Refletindo escolhas e concluindo planos (parte 1)

Conto de LEA como (Seguir)

Parte da série greeks

Oi...meus amorecos<3

Desculpa ai pela MEGA sumida que eu dei, mas as vezes é bom pra deixar um gostinho de quero mais rsrsrs....já sabe né? Gostou já vai logo comentando oque você achou.

Beijo no queixo e....

Bjs do lea

* GREEKS *

''Pensei que ia ser para sempre.

Pensei que nada pudesse nos destruir.

Nosso amor era como nos filmes de romance.

Você não tinha medo de se declarar para mim.

Você não tinha medo de me amar.

Hoje...

você não me olha mais como antes.

Não me beija como antes.

Eu não sei nem se você ainda me ama.

E difícil aceitar que aos poucos você está me destruindo.

Difícil saber que meu coração está se partindo pelas mãos de quem um dia prometeu que ia cuidar dele.

Todas as noites eu choro com saudade daquela pessoa que eu pensei ser você.

Eu te amo, mas não sei ama por duas pessoas''

* GREEKS *

No dia seguinte

P.O.V Elay

Lentamente meus olhos iam se abrindo devido a uma estranha claridade que batia contra meu rosto. Eu sentia a luz cálida do sol iluminar meu rosto, me despertando do sono que me envolvia a pouco. Os braços fortes de Trevis me prendiam ao seu corpo pela minha cintura, Talvez como uma forma de garantir que eu não fugiria como fiz muitas vezes por medo de seus acessos de fúria.

A medida que os minutos foram passando meu corpo ia despertando, já dando seus sinais claros de fraqueza. As marcas e hematomas deixados no meu corpo por Trevis pareciam arder gradativamente na minha pele. A dor que eu sentia afligia cada pedacinho do meu ser , especialmente a minha bunda que no momento estava com o falo do Trevis cravado no seu interior.

Eu podia sentir seu peito forte colado nas minhas costas e sua respiração pesada batendo contra minha nuca. A sensação de te-lo ali me causava um medo aterrorizador, e eu sabia que não era pra ser desse jeito. Eu não devia estar com uma pessoa que me fazia me sentir desse jeito.

Acuado.

Rebaixado.

Humilhado.

Mas de alguma forma eu sentia que Trevis algum dia poderia mudar. Que ele poderia voltar a ser aquele cara cuidadoso e romântico pelo qual eu me apaixonei. O cara que me arrancava suspiro de amor apenas com o seu sorriso de lado, ou com seus poemas lindos e carregados de sensibilidade.

Eu queria que ele voltasse a ser aquela pessoa, mas eu não sabia se isso seria possível.

*

*

*

O começo...

Eu nunca me considerei uma pessoa pela qual um cara como Trevis poderia se interessar. Minha beleza física era de certa forma chamativa, mas meu jeito tímido acabava por afastar qualquer possibilidade de uma aproximação mais íntima. Eu sempre tive medo e curiosidade de me apaixonar. O amor era algo muito distante para mim.Nunca tive planos para viver a tão idolatrada história do felizes para sempre.Mas ai foi que ele aconteceu..

Trevis.

O garoto dos cabelos de fogo da irmandade Dionísio que havia roubado meus sonhos e minha atenção desde de que eu o havia visto. Eu não sei porque mas eu sempre me pegava me imaginando colado ao seu corpo ou aos seus lábios, com o tempo tornou-se algo involuntário. Eu não pensava em mais nada e com o tempo passou a se torna algo semelhante a uma básica obsessão.

Ele era tão lindo, tão fofo e as poucas vezes que falava comigo se apresentava de uma forma tão gentil que fazia meu coração cair por ele. Eu passei a deseja-ló profundamente. Eu precisava ser dele, precisava, Então foi aí que um dia aconteceu...

Eu me lembro até hoje deste dia.

Era uma tarde chuvosa de novembro, eu estava na biblioteca principal folheando superficialmente um livro sobre a magia da terra, quando ele adentrou ali todo imponente com um caminhar másculo e decidido, vestido com uma camisa branca que reassalva perfeitamente seus músculos e um short com uma estampa do exercito.Seu sorriso incandescente se intensificou no momento em que seu rosto virou na minha direção.

