A dor da reconstrução

Conto de LEA como (Seguir)

Parte da série greeks

Olá meus amados, como estão?

Por aqui anda tudo muito corrido.

Escola nova, muitos compromissos, trabalhos, e por esse motivo me falta tempo para dedicar a greeks. Mas não se preocupem não vou dar uma pausa nem desistir da história, porém não sei quando irei postar. No mais é isso, e COMETEM oque vcs quiserem.

Adoro saber a opinião vcs

Enfim...Bjs do Lea

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'' Talvez nunca aja uma definição concreta do que seja o amor.

Um sentimento. Uma maldição.

Um tormento que nos segue a vida inteira e que procuramos com afinco.

Amar talvez seja desejar o sofrimento do outro pra que assim...

ele não precise senti-ló.''

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P.O.V Edward

A luz cansada e alaranjada típica do fim de tarde ameaçava a cada segundo penetrar no meu quarto por entre os vitrais escarlates que se formavam em duas grandes janelas. Os primeiros indícios de uma brisa gelada da noite começavam a aparecer, esgueirando-se perante o espaço do meu quarto e tocando minha pele inerte a qualquer toque.

Eu não exatamente sabia a quanto tempo estava ali, petrificado, observando protetor a imagem angelical e ao mesmo tempo preocupante do meu pequeno adormecido.Parecia que o mundo havia sido congelado junto com o meu corpo e somente um fio de consciência me impedia de cair em um abismo escuro e sombrio de inercia.E esse fio tinha nome, rosto e estava deitado adormecido entre os lençóis da minha cama.

Meu pequeno...

Um misto de dor e ódio me corroía cada vez que eu pousava meu olhar sobre sua face angelical, pintada com hematomas e alguns cortes.Uma culpa monstruosa parecia comprimir meu coração entre duas paredes repletas de espinhos, cada vez que eu lembrava das cenas horrorosas que se passaram dentro daquela cabana.Eu nunca ia me perdoar por não ter impendido aquele desgraçado de ter violado o corpo do meu anjinho.Nunca...

Lentamente eu deixei o ar escapar dos meus plumões sentindo a pressão daquelas lembranças me sufocar. Permaneci a observar sem titubear meu pequeno atento a cada movimentação sua. Nem mesmo a dor irritante e latejante das diversas feridas que se apresentavam por todo o meu copro conseguiam me distrair.Meu foco era somente o Mino, e somente Ele.

Um fato que comprovava isso é que Assim que chegamos na minha casa eu nem sequer procurei me cuidar ou tratar meus machucados pelo contrário eu tratei logo de limpar meu pequeno de qualquer resquício que comprova-se a passagem daqueles desgraçados. Logo em seguida eu transpassei algumas ataduras enquanto ele descansava esperando ele acordar para ele poder comer a ambrosia. Me lembro também de chorar amargamente de culpa enquanto eu deslizava uma toalha úmida por sua pele macia, tentando limpar as evidências da passagem daqueles monstros pelo seu corpinho. Só depois de me certificar de que tudo estava certo com o meu pequeno e depois de envolve-ló nas minhas cobertas, foi que eu fui tratar do meu corpo.

Basicamente eu apanas tomei um banho retirando os resquícios de sangue seco, o suor, terra e alguns grãos de sal do meu corpo limpando meus machucados

Basicamente eu apanas tomei um banho retirando os resquícios de sangue seco, o suor, terra e alguns grãos de sal do meu corpo limpando meus machucados.A água em alguns momentos se tornava extremamente chata pois ela fazia a carne exposta de minhas feridas arderem porém eu tive de aguentar aquela dor. Assim que julguei terminado meu banho me enrolei em uma toalha branca sempre disposta ali e rumei para fora do banheiro. Já no quarto eu vesti uma calça de moletom preta, deixando meu troco desnudo para não ter o tecido de uma blusa em contato direto com a queimadura que se apresentava no meu peito. Depois eu ingerir um pouco do sangue de reserva que eu tinha guardado no meu quarto para emergências. Os efeitos foram mínimos devido o fato de ser um sangue que não estava fresco. Ele não cicatrizou praticamente nada porém ajudou a amenizar a dor insuportável que eu estava sentindo. Logo depois de fazer tudo isso, eu me sentei nessa poltrona de veludo vermelho que eu estou e fiquei a observar meu pequeno até agora. Sem descanso ou pausa. Minha confiança ainda estava profundamente abalada e eu não ia aguentar outra perda do meu pequena seja essa qual fosse.

