Agarre-se aos 16 - Parte 3

Realmente, Eu não tive reação nenhuma enquanto ouvia o que ele dizia. Eu estava com medo e ao mesmo tempo feliz. Eu não sabia como reagir. Aquilo era novo pra mim. Até então nenhum homem havia falado aquilo. Eu saí do carro e fiquei encostado na porta. José posicionou-se rapidamente ao meu lado. Sua cara era de fúria e mesmo assim continuara lindo. Ele percebeu que Eu não iria responder e deu um soco na porta de trás do carro. Eu estava assustado, agora bem mais. Ele estava com o braço aberto, acima da minha cabeça (O que me fazia ficar entre seus braços), e encostado na porta. Eu não sabia o que dizer, mas sabia que se ficasse calado ali, Eu o perderia pra sempre. Tive que tomar uma atitude. Ele estava de cabeça baixa o que facilitou muito naquele momento. Eu fiquei na ponta do pé e o beijei. Ele retribui. Foi o melhor beijo que já havia recebido. Dessa vez senti algo doce em meus lábios e meu estômago formigando. Eu sabia que o amava e isso era o que importava. Eu estava beijando o homem que Eu amava. O beijo durou alguns segundos, muitos segundos. Quando abri os olhos vi o rosto de José em uma felicidade tamanha. Eu também provocara a mesma sensação que ele provocou em mim durante o beijo. Ele tirou as mãos que estavam encostadas no carro agarrou-me pela cintura e me levantou. Desceu-me um pouco e dessa vez não precisei ficar na ponta do pé, Eu estava suspenso por ele. Naquele momento Eu percebi que Eu não era o único que amava. Naquela relação Eu era retribuído. Eu nunca havia me sentido tão bem quanto estava naquele momento. Ele me soltou e disse:

– Prefiro quando você fica na ponta do pé... Acho bonito você implorando carinho.

Eu ri. Por mais que a piada tenha sido um pouco ofensiva, Eu ri. E levantei na ponta do pé para beija-lo mais uma vez. Era bom sentir a língua dele em minha boca. Era algo quente e que me fazia ir ao céu para buscar fôlego e voltar a terra.

Um toque do meu celular estragara o momento. Era meu pai. Interrompi o beijo, mas José pedia pra que Eu não parasse. O Beijei a testa e disse:

– Preciso atender!

Ao apertar o botão verde, meu pai do outro lado da linha:

– Onde você está? Está bem? Quer que Eu vá te buscar?

Eu falei calmamente:

– Pai, Eu estou bem. Logo mais estou em casa. Encontrei com o José na festa e ele vai me levar aí, Okay?

Na hora que terminei a frase José tomou o celular da minha mão e tirou a bateria em instantes. Com uma cara e ar de cínico ele falou:

– Opa! Descarregou. Hora de voltar pro MEU BEIJO.

Tenho que admitir: Adorei a atitude dele e ele dando ênfase no “MEU BEIJO”. E assim se foi o nosso ultimo beijo. Ele me levantou na porta do carro me deixando um pouco mais alto, porém não mais alto que ele, e me dando o beijo. Aquele beijo que só ele sabia fazer.

Então ele me soltou, abriu a porta do carro e pedira para que Eu entrasse, pois iria me levar pra casa, como ordenara meu pai.

Chegamos em casa. José me deu um beijo de boa noite e falou que me amava, retribui do mesmo jeito. Sai do carro, ele abriu e janela e gritou:

– Sogrão!!! Ele tá entregue.

Eu não acreditara no que José dizia. Estava sentindo um misto de fúria e alegria. Abri a porta de casa e vi meu pai, quando ele falou:

– Sogrão hein?

No começo não tive reação, mas depois comecei a rir. Meu pai não havia entendido. Ele falava serio e agora em um tom de raiva:

– Por que você está rindo? Você acha que as coisas se resolvem assim: ele te trazendo em casa e me chamando de "sogrão"? Isso não é certo! Quem esse José acha que é? Só porque ele te salvou naquele dia não significa que Eu irei deixar esse namoro acontecer...

Depois disso não conseguira ouvir o que meu pai queria dizer. Eu ainda estava confuso e não assimilava os fatos. Despedi-me dele e deixei-o na sala falando sozinho.

