1X07 Um Novo Começo

Parte da série A vida de John.

Eu não posso nem chamar esse cara de pai porque ele não merece. Ele estava lá, todo se achando e jogando suas piadas pra cima da minha mãe.

Ricardo- minha filha, quanto tempo.

Jenny - não sou sua filha. Não fala comigo, não encosta em mim, não olha pra mim. Obrigado, de nada.

Ricardo - tá vendo ? Você jogou meus filhos contra mim !

Sarah - você fez o trabalho sozinho meu querido.

Jenny - nossa chega me deu uma tontura, tô enjoada.

Victor - vem cá amor... E olha aqui, sai antes que eu chame o segurança

Ricardo - eu fui convidado seu babaquinha !

Sarah - então sai de perto da minha família, antes que enfie minha mão na sua cara.

Ricardo - favelada como sempre, também, morando nesse país.

John - vem cá velho gagá, cadê a sua piranha de bolso ?

Ricardo - meu filho... olha como fala.... seja mais educado. Kelly agora é sua ex madrasta

John - ah, que pena... Ela resolveu acordar pra vida e ver que você é um miserável ?

Thomas - John.. calma.

Ricardo - você ainda me paga por essa sua petulância.... Todos vocês na verdade. E quem é esse ?

John - não é da sua conta.

Ricardo - ah, e essa foto de vocês se beijando na internet ? Meu filho viado, só pode ser piada. Acho que agora eu que não quero ser seu pai.

Bem, vou dar uma volta. Aproveitem a noite.

Ricardo sai de perto depois de ter feito o estrago. Todo mundo pega seus telefones pra ver do que ele estava falando. Eu e Thomas achamos que não tinha ninguém vendo quando nos beijamos mas pelo visto alguém conseguiu registrar o momento.

Foi justamente o que aconteceu, uma revista on line sensacionalista de baixa audiência mas que poderia trazer estrago se o pai do Thom visse.

Thomas - preciso ir embora e impedir que meu pai veja isso.

Thom sai apressado sem deixar eu perguntar se ele queria que eu o acompanhasse.

Sarah - gente que coisa !

John - a culpa é toda minha !

Jenny - não se culpa, aconteceu. Vamos... Mas antes de ir pra casa eu vou passar no hospital, tô me sentindo muito mau.

John - eu vou com você.

Victor - não, vocês vão pra casa. Esfria a cabeça e vê se o Thomas ta precisando de você, eu levo ela não deve ser nada de mais.

Sarah - ok, vamos pra casa filho.

Fomos pra casa, eu fiquei bastante triste com essa história. O Thom vai acabar brigando com o pai pra impedir que ele veja alguma coisa. Chegando em casa, eu deitei na minha cama e minha mãe veio falar comigo.

Sarah - ja mandei o advogado cuidar daquela página.

John - brigado mãe, mas o estrago tá feito. A gente deu mole.

Sarah - a culpa não é de vocês, você e o Thom não deveriam ter que esconder o amor que vocês sentem.

John - se não fosse pelo pai dele, não teria problema.

Sarah - é eu conheço o Carlos, sei que ele não é fácil. Mas fica calmo, vai dar tudo certo.

Meu celular tocou, e o Thomas estava chorando muito e dizendo que o pai dele descobriu tudo e que ele foi agressivo. Ele estava desesperado. Eu falei com minha mãe e ela desceu comigo, pegamos seu carro e fomos pra onde o Thom mora. Quando chegamos ele estava na calçada com o terno todo rasgado. Eu desci do carro e o abracei.

John - amor, o que aconteceu ?

Thomas - ele tentou me bater, ele disse que ia me matar.

John - calma.

Sarah - eu vou conversar com seu pai.

Thomas - melhor não.

O pai dele desce e vem em nossa direção gritando e apontando para nós e isso chama bastante atenção das pessoas na rua.

Carlos - É ESSE SEU NAMORADO VIADO !!!???

Sarah - olha como você fala !!! Meu filho é um bom menino assim como o Thomas também é, e eles se amam !!!!

Carlos - é impressionante uma mulher da sua classe apoiar esses SEM VERGONHAS !!!!

Thomas - JÁ CHEGA !

Carlos - calado Thomas ! Eu te bato até você virar homem !

Thomas - eu sou HOMEM !

John - nós somos homens e nos amamos, o que isso tem de mais ??!

Carlos - cala a boca seu viado nojento !!!!

Ele cospe na minha direção mas não chega e pegar e mim.

Carlos - THOMAS, SE VOCÊ FOR LEVAR ESSA VIDA PODE ESQUECER QUE EU SOU SEU PAI !! PODE MORAR NA RUA.

Thomas - você nunca foi um pai de verdade !!! Passei minha adolescência preocupado com você, vim embora de perto da minha mãe porque apesar de você sempre ter sido um péssimo pai eu não achava justo te deixar sozinho, E AGORA EU RECEBO ISSO !??!! moro na rua mas não fico com você !!!