─ Para....por favor para.... ─Em dado momento eu ouvi A voz doce e angustiada do meu pequeno soar no quarto Quase como um sussurro me despertando de meus devaneios.

Rapidamente me atentei a sua figura inquieta na cama, mexendo-se de um lado para outro sibilando coisas sem sentindo.

─ Para...saii...está me machucando!!! ─ Ele parecia estar tendo um pesadelo pois seus braços se debatiam e ele aparentava estar empurrando algo. ─ PARAAA!!!

Instintivamente eu me ergui da poltrona onde eu estava sentando no mesmo segundo que eu ouvir seu tom de voz começar a soluçar, em seguida eu me aproximei da sua cama e o segurei com cuidado para não machuca-lo pelos seu ombros e tentei desperta-ló suavemente.

─ Pequeno...acorda.... ─ Eu falava mansamente cchacoalhando seu corpinho delicadamente

─ SAIIIII...AHAH.... ─ assim que seus olhinhos carregados de lágrimas se abriram e ele me viu sua mão se espalmou brutalmente no meu peito bem encima da queimadura, me fazendo soltar um grunhindo contido de dor.... ─ ME LARGA SEU MONSTROOO!!!!!!!

Eu subitamente soltei seus ombros no mesmo segundo que ele disse isso...no mesmo segundo que ele me chamou de monstro....pois pareceu que o chão me faltou aos meus pés naquele instante .Um nó inexplicável se formou na minha garganta, e mesmo o fato da dor da queimadura do meu peito estar se intensificando cada vez mais, ela não chegava perto da dor de receber aquele olhar de medo e repulsa por parte do meu pequeno.Eu não pude conter as lágrimas escarlates que brotavam no meu olho incontrolavelmente,eu então encabulado fingi que estava limpando algo no meu olho e as sequei com as costas da minha mão...

─ Você ...está bem? ─ Perguntei com a voz embargada, mas mesmo assim por um orgulho masculino eu procurava não transmitir essa voz chorosa.

─ S-Sim.... ─ Eu vi nos olhos do meu pequeno que ele também não estava nada bem. Pra falar a verdade não podia estar nada pio.Eu vi seu medo de eu machuca-ló e isso era oque doía mais.Saber que eu perdi sua confiança, que ele não acreditava mais que eu pudesse ser seu protetor.

─ E-Eu vou...vou limpar isso rapidinho no banheiro e já volto.... ─ Falei me referindo a um filete de sangue que corria da minha queimadora devido ao fato da carne ainda estar sensível.

Ele não me responde nada. Seu olhar estava tão perdido e desolado que chega me deu um aperto no meu coração.De soslaio eu percebi que ele estava levemente trêmulo, mas resolvi não incomodo-lo com mais perguntas e ele mesmo apenas virou-se para o lado ficou a encarar um ponto qualquer.

Eu mesmo com passos arrastados devido a debilidade do meu corpo caminhei até o banheiro trancando a porta. Em seguida eu pousei minhas mãos lentamente no mármore da pia,sentindo a frieza daquele sólido ao passo que eu apertava com meus dedos tentando conter um choro que já me ameaçava sair. erguendo meu rosto banhado de lágrimas eu pude encarar meu reflexo abatido no espelho e não houve escapatória, eu cair em um choro convulsivo e silencioso. O nó que até agora estava se contraindo para sair, quase que instantaneamente saiu do meu corpo em forma de lágrimas vermelhas e intensas que rolavam amargas pela minha pele. Eu tentava encobrir meus soluços com uma das minhas mãos ao passo que eu colava minhas costas na parede fria do banheiro deslizando lentamente até chegar no chão onde abracei acuado meus joelhos e fiquei amuado no canto.

Com minha própria dor...

Eu não entendia. Realmente não entendia como tudo havia chegado num ponto tão crítico como esse.A única coisa que eu mais desejava nesse mundo era poder proteger o meu pequeno e agora parece que a ultima presença que ele quer perto de si é minha. E Isso me doí profundamente.

Me doí perceber que alguém que eu amo tanto tenta me evitar a todo custa como se o fato de eu estar perto o machucasse. De todas as dores essa sem dúvida era a que mais machucava...

