1X10 Ainda não acabou

Conto de Gojimmy como (Seguir)

Parte da série Os Segredos de Mountainville

Eu chego na beira da queda e fico olhando para baixo mas são quase trinta metros e não vejo nada. Eu começo chorar muito e fico pensando em pular maa não sei exatamente até onde vai minha resistência. Eu vou andando pelas pedras para chegar na margem do rio. Eu vejo meu pai vindo de um lado e os meninos do outro. Eu vou andando até eles.

Danilo - o que aconteceu ?

Bernardo - o Augusto jogou o Raphael daqui de cima.

Márcio - quando vocês ficaram tão fortes ??

Os meninos ficaram se olhando e olhando para mim já entendendo o que aconteceu.

Bernardo - aconteceram algumas coisas pai... Eu preciso descer daqui.

Samuel - não sei se tem como chegar na parte de baixo.

Bernardo - eu vou dar um jeito Eu queria pular daqui mesmo. É melhor a gente sair antes que o Augusto volte.

Danilo - pra onde ele foi ?

Bernardo - eu joguei ele.

Samuel - como ? vocês lutaram ?

Bernardo - sim, eu conto depois, vamos descer por favor.

Eu tive que contar toda a história para eles enquanto íamos para o carro. Eu estou muito abalado e quando chegamos na margem do rio na parte de baixo eu entrei na água e não achei nada. Não achei nem o Raphael e nem o Augusto. Eu fiquei arrazado e voltei pra casa.

Bernardo - pai, pode pedir pra fazerem buscas no rio ?

Márcio - claro filho. Mas e o que vocês vão fazer com esse... poderes, se posso dizer assim.

Bernardo - ninguém vai falar nada pra ninguém.

Danilo - nós podemos acabar em uma mesa sendo estudados pelo governo.

Bernardo - exatamente.

Samuel - mas também não podemos deixar o Augusto se livrar de ter... matado o Raphael.

Quando ele falou isso meu corpo todo tremeu e meu coração ficou apertado.

Márcio - ele pode ter se salvado na margem.

Bernardo - eu quero pensar nisso mas a queda. Aquela cachoeira é muito alta.

Márcio - vamos fazer o seguinte. Enquanto não acharmos corpo, ele vai estar vivo ok ? Não fica assim não.

Ele dá um beijo na minha cabeça.

Márcio - eu vou fazer umas ligações... tomar uma cartela de analgésicos...

Bernardo - só você pra me fazer rir. Não quer ir no hospital ?

Márcio - não, eu tô bem. Aguento porrada.

Ele pega o telefone e sai da sala. Danilo se senta do meu lado e me dá um abraço.

Danilo - fica assim não.

Bernardo - obrigado.

Samuel - eu tô preocupado com a gente também.

Bernardo - é... eu queria perguntar pra vocês se esse negócio pode matar a gente ou nos transformar em um mostro.

Danilo - eu vou coletar nosso sangue e fazer alguns testes.

Samuel - é diferente. Eu me sinto tão forte mas é tão estranho.

Bernardo - é engraçado. Eu nunca vi nada parecido. Essas coisas que nós vemos em filmes e agora tá aqui dentro da gente.

Samuel - eu vou tentar criar uma cura pra isso.

Danilo - mas e se a gente usasse isso para o bem ?

Samuel - vamos virar a liga da justiça de Mountainville.

Danilo - não é isso Samuel. O que de bom que nós podemos fazer agora é achar o Augusto e fazer ele pagar por tudo que fez.

Bernardo - eu não vou matar ele.

Danilo - mesmo se ele tiver matado o Raphael ? E o que mais ele vai fazer ? Você viu os caras que estavam com ele. E se ele criar um exército de gente assim ? Se a gente não fizer nada isso já faz de nós vilões.

Bernardo - mas não podemos sair por aí distribuindo porrada sem saber o que a gente pode fazer.

Danilo - então a gente tem que descobrir.

Eu passei a noite em claro converdando com eles. Eu até concordo com o Dan e quero fazer ele pagar por tudo isso. Eu não sei se vou ter coragem de matar o Augusto mas... a raiva que eu tenho dele só me faz querer encontrar com ele de novo. Eu sei que guardar essa raiva não vai me fazer bem.

● Dias Depois...

O corpo de bombeiros da cidade com os das cidades vizinhas fizeram buscas ao longo do leito possível do rio mas não acharam nada e deram o Raphael como morto. Eu fiquei mais que arrasado que estava mais eu me recuso a fazer o enterro dele sem encontrar o corpo. Ficamos os últimos dias tentando rastrear o Augusto e Samuel tentando descobrir uma forma de anular esses poderes. Nós poderíamos usar essa cura no Augusto e depois em nós mesmos. Eu cheguei em casa e o Samuel estava saindo do mini laboratório que montamos em casa.