Subi para o meu quarto e fiquei pensando no que aconteceu; José mexia comigo.

...

Tomamos café da manhã e fomos para a escola, papai e Eu. No caminho ele falava:

– Quero falar com esse tal de José. Ele está pensando que vai ser fácil assim? Não! Não vou permitir isso!...

E todo aquele discurso interminável...

Ao chegar Eu falei em tom de autoridade:

– Se o senhor sair do carro, nunca mais ouse olhar pra mim! – Meu pai fez uma cara de serio e conclui: – José vai falar com o senhor, mas no tempo certo.

Despedi-me do meu pai e fui direto para sala. Entrei, olhei para José e ele estava serio. Decidi ficar na minha cadeira e não olhar pra ele. Pensei comigo: "Será que ele estava bêbado e se arrependeu? Será que ele se lembra de algo?". Fui interrompido em um de meus pensamentos por alguém que estava puxando minha bolsa. Quando olhei para trás, era José. Ele olhou para mim e falou:

– Seu lugar agora é lá trás!

Como assim? Ninguém sentava lá trás com o José, nem mesmo os amigos deles. Eu nada fiz. A única reação foi pegar o meu material da banca e coloca-lo lá trás. No meu novo lugar.

Todos olharam para trás quando ouvi José soltar um rosnado. Aquelas atitudes dele me davam medo, mas depois disso ninguém nos olhou.

Para a minha infelicidade, Sofia entrara na sala após uns cinco minutos do ocorrido. Ela olhou para mim e José e foi para trás tirar satisfação:

– O que você pensa que é? Sai de perto do meu namorado agora!

Eu me levantei para sair do meu novo lugar e voltar para o antigo, quando José me puxou para a cadeira, me fazendo sentar nesta.

Sofia não entendera o que estava acontecendo ali. José então falou:

– Sofia, nós não estamos namorando. Nem chegamos perto disso. Agora vaza e deixa o Walmir em paz!

Sofia se foi nos deixando em paz. Decidi não comentar nada com ele aquele dia.

O dia todo Marcos não aparecera na escola.

...

Era o dia de preparação para os jogos interescolares – que iriam ocorrer em duas semanas. Todos treinavam; Jogadores de vôlei, futebol, basquete e as animadoras de torcida.

A coreografia era péssima, ofereci minha ajuda para coreografar, mas Sofia não deixou. A professora ouviu nossa discussão e perguntou:

– Que baixaria é essa?

– A senhora me desculpe, mas essa coreografia está péssima. Isso não chega a ser dança de animadores de torcida... - Eu falava quando fui interrompido.

– Você acha que faz melhor? – A professora perguntou.

Olhei para Sofia e em um tom cínico e firme respondi:

– Sim. Se a senhora quiser ver o que tenho, Eu mostro agora.

A professora olhou pra mim e fez um gesto do tipo: "Começa essa palhaçada logo!".

Fiz uma coreografia de afro com Break Dance. Os meninos adoraram e as meninas ficaram impressionadas tal como professora. A professora anunciou que Eu coreografaria nossa dança. Disse minhas escolhas de música e ela aprovou.

...

Um pensamento passou pela minha cabeça: "Estou destruindo aquela vadia aos poucos".

...

Eu estava feliz. Mesmo que o José não tenha falado comigo, aquele dia estava perfeito. Faltava um dia para a minha festa. Meu 16º se aproximara e Eu estava nervoso.

Fui para a escola no dia do meu aniversário. Que saco! Eu odiava ir pra escola no dia do meu aniversário. Eu me sentira obrigado. Meu pai queria falar com José e Eu não podia deixar os dois conversarem. Não ainda.

Entrei na sala e o José ainda não tinha chegado, mais uma vez Marcos não foi à escola.

Sofia entrou e falou alto:

– Parabéns Walmir!

Eu morria de ódio. Que falsa! Como ela pode ser assim? E por que estava animada?

Ela veio em minha direção e falou:

– Pensou que Eu ia te dar meu namorado de bandeja? Sabe o que aconteceu? Nós dormimos juntos (A raiva tomou conta de mim e Eu apenas sai do lugar em que Eu estava)... Nós TRAN-SA-MOS.

