Anahi - Pedacinho Do Céu - Capítulo 11

Conto de Guhh como (Seguir)

Parte da série Anahi - Pedacinho Do Céu

Ethan remexeu na cama pousando seus olhos sobre o relógio que ficava perto da cabeceira da cama. Passava das 10hs da manhã. Geralmente costumava acordar bem mais cedo, mas na noite anterior chegou a casa era mais de 4hs da manhã, e levado pela emoção de está justo na casa que anos fantasia viver, era mais de 6hs quando finalmente conseguiu descansar.

Encontrava com certo receio de sair do quarto, como igual emoção. Bem, o café da manhã sabia que não tomaria junto com os outros, visto que era quase horário do almoço.

Perdido em sua mente tentando averiguar se tudo realmente era realidade, não atentou para a porta de seu quarto que rangeu, somente acordou de seu topo pela voz infantil.

— Bom dia, Ethan!

Olhou para onde vinha à voz e viu Oscar ali em pé, que pulava de um pé para outro, parecendo bastante emocionado.

— Oi! Não devia está na escola?

— Na sexta saímos mais cedo. — Disse Oscar dando pulo na cama do outro. — Eh! Que dar um passeio no rancho? Para conhecê-lo. Todos estão trabalhando agora, assim, não teremos problemas. Quem vai fazer almoço hoje é Chris, então vai demorar. — Disse mostrando toda sua animação em ter o outro irmão ali.

— Uhhh... Sexta? — Ethan indagou e como fosse um tapa para acordar, ele lembrou que hoje era seu casamento com Christian, ao menos do civil, e a cerimônia ia indígena será no outro dia. — Ah claro! Só me dar um tempinho para me arrumar. — Disse bagunçando os cabelos do menor, e indo até sua mochila pegando algumas mudas de roupa.

— Todos parecem bem nervosos. Papai mandou tio Bryan na cidade para comprar o carvão e bebidas. — Falou enquanto o outro entrava no banheiro, que ficava interligado ao quarto, e dava para ouvir Oscar falando.

— Para quer?

— Oras! Para o churrasco. Ele disse que seus dois filhos vão se casar, não dar tempo para fazer uma festa grande, mas disse que teremos churrasco... Bem, só serem convidados os mais próximos da família.

Ouvir aquilo de certa forma encheu o coração de Ethan com um sentimento novo. Escutar que seu pai falou “dois filhos” lhe dava uma pontinha de esperança.

Não demorou no banho, e optou por vestir uma bermuda cargo na cor caqui, e uma blusa de malha com desenhos de caveira na frente. Calçou seu tênis surrado, e puxou Oscar pela mão.

Os dois desceram as escadas conversando sobre algo de quem viria no churrasco. Quando chegaram à porta dos fundos da bela casa, viram Cody retornando para casa.

— Papai! Podemos dar uma voltar antes do almoço? — O pequeno pediu correndo até o pai.

— Claros, só não demorem. Bom dia Ethan, dormiu bem? — Cody indagou gentil a Ethan. De alguma forma aquele homem trazia tranquilidade para o jovem de olhos bicolores.

— Ah sim! Obrigado pela hospitalidade. Quer ajudar no almoço? — Se dispôs. Já tinha acordado tarde, não queria abusar de ninguém.

— Não precisa! Vá com Oscar conhecer o rancho, vai gostar dele. Só volte daqui à uma hora para o almoço.

— Pensei que Chris que iria fazer. — A criança disse.

— Ele teve que ir à cidade, depois voltará com Aslan, ele vai almoçar conosco, seu pai faz questão. — Cody disse entrando para casa.

— Vamos? Não podemos perde tempo. — Oscar disse puxando Ethan pela mão. Os dois apostaram uma corrida até o estábulo, e claro, Oscar ganhou, talvez pela energia infantil ou por sempre viver em uma fazenda.

Ethan ficou maravilhado com o lugar. O rancho era muito bem cuidado, desde suas estalagens aos animais e a grama. Era um tamanho razoável. Descobriu que sua família criava gados Angus, além de cavalos e algumas galinhas.

Anahi fazia fronteira com a reserva natural da cidade, e que perto dali tinha uma cachoeira pequena, ótima para piquinic e um banho em dia de verão.

