2X14 Não me Julgue
Parte da série A vida de John.
Bruno estava parado na porta da minha sala olhando com ódio pra eu e o Douglas, o que passava pela minha cabeça é que eu não ia conseguir explicar o que ele estava vendo e porque eu não reagi. Ele parece respirar fundo e fica segurando a porta aberta
Bruno - Douglas sai daqui.
Douglas - sim senhor.
Ele pega as folhas e sai de cabeça baixa.
Bruno - o que aconteceu aqui ?
John - Bruno, eu não sei.
Bruno - como assim não sabe ? você é louco ?
John - ele entrou aqui e ficou me chamou pra sair, e quando ele começou a me incomodar eu ia por ele pra fora mas ele me agarrou e me beijou.
Bruno - e por que você não enfiou a mão nele ?
John - eu não consegui, não tive reação
Bruno - VOCÊ GOSTOU ??
John - NÃO ! claro que não Bruno !
Bruno - então o que foi hein ??!? eu entro na sua sala e te encontro agarrado com seu secretário, me explica o que foi isso então !!!
John - eu já te expliquei o que aconteceu.
Bruno - eu não sou suficiente pra você ? é isso !!??
John - por que você está dizendo isso ?
Bruno - quanto tempo você está me traindo ?
John - o que ?!?! para de falar bobagem ! amor, acredita em mim !!!
Bruno - eu vi John !!!
John - então você sabe que eu não tive culpa.
Bruno - você não queira demitir ele, você ficou defendendo ele. Era pra isso ?
John - me ouve, e se ouve também, você está dizendo besteiras.
Bruno - eu vou embora.
John - amor, por favor.
Bruno - depois a gente conversa.
John - Bruno !
Ele para e fica olhando pra mim com uma cara triste, eu fico quieto e penso que talvez seja melhor dar um tempo pra ele. Eu fico tão irritado com que aconteceu que eu tenho um acesso de ira e viro minha mesa quebrando meu computador derrubando documentos e arrebentando alguns fios. Eu saio da sala e quando eu me deparo com o Douglas na mesa dele eu vou até ele e o pego pelo pescoço e começo a apertar. Não tinha nenhum funcionário naquele andar pra salvar ele de mim.
John - eu avisei a você, agora eu vou te matar.
Victor que estava chegando corre e me segura, ainda bem que ele chegou pois eu ia realmente enforcar o Douglas até não querer mais. Assim que o Victor o solta de mim ele corre.
Victor - ei, o que aconteceu ? Bruno saiu, não querendo falar nada e você tentando matar seu funcionário... hoje é o dia da esquisitice ?
John - esse desgraçado me agarrou e me beijou, o Bruno viu e você já pode imaginar o resto.
Victor - imagino, mas você matar ele só vai trazer mais problemas.
John - eu sei.
Victor - eu vou pedir para demitir o rapaz, é melhor assim. e pelo que eu estou vendo na sua sala vou ter que pedir mais coisas.
John - foi um acidente. Eu vou pra casa.
Victor - você tá podendo dirigir ?
John - eu consigo.
Victor - é melhor não, eu vim de táxi, vou te levar e depois eu volto.
Victor me deixa em frente ao portão e volta para empresa com meu carro, eu entro e dou de cara com a Jenny.
Jenny - que cara é essa ?
John - você nem vai querer saber...
Jenny - de repente eu posso fazer alguma coisa.
Contei pra Jenny o que aconteceu e ela ficou bem surpresa com o que eu fiz.
Jenny - eu tenho certeza que você ficou sem reação pela surpresa e não porque você queria beijar ele.
John - é... mas como eu faço pro Bruno acreditar nisso ?
Jenny - a reação dele foi provavelmente pelo susto de ver tudo mas ele vai acreditar em você, ele te ama.
John - já sei o que eu vou fazer
Jenny - espera um pouco e liga pra ele.
John - não vou ligar, eu vou atrás dele. Esperei tanto pelo Bruno, não vou deixar meu namoro acabar por causa disso.
Jenny - é assim que se fala.
John - vou no apartamento dele, ele deve estar lá.
Eu cheguei no prédio e passei direto pela portaria pois o segurança já me conhecia e subi até a cobertura onde ficava a casa do Bruno. Eu toquei a campainha e ele abriu a porta e quando me vê vira de costas e sai andando, eu entro e fecho a porta.
John - oi, vamos conversar por favor.
Bruno - não quero falar com você.
John - você tem que falar pelo bem do nosso relacionamento
Bruno - que relacionamento ? você me traiu !
John - não ! ele me agarrou Bruno !
Bruno - e por que você não bateu nele ? você ficou defendendo ele desde o início, eu estava certo !
John - sim você estava, eu achei que podia deixar ele, dar um voto de confiança que não ia acontecer nada mas eu errei ! me desculpa amor !
Bruno - por que John ?...
John - Bruno ! para e me ouve ta bom !! você parece que não se importa com o que eu sinto, parece que não acredita em mim !!
Bruno - eu tô magoado !
John - e você acha que eu estou como ? aquele palhaço me agarra e meu namorado, meu melhor amigo não quer acreditar que eu não deixei, eu não quis !!!
Bruno - eu...