A dor de não saber Se realmente eu sou um monstro para o meu pequeno...

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P.O.V Autor

Aos poucos a lua se permitia tomar seu lugar de posse no céu límpido e sem estrelas.Com o avançar dos minutos tornava-se cada vez mais tenso o clima na Fraternidade Afrodite, onde Lee e a diretora Morgana se encontravam em reunião a bastante tempo.O questionário circundava sempre o mesmo assunto e isso já estava irritando Lee, que tentava a todo custo convencer a figura intimidadora a sua frente de que ele não sabia de nada.Porém essa tarefa esta sendo cada vez mais difícil de ser finalizada.

─ Então vamos repassar mais uma vez a sua versão... ─ O tom cansando de Morgana era perceptivel porém ela ainda mantinha seu ar investigador aflorado. ─ Você disse que o Mino saíu por volta do período do final da tarde para o bosque afim de passear com o namorado dele e desde então você não o viu mais..

─ Pela milésima vez sim é só que sei....e acho que Isso é uma total perda de tempo... ─ Lee falou encarando suas unhas atentamente, ignorando Morgana. ─ Nós dois sabemos oque aconteceu...

─ então mate essa minha curiosidade, oque exatamente aconteceu?

Morgana encarou seriamente Lee observando as feições debochadas dele que tanto lhe irrritavam. Se ela pudesse na primeira oportunidade que tivesse arrancava a cabeça de lee pra ver se assim ele perderia esse sorrisinho mimado.

─ Morgana não seja estúpida sabemos que o namoradinho dele ,o Edward deve ter dado um sumiço nele que nem fez com o Matthews, aquele cara é problemático.... ─ Lee falou com verdade em sua voz.

─ Então você está dizendo que ele foi assassinado?

─ Eu não disse isso, foi apenas uma hipótese que até a pessoa mais burra desse acampamento poderia formular. Só você não vê isso.. ─ Lee se ergueu da cadeira e falou com desdém. ─ Agora se me de licença eu tenho que fazer uma limpeza facial, todo esse stress ta me dando rugas...

─ Nem pense em sair dessa sala Sr Oberlin!!! ─ Morgana ordenou com a voz autoritaria. ─ Não acabamos ainda...

─ Você deveria ir na casa do vampirinho ele sim deve saber melhor do que eu onde o Mino tá e não ficar aqui me enchendo o saco.Eu estou começando a achar que você quer me enfiar nessa loucura pra botar a culpa do sumiço dele nas minhas costas. Se você estiver fazendo isso pode apostar que você terá alguns problemas....

─ Isso é uma ameça Oberlin? ─ Morgana se ergueu de seu cadeira adquirindo um ar desafiador. Seus olhos serpentinos se estreitaram e a pupila triangular ficou evidente. As pequenas cobras se agitaram em seu cabelo, sibilando sons para Lee que não deixou se intimidar..

─ Não Morgana, isso não é uma ameça, isso é um fato. ─ Lee se aproximou mais dela e disse em voz contida. ─ Minha mãe é bastante vingativa, e eu tenho certeza que os outros deuses não vão gostar de saber uma diretora que não sabe cuidar da seguranças de seus filhos.

─ E oque te faz pensar que eu tenho medo da Afrodite e da sua corja.... ─ Morgana sorriu exbindo os dentes afiados. ─ Garotinho....Eu já passei por muita coisa, e não vai ser suas ameaçazinhas que vão me abalar....

─ Bom saber disso... ─ Lee falou sorrindo a altura de Morgana. ─ E a propósito...recomendo você ir gastar seu tempo fazendo essas perguntas idiotas pro Edward quem sabe ele ajude...

─ Eu já fui na irmandade Hades algumas horas atrás...e ele também está sumindo.... ─ Morgana se aproximou ainda mais de Lee. ─ Muita gente está sumindo. Deveria tomar cuidado Leee....

─ Eu já sou bem crescindinho morgana, mas obrigada. ─ leee deu as costas num tranco para Morgana que viu ele se afastar sentindo ódio corerr em suas veiza.

''Esse garoto ainda me paga'' Ela pensou consigo.vendo Lee sair com passos firmes.

...