Eu, de uma forma discreta, tentei esconder minha extrema felicidade ao perceber que ele estava vindo na minha direção.

Mas tenho certeza que minha tentativa foi falha.

Assim que ele chegou onde eu estava, começou a puxar um assunto vago com perguntas simples e questionadoras. Eu respondia a todas direitinho,me policiando a cada segundo para não me perder na imensidão verde que era seus olhos, ou então ficar olhando demais para as montanhas de músculos que ele possuía pelo corpo. Eu não me lembro qual a desculpa que ele deu, mas ele havia me chamado para um lugar mais discreto que havia na biblioteca. Era uma sessão que quase ninguém visitava , eu tenho quase que certeza que foi por esse motivo que ele e a escolheu.

Não vou mentir dizendo que não desconfiei das suas intenções, mas eu não pensei que ele fosse tão direto. No momento em que chegamos a sessão ele literalmente me agarrou, e começou a me beijar com uma voracidade e força que até me machucou mas eu não reclamei, foi bom, muito bom. A experiência de ter ele ali me desejando, me querendo, e eu pudendo satisfazer seus anseios era tão envaidescedora. Nossos calorosos amassos não se limitaram apenas a beijos, pode parecer um ato até de desespero por ter sido no nosso ''primeiro encontro'', mas eu e Trevis transamos ali mesmo na biblioteca. Foi de longe a experiência mais mágica da minha vida. Seu cuidado e carinho me doparam de uma forma que eu nem sequer senti a famosa dorzinha que se sente na primeira vez( eu era virgem)

Ficamos a tarde toda ali, nos pegando, beijando e fazendo outras coisas, só saímos de lá la pelas 6:00 horas quando o sol já desandava no horizonte. Marcamos outros encontros na mesma semana, e na semana seguinte, na seguinte, na seguinte até o momento que ele resolveu me pedir em namoro. Foi algo simples, um pedido romântico simples mas creio eu que de coração.

No dia ele havia me chamado para ir em um piquenique e havia feito o pedido regado a muitas flores, champanhe e uma noite incrível e intensa de amor e sexo. Nesse dia eu não tive dúvidas que Trevis era o cara certo...

Mal eu sabia o quão estava errado.

O tempo consequentemente foi passando e ao reparar mais atentamente eu percebia algumas evasivas que o Trevis dava em relação ao nosso namoro.Ele sempre evitava uma aproximação mais íntima quando estávamos em público, ou então na presença de alguém conhecido. Eu sinceramente não entendia o porque já que no acampamento nunca teve nenhuma restrição sobre orientação sexual ou coisa do tipo.Cheguei a pensar que ele era tímido quanto a exposição do nosso namoro ou então que ele estivesse receoso quanto a assumir sua sexualidade publicamente com um namoro.Mas foi aí que eu descobri a verdade.

Ele tinha vergonha de mim.

Foi um baque quando eu descobri isso. Trevis era tão presente em minha vida que ao descobri essa dura verdade eu me senti completamente desamparado. Foi uma das piores sensações da minha vida, ouvir da boca dele as coisas que eu ouvi.Ele não mediu sua crueldade quando me disse coisas do tipo'' Eu não posso assumir que eu estou de 'namoro' um viadinho escroto como você'', ''Você só serve pra fuder e pronto, como todas as bichas da sua laia'', ''Não me importa oque você sente'' e a pior de todas:

''Você realmente chegou a pensar que eu te amava?''

Com toda a certeza e a pouca sabedoria que eu tenho hoje,ele me feriria menos se tivesse me espancado com toda a sua força. Suas palavras fizeram tantas feridas na minha alma, que fica até difícil contar. Quando ele me disse isso eu me senti completamente derrotado. A imagem de príncipe que eu tinha idealizado sobre a sua figura havia se desfeito como pó.

Tudo havia sido destruído.

Tudo.

