2X01 Redenção
Parte da série A vida de John.
Não vejo mais sentido na vida, por que essas coisas acontecem comigo ?
"Eu não consigo, não vou conseguir sem você, por favor não me deixa"
Essa é sua vida agora Johnata, aceite-a.
Frases depressivas, perguntas suicidas e pensamentos tortos não saem da minha cabeça. Eu estou no meu quarto, não fui ao enterro, não consegui sair daqui depois de tudo que eu vi, tudo que aconteceu.
Sarah - filho ? Já chegamos, se precisar de mim me chama, ok ?
John - como foi ?
Sarah - bem triste filho, os pais da Alice estavam inconsoláveis.
John - não aguento mais enterros.
Sarah - agora acabou, estamos livres disso, os médicos do sanatório disseram que não tem como o Max fugir e nem como ele ser liberado.
John - só ficaria tranquilo com ele morto.
Sarah - nem sempre a morte é a solução para tudo filho e mas temos que seguir com a nossa vida , certo ?
John - e a Jenny ?
Ela respirou fundo.
Sarah - não esquece aquela ideia louca, ela está muito assustada. Tô tentando deixar tudo bem, mas...
John - é a Jenny, ela não vai desistir, vou falar com ela.
Sarah - o Victor também não quer mais ficar aqui. Mas ele pensa em morar em outra cidade, Jenny quer ir morar na Argentina.
John - não posso deixar eles irem assim.
Sarah - deixa que eu cuido disso, e você cuida de si. Precisa ser forte agora.
John - tô tentando.
Sarah - todos nós precisamos de você, mas ele principalmente.
John - vou tentar ir no hospital hoje.
Sarah - ele acordou ontem, só pergunta por você. Ele não entende porque você não está lá com ele.
John - não consigo ver ele naquela cama, ele entrou na frente, era pra eu estar naquele hospital.
Sarah - John, o Thomas esta bem, ele vai sair do hospital rapidinho.
John - ele podia ter morrido.
Sarah - mas não morreu, a bala pegou uma parte do pulmão mas ficou tudo bem. Ele vai ficar bem.
John - eu vou ver ele hoje.
Sarah - vai, os meninos estão com ele, mas eles tem que vir pra casa também. Força meu filho, eu vou lá falar com a Jenny.
John - ok
Ela me dá um beijo na testa e sai. Eu decido ir ao hospital ver o Thomas, tomo um banho e desço, tudo nessa casa me lembra o que aconteceu mas eu tento me concentrar e saio, pego um táxi e vou até o hospital que não fica muito longe da minha casa.
Eu entro e vou até a recepção, sou recebido como noivo do Thomas e vou até o quarto, quando ele me vê abre um sorriso imenso.
John - oi meninos, oi meu amor.
Chris - oi John ! Que bom que você veio.
Gabriel - achei que você ia abandonar a gente aqui.
Thomas - deixa ele Biel. Vem aqui meu amor.
John - sua voz tá tão fraquinha.
Thomas - vai melhorar com o tempo. Deixa eu te dar um beijo.
Gabriel - Thom, sua imunidade tá baixa. O médico falou pra você evitar essas coisas.
Thomas - problema do médico, vem aqui amor.
Eu vou até a beira da cama e ele me puxa pra me beijar.
Chris - nós vamos lá no restaurante.
Gabriel - é, tchau.
Thomas - falaram que eu vou sair ainda essa semana.
John - fiquei com muito medo de te perder.
Thomas - eu entendo você, mas queria que você ficasse aqui comigo.
John - me desculpa, prometo que não vou sair daqui até você ter alta.
Thomas - o susto foi grande né ?
John - imenso, mas não vamos falar disso.
Thomas - vamos falar do nosso casamento então.
John - vamos nos recuperar disso tudo primeiro senhor Thomas.
Thomas - ahhh, por mim eu chamava o juiz aqui mesmo e a gente casava, depois de tudo isso eu não tenho dúvidas de que quero me casar com você.
John - eu sei disso.
Thomas - quero passar o resto da minha vida com você.
John - eu também
Quando nós íamos nos beijar a mãe dele entra no quarto como uma bala. Ela praticamente me empurrou e agarrou o Thomas
Rita - filho !! O meu filho...
Thomas - Rita ? O que você tá fazendo aqui ?
Rita - você tá bem ? Não acredito que me permiti deixar você e seu irmão aqui nesse lugar correndo riscos.... E você garoto ? Quase matou meu filho com esse seu negócio de ficar se metendo com gente perigosa.
Thomas - opa, opa... Deixa o John fora disso... Ele não tem nada a ver com o que aconteceu.
Rita - claro, eu sou a culpada por deixar vocês dois aqui, você e o Gabriel.
Thomas - eu vim para cá porque eu quis, e você não se importa e o Biel está muito bem com a nova família dele, com pai dele. E por acaso essa família também é a minha.
Rita - nossa família teve uns problemas, algumas mentiras mas nós podemos consertar tudo, na Suíça é claro.
Thomas - pois eu moro aqui no Brasil e vou me casar com esse menino que você está vendo e vou continuar aqui.
Rita - pois lá tem muitas meninas bonitas... Digo, rapazes.
Thomas - não obrigado, não fui feliz naquele lugar.
Rita - não vim aqui para brigar com você, eu quero que você melhore logo.
John - vou deixar vocês conversarem.
Rita - vai garoto.
Thomas - claro que não ! meu namorado vai ficar aqui.
Rita - filho, tem certeza que você é assim ? quer dizer, você é um menino tão bonito...
Thomas - do que você tá falando ?
