1X03 Nascimento de uma Amizade

Conto de Gojimmy como (Seguir)

Parte da série O Quinto Reino

● Narrado por Gael

Eu peguei a mão dele e levantei limpando minha roupa.

Gael - obrigado.

Theodoro - deve-se olhar aos dois lados antes de atravessar.

Gael - é, eu sei mas eu estava distraído.

Theodoro - você está bem ? Qual o seu nome ?

Gael - tô, é Gael e o seu ?

Theodoro - me chamo Theod.... Théo.

Gael - prazer Théo e obrigado de novo.

Theodoro - por nada Gael.

Eu olhei pra ele e esse garoto me parece muito familiar mas eu nunca vi alguém tão lindo assim de perto e fiquei muito sem jeito de uma maneira que nem me reconheci. Eu evitei olhar tanto nos olhos dele mas acho que ele já havia percebido meu desconserto.

Gael - eu tenho que ir.

Theodoro - você por acaso sabe onde posso conseguir roupas mais adequadas ao clima daqui ?

Gael - não é daqui né ?

Theodoro - (risos) não.

Gael - é... acho que ninguém anda no Rio de Janeiro vestido de moletom. Tem um shopping no fim dessa rua.

Theodoro - pode me mostrar onde fica ?

Gael - sim, vamos.

Eu fui conversando com ele pela rua e a sensação de que o conheço vai ficando cada vez maior. Ele faz muitas perguntas sobre mim mas quando fala sobre ele não se aprofunda muito.

Gael - é aqui.

Theodoro - vamos entrar ?

Gael - já te mostrei onde é.

Theodoro - você poderia me ajudar a escolher algumas roupas.

Gael - mas a gente não se conhece, como vou ajudar você assim. Não tem medo ?

Theodoro - não, você tem ?

Gael - você pode ser um serial killer

Theodoro - se fosse lhe fazer mau eu não teria o salvado.

Gael - é, faz sentido.

Theodoro - eu preciso de sua ajuda.

Gael - ok.

Theodoro - depois podemos almoçar juntos. Shoppings tem restaurantes, não ?

Gael - é... sim..

Que garoto estranho... parece nunca ter entrado em um shopping. Ele ficou deslumbrado com tudo, nas lojas e principalmente na praça de alimentação. Eu nunca vi alguém comer tanto.

Gael - você já está no terceiro hambúrguer !

Theodoro - isso é maravilhoso !

Gael - você nunca comeu hambúrguer ?

Theodoro - é... eu ? sim, é... talvez.

Eu achei muito estranho mas deixei pra lá. Passamos o dia inteiro conversando e inevitavelmente nos conhecendo. Eu contei para ele tudo que passei nos últimos dias. Estranho mas eu estava me abrindo com uma pessoa que havia acabado de conhecer.

Gael - ...e faz alguns dias que perdi meu pai.

Theodoro - eu sinto muito Gael.

Gael - não, tudo bem. Eu sou a resiliência em pessoa.

Theodoro - isso é admirável. Eu não tenho uma relação boa com meu pai desde que minha mãe faleceu.

Gael - cara, não sei o que aconteceu com vocês mas... não deixa nada atrapalhar seu relacionamento com seu pai. Depois que ele for embora você vai se sentir culpado.

Theodoro - acho que você tem muita razão no que diz.

Gael - eu tinha uma ótima relação com o meu mas sinto que podia ser melhor, sabe ? Então se você tem algum problema, resolva e seja feliz com ele. Evite qualquer briga e essas coisas.

Theodoro - irei fazer isso.

Gael - que bom.

Continuamos conversando e antes de ir embora contei para a Bela por mensagem tudo que aconteceu e no fim da tarde eu o levei na lanchonete. Assim que cheguei Isabela ficou olhando para ele.

Gael - essa é minha amiga, Isabela. Bela esse é o Théo.

Isabela - mas é um gato !

Theodoro - obrigado (risos)

Ela me puxou para um pouco afastado.