Depois da conversa ''reveladora '' que tivemos eu perdi completamente o contato com o Trevis. Ele tomou por opção me deletar da sua vida e eu bobo como eu sou,sofri por sua escolha. Trevis era meu príncipe, o meu namorado perfeito e eu não entendia como tudo pode ser destruído. Nosso amor era pra ser eterno, simplesmente eterno.

Na época, o pouco que eu soube sobre ele era que estava muito bem sem mim. Vivia em festas, pegava muitas garotas e não aparentava estar nem um pouco triste ou abatido o contrário de mim, que havia perdido 5 quilos, vivia triste e nem sequer me alimentava mais.Eu estava me acabando lentamente, tanto no emocional quanto no físico.tudo parecia ter perdido seu sentido para mim.

O tempo foi passando arrastado e minha melhora havia sido miníma. A tristeza ainda reinava no meu ser, mas não mais da forma como antes. Era algo mais semelhante a melancolia,que eu sentia toda vez que eu lembrava dos dias românticos que eu passei ao seu lado.Dias que nunca mais voltariam.Trevis por sua vez aparentava estar muito bem nas poucas que eu o via. Sempre com seu sorriso no rosto e felicidade estampada no rosto. para ele talvez eu não significasse nada.

Foi oque eu achei, entretanto mais uma vez eu estava enganado.

Foi em uma pequena social que houve na irmandade Apolo, na qual eu estava presente, que eu vi e com meus próprios olhos uma demonstração clara de ciúme dele para comigo. Eu estava conversando com um garoto da irmandade Apolo, O Cássio, quando Trevis chegou ao nosso encontro claramente alterado pelo Álcool e quando eu dei conta os dois estavam atracados brigando no chão. Por sorte alguns filhos de Ares conseguiram apartar a briga a tempo de não haver nenhuma morte.

Assim que os Ânimos se estabilizaram Eu levei Trevis para a minha irmandade para ajudar com os ferimentos,e foi aí que meu inferno pareceu ter começado. No meio do caminhou Trevis me agarrou e me levou para um beco escuro que havia nas emendas entre as irmandades e me espancou ali mesmo. Ele começou a distribuir uma série louca de socos e chutes que me tiraram até o ar.Sua fúria era totalmente descontada no meu corpo fraco,que mesmo depois de caído no chão ainda recebeu seus golpes secos.

Antes que eu perdesse a consciência ele parou de me bater, deixando semi acordado enquanto dava a vida ao pior momento da noite. Eu nunca iriei esquecer o sorriso sádico que estava estampado no seu rosto tingido de pequenas gotículas do meu sangue, assim que ele começou a tirar a minha calça e a sua.Eu queria correr, mas a dor latejante das feridas dos seus socos no meu corpo doíam muito, muito mesmo.

Eu senti quando ele começou a força meu interior, rompendo meu ser e meu coração; Eu tentei gritar, me soltar, mas ele era muito mais forte que eu e parecia estar possuído por ira.

Uma ira que eu nunca havia presenciado antes.

Durante o ato Ele rosnou irado no meu ouvido coisas do tipo'' Você é só meu, seu viadinho'', ''ninguém vai tomar você de mim''.Eu não prestei muito atenção no que ele falou entre seus urros de prazer, pois oque eu só sabia fazer era chorar.;Chorar de dor, decepção, desespero.

As minhas lágrimas pareciam navalhas que cortavam calmamente minha alma, retalhando-a o máximo possível.

Em determinado momento eu não suportei a dor. Trevis começou uma séria de estocadas muito fortes e violentas e foi aí que eu apaguei totalmente..

Eu não me lembro de como cheguei em casa, talvez ele tivesse me levado desacordado até lá ou outra coisa. A única coisa que eu me lembro daquele dia é que eu acordei pelado dentro do meu banheiro, cheio de hematomas ,feridas e sangrando muito com uma palavra escrita de gilete no meu braço.

''Trevis''.

Aquele dia eu conheci a ira dele.

Nos dias seguintes ele me visitou. Não parecia estar arrependido, e eu não fiquei surpreso por ele não estar. Segundo ele, eu havia merecido, pois eu tinha ficado de gracinha com o Cássio, sendo que Cássio e eu conversamos apenas cinco minutos antes da briga.Mas mesmo vendo todos os fatos, Trevis preferiu aceitar a sua verdade como a correta.