Bernardo - e aí

Samuel - sem sucesso ainda.

Bernardo - eu tô começando a querer distribuir porrada assim que a gente achar aquele infeliz.

Samuel - eu queria te mostrar uma coisa.

Bernardo - o que ?

Samuel - lá fora.

Nós saimos pelas portas de vidro que dão para uma parte do jardim onde temos uma visão livre do vale.

Samuel - ok.

Ele respira rápido e se concentra. Ele levanta a mão e fica olhando até que a mão dele começa a pegar fogo.

Bernardo - Samuel, sua mão !

Ele se concentra e faz um movimento para frente e lança uma bola de fogo em um jarro que explode.

Bernardo - wooow !!

Samuel ele sai correndo e rindo e volta com o extintor de incêndio. Ele apaga o fogo.

Bernardo - como você descobriu isso ?

Samuel - eu estava no laboratório e fiquei irritado e quase queimei tudo.

Bernardo - você só emite ?

Samuel - também controlo eu acho, ainda não tentei.

Bernardo - isso é incrível.

Samuel - você já tentou fazer alguma coisa ?

Bernardo - não.

Samuel - tenta aí.

Bernardo - e se eu não tiver esse tipo de poder ?

Samuel - você vai descobrir.

Bernardo - tá.

Eu olho pro horizonte e imito os movimentos dele. Respiro e me concentro mas nada.

Bernardo - tá vendo ?

Samuel - você precisa se concentrar mais. Pensa em um sentimento.

Bernardo - serve amor ?

Samuel - acho que não né ? Raiva.

Ele chega perto do meu ouvido e eu estou olhando para frente.

Samuel - pensa no Augusto.

Eu olho para ele de canto de olho e depois olhos para frente e me concentro no Augusto.

Samuel - pensa no que ele fez com a gente...

Eu começo a ficar com raiva e ficar com a respiração forte.

Samuel - ...pensa no que ele fez com todas aquelas pessoas...

Cada vez mais minha raiva aumenta.

Samuel - .... melhor pensa no que ele fez com a nossa mãe.

Eu começo a chorar e mesmo assim continuo me concentrando

Samuel - e o que ele fez com o Raphael então ?

Bernardo - CHEGA !

Eu não sei o que fiz mas o Samuel voa na parede da nossa casa e depois cai no chão me olhando.

Samuel - olha suas mãos !

Eu levanto minhas mãos e tem uma energia da cor branca que parece uma mistura de uma chama e raios. Eu fico maravilhado olhando aquilo. Eu olho pro meu irmão e depois jogo minha energia numa mureta e ela explode.

Samuel - caraca !

Danilo - o que foi isso ?

Samuel - estamos testando nossos poderes.

Danilo - vocês só descobriram agora ?

Samuel - ué, por quê ?

Danilo levanta as mãos e forma uma pequena nuvem. Depois ele tira água dela e fica mostrando algumas coisas que ele faz com a água

Bernardo - você controla...

Danilo - as forças da natureza.

Samuel - ual, isso é de mais !

Bernardo - e por quê o senhor não falou nada ?

Danilo - não quis me gabar.

Samuel - yeah. Agora podemos ir atrás do Augusto e dar um surra nele.

Bernardo - vamos nos preparar primeiro.

Esperamos a madrugada chegar e fomos para trás das montanhas que ficam do outro lado do vale. Até chegarmos lá passamos por um caminho que sem nossa resistência seria muito mais difícil.

Samuel - esse lugar é perfeito.

Danilo - a cidade está longe então acho que podemos treinar sem chamar atenção.

Samuel - vamos começar logo.

Bernardo - o Augusto vai vir com tudo em cima da gente então temos que fazer valer.

Danilo - ok, eu vou soltar uma rocha daquele morro e você tenta destruir ele Sam.

Samuel - vamos lá.

Bernardo - eu vou sair de perto.

Danilo olha para o morro e coloca os dois punhos com força no chão criando uma rachadura que vai até um morro e uma rocha se desprende. Eu fico impressionado com o controle que ele tem e a facilidade que ele controla. Ele traz a rocha e joga na direção do Samuel que tenta ativar seus poderes mas a pedra o esmaga. Eu fico um pouco preocupado e o Danilo assustado pula em cima da rocha e a quebra com um soco. O Samuel está em baixo com uma cara de decepção.

Samuel - ok, não sei o que aconteceu.

