2X05 Erros do Passado

Parte da série A vida de John.

Eu fico pensando, será que se eu contar a verdade pro Bruno assim na lata ele acreditaria ? É, acho que não pelo meu histórico, provavelmente vou ser acusado de ciúmes e tudo mais. Também não posso contar com o Thomas, tenho que fazer o que a Jenny disse, usar artilharia pesada.

Quando eu chego em casa na hora do almoço me deparo com um ser com um cabelo loiro queimado de sol no ombro de óculos olhos castanhos e pinta de surfista.

John - Max ?

Max - agora eu sou Rodrigo, surfista, gostou ?

John - tá ridículo, mas melhor assim.

Max - sou seu primo que veio da Califórnia. ok?

John - tudo bem né.

Thomas - eu avisei que estava feio.

John - foi fácil entrar na casa ?

Max - dei quinhentos reais pro porteiro do condomínio. foi mole.

John - agora você já pode alugar um flat e se esconder por lá.

Max - reservei um quarto no mesmo hotel do seu pai, vou ficar de olho nele, fui.

Ele chamou um táxi e saiu.

‎Dei um beijo meio murcho no Thomas e fomos para o quarto. Quando eu entrei vi um papel em cima da mesinha que fica no meu quarto com um computador em cima, dei uma olhada e era o tal documento que o Carlos fez antes de morrer praticamente proibindo o Thomas de ficar com a herança se ele não casasse com uma menina. Eu li e fiquei parado, era a primeira vez que eu tinha pego aquele papel. Uma coisa me deixou muito confuso.

John - Thomas ?

Thomas - oi amor.

John - seu pai antes de morrer estava bem debilitado não é ?

Thomas - sim, ele estava bem ruim.

John - ele conseguiria assinar algo com tanta clareza ?

Thomas - não, eu lembro que algumas coisas eu tive que assinar por ele.

John - olha a data da assinatura, seu pai não tinha como assinar isso aqui.

Thomas - John, você tá certo, como eu sou burro ! esse documento não é válido, a assinatura é falsa !

John - sua mãe fez isso...

Thomas - mas ela tive ajuda, e eu sei quem consegue fazer uma coisa dessas.

Ele levanta da cama correndo, abre a porta e vai pelo corredor, eu vou atrás dele e ele quase derruba a porta do quarto do irmão dele, ele entra e vai em cima do Gabriel pega ele pela camisa e encosta ele na parede.

Thomas - FOI VOCÊ NÃO FOI ??

Gabriel - Thomas, ME SOLTA ! O QUE VOCÊ QUER ?

Thomas - VOCÊ FALSIFICOU A ASSINATURA DO MEU PAI E ME FEZ DAR O DINHEIRO PRA RITA NÃO É ? EU VOU TE MATAR !

John - THOMAS !

Eu seguro ele e tento fazer ele soltar o Gabriel, mas ele está com muita raiva.

Gabriel - ME SOLTA !!!

John - Gabriel, você fez isso mesmo ?

Gabriel - claro que sim !

Thomas - eu devia te matar !

John - por que ?

Gabriel - ela é minha mãe ! e eu faria tudo por ela !

Thomas - vocês armaram isso tudo !

Gabriel - desde o início meu querido, ou você acha que eu ficaria aqui com um cara que é meu pai mas não tem onde cair morto ?

descobrir que o Carlos não era meu pai doeu mas depois saber que eu podia pegar todo o dinheiro que ele deixou pro filhinho dele.

John - e eu achando que você era um amigo, seu pai...

Gabriel - ... MEU PAI ! tô nem aí pra eles nem pra vocês, acabei de chamar a polícia e dizer que vocês estão escondendo um fugitivo.

Thomas não se segura, ele da um soco na cara do Gabriel que levanta, pega uma mala e sai me empurrando. Nós vamos atrás dele, ele entra no táxi e logo em seguida a polícia cerca minha casa e entra com um mandado de busca, eles vasculham tudo e como não encontram o Max vão embora. Thomas senta no chão da sala e começa a chorar, eu o abraço.