E me culpou.

Eu não manifestei minha indignação, apenas abaixei minha cabeça e aceitei seu julgamento. E assim o tempo se passou, eu aceitando tudo. Tudo, até quando eu me recuperei parcialmente dos meus machucados e passei a servi sexualmente Trevis. Ele se tornou meu dono, não deixando eu conversar, sair ou ter amizade com qualquer cara ou senão...Viria coisa pior do que eu já havia sofrido.

*

*

*

meus olhos lentamente focaram na figura máscula do homem que jazia deitado na minha frente. Eu o observava apático, me perguntando em meu íntimo com algo tão belo poderia chegar a machucar tanto. Eu estava cansado. Cansado de ter de sofrer, mendigar pelo seu carinho e atenção.Eu não merecia isso. Não merecia.

Não havia feito nada de errado. Eu só queria aí Trevis me amasse do jeito que me amava, que ele voltasse a ser como antes.Meu coração ainda batia por ele e a única coisa que eu desejava era que esse sentimento fosse recíproco.

Isso realmente não era pedir muito.

Eu queria apenas isso. Estava cansado de ser humilhado, de ter que me esconder. Estava cansado de ter ele somente quando suas necessidades carnais se faziam gritantes. Eu o queria por inteiro, não apenas um pedaço seu. Não queria apenas isso.

─ Hum...─ Trevis resmungou algo enquanto despertava lentamente. ─ Que horas são?

Seus orbes verdes sonolento lutavam calmamente para se manterem abertos a medida que ele me encarava questionador.

─ deve ser umas nove horas da manhã...─ Sussurrei de cabeça baixa.

─ Droga....─ Ele saltou da cama apressado enquanto tateava o chão a procura da suas roupas.─ Você viu minha calça?

Eu apenas apontei para o canto onde suas mudas de roupas estavam todas amontoadas. ele então caminhou imponente ate lá, com passos firmes e decididos. Eu observava de canto de olho a medida que ele se vestia. Podia ver suas costas largas e musculosas, suas coxas fortes e definidas além das ─ suas nádegas brancas e durinhas.Quando ele estava terminando de vestir sua camisa ele me informou.

─ Essa semana não vou poder te visitar....─ sua atenção se voltou para mim─ Vou estar bastante ocupado.

─ Está bem...─ suspirei.

─ Oque que tu tem hoje?─ Ele se aproximou de mim ficando frente a frente comigo.

─ Não é nada...─ Falei virando meu rosto na direção oposta a sua.

─ Vamo brincar um pouco, esse seu mau humor deve ser falta daquilo...─ Ele falou exibindo um sorriso debochado ao passo que tentava introduzir sua mão no meio das minhas pernas.

─ Eu não estou no clima, Trevis...por favor, hoje não...─ Falei em um tom rouco e cansado.

─ Vixi...deve ta de TPM...─ ele sorriu novamente debochado.

Eu não falei nada. As palavras me pareceram desnecessárias em comparação ao conforto que o silêncio me trazia. queria ficar quieto , sozinho, no meu canto no meu quarto. Sem a presença daquele homem ali. Eu não o queria ali, mas nunca eu seria capaz de expulsa-ló.Seja por condições físicas ou emocionais. Por mais que Trevis me destruísse eu não conseguia me imaginar sem ele.

─ Eu vou indo...─ Ele se aproximou de mim tocando seus lábios lentamente nos meus.

Correspondi ao seu beijo friamente, não movi um músculo. Ele não notou pois foi rapidamente embora. Me deixando com minha tão ansiada solidão.

* GREEKS*

Algumas horas depois....

A brisa marítima chicotiava graciosamente meu rosto, a medida que eu avança mais na minha caminhada na praia. A areia impregnava-se levemente nos meus pés, e era gostoso sentir aquele chão macio sobre os meus eles. O cheiro forte do mar se tornava cada vez mais intenso e isso me agradava, me agradava muito. Era tão bom me sentir daquela forma novamente. Abraçado pela natureza.