Do lado de fora da sala James esgueirava seu ouvido para ver se escutava algo da conversar que rolava entre Morgana e Lee. Ele ultimamente estava muito preocupado com Mino. Não tinha nenhuma notícias sua.Já havia procurado em todos os lugares que ele poderia procurar e nada de encontra-ló e essa aflição já estava lhe enlouquecendo,.Ele estava conseguindo entender alguns fragmentos da conversa quando seu plano foi frustrado pela aparição repentina de Lee junto a ele.

─ que coisa feia James, escutando atrás da porta....─ O sarcasmo de Lee era escrachado e ele não fazia nenhuma questão de disfarçar.

─ E-EU não estou fazendo nada...─ James tentava se justificar, porém acabou por se perder em suas prórpias palavras.

─ Sei que não estava....─ O tom de voz de Lee era desconfiado pois ele sabia em seu íntimo que James havia sido o responsável pela aparição repentina da Morgana na sua irmandade.─ James...você sabe quem foi falar com a Morgana sobre os sumiço do Mino..

─ N-Não...eu Não faço a miníma ideia....─ Por mais que James se esforçasse a verdade de que havia sido ele estava tatuada na sua face.

─ Que pena....eu adoraria agradecer essa pessoa por me trazer mais problemas, mais dos que eu já tenho...─ O sorriso aberto e a voz banhada de Ironia que Lee dirigiu ao James fez suas pernas balançarem de medo.─ Pois bem...eu vou indo...qualquer coisa me avisa.

─ Tudo bem...─ James sussurrou antes de abaixar a cabeça não desejando mais olhar aqueles olhos azuis de Lee que pareciam incendiar de raiva com a sua pessoa.

Lee com certeza era uma pessoa de quem James desejava distancia e não desejava de forma alguma sua inimizade porém Mino era um dos poucos amigos que ele cultivou na irmandade e se para salva-ló ele precisasse enfrentar Lee.

Ele faria sem pensar duas vezes.

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Alguns minutos depois....

P.O.V Edward.

Depois de alguns minutos que havia ficado no banheiro trancando resolvi descer pra cozinha para pegar um pouco de néctar e ambrosia afim de ajudar na recuperação do meu pequeno.Eu sabia que isso iria ajudar muito na cicatrização de suas feridas, porém nem todo néctar e ambrosia do mundo poderia curar a ferida que estava aberta no coraçãozinho do meu pequeno...Isso somente o tempo poderia tratar.

Eu estava observando o céu límpido que se erguia como um céu esticado sobre a terra, quando Derick adentrou na cozinha subitamente...

─ Edward...?─ Meu irmão Derick adentrou na cozinha, estranhando instantaneamente a minha presença ali.─ Oque faz aqui?

─ Eu vim pegar um pouco de néctar e ambrosia...─ Respondi mecanicamente evitando prolongar muito os diálogos.

Sua expressão deixou transparecer que ele não havia acreditado nem um pouco na minha resposta. Infelizmente eu não consegui esconder meus machucados dos seus olhos curioso que me inspecionavam de cima abaixo se assombrando progressivamente com oque ele via.

─ Que machucados são esses, e porque você está com essa cara tão abatida??─ Derick perguntava ficando os olhos arregalados e assumindo uma expressão assombrada.Ele conseguia ver o estrago no meu exterior mas ele nem imaginava o estrago que estava meu interior.

─ Não é da sua conta...─ Respondi em um grunhindo ao passo que pegava uma jarra de néctar e um pouco de ambrosia e me guiava para saída, porém Derick foi mais rápido e segurou firme em meu braço me impedindo de seguir.

─ Ei, cara qual foi? porque você tá desse jeito?─ O olhar confuso dele me fazia querer despejar toda a verdade, porém eu duvidava.

Mesmo Derick , Natasha , Ivan, Zoe, Todd e Ben sendo as pessoas que eu mais confiava e amava eu não sabia se eles reagiriam bem ao que tinha me acontecido. Obviamente eu nenhum iria se conformar e a sede vingança logo ia bater neles, e a ultima coisa que eu precisava me envolver agora era em uma guerra entre fraternidades.

Porém...o fato de não ter ninguém para contar sobre oque aconteceu me oprimia a cada minuto.Eu queria deixar de ser esse cara orgulho que sempre tem essa pose de machão pra desabafar um pouco mas eu não conseguia e as únicas vezes que eu conseguia era com o Derick, então pelo meu ver não havia pessoa melhor para eu abrir...

─ Aconteceram umas merdas ai mas nada demais...─ Falei olhando para o outro lado, evitando seu olhar.