Carlos - POR MIM VOCÊ POR IR PRO INFERNO, MAS NESSA CASA VOCÊ NÃO ENTRA MAIS !!!!

Ele dá as costas e ia saindo.

Thomas - PAI !!

Quando ele se vira pra nós Thomas me agarra pela cintura e me dá um super beijo.

Carlos - vocês são uns porcos !!!

Ele se vira e entra no prédio.

John - você é maluco.

Thomas - estava entalado, tinha que falar. Mas agora eu sou maluco e sem teto.

John - eu não vim aqui conversar com o seu pai, vim aqui buscar você.

Thomas - como assim ?

John - você vai ficar lá em casa.

Thomas - amor, não...

Sarah - Thomas, faço questão. E você não tem pra onde ir agora.

John - e suas coisas ?

Thomas - na portaria, naquelas malas.

John - vamos.

Pegamos as malas do Thom na portaria e colocamos no carro e fomos embora. Chegamos em casa e conversamos com Jenny e o Victor, que ja tinham chegado, sobre o que aconteceu. Eles, claro, receberam o Thomas muito bem e depois nós subimos para o meu quarto.

John - pode colocar as coisas no meu armário depois.

Thomas - ta, mas primeiro eu quero te dar uns beijos. Vem cá.

Ele me puxa e a gente acaba caindo na minha cama, eu começo a beijar ele e passar a mão no seu cabelo. As coisas começam a esquentar e eu paro.

Thomas - eu te amo !

John - preciso te falar uma coisa.

Thomas - acho que eu sei o que é

John - eu... To com um pouco de medo da nossa primeira vez.

Thomas - é.... Eu imagino, e também tô com um pouco de medo. Eu não ainda não fiz.

John - imaginei que você fosse virgem também. Mas não tive coragem de perguntar.

Thomas - ok, vamos combinar o seguinte. Vai ser no seu tempo. E, não vai haver mais vergonha entre a gente, ok ?

John - tudo bem.

Ele levanta e eu seguro a mão dele, vou andando pra trás em cima da cama e puxando ele, eu me deito e ele vem por cima de mim. Nós entrelaçamos os dedos e ele ficou olhando nos meus olhos.

John - to pronto. (Sussurrando)

Naquela noite fizemos amor pela primeira vez, e foi nossa primeira noite juntos, primeira vez do Thom e minha também. Foi uma noite mais que especial para nós dois.

No outro dia, eu acordei abraçado com o Thom, me soltei dele e fui ao banheiro. Quando eu voltei ele estava acordando. Cheguei perto dele e dei um beijo depois sentei na beirada da cama.

John - bom dia...

Thomas - bom dia amor.

John - dormiu bem ?

Thomas - aham, eu não tinha uma noite boa de sono a dias.

John - ah, se cansou bastante ontem né ? Rsrsrs.

Thomas - seu bobo rsrs. Deita aqui

Ele puxa o edredom e eu fico por alguns segundos olhando aquele corpo sem acreditar que era tudo meu.

Thomas - para olhar ! Ta me deixando com vergonha.

John - olha o que a gente combinou.

Thomas - tira essa cueca agora ! Eu tô pelado não é justo você ficar vestido.

John - tá. olha essa mão !

Thomas - eu amo seu corpo.

Ele fica passando as mãos no meu corpo todo e isso me enlouquece.

John - para, tô ficando excitado.

Thomas - deixa eu ver.

John - Thomas ! Ja falei pra parar com essa mão boba !

Nós rimos e depois ele ficou com uma cara de preocupado.

Thomas - você gostou de ontem ?

John - amei, foi incrível !

Thomas - e doeu ?

John - não, foi encomodo no início mas foi muito mais gostoso.

Thomas - um dia eu vou querer saber como é.

John - estarei pronto pra te mostrar.

Fiquei fazendo carinho na cabeça dele e esquecemos da vida, ficar com o Thom naquela cama com aquele clima era maravilhoso ! Mas a gente tinha que sair do quarto e ir pra vida. Antes, claro, a gente tomou banho junto.

Quando saímos do quarto, não tinha ninguém em casa. Fui até a cozinha peguei algumas coisas e fui até a sala de tv com o Thom. Ficamos agarradinhos vendo minhas séries. Depois de algumas horas Jenny chegou com o Victor. Ele estava com uma cara amarrada.

Jenny - marcamos a data do casamento !!!!!

John - que bom! Mas porquê você ta com essa cara irmão ?

Victor - fiquei horas olhando fotos de lugares pra festa e sua irmã resolveu fazer aqui no jardim.

Jenny - ah amor... Fica relax.

John - essa é a Jenny Victor, parece que conheceu ontem.

Victor - só sei que eu tô cansado.

Jenny - e vocês dois ? Estão com essa cara porquê ?

John - nada, só estamos felizes.

Victor - sei porque

Ele e Jenny começam a rir.

