varreriam a noite. Ethan agora falava com Duncan, quando Christian aproximou dele enlaçado na cintura.

— Vou roubar ele um pouquinho! — Disse Christian sendo até simpático com o outro, que apenas acenou e os deixou a sós.

— O que foi? Estávamos somente conversando. — Falou preocupado que o outro achasse que estava fazendo algo demais.

— Eu sei! Mas venha comigo, tenho uma surpresa. — Disse arrastando Ethan pela mão. Os demais encontravam muito ocupados, e não repararam na fuga deles.

Eles rodearam o casarão da tribo, até que avistaram um jipe, com Aslan encostado nele.

— Demoraram! — Disse com belo sorriso.

— Afobado!

— O que estão armando? Temos convidados. — Ethan disse fazendo menção de retornar para a festa, mas as mãos de Christian o impediu.

— A festa para eles, pois a nossa começar agora. — Disse Christian dando beijo no rosto de Ethan, e o arrastado para o carro.

— Como?

— A grande noite de núpcias! Preparado? — Aslan disse entrando no bando do motorista, enquanto os outros dois subiam atrás.

Ethan afundou no banco, corado e tremulo.

— Não!

Continua...

Comentários

Há 3 comentários.

Por ru/ruanito em 2014-05-06 06:33:38
Kkkkkkk tadinho agora vai ser sapicado pelas cobras!
Por hugo em 2014-05-03 17:09:46
nossaaaaa perfeito estou ansioso !!!!!!
Por Hvonggor em 2014-05-02 23:59:19
Simplesmente maravilhoso! Louco pelo próximo capítulo.