─ Nada demais?! Olha pra vocÊ cara... ta todo arrebentado cheio de machucados e vem dizer que não é nada demais ...qual é conta outra...Me diz logo oque aconteceu.─ Mesmo eu sendo mais velho que o Derick ele tinha jeito mandão igualzinho a mim

Olhei o líquido âmbar do néctar que estava depositado em uma taça de vidro, tão igualmente ao mel. Meus dedos passaram levemente pela borda da taça, sentindo o vidro liso deslizar pelos meus dedos calejados.As memórias viam como correntezas de água. Todas aquelas imagens sórdidas do meu pequeno sendo humilhado, mal tratado, rebaixado. Tudo aquilo que aconteceu com ele me apertava o coração lembrar, e sem que eu percebesse as lembranças já me arrancavam algumas lágrimas..

─ Edward, me conta oque fizeram com você?─ Derick estava realmente preocupado , sua voz já não era mansa e sim intimidadora.

─ Não foi a mim que machucaram de verdade....─Falei sentindo um nó se formar na minha garganta só de pensar que no andar de cima dormia a pessoa que eu mais queria proteger no mundo e não havia conseguido.─ Eles violaram meu pequeno, usaram isso pra me atingir...e pelo oque você pode ver eles conseguiram isso muito bem...

Não foi preciso dizer mais nada,Derick entendeu parcialmente a situação, como todos entendiam que por mais que eu fosse machucado a dor não seria nada perto de ver meu pequeno sofrer.

─ Onde ele está?─ Derick perguntou com cenho franzido enquanto reconstava-se sobre o balcã oe cruzava seus braços

─ Lá em cima descansando...seu corpo ainda tá muito machucado...─ Falei ainda com a imagem do meu pequeno jogado naquele chão sujo totalmente nu e coberto de machucados gravada e na minha mente, e involuntariamente meus punhos se cerraram.

─ Você sabe quem fez isso a vocês?

─ Sim,─ Vi os olhos do meu irmão brilharem por vingança.─ mas ainda não é a hora de pensar em vingança, por mais que eu queira ver aquele desgraçado morrer, a coisa importante que eu tenho que fazer e garantir a segurança do meu pequeno....

Uma pausa se estendeu entre nos dois antes que Derick expressasse sua opinião.

─ Eu entendo...─ Derick falou tentando ser compreeensivo.─ Mas isso não vai ficar assim. A hora que você que estiver pronto pra enfrentar ele Pode contar comigo pra oque precisar...

─ Eu sei disso....─ Falei sentindo aos poucos seu abraço ao redor do meu corpo.

Nós da irmandade Hades poucas vezes demonstrávamos afeto. Abraços eram muito raros, porém quando aconteciam eram sinceros e carregados de um sentimento de unificação.O cheiro de segurança que meu irmão me trazia invadia minhas narinas e eu me sentia internamente feliz por ter conseguindo manter a nossa família sempre junta.

─ Eu vou indo, tenho que encontrar o sangue de algum semi-deus pra curar essas feridas...─ Derick falou já rumando para saída.

─ Espera!...─ Falei o impedindo.─ Eu Não quero isso...

Derick me encarou como se oque eu acabara de dizer fosse o maior dos absurdos.

─ Mas...Edward, você precisa!

─ Se eu beber o sangue de um semi-deus pode acontecer de eu me descontrolar e acabar machucando meu pequeno e isso é a ultima que eu quero no mundo...─ Expliquei a minha situação vendo o olhar quase que incrédulo do Derick sobre qual era a minha prioridade.

─ Você ama mesmo esse garoto não é?─ Derick estava admirado do meu sacrifício pelo meu pequeno,.

─ Ele é meu tudo...─ Falei somente a verdade que tanto minha alma e coração já sabiam.

Meu Mino era meu tudo.

─ POis vamos fazer assim... ─ Derick respirou profundamente.─ eu vou atrás de uma corça qualquer e te trago. O sangue dela não vai fazer o mesmo efeito do sangue de um semi-deus mas vai ajudar...Enquanto isso você procura ficar no quarto pra Natasha não ver isso que te aconteceu se não ela vai te interrogar até saber quem fez isso e ai você já sabe...

─ Ta certo....─ Peguei o néctar e ambrosia e disse agradecido.─ Valeu Derick.