John - DEIXA DE SER EGOÍSTA !! PENSA UM POUCO EM MIM, SE IMPORTE MAIS COMIGO E COM O QUE EU TÔ SENTINDO BRUNO !!!
Bruno - EU ME IMPORTO COM VOCÊ, QUERIA FICAR COM VOCÊ MAS VOCÊ NÃO ME MERECE JOHN !!!
Após os gritos, eu fico parado olhando para ele e ele está com uma cara assustada, com os olhos cheios de lágrimas. (Johnata, não bata com a cabeça dele na parede. Respira fundo e 1,2,3...)
Eu conto até dez em pensamento e penso que: (estamos de cabeça quente, ele não quis dizer isso e é melhor eu ir embora)
John - nunca mais grita comigo.
Eu viro de costas e ele vem atrás de mim, com certeza está arrependido do que disse.
Bruno - amor, me desculpa, eu estava com a cabeça quente, eu não quis dizer isso...
John - ...mas disse ! e isso magoa.
Bruno - é claro que você me merece, eu errei desculpa.
John - a gente conversa amanhã, quando nós dois estivermos mais calmos.
Eu viro e antes de sair ele segura minha mão, mas eu não viro o rosto, estou quase chorando.
Bruno - amor ? eu amo você, me perdoa.
Eu puxo o braço e saio, vou pra casa e entro no meu quarto bato a porta e me jogo na cama, estou com tanta raiva que não consigo chorar nem fazer nada. Alguém entra e senta ao meu lado, eu percebo que é minha mãe.
John - oi.
Sarah - eu acabei de saber que vamos ter que contratar um funcionário novo e consertar toda sua sala.
John - o Victor falou é ?
Sarah - todos já sabem o que aconteceu, mas eu como sua mae quero saber de você.
Eu conto tudo pra ela, e eu percebi o quão bobo foi tudo isso.
John - .... e é isso.
Sarah - filho, acho que você e o Bruno devem desculpas um para o outro. Vocês se amam, não é por isso que vai acabar todo esse amor né ?
John - é, você tem razão.
Sarah - claro que eu tenho, eu sou uma mãe rapaz !
John - convencida.
Ela me abraça e me dá um beijo e depois sai. Eu pego no sono e quando eu acordo já era de noite, eu levanto a cabeça e olho em direção a uma poltrona que eu tenho e o Bruno está sentando lá me olhando. Ele levanta e vem em minha direção.
Bruno - amor eu...
John - para, vem cá.
Ele chega perto e sobe na cama e eu agarro ele.
Bruno - me desculpa...
John - vamos enterrar essa história.
Bruno - sim, foi tão idiota isso tudo, eu não devia ter duvidado de você.
John - me desculpa também, eu devia ter ouvido você desde o início.
Bruno - ok, morreu tudo isso. Vou dormir com você hoje.
John - dormir ? claro que não meu querido, vamos ficar bem acordados.
Fizemos amor e depois ficamos abraçados na minha cama, Bruno era extremamente carinhoso comigo e eu acho que como tínhamos acabado de fazer as pazes estávamos mais carinhosos um com outro. Ele não parava de me beijar.
Bruno - te amo, te amo ,te amo.
John - eu também amo você.
Bruno - eu estou sem sono.
John - e eu estou com fome, vamos descer.
Bruno - eu não quero me vestir.
John - vamos de cueca mesmo, tá todo mundo dormindo.
Nós fomos até a cozinha e eu abri a geladeira e não achei nada, procurei na outra e nada, parei em frente ao balcão e o Bruno estava fazendo um sanduíche.
Bruno - quer ?
John - não, eu queira doce, chocolate, um bolo mais especificamente.
Bruno - na geladeira tem bolo.
John - sim, mas é um bolo normal, eu quero aqueles de brigadeiro cheios de chocolate. Ja sei, vou no mercado.
Bruno - essa hora ?
John - vou no vinte e quatro horas, na padaria sempre tem aqueles bolos cheios de chocolate.
Bruno - ok, vamos nos vestir.
Subimos, colocamos roupas e saímos de carro em direção ao mercado que essa hora fica obviamente vazio e não é incomum ver algumas pessoas da mídia aqui por esse motivo mas até que hoje foi bem comum. Ao entar acabei parando nas seções de balas e doces e na de chocolates e depois paramos na padaria, tinha uma torda grande de chocolate puro do jeito que eu queria e eu a comprei. Enquanto eu olhava outras coisas eu ouvi uma voz um tanto familiar vindo da fileira de trás.
Bruno - que foi ?
John - ta ouvindo essa voz ?
Bruno - o que tem ?
John - não te lembra a de alguém, eu vou ver...
Bruno - mas quem ?
Eu vou andando e o Bruno atrás de mim e quando eu viro no setor onde eu estava ouvindo a voz eu tomo um susto e volto no mesmo pé quase derrubando o Bruno.
Bruno - o que foi ??
John - é ele !
Bruno - quem ?
John - meu pai !!
Bruno - O QUE ?
John - fala baixo..
Bruno - será que ele está atrás de nós ?
John - não sei.
Bruno - vamos embora.
E quando íamos sair do corredor...
Ricardo - oi filho.
(Ai meu Deus)