1X09 O Verdadeiro Augusto Genom

Conto de Gojimmy como (Seguir)

Parte da série Os Segredos de Mountainville

Eu queria sair correndo e ir atrás dele para salvar o Raphael mas meu pai não permitiu de nenhuma forma. Eu já estou impaciente pois cada segundo que passa esse infeliz pode fazer algo de ruim com ele.

Márcio - vamos esperar a polícia agir.

Bernardo - isso significa deixar o Raphael morrer nas mãos daquele maníaco.

Márcio - fica calmo.

Bernardo - calmo ? pai, enquanto nós estamos aqui conversando ele pode estar fazendo com o Raphael as mesmas coisas que ele fez com a minha mãe.

Eu fico olhando direto nos olhos do meu pai e o Samuel vem até nós e me abraça. Eu começo a chorar.

Samuel - a polícia vai dar um jeito nisso.

Márcio - o que mais me preocupa é que nossa cidade é pequena e não tem muito efetivo policial.

Samuel - você tem contato com as polícias das cidades vizinhas ?

Márcio - só de alguns amigos antigos.

Samuel - qualquer um é bem vindo.

Márcio - eu vou ligar.

Bernardo - é muito ruim ficar impotente assim. Ao menos se o Augusto quisesse dinheiro.

Danilo - isso pode até acontecer mas seria muito fácil pra ele pedir dinheiro. Meu pai gosta de poder, demostrar poder.

Samuel - poder ?

Danilo - sim, foi o que eu disse.

Samuel - me ocorreu uma coisinha aqui. Você acha que seu pai pode usar o projeto dele para ganhar poderes, poderes..

Danilo - tipo superman ?

Danilo e eu olhamos para ele com uma cara de confusão. Não estávamos entendo nada.

Samuel - um super humano talvez.

Danilo - isso é bem fantasioso Samuel.

Samuel - pensa bem... o projeto consiste a aumentar a resistência humana à patologias, independentemente da força certo ?

Danilo - sim.

Samuel - se ele aumentar os graus de resistência, talvez concentrando os agentes causadores ele poderia dar uma, digamos, tunada nesse projeto.

Bernardo - nossa, eu acabei de sacar que eu sou o irmão burro.

Danilo - mas eu não consigo entender qual agente ele usou para criar esse projeto.

Meu pai volta para sala com várias pastas na mão e joga na mesa.

Márcio - abril de 1992. Um meteorito pequeno caiu ao sul de Mountainville, naquelas montanhas depois do vale. Ficou em segredo e eu só sei disso porque eu sou da policia ou era. Aconteceu que o prefeito deu esse achado para o Augusto que sumiu com a pedrinha logo depois disso.

Ficamos os três olhando para a cara dele.

Márcio - que foi ? eu ouvi vocês conversando e lembrei disso.

Danilo - agora estamos falando de alienígenas ?

Márcio - é só uma pedra do espaço. Uma pedra com uma radiação interessante que pode ter a ver com esse tal projeto do qual vocês falam.

Bernardo - como vamos provar isso pra polícia ?

Danilo - ninguém vai acreditar.

Samuel - mas é fato que o Augusto está fazendo algo muito perigoso.

Bernardo - eu pensei em coisas nucleares como bombas, armas... Isso pode dar um grana no mercado negro.

Márcio - seja o que for nós vamos ficar longe.

Bernardo - mas enquanto isso o Raphael está lá e pode estar sendo cobaia do médico louco.

Eu recebi uma mensagem no meu telefone e foi ver.

" Eu estou esperando você no meu humilde laboratório. Não vai vir buscar o seu amigo ? Acho que agora você já sabe quem é, e você só vai ver ele de novo se vier aqui com o Danilo e seu irmão. Ah, e com cinquenta milhões de dólares. "

Bernardo - ele não quer dinheiro né ?

Danilo - deixa eu ler.

Márcio - o que ele falou ?