John - vocês dois são uns fofoqueiros !! Duvido se não ficaram ouvindo atrás da porta.

Jenny - Victor não deixou.

John - vocês são ridículos.

Jenny - falando em ridículo, o que você acha que o Ricardo estava fazendo lá ontem?

John - ele disse que foi convidado, mas ele pode ter vindo ao Brasil por outro motivo. Talvez atrás de mim, ou da mamãe.

Victor - fala o que você me disse ontem amor.

Jenny - é, eu acho que ele pode ter algo com a foto de vocês.

Thomas - eu não tinha pesando nisso.

Jenny - foi estranho como ele ja estava sabendo de tudo.

John - se ele tiver algo a ver eu vou passar a esperar de tudo dele.

Jenny - vou falar com a mamãe, a gente tem que ficar de olho.

Em meio a tarde passando lentamente eu e Jenny estávamos em casa sozinhos e ela estava me mostrando algumas coisas que ela escolheu para a festa.

John - olha esse..

Jenny - John, isso não combina. Caramba, você não entende nada de decoração, nem parece que é gay.

John - olha o estereótipo ! Não é porque eu sou gay que eu tenho que entender tudo disso aí. é chato pra caramba !

Jenny - deixa de ser exagerado.

John - agora de comida eu entendo, quando a gente vai escolher ?

Jenny - deixei isso por conta do buffet.

John - a parte mais divertida você não quis ??? Ah Jenny !

Jenny - pega pra mim o catálogo que está na mesa ?

Eu levanto do sofá e vou em direção a sala de jantar, passando pelo hall de entrada o Bruno estava chegando.

Bruno - oi.

John - oi.

Bruno - sua mãe ta em casa ? To ligando ela não atende o telefone, preciso resolver uma coisa importante.

John - ah, ela com certeza está com o telefone desligado. Ela foi pra um spa meio zen, sem comunicação.

Bruno - poxa, entendi. Ta bom, vou ter que esperar ela voltar.

John - é verdade.

Bruno - é...

Ele ficou com cara de paisagem e eu fiquei olhando, ele parecia querer falar algo.

Bruno - e você está bem? soube o que aconteceu ontem na festa

John - tô sim ta tudo resolvido. E você como está ?

Bruno - com saudades.

John - bem, foi você que se afastou né ?

Não resisti, tive que provocar ele.

Bruno - tive meus motivos.

John - é ? Quais ?

Bruno - nada, esquece, a culpa é minha. Desculpe.

John - mas vê se não faz mais isso.... Tá, me da um abraço aqui.

Ele me abraçou forte. Depois sem dizer nada ele virou as costas e saiu. Eu continuei o que estava fazendo, ou seja, servir de escravo pra mimha irmã.

Logo depois Thomas chegou e nos encontrou na sala de estar, ele me deu um beijo e depois se sentou do meu lado.

John - Thom, fuja enquanto é tempo.

Thomas - vou fugir e vou levar você.

Jenny - hm.... Vocês não cansam não ?

John - Victor é seu primeiro namorado, por acaso você se cansou dele ?

Jenny - não mesmo.

John - então cala boca peste.

Thomas - vocês sempre foram assim ?

John - a gente briga desde o útero.

Thomas - como assim ?

Jenny - a gente é gêmeo né ô inteligência.

Thomas - caramba ! Eu ia morrer e não sabia !

John - ai Thomas... Jenny dá um desconto porque ele é loiro.

Thomas - eu e meu irmão somos muitos parecidos, todo mundo achava que nós éramos gêmeos.

John - mas vocês são idênticos pelo que eu vi nas fotos.

Thomas - tenho saudades deles.

John - agora que você ta livre do seu pai você pode ir ve-los.

Thomas - é, quem sabe... Eu vou subir, tomar um banho e dormir um pouco.

John - me da um beijo.

Ele me deu um selinho sem graça e saiu.

Jenny - acho que ele ficou triste.

John - também acho, não deveria ter falado do pai dele. Vou lá em cima falar com ele.

Jenny - te dou alguns minutos de folga senhor Johnata, não pense que vai fugir do trabalho.

John - tá garota.

Foi até meu quarto e quando entrei ele estava sentado na cama de cabeça baixa. Me sentei atrás dele e o abracei.

John - o que você tem ?

Thomas - estou um pouco triste.

John - desculpa ter falado da sua família.

Thomas - amor... Não tem problema você falar, não precisa se desculpar. Deixa essa história pra lá, eles estão felizes na Suíça, eu tô feliz aqui. Mas sabe, eu acho que tô bem mais feliz.

John - ah é ? Porque ?

Thomas - achei o amor numa pessoa incrível que eu atropelei.

Eu não resisti, dei um beijo nele em meio aos nossos risos de lembrar do dia que ele me atropelou.

Como ele era incrível !

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Gente ! Muito obrigado pelos comentários, eu não imaginava que iam gostar tanto assim mas tô me esforçando kkkkk