Oscar fez questão de falar um pouco sobre a família. O que eles gostavam de fazer, sobre a personalidade de cada um e a rotina diária. Claro que Ethan mostrou bastante interessado em apreender mais sobre sua família.

Ficou sabendo que seu tio Bryan já tinha sido casado, mas que a mulher fugiu com outro homem, que depois disso ele jamais se recuperou, e que agora viviam apenas de casos e casos, sem anda sério que ninguém.

Que a mãe de Christian faleceu de câncer, e como Cody era muito amigo dela, e realizou um sonho, que foi justo um filho. Que depois da morte dela, ele incumbiu de criar o filho sozinho, até que veio para Montana, e conheceu Ryan.

A visita no rancho passou voando, e quando faltavam dez minutos para o almoço eles voltaram para a casa principal. Ao chegarem avistaram o carro de Aslan, significando que o xerife já tinha chegado, e de certa forma isso fez o coração de Ethan pulsar como louco.

— Não se esqueça de lavar as mãos para comer, papai gostar... — Oscar gritou quando saiu correndo para dentro de casa, e como se fosse passe de mágica nesse momento Aslan saiu de dentro.

— Bom dia! Dormiu bem? — Ele indagou quando Ethan colocou em sua frente. O menor estava sem jeito, de alguma forma o outro mexia consigo.

— Sim! Obrigado. E... Oscar estava-me mostrando o rancho, e muito bonito. Pena que não deu tempo para ver a cachoeira. — Disse em baixa voz.

Aslan encontrava no topo da pequena escada que dava para a varanda da casa, e Ethan colocou na frente dele, o que o deixou mais baixo ainda. Estremeceu quando sentiu a mão em seus cabelos, e um cafuné gentil. Encarou o outro que o olhava sem recriminação ou dureza – como das outras vezes – agora tinha apenas atenção.

— Uhh! Depois podemos marcar para fazemos um piquinic lá. Fica perto onde vamos morar. — Disse sentindo a maceis dos fios negros de Ethan.

Isso fez o menor corar, mas igualmente incapaz de ser afastar do carinho recebido.

— Seria bom! Ah... Posso convidar meus amigos para o casamento e churrasco de hoje? Não são muitos. Só Duncan... Bem o resto e Dakota e Alicia, que são seus parentes, e acho que Chris vai convidar dona Maldite e Abby... — Falou meio sem jeito. Tão acostumado na vida em nunca perdi nada os outros, por que não seria atendido, ficou sem receoso que Aslan achasse que estava abusando.

— Sem problema! Mas escutar. — Falou fazendo Ethan olhar para si. — Esse Duncan, nada dar intimidade. Chris me contou sobre o tal beijo. Acabou ouviu!? — Aslan estava sério, mas nada abusivo.

— Ah! Ele é só um amigo mesmo. — Respondeu rápido, e meio constrangido.

— Venham comer! — Christian disse aparecendo na porta.

Em primeiro Ethan ficou tenso, com medo que Christian não gostasse da forma que ele e Aslan estavam. Tão perto e íntimos, mas seu “irmão” não disse nada, apenas entrou.

— Vamos!

Eles entraram indo direto para a cozinha. Como forma de proteção Ethan ficou ao lado de Aslan. Sabia que quase todos da família – de alguma forma – o recebeu, mas o único que parecia ainda ter reservas eram seu pai, aquele que mais queria perto de si.

Tremeu com o olhar que Ryan colocou sobre si, como se o medissem.

— Ethan, lave as mãos para comemos. — Disse com sua grossa voz, e não foi preciso dizer outra vez, para que Ethan saísse correndo, e fosse fazer o que foi dito, quando voltou sentou justo entre Aslan e Christian.

A ordem era: Ryan, Cody, Oscar e depois Bryan.

A mesa era farta, mas nada glamouroso - apenas uma comida simples e típica de interior. Ninguém avançou sobre a mesma, parecia esperar ordem.

— Aslan... — Ryan pediu ao xerife, e esse fechou os olhos e pediu graças pelo alimento, e somente então todos passaram a fazer seus pratos e comerem. Conversas banais ocorriam na mesa, mas Ethan preferiu manter-se concentrado no próprio prato.

Claro, ele ouvia tudo que era dito, e sentia uma felicidade e seu coração, pois apreendia e conhecia mais da família que lhe foi privado.

Quando todos terminaram, Cody pediu ajudar dele para servirem a sobremesa, e Ethan se dispôs em ajudar limpa a cozinha.