Isabela - de onde ele é ?

Gael - deve ser do sul.

Isabela - ele é gay ? vai ficar com ele ?

Gael - calma garota.

Voltamos para perto dele e Isabela agiu normalmente.

A tv voltou a falar sobre o príncipe que havia sumido.

Gael - ainda não acharam ?

Isabela - eles estão falando o dia todo nisso. Estão achando que alguém sequestrou ele.

Theodoro - sequestro ?

Isabela - é... ele sumiu do nada.

Théo ficou incomodado com alguma coisa e se levantou da cadeira.

Theodoro - acho que está na hora de ir.

Gael - eu vou esperar a Bela pra irmos pra casa.

Theodoro - foi um imenso prazer conhecê-lo Gael.

Gael - digo o mesmo Théo.

Ele me surpreende com um abraço apertado.

Theodoro - pode me mostrar mais da cidade amanhã ?

Gael - creio que sim.

Theodoro - te encontro aqui amanhã cedo.

Gael - ok.

Theodoro - até.

Ele entrou num táxi e depois que voltei para mais próximo da loja a Isabela ficou me zuando.

Isabela - mas que abraço foi esse ?

Gael - não sei... mas foi...

Isabela - ...foi... ?

Gael - muito bom.

Isabela - amigo, tá apaixonado ?

Gael - claro que não garota. Vamos pra casa logo, anda.

Nós fomos para casa e ela não parou de zoar. Eu confesso que o Théo mexeu comigo de alguma forma.

Gael - você acredita nessas coisas ? de se apaixonar assim de cara ?

Isabela - claro que sim ! Ele salva você e depois vocês passam o dia juntos e amanhã vão passar outro dia juntos.

Gael - mas eu nem sei se ele é gay.

Isabela - acho que isso não importa. No mínimo você ganhou um baita de um amigo. Cai dentro amigo mas cai com calma.

Gael - como é ? Cai dentro mas cai com calma ? Por que eu nunca entendo o que você diz ?

Ela ri. No outro dia eu fui para a lanchonete com a Bela e assim que chegamos lá o Théo já estava lá me esperando.

Theodoro - bom dia.

Gael - bom dia.

Theodoro - onde vamos ?

Gael - vamos dar uma volta no centro, ver alguns museus e depois algumas praias por aqui, parques...

Isabela - leva ele no mirante na hora do por do sol.

Gael - é verdade.

Theodoro - vamos ?

Gael - vamos.

Fomos em alguns museus muito legais e o Theo sempre me fazendo rir e também mostrando um conhecimento muito grande sobre arte que eu achei bem interessante. Depois de dar uma volta no cais nós pegamos um táxi e fomos andar na orla. Théo sempre me tratando muito bem e sempre querendo saber mais sobre mim e eu estou cada minuto gostando mais dele.

Gael - você fala muito pouco de você.

Theodoro - eu tenho que na verdade te contar uma coisa antes de falar sobre mim.

Gael - o que ?

Theodoro - é que eu...

Gael - o sinal fechou !! corre, vamos atravessar logo !!

Eu o interrompi e saímos correndo para atravessar a avenida.

Depois da praia fomos andar no jardim botânico.

Gael - esse jardim foi feito pela família real do Brasil. É bem antigo mas continua lindo.

Theodoro - é muito bonito mesmo. Eu me apaixonei por essa cidade.

Gael - é realmente apaixonante.

Estávamos lado a lado e sem querer nossas mãos acabaram se encostando e ficamos nos olhando mas o medo me dominou e eu acabei com o clima

Gael - hora de ir para o mirante, vamos chegar lá na hora do por do sol.

Subimos para o mirante onde da para ver uma parte da zona sul da cidade e estava bem na hora daquele por do sol lindo, com a luz laranja batendo no rosto de Théo ele ficou mais lindo que de costume. Ele fecha os olhos e sorri. O sorriso dele é com certeza o mais lindo que já vi e quando ele abre os olhos percebe que estou o olhando e sorri mais ainda.