Eu nunca soube o porque, mas o mar sempre me trouxe uma sensação incrível de acolhimento, ele sempre levou consigo as lágrimas que eu derramava a margem das suas águas, e de alguma forma eu sentia que ele escutava meus problemas, e tentava por meio de suas limitações me agradar seja com o espetáculo lindo do avançar gracioso das suas ondas ou algo do tipo. Pode parecer uma pira meio louca, já que eu sou um filho de Deméter a deusa das colheitas e dos grãos, mas eu sempre me senti ligado ao mar e de certa forma a Poseidon. Meu pai uma vez me confidenciou que quando morávamos na praia, eu sempre quando criança dava uma escapulida para do meu quarto pela janela e acabava por ir ver o mar.

Nunca me veio a mente o porque dessa ligação com o mar. Mesmo que as florestas e outros lugares arborizados me fizessem entrar em um estado de renovação,.O mar me trazia algo diferente, uma conformidade e um consolo absurdo.

Após alguns minutos de caminhada eu finalmente havia chegado ao meu lugar secreto.Não era nada surreal ou misterioso era apenas um pequeno rochedo, que eu havia carinhosamente batizado de ''rocha do pensamento'', o nome se dá por auto explicativo. Eu sempre vim aqui desde de que cheguei ao acampamento, na maioria das vezes para chorar por causa do Trevis, e nas outras vezes eu refletia o estado da minha vida, oque me levava a chorar também.

Lentamente eu me permiti me assetar naquela pedra dura e acinzentada. Sua superfície áspera sempre me obrigava a colocar uma chinela no lugar onde iria sentar,para não deixar marcas na minha pele.

Um sorriso leve desenhou-se me meus lábios quando eu parei e observei aquela imensidão azul, adornada de uma espuma branca que surgia de suas profundezas assim que suas águas batiam contra os rochedos próximos, movimentando-se divinamente. Era mágico e surreal como algo tão belo e tão único se dispunha diariamente a nós e muitas vezes ignorávamos aquele espetáculo por pura comidade.

Um suspiro escapou dos meus lábios sendo levado rapidamente pela brisa que batia contra o meu rosto.Eu sentia minha alma pesar dentro do meu corpo. Uma vontade imensa de ser amado por a quem eu dedicava tudo me corria todo segundo. Milhares de porquês consumiam minha mente:

Porque ele não me ama?

Porque ele tem de ser assim?

Porque ele não é como os outros?

Porquê?

Porquê?

Eu queria ter todas as respostas dessas perguntas, mas não tinha, e isso era oque mais me perturbava. Eu realmente queria entender o Trevis. Mas não conseguia. Minhas limitações eram tantas e eu estava tão fraco para lutar.Eu não sabia se meu coração ia conseguir sustentar essa relação por mais tempo. Eu não era capaz de amar por dois, sentir por dois. ao mesmo tempo eu tinha de amar e sentir por dois se não tudo ia ruir.

Tudo iria ao chão.

Uma pequena lágrima desceu retilínea pelo meu rosto, banhando lentamente minhas maçãs. A dor que apertava meu coração parecia fazer ele sangrar e despejar as gotas incolores que caíam pelo meu rosto. As lágrimas.Eu não podia pensar em Trevis sem sentir uma tristeza crescente e isso era oque mais me deixava acuado.

Eu Sabia que amar alguém como ele tinha seus riscos.

Ao passar lento e demorado do tempo eu fui ficando cada vez mais relaxado,até um ponto que eu não estava nem sequer pensando no Trevis e isso era bom, pois era pra isso que eu vinha aqui.Para Esvaziar toda a dor acumulada dentro do meu âmago.Descarregar o peso de dores e humilhações das minhas asas para quem sabe ter uma chance de continuar voando rumo ao coração dele.

Eu sabia que nem se eu visse aqui toda hora eu ia conseguir fechar as feridas abertas constantemente por ele no meu coração. Mas era mais fácil me apegar a ideia de ttê-lo um dia do que aceitar que ele nunca mudaria.