Thomas - meu irmão fazer uma coisa dessas.

John - seu irmão, sua mãe, isso é inacreditável.

Thomas - meu pai podia ser duro, mas ele nem se comparava a esses dois.

John - vai ficar tudo bem, eles vão pagar por tudo isso.

Thomas - quer saber, a vida vai pagar de volta, dinheiro eu ganho honestamente.

Bruno - oi, o portão estava aberto. o que aconteceu ?

Expliquei tudo pro Bruno e ele deu um abraço no Thomas

Bruno - eu posso tentar bloquear as contas deles.

Thomas - não, deixa eles, eu não vou fazer nada.

Bruno - Thom, tem certeza ? isso que eles fizeram é crime

Thomas - tenho, não vou mais me estressar por dinheiro.

John - acho que ele tem razão Bru.

Bruno - é, só falta agora você ter essa mesma ideia.

John - como assim ?

Bruno - eu vim aqui tentar por um pouco de juízo na sua cabeça, essa vingança contra seu pai pode ser perigosa.

Thomas - é John, eu estava esperando o momento pra falar.

John - que é, vão ficar os dois contra mim ?

Bruno - eu te ajudei, mas agora eu acho que talvez não seja legal.

John - vou fazer isso com ou sem a ajuda dos dois, o Ricardo merece !

Thomas - por que você não espera pra ver se ele vai tentar alguma coisa ?

John - não, eu vou seguir com o plano.

Bruno - ele é teimoso.

Thomas - muito.

John - eu amo vocês dois e vou fazer isso por todos nós.

Thomas - qual vai ser o fim disso ?

John - eu jogo os dois no manicômio e deixo eles se matarem

Bruno - não acredito que estamos confiando no Max.

John - não estamos. eu preciso que ele confie, e quando ele me levar até o Ricardo eu dou um jeito nos dois.

Thomas - se eles não matarem a gente.

Bruno - ok, vamos lá, nós três.

John - e o Chris se ele não fugir de medo.

Nós começamos a planejar o que fazer, e no meio eu recebo uma mensagem do Max dizendo que o Ricardo está realmente no hotel e que se nós não irmos lá hoje a noite ele vai fazer tudo sozinho.

Thomas - então é isso ?

Bruno - nós pegamos ele e jogamos na mala do carro o trazemos para cá e depois...

John - amarramos os dois e jogamos no mar.

Bruno - quem dera, mas é melhor chamarmos a polícia e deixar eles agirem

Thomas - temos que estar preparados para a reação do Max.

John - tem umas coisas que o Paulo deixou na garagem.

Bruno - tipo ?

Thomas - coisas perigosas

Mostramos as coisinhas que o Paulo deixou na garagem e o Bruno pegou uma, ele disse que se fôssemos no hotel ela seria necessária. Pegamos um táxi e seguimos em direção ao endereço do hotel que fica na zona sul da cidade, encontramos o Max na garagem do subsolo, onde entramos escondidos.

Max - eu espero que vocês estejam prontos

John - eu dou as ordens Max, por favor não faça nenhuma idiotice

Bruno - função difícil pra ele.

Max - por que você não vai embora Bruno ?

Bruno - não estou aqui por você, minha vontade de te matar não passou.

Max - tenta.

Eles no mesmo segundo apontam as armas um para o outro e corro e fico entre eles.

John - ei, ei, ei.

Thomas - abaixem, os dois, AGORA !

Realmente não tem como confiar no Max, ele pode matar qualquer um de nós a qualquer momento.

‎Depois do Thom dar uns gritos com eles a gente sobe até o último andar e paramos na frente do quarto onde Max diz que o Ricardo está.

Max - eu e você entramos na frente Bruno. um, dois... AGORA !

Eles chutam a porta e nós entramos, percebo alguém atrás de nós e imediatamente sinto um golpe na cabeça e caio no chão antes de apagar percebi que os meninos também foram acertados e eu consegui ouvi o Ricardo.

Ricardo - agora vamos levar eles...