O José teria feito aquilo mesmo comigo? Abaixei a cabeça e chorei. Minha cabeça estava doendo e Eu me sentia um pouco febril. Não estava doente. Estava febril de raiva. Senti alguém puxando minha mochila. Era José. Olhei para ele, fiz uma cara de sério e desapontado. Ele viu uma lágrima correr em meus olhos. Sai em direção ao banheiro. Ele me seguiu.

Entrei numa cabine e fiquei chorando. Silenciosamente. Quando o ouço dizer:

– O que foi que Eu fiz?

Eu respondi calmo e desapontado:

– Você terminou o que ia fazer com ela no Domingo, não foi?

– O que você está falando? – José não entendera minha pergunta e continuou: – Terminei o quê? Sai da cabine pra gente conversar melhor!

Eu sai e olhei sério para ele. Ele não entendendo o que estava acontecendo ficou parado. Eu perguntei, agora com vergonha de mim por ter desconfiado dele:

– Quer dizer que você não transou com a Sofia ontem?

Ele olhou para mim com cara de surpresa e disse:

– Aquela vadia falou isso pra você? Eu vou quebrar a cara dela.

– Não José! – Gritei para ele e segurei seu braço em um ato de desespero. – Não faça isso!

Ele me fitou e disse:

– Você ainda tem pena daquilo?

Ele me deu as costas; e para evitar um embate nada justo entre Sofia e José, passei na frente dele, o agarrei e dei um beijo. Eu gostei desse beijo, mas sentia certa adrenalina. Era errado fazer aquilo ali. Ele se jogou em uma cabine e Eu cai junto com ele. Perdemos uma aula de história inteira. Não, não houve sexo. Apenas abraços e caricias.

Voltamos para sala e tudo correu bem. Sofia olhava emputecida para mim.

...

As horas se passaram, voltei para casa e me arrumei para a festa. A festa.

...

Eu estava com medo. O que as pessoas iriam pensar? Como Eu deveria aparecer? Vestia e tirava roupas. Por fim decidi vestir uma roupa que comprara na Dom Juan. Era esporte fino e usava um sapatênis. A roupa tinha tons neutros e não destacava todas as partes do meu corpo. Ainda bem.

...

Houve uma grande cerimônia por parte dos meus pais e convidados. A festa ocorria no enorme jardim de casa. Eu me sentia bem aquela noite. Mas só esperava uma pessoa: José.

José chegara à festa por volta das 20h30min. Eu já estava preocupado. Pensei que ele não viria. Quando o vi, corri em sua direção. O abracei e ele disse:

– Hoje a festa é sua, mas o presente é meu.

Perguntei incrédulo:

– Que presente?

José sorriu e respondeu:

– Sua mão.

Eu adorei ouvir aquilo.

José foi em direção ao meu pai, cumprimentou todos os que estavam com ele e no final concluiu, bem objetivo:

– Preciso falar com você sobre Eu e seu filho.

Meu pai fez uma cara de raiva mandou José seguir até a sala de estar; Eu os acompanhei.

Antes que meu pai falasse qualquer coisa, José disse na lata:

– Eu e seu filho estamos namorando. E não adianta o senhor impedir. Ficaremos juntos o senhor querendo ou não.

Meu pai olhou para José e perguntou:

– Você realmente o ama? – E voltou seu olhar para mim.

– Sim. – Disse José rapidamente.

Sem tirar os olhos de mim meu pai perguntou:

– Filho, você o ama? É isso o que você quer?

– Sim. – Falei mais apressado que José.

Meu pai então concluiu:

– Se é assim que vocês querem, assim será. Mas... José? Cuidado para não magoar meu filho. Como sei que ele é muito caseiro e maduro, não ditarei muitas regras. Não quero demonstrações de carinho na minha frente. Querem fazer qualquer coisa? Arrumem um lugar reservado. E José...? Seu pai sabe desse namoro?

José calou-se, e meu pai concluiu:

– Aposto que não... – Pôs um sorriso cínico no rosto e saiu.