Bernardo - eu achei que você tinha morrido.

Danilo - não foi tão forte.

Bernardo - Samuel, joga seus poderem em mim e eu vou tentar defender.

Samuel - ok, isso eu consigo.

Eu me afastei e ele lançou duas bolas de fogo que eu defendi com meus poderes.

Samuel - isso foi de mais irmão !

Bernardo - continua !

Ele joga de novo mas dessa vez ele lança uma chama maior e continua. Eu crio um escudo de energia que segura os poderes dele.

Bernardo - mais forte !!

Ele aumenta e eu consigo segurar. Ele aumenta mais e eu consigo absolver e jogar o fogo contra ele. Eu o derrubo no chão e depois saio correndo pra ver se ele está bem.

Bernardo - tá tudo bem ?

Samuel - isso foi maravilhoso.

Assim que entendemos melhor os nosso poderes conseguimos os controlar e ficar mais preparados para enfrentar o Augusto. Claro, demorou mais alguns dias para nos adaptarmos mais a tudo.

Samuel - será que eu vou conseguir voar ?

Bernardo - acho que isso é mais difícil.

Samuel - mais eu vou continuar tentando.

Samuel apredeu a usar os poderes dele sempre que precisar e já estava controlando o fogo e até mesmo atingindo temperaturas muito altas em seu modo mais over power digamos assim. Depois disso ele passa a maior parte do tempo procurando onde está batendo mais sol nos dias em que tem para ficar recebendo radiação solar. Danilo já está dominando cem porcento dos seus poderes e ele consegue até mesmo invocar raios do céu e fazer chover ou até mesmo causar um terremoto. Mas eu apesar de estar indo bem ainda tenho medo de saber a extenção desses poderes. Vindo lembras enquanto treinava sozinho eu quase destruí uma montanha inteira após perder o controle. Claro que não falei nada para os meninos.

Samuel - que foi que você está pra baixo ?

Bernardo - nada, só estou lembrando de algumas coisas. Rapha ia amar ter esse poderes com a gente.

Samuel - será que o Augusto também testou o soro nele ?

Bernardo - não sei.

Samuel - você ainda acha que ele possa estar vivo né ?

Bernardo - eu sinto. Mas cada dia que passa sem o achar eu fico pensando que talvez ele tenha ido mesmo.

Samuel - não fica assim, a gente vai conseguir pegar o Augusto e ele vai pagar.

Bernardo - você é o melhor irmão do mundo.

Samuel - eu sei (risos)

O interfone toca e eu permito a entrada do Matheo que pelo tempo que havia sumido eu achei que tinha morrido. Eu abro a porta principal e a primeira coisa que ele faz é me olhar de cima em baixo.

Matheo - que isso hein.

Bernardo - academia.

Matheo - caramba você tá fortão parece que está malhando a anos. E tem dias que eu não te veio.

Bernardo - eu... tomei... bomba.

Matheo - isso faz mal !

Bernardo - fala porque veio.

Matheo - nada, só vim fazer uma visita. Tá tudo bem ? eu soube que o Raphael caiu da cachoeira.

Bernardo - é. Ele, caiu. Foi horrível.

Matheo - eu sinto muito.

Bernardo - tudo bem.

Matheo - se quiser sair qualquer dia pra conversar tamos ae.

Bernardo - tá bem. E o cara do bar ?

Matheo - eu fiquei com ele só aquele dia. Ele me deixou meio sem poder sentar direito (risos)

Bernardo - eita (risos)

Matheo - mas eu saio todo dia e tô conseguindo pegar um pessoal

Bernardo - pessoal ?

Matheo - é, tem umas festinhas muito legais que rolam na fábrica abandonada.

Bernardo - ai que nojo Matheo. Para uma pessoa que até o mês passado não beijava você tá bem saidinho.

Matheo - vou indo. Eu tenho uma para ir hoje falando nisso.

Bernardo - boa sorte.

Matheo - não preciso (risos)

Eu fico morrendo de nojo dessa história. Tem quem goste disso mas eu odeio.

Matheo vai embora e eu fico tranquilo de pelo menos um dos meus inimigos ter ficado mais gentil comigo. Eu fico na sala durante quase uma hora pensando no Rapha. Assim que eu me levanto para sair eu sou atingido por alguma coisa que destrói toda a sala da minha casa. Eu levanto em meio aos escombros e quando eu olho para o lado de fora o Augusto está parado com seus homens super dotados.

Augusto - eu vim aqui dizer oi.

Bernardo - eu vou acabar com você.

