capítulo 3- O sofrimento continua...

Conto de guinho281 como (Seguir)

Parte da série A vida como ela é!!!

Os dias se passavam, e a visita de meu torturador, tornaram-se diárias, minha mãe saia as 5:30 da manhã todos os dias durante a semana, as 6:00 ele apertava a campanhia, e vinha me possuir, eu só tinha descanso aos fins de semana, tentava parecer o mais normal possível, porque em minha cabeça de adolescente, eu imaginava estar protegendo minha mãe... Lembro-me que na sala tinha uma cadeira de balanço, em que ela sentava-se com a bíblia e ficava lendo, enquanto ouvia hinos na voz de um cantor evangélico chamado Feliciano Amaral... Eu ficava, em pé na varanda de nosso pequeno apartamento, vendo os vizinhos de frente, alguns assistindo desenhos, outros jogando vídeo game, ou mesmo os que brincavam nas ruas próximas... Ao meio dia almoço, ela nunca atrasava, depois ela ia descansar, e me permitia descer um pouco... Infelizmente eu ficava pelos cantos, não tinha amigos, e com isso acabava voltando pra casa, e lia os muitos gibis da turma da Mônica, que ela trazia pra mim... Lia e relia, era só o que me restava... Novamente a semana começou, e o marido de minha vizinha me procurava mais uma vez, e pode até ser que me interpretem mal, mais eu comecei a sentir algo diferente quando estava com ele, com o passar do tempo, comecei a ficar ansioso pela chegada dele, e acabei buscando nele o carinho que eu não tinha, minha mãe não era muito carinhosa sabe... Era uma mulher maravilhosa, me assumiu sozinha, não permitiu que me faltasse nada, mais não percebia que eu precisava de colo, de carinho... E por pior que fosse, eu passei a querer estar com aquele homem... Tomava banho assim que ela saia pra trabalhar, colocava o perfume dela e ficava esperando ele... E comecei a gostar de estar em seus braços, me sentia seguro, estando nos braços do homem que me usava... Porém acredito que ele percebeu a minha dependência dele, e com isso passou a não ir mais todos os dias, não sei se ele tinha encontrado um novo brinquedinho sexual, mais eu comecei a sentir falta dele... A tal ponto de uma certa manhã, ficar no olho mágico esperando ele abrir a porta, para abrir a minha e perguntar o que havia acontecido, ele me ignorou, e foi embora, eu chorei o dia inteiro, e me perguntava o que tinha feito de errado... Por muitos dias fiquei quieto, ia pra escola, falava pouco, tirava notas baixas e dormia cedo, antes que minha mãe chegasse em casa, pois não queria que ela me visse chorando, afinal nem mesmo eu sabia o motivo... O tempo passou e eu superei meu vizinho... Ele nunca mais quis nada comigo... Passando algum tempo, eu cheguei aos 15 anos de idade, as coisas agora eram um pouco diferentes, comecei a me interessar pela igreja, ia com mais frequência, comecei a participar de grupos de louvor, afinal não me gabando, eu cantava muito bem, era elogiado por muitos e convidado a cantar em diversas igrejas, o que tornava minha mãe muito orgulhosa... Em nosso bairro não tinha igrejas na época, então tínhamos que ir a um bairro chamado UR-07 Várzea... Minha mãe cantava no Coral e eu no grupo de adolescentes... Lá na igreja tinha um rapaz com seus 22 anos que chamavam de Raminho, ele era branco, cabelo cacheado castanho, e um corpo muito bonito... Só se vestia muito mal, ele e as irmãs dele, eram duas, também eram do mesmo grupo que eu, sempre estávamos juntos na igreja, embora eu estivesse indo bem, não esquecia o que tinha acontecido comigo e ainda sentia falta... Certo dia o Raminho falou que iríamos fazer uma gincana na igreja,para arrecadar alimentos com a intenção de doar aos necessitados, minha mãe permitiu que eu participasse, desde que o Raminho me levasse em casa após o fim da gincana, tudo acertado fomos, a gincana seria em uma quinta-feira pela manhã, eu estava de férias, minha mãe teria reuniões o dia inteiro, para o planejamento do calendário escolar... Fomos então, eu, Raminho e um Outro rapaz chamado Paulinho... Arrecadamos o maior número de doações, vencemos a gincana e o Raminho foi me deixar em casa como prometeu a minha mãe... Chegamos a minha casa as 14:00, minha mãe só chegaria as 21:00hs. Raminho pediu pra tomar um banho, o que prontamente foi atendido, coloquei uma toalha no banheiro pra ele e já iria chama-lo quando o vejo na porta do banheiro completamente sem roupa, ele tinha um corpo muito bonito, não era malhado, nesta época nem tinha esta história de malhar, esta frescura de ficar sarado, com tanquinho, essa não era a preocupação dos homens... Bem voltando... Ele estava pelado em minha frente, lindo, eu fiquei sem ação, ele entrou no banheiro e eu tentei sair, mais ele segurou meu braço, me puxou para junto de seu corpo e me beijou, embora eu tivesse tido aquela experiência com meu vizinho, eu nunca tinha beijado, então era o meu primeiro beijo...

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