─ Irmão é pra isso...─Ele sorriu para mim de um modo sincero que me toucou

Eu encarei fixamente seus olhos e vi transparecido neles não mais o garoto que mentia para mim dizendo que não tinha medo dos trovões mas me pedia para dormir na minha cama quando o a chuva forte faziam nossa pequena casinha tremer, mas sim um homem,um irmão. alguém com quem eu poderia me apoiar sempre que eu não conseguir me sustentar, alguém sempre me daria amão pra me ajudar...

─Alguém com quem eu sempre poderia contar...

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P.O.V Autor

Após a conversa que Edward teve com o Derick, ele retornou rapidamente para o quarto no cômodo superior levando consigo os itens que havia ido buscar.Edward esperava que o néctar e ambrosia que ele estava levando consigo pudesse animar um pouco seu pequeno, ou pelo trazer um conforto emocional e corporal maior.Ele subiu com calma escadaria e Assim que ele empurrou levemente a porta de madeira para adentrar no quarto, seus olhos logo pousaram sobre a imagem melancólica e triste de Mino depositado entre aqueles lençóis com olhar vazio e perdido. Uma cupa seca e dolorida parecia comprimir seu peito a medida que ele depositava os itens sobre uma mesinha próxima...

─ Eu trouxe um pouco de néctar e ambrosia....pra ajudar..─ Edward falou encarando meio desconfortável seu menor ali deitado tão sem via, ao passo que ele pegando um copo e depositava todo o conteúdo da jarra que o havia o néctar que era semelhante a um mel dourado.

Assim que Edward terminou ele caminhou rapidamente até Mino, parando a alguns centímetros longe dele , receoso de sua presença tão próxima ser rejeitada novamente.

─ Tome...─ ele entregou delicadamente o copo ao Mino que se sentou na cama para beber melhor.

─ Obrigada...─ A voz de Mino mais se assemelhava a um sussurro.

O menor tomou em apenas três goles o copo cheio de néctar, deitando-se novamente na mesma posição que estava antes.As transformações que seu corpo sofreu foram imediatas,todos os machucados desparecerem como se estivessem sendo dissolvidos na pele. Somente algumas discretas escoliações ficaram aparente, porém nada preocupante.

Edward Por sua vez observou cada segundo da ação que se prosseguia no mais cristalino silênico. Ele não conseguia pensar em nada para dizer,a fim de quebrar aquele climão. Ver a falta de ânimo de seu pequeno era opressora demais para seu psicológico. Era como se ele estivesse olhando para um simples fantoche, que não possuía nenhum traço do garoto gentil e doce pelo qual ele se apaixonara.E isso era perturbador demais para ele, ver seu pequeno adentrando em um abismo de solidão e não poder fazer nada para ajudar, nada além de observar pesaroso...

─ Se você quiser eu posso trazer alguma comida em especial...acho que você deve ta sentindo falta de comer alguma coisa além de ambrosia e néctar....─ Edward propôs isso afim de quebrar o tom silencioso que inundava o quarto. Seu tom de voz era muito esperançoso ele estava afim de ouvir uma resposta do seu pequeno por mais curta que fosse.

Porém ela não aconteceu.

Mino não moveu um músculo sequer em resposta a pergunta Edward. Seu olhar estava completamente petrificado em um ponto qualquer. Sem vida, sem brilho. Completamente vazio.E Edward percebeu isso após ficar esperando sua resposta.

─ Tudo bem...─ Edward sussurrou com a voz grave e rouca.

O maior então, deixou o ar pesado sair de seus pulmão reintroduzindo novamente o oxigênio gelado que adentrava pela janela aberta no canto direto de seu quarto. Seus olhos não conseguiam abandonar a visão do Mino deitado envolvido naqueles lençóis como se fosse a mais preciosas das jóias. Nem mesmo a dor latejante das feridas espalhadas pelo seu corpo redirecionava sua atenção para algo que não fosse a segurança de seu pequeno.

Edward parecia não ligar nem um pouco para seu estado contanto que Seu pequeno estivesse bem.

E observando por fora, isso era uma verdade já constatada.

Os olhos do maior se guiaram na direção da poltrona que ele havia passado as ultimas horas observando seu pequeno adormecido. Em segundos ele moveu-se até ela deitando novamente seu corpo cansado sobre a superfície de veludo vermelho tão aconchegante e confortável. Sua cabeça repousou pesada sobre o repouso das costas da poltrona, ele tinha milhares de pensamentos populando sua mente, confundindo-a, enganando-a, fazendo-o achar que a culpa de tudo era dele, fazendo-o diminuir a cada segundo seu valor como ser existente.