Theodoro - me observando ?

Gael - é que você é muito lindo.

(Meu deus o que que meu deu, eu falei que ele é lindo. Tá ficando maluco Gael ???)

Theodoro - pois olha quem está falando... Você que é muito lindo.

Théo coloca a mão em cima da minha que estava no parapeito do mirante e se inclina. Eu também me inclino mas antes que pudéssemos nos beijar chegam algumas pessoas e nos afastamos. Ficamos rindo.

Theodoro - olha Gael... eu realmente preciso me abrir com você e te contar a verdade.

Gael - pode falar.

Theodoro - o que eu vou te dizer não é fácil mas preciso que você esteja disposto a entender.

Gael - tudo bem. Tá começando a me assutar (risos)

Theodoro - é que eu não sou....

Gael - pera aí... meu telefone.

Eu atendo o telefone e é a Isabela. Depois que desligo eu fico meio perplexo.

Gael - era Isabela falando que nós temos que voltar urgentemente para a lanchonete. Ela parecia nervosa.

Theodoro - vamos chamar um táxi.

Pegamos um táxi e voltamos para a lanchonete mas descemos na esquina pois a rua estava fechada. Fomos andando e antes de chegar eu percebi que haviam alguns carros pretos parados na frente da lanchonete e vários homens enormes que mais pareciam armários estavam pela rua toda. Também havia uma mulher vestida muito bem e assim que a viu Théo parou e segurou meu braço.

Helena - Alteza ?

Gael - ela está falando com você ?

Theodoro - eu tenho que conversar com você.

Helena - Alteza, nós temos que ir imediatamente. O Rei o está esperando.

Theodoro - eu prometo que vou lhe explicar tudo.

Ele beija minhas mãos e depois vai em direção a mulher e eles entram em um dos carros. Em segundos todos eles saem da rua. Eu fico parado sem entender nada e Isabela vem andando na minha direção e me abraça.

Isabela - a gente tem que conversar muito sério.

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Narrado por Theodoro.

Fui levado por Helena até o que ela me disse ser o hotel palace. Eu e ela entramos por um portão nos fundos pois a frente do hotel já estava tomada por jornalistas da mídia. Entramos no quarto presidencial e Helena fica me olhando seriamente.

Helena - não preciso dizer que seu pai está furioso.

Theodoro - cheguei imaginar que ele estaria aqui, mas eu sou um bobo mesmo.

Helena - fez isso para chamar atenção dele ?

Theodoro - não, eu queria me divertir sozinho.

Helena - fugindo ? falsificando documentos ? destruindo sua imagem para andar em um país desconhecido sem nenhuma segurança ?

Theodoro - como me acharam aqui ?

Helena - realmente achou que poderia sair do país sem ninguém saber ?

Theodoro - o Gustav...

Helena -... seu amigo escondeu tudo mas seu pai descobriu mesmo assim.

Theodoro - meu pai mandou prender ele ?

Helena - sim.

Theodoro - eu prometi a ele que isso não aconteceria.

Helena - uma promessa que você não poderia cumprir. O que está acontecendo com você Theodoro ?

Helena se aproxima e acarinha meu rosto.

Helena - nós vamos voltar para Halmória amanhã.

Theodoro - eu preciso falar com o Gael.

Helena - não posso permitir que fale com ninguém, seu pai foi bem claro.

Theodoro - eu vou sim ! não vou sair daqui sem dar uma explicação a ele !

Helena - nós conversamos amanhã sobre isso. Vou chamar alguém para consertar seu cabelo e trarei suas roupas.

Depois da cor do meu cabelo ter voltado e o corte ter ficado não como era mais melhor que estava eu me vesti e vi o príncipe Theodoro de volta. Não quis jantar e fiquei a noite toda na cama. No outro dia eu acordei sem que Helena precisasse fazer isso.

Helena - já acordado ? bom dia.