Rita - você podia namorar uma menina linda, mesmo que fosse daqui.
Thomas - escuta aqui...
Ele é interrompido pelo médico que entra na sala e diz que ele precisa fazer uma ressonância. Thomas sai do quarto com o médico e uma enfermeira empurrando a cadeira de rodas que ele se sentou. Logo que eles saem a Rita se aproxima de mim e me encara.
Rita - gostaria de saber que tipo de macumba você usou no Thomas.
John - como é ?
Rita - não é assim que vocês falam por aqui ?
John - uma coisinha chamada amor, devia experimentar, faz bem.
Rita - vou explicar como vai ser, eu fico com a grana da herança, e você pode ficar com ele.
John - acho que eu não entendi.
Rita - vou tentar ser mais clara, eu estou querendo o dinheiro que o Carlos deixou para o Thomas e para o Gabriel.
John - você não está nem um pouco preocupada com eles não é mesmo ? Isso aqui foi tudo uma cena.
Rita - a única coisa que me importa é o dinheiro do Carlos, não me importo com Gabriel e nem com o Thomas.
John - você não merece ser mãe deles.
Rita - acho que você tem o bastante para sobreviver com o Thomas, e o Gabriel agora tem um pai vivo que pode o sustentar.
John - você é louca, não sei porque estou dando conversa pra você.
Rita - ah garoto, não fique no meu caminho.
Eu ia sair do quarto e ela segurou meu braço.
Rita - não posso ter sua ajuda ? Então vai ser do jeito difícil.
John - vai sim ! Tenta.
Eu já tô de saco cheio de ameaças.
Gabriel e Chris entram no quarto.
Gabriel - mãe ??? O... Que você faz aqui ?
Rita - meu filho... Eu vim assim que soube de tudo. Como você está ?
Gabriel - estou bem, obrigado. Esse é o meu irmão, Christopher.
Chris - prazer tia.
Rita - Rita, por favor.
Chris - ok...
Rita - eu vou dar uma ida na recepção, já volto.
Ela passa por eles e depois nos olha com aquele ar de superioridade e sai. Os meninos ficam olhando pra minha cara.
Gabriel - não deixa ela te assustar.
John - nada me assusta mais.
Gabriel - eu ouvi a conversa, vou bolar alguma coisa pra fazer ela ir embora.
Chris - sei que é sua mãe, mas ela é estranha.
Gabriel - ela só pensa em dinheiro, desde o ininício foi só nisso que ela pensou
Chris - vamos dar o que ela quer, de repente ela vai embora.
Gabriel - a grana e do Thomas, ele decide.
John - você tambem tem direito.
Gabriel - pela lei sim, eu não vou me sentir bem, eu sou filho do Paulo e tô feliz assim. o dinheiro do Carlos não me interessa.
Chris - eu pegaria minha parte e gastaria tudo.
John - claro Chris.
Thomas volta para o quarto e nós ficamos quietos.
Thomas - aee, voltei. vou embora amanhã.
John - quem bom !
Gabriel - John, você vai ficar aqui ?
John - sim, vocês podem ir para casa.
Chris - ainda bem, quero minha cama.
Thomas - ta bom Chris, você não queria ficar aqui né ?
Chris - não é isso Tommy, eu só tô cansando.
Thomas - sei. e a propósito, cade a Rita ?
Gabriel - lá em baixo, eu vou tentar fazer ela ir pro hotel.
Thomas - o que ela quer ?
Gabriel - o de sempre, seu dinheiro.
Thomas - vou dar dinheiro para ela ir embora.
Gabriel - ela ameaçou a gente por meio do John, eu fiquei ali fora ouvindo.
Thomas - ela vai aproveitar tudo que aconteceu pra poder pegar o dinheiro do Carlos. pensando bem ela não vai ter o que quer, só porque ela é assim.
Chris - isso ae !! eu apoio !
John - não é melhor evitar conflito com ela ?
Thomas - ela não vai fazer nada.
Gabriel - ela pode infernizar nossa vida bastante.
Thomas - ela vai ter que ser muito mais do que foram os três últimos loucos que tentaram acabar com a gente.
Gabriel - pelo menos de tentar nos matar eu acho que ela não é capaz.
Chris - ok, eu vou para casa, vamos Biel ? tenho... coisas pra fazer na loja.
Gabriel - vamos, vou descansar um pouco. qualquer coisa me liga John, tchau irmão.
Thomas - até amanhã.
eles saem, Thomas me olha com uma cara que eu conheço bem.
John - não...
Thomas - me conhece como ninguém. tô só te provocando, eu acho que não to forte suficiente para isso.
John - então se controla.
Thomas - perto de você fica difícil.
John - então eu vou embora.
Thomas - negativo, senta aqui e me agarra um pouquinho.
fiquei abraçado com ele e o dia passou bem rápido. No outro dia de manhã eu desci com ele e minha mãe nos esperava com o Paulo na recepção do hospital, fomos para casa e quando chegamos fomos recebidos por todo mundo. Chegou a hora do almoço e comemoramos a melhora do Thomas como sempre a mesa, rindo e falando besteiras, por alguns momentos esquecemos tudo que aconteceu e voltamos a ser a família de sempre. Mas como felicidade de ninguém dura muito...
recebemos a visita do Bruno, ele estava acompanhado.
Thomas - tô feliz de ver você.
Jenny - Ana, você por aqui ? veio ver o Thomas ?
Ana - não amiga, eu vim com o Bruno.
Bruno - nós estamos juntos de novo, eu e a Ana somos namorados.
Ele falou isso olhando direto pra mim com uma cara de deboche.
John - como é ??