Bernardo - ele quer que nós três vamos até lá com cinquenta milhões de dólares.

Samuel - não tem como pegar essa grana assim.

Bernardo - eu tenho que dar um jeito.

Márcio - você sabe que ele pode fazer mal ao Raphael mesmo se você pagar. E essa quantidade de dinheiro é inviável para ser entregue assim, fisicamente.

Danilo - seu pai tá certo.

Bernardo - mesmo assim ele me quer lá então eu vou.

Márcio - e vai fazer o que ?

Bernardo - eu não sei mas tenho que tentar salvar o Raphael.

Samuel - então vamos os três.

Márcio - os quatro. Eu também vou.

Nós entramos no meu carro e saímos de casa, todos visivelmente nervosos. Paramos no fim da estrada e alguns carros da policia local estavam lá.

Márcio - tenho certeza que eles cercaram o laboratório e não vão deixar a gente nem chegar perto.

Bernardo - vamos ver isso quando chegarmos lá.

Fomos andando e no meio do caminho achamos armas jogadas no chão.

Márcio - são armas dos policiais.

Samuel - vamos pegar...

Márcio - não, vamos deixar no lugar. Eu estou armado e sou o único que sei usar então sossega.

Bernardo - vamos andando.

Assim que chegamos perto do laboratório haviam uns três caras parados na porta. Mas eles não estavam normais. Eles estavam maiores e com uma expressão raivosa. Eu fique gelado quando eles olharam para gente e vieram na nossa direção. Meu pai sacou a arma e deu voz de parada mas eles continuaram andando. Foi aí que ele deu tiros neles mas as balas parecem nem ter feito cócegas. Assim que íamos correr um deles veio na nossa direção rápido de uma forma inumana. Ele pegou o braço do meu pai que soltou a arma e depois o lançou para longe, ele bateu em uma árvore e caiu no meio do mato. Ficamos paralisados de medo e eles nos pegaram, fiquei me debatendo mas fui apagado.

Acordei muito confuso e com dor na cabeça, eu estava em uma maca amarrado e em pé. Danilo e Samuel estavam ao meu lado desacordados. Eu percebi que estamos dentro de um laboratório e o Raphael estava amarrado em uma cadeira.

Augusto - que coisa feia Bernardo... Vir aqui, morder a minha isca e ainda sem o dinheiro ?

Augusto estava de costas porém assim como os caras que nos pegaram ele estava maior e com músculos. Ele foi se virando e falando devagar.

Bernardo - nossa o que você virou... ?

Augusto - há anos que minha família tenta achar a fórmula para viver para sempre sem sentir os efeitos do tempo ou das doenças. Eu somente aprimorei um pouco graças a essa pedrinha radioativa.

Bernardo - você é doente.

Augusto - não, eu sou um gênio. Criei esse soro capaz de dar habilidades tão sonhadas pelos seres humanos.

Ele segura uma seringa com um líquido vermelho dentro.

Augusto - uma dose pequena e se fica como meus soldados que você conheceu. Uma dose grande dá poderes inimagináveis. Somente precisam de um raiozinho dessa máquina para serem desbloqueados nas células. Em em mim...

Ele fala olhando para a mão que começa a criar feixes de luz vermelha e os olhos dele ficam da mesma cor.

Augusto - o verdadeiro poder

Bernardo - você já tem esse poder então solta a gente.

Augusto - eu estou impressionado com vocês. Eu injetei meu soro e vocês resitiram a todas as doses.

Eu olho pro meu braço assutado.

Augusto - ah mas não pense que eu seria louco de desbloquear as habilidades de vocês. Eu vou os matar mesmo.

Alguém vem por trás dele e acerta um ferro que se quebra porém ele nem se move.

Bernardo - RAPHAEL !

Augusto - eu devia ter te matado.