Theodoro - bom dia Helena.

Helena - agora sim estou o vendo como você é.

Theodoro - minha aparência não define quem eu sou Helena.

Helena - sei que está chateado mas tem que entender que o que você fez foi inconsequente e o tratamento que seu pai te dará não será dos melhores.

Theodoro - eu sei disso.

Helena - está pronto ? temos que ir.

Theodoro - antes nós vamos voltar naquele lugar e vamos achar o Gael.

Helena - você gostou desse rapaz ?

Theodoro - sim.

Helena - sabe que isso pode trazer grandes problemas ?

Theodoro - eu sei, mas não vou ignorar meu coração.

Helena - então temos que ser rápidos.

Voltamos no lugar onde a amiga de Gael trabalha e ela me deu o endereço de sua casa onde Gael está. Após isso fomos para o endereço e depois que a segurança vasculhou e fechou a rua eu desci do carro e toquei a campainha. Gael abriu o portão e entramos sozinhos.

Gael - bem... então esse é você de verdade ?

Theodoro - sim Gael, mas eu posso explicar.

Gael - tá, explica então.

Theodoro - eu nunca conseguiria sair do meu país como príncipe por isso menti.

Gael - e aí inventou um nome, mentiu e enganou todo mundo a sua volta ?

Theodoro - me desculpa.

Gael - e eu achando que você era um cara legal que queria mesmo me conhecer mas era só um passatempo.

Theodoro - não, eu gosto de você... por favor acredita.

Gael - como ? você já começou mentindo. Mas o idiota sou eu que conheci você e dois dias depois eu já estava...

Theodoro - o que ?

Gael - olha vai embora, por favor.

Theodoro - Gael.

Gael - vai embora Théo... digo, Príncipe Theodoro.

Os nossos olhos estavam cheios de lágrimas e Gael estava segurando a porta para eu passar. Antes de sair tentei o acariciar mas ele virou seu rosto. Saí da casa e antes de entrar no carro vi Gael na janela da casa me observando.

Ao chegar em Halmória eu desci do carro e ia falar com meu pai mas parece que ele estava realmente chateado comigo.

Helena - Alteza. O Rei pediu que não fosse incomodado pelo senhor.

Theodoro - meu pai me proibiu de o ver ?

Helena - sim.

Theodoro - tudo bem.

Eu fui para minha residência e assim que entrei Samira e Bernardo me receberam.

Samira - meu amigo.

Bernardo - acho que devo te chamar de herói. Fez o que todos temos vontade de fazer.

Samira - mas ficamos preocupados, não é irmão ?

Bernardo - sim, claro.

Theodoro - é bom ver vocês.

Samira - você parece meio triste.

Theodoro - toda essa situação me deixou assim.

Bernardo - a mim parece que você deixou alguma menina apaixonada lá no Brasil. Foi isso, não foi ?

Samira - por favor Bernardo.

Theodoro - eu preciso descansar um pouco. Com licença.

Eu vou para o meu quarto e sento na cama com a cabeça baixa. Depois de alguns minutos Samira bate na porta e entra.

Samira - me desculpa pelo meu irmão.

Theodoro - ficaria chateado se não conhecesse ele (risos)

Samira - mas eu acho que o que ele falou não é totalmente errado, não é ?

Theodoro - me conhece no olhar.

Samira - sou sua amiga desde que tínhamos cinco anos de idade.

Theodoro - eu conheci uma pessoa...

Contei para Samira sobre meus dias com Gael e sobre o que senti assim que o conheci.

Theodoro - ...eu não sei explicar como, mas me apaixonei por ele assim que o vi na rua, mesmo sem o conhecer.

Samira - é uma linda história mas... onde ele está ?

Theodoro - no Brasil. Ele não gostou muito quando soube a verdade.

Samira - eu imagino mas... se vocês se gostam tanto por quê não mostrou isso para ele ?

Theodoro - eu não soube o que fazer.