Aos poucos eu fui percebendo Uma pequena movimentação de pessoas no fundo da praia,e ao estreitar o olhar percebi que se tratavam de Alguns filhos de Poseidon. Sua visita ao mar não era surpresa para ninguém por motivos óbvios.Eu observei discretamente a aproximação daquele grupo de pessoas com aparência tão praieira. Suas peles queimadas,e seus olhos incrivelmente azuis eram uma bela visão para qualquer. Eles eram o típico estilo de modelos de verão. Não que fossem superficiais ou então exibicionistas, mas sua aparência digamos afrodítica,contribuía para o fortalecimento desse estereótipo.Eram considerados no campos e respeitados pois eram fruto da tríade, mas mesmo com esse respeito e temor não agiam como ditadores como os filhos de Zeus.

Eram legais.

Eu via eles a cada segundo tomando um movimento novo. Seus sorrisos declaravam que estavam felizes, ou melhor estavam em família. Oque era mais agradável para qualquer pessoa. As vezes eu tentava me conectar aos meus irmãos, mas a mágoa que eles sentiam de mim ainda se fazia bem presente. Eu havia renunciado tudo pelo Trevis, e eles não conseguiam compreender isso. Meu amor era obsessivo demais para ser considerado algo seguro aos olhares sábios deles.

E infelizmente eu sabia disso.

Lentamente eu fiquei cada vez mais entretido com oque os filhos de Poseidon estavam fazendo. Eles retiravam uma série de pranchas enormes e coloridas e rumavam como crianças para o mar, se atirando sem limites a ele. Eu via a felicidade pintada em cada milímetros de seus rostos, e invejava muito aquilo.O sentimento de liberdade e alegria parecia irradiar de cada um, sem restrições ou imposições.

Eles pareciam livres pois eram livres.

Não tinham correntes que os prendessem a algo ruim.

Não estavam sofrendo pois preferiam gastar seu tempo com as coisas que lhe faziam bem.

Sem medo.

Sem culpa.

* GREEKS *

P.O.V Lee

A água quente parecia dançar a medida que corria pelas curvas do meu corpo. Eu sentia ela amaciar cada pedaço da minha carne, lavando-a, acalmando-a, contendo-a para não ataca-lo. O cheiro de perfumes e loções que inundava meu banheiro não se comparava nem de longe com o cheiro natural dele. Eu queria ir até ele e repetir oque fizemos noite passada.

Mas eu não podia.

Eu devia me conter. Segurar essas vontades. Ele era apenas um meio de vingaça, vaingaça, vingança,vinga...droga!Eu não conseguia enxerga-lo mais como um meio de vingaça. ele parecia maior dentro da minha mente, muito maior.Eu ainda conseguia sentir o gosto da sua pele, a sensação incendiante dos seus olhares eróticos sobre mim, o toque quente e másculo das suas mãos. tudo estava vivo na minha memória. Como nunca.

Assim que sai do banho meus olhos pararam quase que instantaneamente sobre o amontoado de lençóis que estava formado sobre a minha cama. Ver aqueles tecidos jogados, a cama desarmada, o cheiro abafado no ar, isso me fez lembrar de tudo. Eles foram testemunhas de tudo oque fizemos nesse quarto.

tudo.

Eu ainda podia sentir seus lábios a roçarem nos meus, seus toques,seu tudo...Oh pelos deuses,será que é tão difícil elimina-ló do meu pensamento?!

Eu penso em tudo isso a medida que me arrumo vestido, junto a penteadeira que jaz no meu o quarto. O reflexo límpido do meu espelho traz a tona a saúde que aquela noite me trouxe. UM sorriso quase invisível aos olhos desatentos está formado quase involuntariamente no canto da minha boca. Eu não posso evitar de suspirar toda vez que eu me lembro dele e nem posso controlar o baixo formigamento que me faz contrair minha entradinha.

Tudo conspira a favor do meu desejo de tê-lo, mas eu sei que não posso.

Não agora.

Ele que deve me procurar.

Ele que deve vir até mim, caso contrário meu plano não poderá ser seguido.

Eu tenho apenas de esperar.

Esperar.

─ Lee...─ Uma voz conhecida chamou meu nome.─ Você está acordado?