Sua atenção novamente foi roubada por Mino que continuava na mesma posição de sempre.Quando Os olhos do maior atentaram-se novamente ao Mino ele percebeu que pequenos botões de lágrimas estavam disfarçadamente formados nos cantos dos olhos de Mino, e isso fez o coração de Edward se apertar tão forte que ele teve vontade de correr até Ele e abraça-ló para protege-ló de toda aquela dor. Porém ...algo o impedia de fazer isso. Talvez o medo de ser rejeitado novamente ou a culpa monstruosa que o corroía acada segundo.

Não é possível saber o porquê de Edward não ter cedido aos desejos de seu coração de acalentar seu pequeno, oque se sabe foi oque aconteceu em seguida...

─ Edward...???─ A voz baixa e contida de Mino só foi possível de ser escutada por Edward devido ao silencio cristalino que o quarto estava mergulhado. ─ Você poderia fazer um favor pra mim...

─ C-Claro pequ...- Mino....─ Edward não sabia se era uma boa chamar Mino de pequeno, a real verdade é que ele não sabia até onde ele podia ir nesse momento tão delicado que os dois estavam passando, por esse motivo ele Temia dar um passo em falso e acabar desabando tudo.── Oque você precisa?

─ Você poderia dormir em outro quarto essa noite? ─ Mino falou encarando a face perplexa e magoada do Edward

O maior sentiu como se essa frase seca que Mino lhe dirigia representava ele estava perdendo pouco a pouco a seu pequeno, seu anjinho, para as consequências daquele ato terrível. Ele sentia que a repulsa era o único sentimento que seu menor lhe dava no momento e que sua presença o mais longe que estivesse seria melhor.

─ C-Claro que posso...─ Edward evitava a todo custa deixar sua voz transparecer o nó formado em sua garganta, e seus olhos as lágrimas que já se formavam

Rapidamente Edward se guiou com passos calmos té a porta de mogno de seu quarto, dando uma ultima olhada para Mino e lhe desferindo um sorriso fraco, porém sincero, antes de fechar a porta completamente criando assim uma separação que por mais fisicamente simples que possa parecer era muito maior do que aparentava.

Assim que Mino se viu sozinho naquele quarto espaçoso por conta própria.,A dor que ele havia contido e comprimido durante todo o dia se libertou em um choro convulsivo e desesperado que ecoou abafado por todo o ambiente. Mino apenas sentia as lágrimas descerem pelo seu rosto e seu copro se encolher em uma concha de proteção contra os sentimentos depressivos que lhe atacavam com flechas poderosas que atingiam seu coração e o envenenavam pouco a pouco.

O menor ainda estavam tão confuso em sua própria mente e tão perdido em seu próprio corpo. Quando seus olhos se fechavam ele sentia como se alguém estivesse atrás de si pronto para agarra-ló e adentrar novamente em seu corpo contra sua vontade . O cheiro De Trevis ainda estava gravado na sua mente, como uma essência enjoativa que fazia o menor querer vomitar a bile de seu estômago para fora.Seus toques ainda estavam vivos em sua memória como um pesadelo que tomava cada segundo forma cada vez mais concretos.

Mino sentia como se estivesse preso em um labirinto, gritando por ajuda, e ninguém aparecia. Ele chorava baixinho, agarrado aqueles lençóis que ainda carregavam o cheiro de seu protetor Edward. E mesmo assim Mino não senti-se nenhum pouco seguro.

Talvez pela doo embutida tão profundamente no seu coração

Ele achava que nunca mais se sentiria seguro com Edward...

Ele achava que nunca mais se sentiria seguro com Edward

Mas o destino ainda não terminado com os dois...

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COMETEM

Comentários

Há 1 comentários.

Por Guerra21 em 2017-04-02 17:29:42
Espero que Nino se resolva com seu amado, não quero ver o fim desse relacionamento, o maldito do Trecos tem que pagar pelo que fez, o pior de todos é o falsiano do Ler, que cara de pai, como ele pode fingir que não sabe de nada, aí que ódio. Parabéns cara o texto tá maravilhoso! 😍😘