Bryan foi tirar um cochilo, e Ryan ajudar Oscar com a lição de casa, e obviamente Aslan e Christian foram se agarrar em algum lugar, ao menos foi o que Ethan pensou, pois eles sumiram.

Depois de ajudar Cody, ele pegou uma taça de mouse de chocolate, e sentou na varanda da casa. Seus olhos concentrados no horizonte enquanto se deliciava com a sobremesa. De certa forma seu coração trovejava, pois sua mente trabalhava em como seria sua vida de casado.

Tão concentrado tomou um susto quando ouviu a voz de Christian:

— Ei! Em que mundo está? — Indagou sentando ao lado dele, com Aslan do outro lado.

— Ah! Não vi vocês chegarem. Só estava... E... Pensando! — Disse afundando nos ombros. — Nada demais.

— Acho que alguém estava pensando em algo nada casto! — Christian brincou olhando para Aslan, e os dois caíram na gargalhada.

Ethan ficou fortemente corado, e de certa forma irado.

— Não é legal ficarem zoando com as pessoas! Sinto muito se não tenho vasta experiência, e fantasie como seria. Idiotas! — Disse exasperado ao que levantou, sumindo para dentro da casa, deixando os outros dois abismados.

— Acho que exageramos! — Christian disse arrependido.

— Ele tem que acostumar conosco. Logo ele pegar o jeito. — Aslan disse olhando para onde o outro saiu.

O resto da tarde foi tranquilo, e quando chegou pouco mais das três todos foram se arrumar. No quarto de Ethan ele entrava literalmente em colapso. Afinal, esquecera que não tinha nada para vestir, e isso estava aterrorizando.

— Ei! O que foi? Chateado com o que dizemos? Esqueça, foi uma brincadeira. — Christian disse chegando perto do outro.

Os olhos de Ethan caíram sobre o outro. Não pode deixar de reparar o quanto ele estava bonito. Vestindo uma calça social preta, e uma blusa de manga ¾ na cor verde bem clara, que combinava com os olhos.

— Gostou?

— Ficou bonito! — Somente depois que respondeu Ethan reparou que falara em voz alta, e acabou corando.

— Uhh! Obrigado. E por que não se arrumou ainda? — Disse reparando que o outro encontrava com pijama.

— Eu... Não tenho nada para vestir. Você todo produzido e eu... Merda! — Resmungou agachando no chão, escondendo o rosto.

— Por que não disse antes, esperar aqui! — Christian disse sumindo do quarto, e não demorou a voltar com algumas roupas em mão. — Não sou tão maior que você, vai servir, basta fazemos alguns ajustes. Se tivesse-me dito, teríamos indo comprar roupas novas para você. Iremos à segunda. — Disse mostrando para Ethan uma calça social risca de giz e uma blusa ¾ só que branca.

— Não precisa gastar dinheiro comigo. Eu juntei um pouco, posso...

— Sem mais! Aslan disse que era nossa responsabilidade suprir e cuidar de ti, e será. Agora vai lá se troca para ajustamos a roupas.

–oo0oo-

Quando o relógio marcava um pouco mais das cinco da tarde os convidados foram chegando. Normalmente o casamento no civil acontecia no cartório da cidade, mas como o tabelião era amigo deles, ele se dispôs em realizar no rancho, claro ficando para a festa.

Não tinha muitas pessoas presentes. Apenas os Brynn, Maldite e a filha, Duncan – convidado por Ethan, e claro o advogado para comprova a união, além da família de Aslan, que resumiu no irmão, sobrinha e o pai... Os demais da tribo participariam da cerimônia no outro dia.

Quando passava das seis da noite Ethan desceu acompanhado de Christian, e por sinal muito nervoso. Cumprimentou a todos, e Aslan o apresentou ao pai, um índio de terna paciência e sabedoria.

No horário marcado a cerimônia matrimonial começou. Algo bem simples. Duncan e Alicia foram às testemunhas de Ethan, e Abby e Bryan de Christian. O juiz de paz disse as instruções e perguntou se alguém tinha algo contra. Não tendo:

— Ethan Griggs aceitar Christian Brynn como seu legítimo esposo?

— Sim! — Respondeu com a voz meio trêmula, aquele era um passo de definiria para sempre sua vida.