Raphael sai correndo pela porta e o Augusto vai atrás dele. Eu começo a me mexer e tentar me soltar. Consigo puxar umas das minhas mãos que se solta e assim consigo me soltar da maca. Eu tento acordar e soltar os meninos e eles acordam.

Samuel - onde a gente tá ?

Bernardo - no laboratório eu vou soltar vocês.

Danilo - nossa que dor.

Bernardo - a gente tem que sair daqui antes que o Augusto volte.

Samuel - onde aquele desgraçado foi ?

Bernardo - não vai querer encontrar com ele, você estava certo.

Danilo - como assim ?

Expliquei a eles tudo que aconteceu e eles ficaram sem acreditar.

Samuel - estamos com isso nós nossos corpos ?

Bernardo - sim, vamos antes que ele volte.

Samuel - se essa máquina desbloqueia as habilidades temos que destruir ela.

Danilo - vamos rápido Samuel.

Ele vão até os circuitos da máquina e começam a remexer tudo. Eu fico olhando para ver se tem movimento no corredor. Um dos caras vem andando e eu entro na sala no susto.

Bernardo - temos compania.

Ele entra na sala e eu não penso. Pego uma barra de ferro no chão e corro em direção a ele que me lança longe com um tapa, eu bato na parede e caio. O Danilo pula nas costas dele e fica tentando o impedir de atrapalhar o Samuel. Eu me levanto e agarro a perna no cara que ficar com nós dois em cima como parasitas. Ele não consegue tirar a gente de primeira.

Samuel - gente eu consegui vamos sair que isso aqui vai explodir !

Danilo - agora estamos um pouco ocupados !

Samuel tenta ajudar mas o cara me joga com perna em cima dele e nós caímos. Ele pega o Danilo com a maior facilidade das costas e o joga em cima da gente. Ele vem andando em nossa direção mas assim que a máquina entra em estado crítico ele a olha e pula antes da explosão. Nós não tivemos tempo de correr e ficamos no meio dos raios que ela emitiu. Depois da explosão nós caímos no chão. Eu levantei e o laboratório estava todo destruído por dentro.

Bernardo - gente, gente acorda. Vamos sair daqui.

Eu ouço um grito de socorro e olho pela janela. Depois o grito se repete e eu vou correndo em direção ao primeiro andar e depois ao lado de fora. Eu vou para perto do rio e continuo procurando. Assim que eu chego na beira da queda d'água eu vejo o Augusto segurando o Raphael pelas mãos pronto para o jogar.

Bernardo - solta ele agora !

Augusto - como você se soltou seu ratinho ?

Bernardo - você me subestima Augusto.

Ele me olha e parece me analisar. Quando eu percebo estou com o meu corpo bem diferente, estou com mais músculos. Não mudei de tamanho mas estou me sentindo infinitamente mais forte.

Bernardo - esse seu invento é bem legal.

Augusto - seu miserável.

Ele joga o Raphael em cima de uma pedra e vem em minha direção. Eu não sei muito o que fazer mas vou na direção dele. Ele aponta a mão e joga um raio de energia em mim que me joga longe. Eu levanto e nem tive nenhum arranhão. Eu corro até ele e começamos uma luta de igual para igual. Eu nunca soube lutar mais fico impressionado com minha velocidade e força. Eu consigo acertar alguns socos nele mas apanho a maior parte do tempo. Vou defendendo alguns golpes e ele não para de usar os raios em mim. Em um momento eu vou até ele e ele me joga no meio da floresta com um raio. Eu levanto e vejo ele indo em direção ao Raphael que está desacordado. Eu olho para as árvores e tenho uma ideia. Eu arranco uma delas e dou um grande salto em direção ao Augusto que assim que me vê chuta o Raphael de cima da pedra, ele cai na queda d'água e eu acerto ele com a arvore ao mesmo tempo. Ele também cai na queda d'água. Eu fico olhando procurando o Raphael.

Bernardo - não, não não...

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