José olhou pra mim e apertou a minha mão; não pra magoar, mas sim pra mostrar que ele estava ao meu lado e que não queria me largar.

Meu pai saiu assobiando e feliz.

...

Nesse momento Eu percebi: Meu pai não era o maior problema. Ele aceitara nosso namoro. O pai de José era a única pessoa que nos impediria de continuar com o namoro. Esse pensamento me fez ficar tonto. José me segurou e levou-me até o sofá. Eu estava sem chão.

José ajoelhou-se, me segurou pelo queixo e me beijou no meio da sala. Meu pai não estava lá, não havia problema. Ele tirou a mão do meu queixo e pôs em minha nuca como se não quisesse parar com aquele beijo. Enfim me desprendi do beijo. Por mais gostoso que estivesse Eu precisava perguntar o que acontecera:

– Qual o problema com o seu pai?

José hesitou por alguns segundos, mas depois respondeu:

– Ele é vereador da cidade e talvez a carreira politica dele seja abalada por essa noticia. Mas quer saber? Estou contigo e é isso o que importa.

Eu olhei pra ele, sorri e disse:

– Eu te amo, mas... Leve-me pra cama?!

Ele abriu um sorriso me pôs no braço e me levou em direção ao meu quarto. Deitou-me na cama e começou um novo beijo. Dessa vez Eu não tive medo e o beijei com muita vontade. Pude comprovar uma coisa: Eu gostava mais de nossos beijos quando Eu estava na ponta do pé. Realmente, Eu implorava carinho. Depois do beijo José me entregou uma caixinha retangular. Abri; era uma pulseira de ouro com o nome “Be My Lover” e cinco estrelas ao redor.

José trancou a porta do meu quarto e voou em cima de mim. Eu pus, imediatamente, meu presente no criado mudo ao lado. Não sabia o que estava acontecendo naquele momento. Um calor subiu sobre meu corpo e Eu desejava cada vez mais o corpo de José. Ele me beijava e toda vez que ele tentava sair Eu o puxava, com minhas pernas, para perto de mim. Ele começou a morder minha orelha e Eu beijando o seu pescoço. Quando ele disse, já arrancando as calças:

– Me chupa!? Eu preciso...

Na hora Eu gelei e ele viu minha cara de preocupado. Passei de moreno claro para uma cor pálida. Eu não tive outra reação a não ser correr para o banheiro e trancar a porta.

José veio atrás de mim e falou:

– Por favor, não faz isso! Há dias que Eu quero que isso aconteça e você me deixa assim? Eu estou no ponto e Eu sei que você estava curtindo. Fiz algo errado?

Eu enfim conseguira falar:

– Não. O erro é comigo. Desculpe-me!

Ele estava atrás da porta quando disse:

– Espera um momento... Eu sou seu primeiro?

Mesmo com vergonha consegui falar:

– Sim! Por favor, me entenda! Não fiz por mal. Só acho que cada coisa...

– Tem seu tempo – Ele me interrompeu, mas falou a coisa certa. – Pode sair do banheiro. Eu juro que mesmo te querendo Eu resisto à tentação.

Eu sai do banheiro. Estava quase chorando de vergonha. Ele percebeu minha reação e ficou preocupado. Mas antes que ele falasse alguma coisa, fiquei na ponta de pé e o beijei. Esse é o beijo que gosto. Ele me puxou, me pôs na cama e disse:

– Eu não vou fazer nada que você não queira. Mas pelo menos uns sarros têm que acontecer.

Eu não vou negar, adorava o jeito que ele tentava impor ordens.

José deitou-se na cama e Eu deitei por cima. Abri minhas pernas ao modo que minha bunda ficasse em cima de seu pênis. Ele adorou. Pôs a mão em minha cintura e descia até a bunda. Ele sabia como mexer comigo. Ficamos assim até que Eu decidi deitar sobre o peitoral dele (Nessa hora comprovei o obvio: O corpo de José era rígido como uma pedra) e comecei a conversar, quando logo depois peguei no sono.

...

Aquela era a noite mais feliz da minha vida. Mas muita coisa iria acontecer.

...

Comentários

Há 1 comentários.

Por em 2013-05-28 00:37:18
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