Eu me virei de encontro a pessoa que ja sabia quem era: Mino. Seu rosto sorridente, e a camisa muito maior que seu corpo denunciava que ele havia tido uma noite bem animada com seu namorado.

─ Mino...já acordado?─ Ergui meu corpo para olhar diretamente para ele.─ Parece que o vampirinho não te deu uma trégua essa noite.

Ele sorriu envergonhado a medida que corava lentamente, mas logo em seguida disparou.

─ Pelo visto você também não se divertiu sozinho , não foi?─ Seu olhar denunciava que ele sabia quem esteve aqui.

Eu apenas sorri.

─ É chato não ter companhia a noite...─ Me aproximei da cama e sentei nela.─ Principalmente quando bate aquele friozinho...

Eu deixei minha mão escorregar sensualmente para o meio das minhas pernas simulando uma penetração com os dedos. Nós dois caímos no riso. Minos apenas sorria balançando a cabeça em negação enquanto eu bolava na cama.

─ Você não existe...─ Ele adentrou no meu quarto e veio na minha direção deitando-se ao meu lado.

─ Eu sei...sou maravilhoso demais pra uma pessoa só.─ Exclamei com um ar de superioridade.

─ Seu convencido,─ v Ele disse.─ Mas mudando de assunto...eu não sei se vou poder ir fazer hoje aquele passeio que eu tinha te prometido antes.

─ Porque?─ Senti uma certa aflição em pensar na reação do Trevis ao saber que eu ele não iria mas mesmo assim não deixei transparecer nada

─ eu estava pensando em fazer uma surpresa para o Edward?─ ele comentou todo apaixonado.

─ Que surpresa?─ Precisava reunir o máximo de informações que eu pudesse.

─ Eu ainda não tenho nada fixo, mas estava pensando em ir fazer um piquenique com ele em um campo próximo ao hall do acampamento, foi lá que tivemos uma das nossas primeiras reconciliações.─ Um pequeno sorriso bobo insistia de enfeitar seu rosto a medida que ele contava seus planos.─ Oque você acha?

Eu ouvia tudo atentamente enquanto pensava em uma forma de fazer ele desistir desse piquenique. Ele não podia. Hoje era o dia que eu havia combinado com Trevis de entregar Mino para ele. Se eu não levasse ele até lá o Trevis ia arrancar meu fígado fora...

Eu tinha de pensar em algo.

─ Mino...tive uma ideia?─ Fingi entusiasmo.

─ Conta!

─ E se você fosse fizesse seu piquenique no lugar onde iríamos caminhar, lá é bonito, tem muitas árvores e é isolado, assim vocês vão ter bastante privacidade.─ Sugeri rezando aos deuses que ele aceitasse.─ oque acha?

─ é uma ótima ideia...─ Mino reagiu como eu esperava.

─ Aí você tem que ir um pouco mais cedo para preparar as coisas, o local, e se preparar...nesse tempo eu aviso ao Edward que você quer encontra-ló no bosque aí ele irá e você pode fazer a surpresa....

─ Será que vai dar tempo?─ Ele comentou um pouco receoso.

─ Se você começar a preparar as coisas agora, vai dar...─ Exibi um sorriso.

─ Obrigada Lee, você é demais!─ Ele veio na minha direção me abraçado, eu correspondi me sentindo cada vez mais culpado por estar levando ele para uma cilada.─ Eu vou correr pra fazer as coisas antes que ele acorde.

Mino saiu rapidamente do meu quarto me deixando sozinho com minha culpa. Eu era um monstro. Eu o estava traindo, traindo sua amizade. Mino confiava em mim e eu iria entrega-ló como uma presa para o Trevis. Minha consciência estava me matando mais eu não podia mais voltar atrás não agora.

Num impulso rápido eu derramei um pouco de água sobre o chão do meu quarto e em seguida pus o dracma de ouro ali mesmo e esperei a água me revelar a imagem do Trevis. Assim quando isso aconteceu eu logo me pronunciei.

─ Trevis...houve mudança de planos....

* GREEKS *

Comentários

Há 1 comentários.

Por h1411 em 2016-09-07 21:07:39
Amei, Não demora muito, Já quero o próximo ❤