Samira - mostre agora, vá atrás dele e conte tudo que sente mesmo que ele não queira ouvir.

Theodoro - acho que não vou poder sair daqui tão cedo. E fugir de novo não vai dar certo desta vez.

Samira - não precisa fugir. Vamos falar com seu pai.

Theodoro - ele proibiu minhas visitas.

Samira - isso não é problema para você. No caminho eu conto o que estou pensando.

Fomos para a residência do meu pai e ele estava jantando. Assim que eu entrei com Samira na sala de jantar ele parou e ficou nos olhando.

George - posso saber o que significa isso ?

Theodoro - eu preciso lhe pedir uma coisa pai.

George - estou decepcionado com você e se me lembro avisei que não queria o ver. Não está em posição de me pedir nada.

Theodoro - acontece que eu prometi a Samira que levaria ela para conhecer um belo museu que fica no Brasil e queria pedir permissão para isso.

George - você está brincando não é ? Acha mesmo que depois de tudo que fez vou deixar que volte no Brasil ? Ou que saia deste palácio para qualquer outra coisa ?!?!

Theodoro - mas eu prometi.

George - o que me importa sua promessa ?

Theodoro - o senhor dizia quando eu era pequeno que a palavra de um homem deve ser maior que tudo. Eu prometi para ela !

George - isso é verdade Samira ?

Samira - sim Majestade. Seria uma boa oportunidade para me aproximar de Theodoro.

Meu pai nos olha e parece pensar e também parece que acreditou.

George - vocês tem dois dias. Se não voltarem eu mando toda a guarda nacional atrás de vocês, você principalmente Theodoro.

Theodoro - obrigado pai.

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Narrado por Gael

Estávamos jantando e eu não proferia nenhuma palavra. Estou com raiva de mim e ao mesmo tempo triste por não ter mais a compania dele aqui. Mandei ele embora pela emoção do momento mas me arrependi logo depois.

Isabela - vai ficar com essa cara ?

Gael - como quer que eu fique ?

Isabela - se acha que dispensar ele foi certo por quê ficar triste ?

Gael - não foi certo... eu gosto dele.

Isabela - e por quê fez isso ?

Gael - ele é um príncipe Isabela !!! O que um cara como ele ia querer comigo ?

Isabela - e o que ele veio fazer aqui então ??? por que ele veio atrás de você ?

Gael - não sei.

Isabela - para de se menosprezar !!! Você é lindo, é um cara legal e fácil de amar, por isso até mesmo um príncipe se apaixonou por você.

Gael - e por que ele mentiu então ?

Isabela - você acreditaria se ele dissesse a verdade ? Ou melhor, você ficaria com ele sabendo de cara quem ele é ?

Gael - você tá certa.

Isabela - sim, porquê eu reconheço pessoas apaixonadas quando vejo.

Gael - tá, mas agora não tenho mais o que fazer, ele foi embora. Então vamos mudar de assunto.

Isabela - você quem sabe. A propósito, Seu Wagner demitiu o garoto que trabalhava lá e disse pra você ir comigo amanhã, ele disse que se o amigo do príncipe trabalhar na lanchonete dele de repente ele fica famoso.

Gael - que pilantra (risos)

No outro dia eu fui trabalhar com ela e acabei me adaptando muito bem com o serviço na lanchonete. Eu ajudo a Bela em praticamente tudo como estou fazendo agora. Eu limpando a prateleira que fica em baixo do balcão.

Gael - parece que tem anos que ninguém limpa aqui.

Isabela - olha só... eu limpo isso toda semana, ok ?

Gael - tá, sei. Me da aquele pano ali.... Bela, o pano.

Ela estava parada olhando em direção a rua.

Gael - Isabela, tá surda ?!

Mesmo puxando sua calça ela não me olhou e continuou apontando para o lado de fora então eu levantei e fui ver o que era.

Gael - tô falando com você garot....

Eu vi o por quê ela estava sem fala.

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