Ele lança outro raio mas eu defendo com meus escudo de energia e ele fica olhando espantado. Samuel e Danilo vem correndo e param do meu lado. Até meu pai aparece.

Bernardo - pai, vai pra longe !

Os capangas dele vem em nossa direção e os meninos vão em cima deles. Eu vou na direção do Augusto e ele começa a me atacar com seus poderes mas eu defendo todos eles. Ele consegue me derrubar mas eu me levanto e lanço meus poderes nele que também cai e alguns dos homens que estão com ele vem em minha direção mas eu os derrubo facilmente. Samuel e Danilo conseguem acabar com parte dos homens e eu ataco direto o Augusto. Eu vou para cima dele e nós trocamos socos e rajadas de energia. Em um momento ele consegue me segurar.

Augusto - seu eu te jogar daqui de cima, será que você voa ou cai como seu namoradinho ?

Eu dei uma cabeçada na cara dele e depois uma sequência de socos. Ele me golpeia com a mão e eu vou para perto dos meninos que já deram conta de todos os capangas.

Samuel - eram só esse que você tinha ?

Augusto - me parece que andaram descobrindo seus poderes.

Bernardo - acho melhor sair daqui se não quiser saber o que cada um de nós faz.

Augusto - deviam agredecer a mim !

Samuel - olha aqui o seu agradecimento !

Samuel cria um imensa bola de fogo que deixa o Augusto muito furioso. Danilo abre um buraco no chão que faz as pernas dele ficarem presas e eu o ataco. Ele consegue se soltar e lançar um raio tão forte que derruba nós três juntos. Depois disso ele foge. Nós nos levantamos.

Samuel - covarde !

Bernardo - vocês estão bem ?

Danilo - sim.

Samuel - vamos atrás dele.

Bernardo - nem sabemos onde ele está.

Samuel - ah jura ? eu tenho uma ótima sugestão. Bernardo a gente já viu o que a gente pode fazer com ele.

Entramos no meu carro e saímos em direção ao laboratório. Só que fomos por um lado diferente. Nós paramos o carro e fomos andando até o rio para o pegar de surpresa. Nós chegamos na margem e ele estava do outro lado com mais homens. Ele lançou pode em nós mas o Danilo levantou uma massa de água do rio que formou um escudo. Depois ele coloca toda a água para um lado só e nós corremos em meio as pedras. O Augusto lança rajadas de energia e tenta nós atingir mas eu e Samuel nos defendemos. Os capangas dele vem em minha direção e o Danilo lança pedras do rio com uma das mãos enquanto segura a agua com a outra. Nós chegamos do outro lado e o Augusto não para de atacar. Samuel vai em cima dele enquanto eu e Danilo ficamos lutando contra muitos dos homens. Ele vem em vários e conseguem me segurar, eu fico me debatendo mas todos ele me seguram. É então que meu corpo emite uma quantidade enorme de energia e eu acabo os matando. Eu fico parado olhando tudo aquilo e me vem uma sensação muito ruim. Era isso que eu não queria sentir. Augusto me vendo daquele jeito após jogar o Samuel desacordado no chão vem em minha direção com uma expressão de ódio e com energia nos olhos e nas mãos prontos para me atacar.

Danilo - BERNARDO REAGE !!!

Eu olho para o Danilo e ele está tentando derrubar os homens e com a outra mão ele tenta parar o Augusto criando alguns galhos que o prendem mas que facilmente ele rompe.

Danilo - BERNARDO !!!

Augusto me pega pelo pescoço e me levanta até a altura dos seu rosto. Danilo vem correndo na direção dele mas ele o afasta com seu poder e Danilo cai desacordado.

Augusto - você não achou que eu ia o deixar me vencer achou ?

Ele sorri e me olha enquanto eu busco o ar para respirar.

Augusto - pobre criança vai ter o mesmo fim de sua mãe !

Ele me levanta e me joga nas pedras do rio. Eu tento me levantar mas logo sofro inúmeros golpes e rajadas de energia que me deixam na beira da queda d'água. Eu tento me levantar novamente e ele me segura pela cabeça.

Augusto - adeus Bernardo.

Ele energiza a mão e me dá um soco que me joga longe e eu caio na cachoeira, depois disso eu apaguei.

Eu abro os olhos em alguns flashes e estou no leito do rio mas não sei onde. Depois em outro flash eu vejo uma mulher se aproximando mas não a reconheço.

Eu acordo definitivamente e estou deitado em uma cama, eu olho em volta e pareço estar em uma cabana. Ainda estranhando tudo eu tento me levantar mas uma mulher surge na porta.

Bernardo - mãe ?

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FIM

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