— Christian Brynn aceitar Ethan Griggs como seu legítimo esposo?

— Aceito! — Disse Christian, e como passe de mágica ao mesmo tempo ele e Ethan olharam para Aslan.

— Pelo poder a mim concedido, os declaro casados. — Falou o homem, mas diferente do tradicional não teve beijo, bem... Primeiro eles tiveram que assinar os documentos que oficializava a união, assim como as testemunhas.

Logo os amigos e familiares vieram dar os parabéns ao casal. Mesmo que todos fossem cientes que foi mediante ao testamento que aquela união ocorreu, não poderia de desejar um futuro promissor para eles.

Quando foi a vez de Duncan parabenizar, ele puxou Ethan para um terno abraço, algo que chamou atenção de outras duas pessoas, que não mostraram em nada felizes.

— Tenha cuidado! Sabia que para qualquer coisa estou aqui. — Disse o loiro ao ouvido do amigo, para enfim o soltar.

— Obrigado! Ainda amigos. — Disse Ethan com um belo sorriso, para logo ser abraçado por Maldite e a filha.

Quando os cumprimentos terminaram - o casal da casa - convidou a todos para o quintal onde aconteceria a pequena comemoração. Um a um foram saindo, até que restaram os três homens.

— Nada de abraços! — Aslan disse referindo ao loiro amigo de Ethan.

No final deixou a expressão dura para trás e puxou Ethan para um abraço forte, e antes que o menor disse algo, teve a cabeça erguida pelo queixo, e os lábios tomados em um beijo voraz. Já tinha partilhado com Christian um beijo na despedida de solteiro, mas com Aslan era o primeiro.

Não pode impedir suspirar, e seu corpo relaxou completamente, entregando aquele beijo. Sentiu a boca sendo avidamente explorando, e as mãos fortes deram total suporte ao seu corpo. No final o ósculo ficou totalmente sem fôlego, mas amparo por Aslan.

— Também quero! — Christian resmungou.

Foi puxando por uma das mãos de Aslan. Sem largar Ethan, o xerife tomou em sôfrego os lábios do homem de olhos verdes. O som das línguas se chocando era extremamente erótico.

Ethan manteve os olhos vidrados neles, sentido em seu corpo o efeito daquela cena, que não se igualava a nenhuma filme pornô, pois iam bem além.

Quando eles afastaram, em vez de falarem algo, Christian puxou a face do menor dos três, e tomou a boca com selvageria.

Ethan gemeu em meio ao beijo, e nele pode sentir tanto o gosto de Christian como de Aslan. Nunca em sua vida sonhou em experimentar algo assim, era por demais luxuoso e devastador.

— Ei! Deixem a lua de mel para amanhã e venham. — Bryan gritou atrapalhando a festa dos três.

Aslan largou tanto Christian como Ethan, e sorrindo limpou o canto da boca do menor.

— E melhor irmos! — Disse com sorriso sedutor, que fez as pernas de Ethan tremerem.

— Acho que ele gostou! Mal posso esperar por amanhã. — Christian disse atrás do corpo de Ethan, rente a orelha dele, ao que sua mão apertou a cintura do menor.

De mãos dadas os outros dois seguiram para o quintal, e Ethan preferiu ficar mais um tempo ali, se recuperando. Com aqueles dois, parecia que jamais teriam folga. Não pode impedir o sorriso em seus lábios, ainda que tímido. Era uma sensação tão boa se sentir desejado e querido. Sinceramente rezava para que essa relação em trio desse certo.

Recuperado, ele saiu da sua mente, e correu para fora. Queria aproximar mais daquele que eram amigos próximos de sua família, e alguns deles pessoas que o recebeu tão bem. Afinal, ele seu primeiro evento com sua família, e ansiava enche sua mente com lembranças boas.

A noite foi varrida por conversas banais, brincadeiras hilárias, e muita comida. Claro, foi acordado que a noite de núpcias seria somente depois da cerimônia indígena que uniriam os três, justo no dia do aniversário de Ethan, então era tripla comemoração.

Continua...

Obrigado pelos comentários.

Comentários

Há 2 comentários.

Por Hvonggor em 2014-05-01 23:48:18
Totalmente surpreendente. Ansioso pelo próximo capítulo. *_*
Por Bruno Rocker em 2014-05-01 21:10:57
Posta mais, essa serie é ótima ^^