1X05 Consequências

Conto de Gojimmy como (Seguir)

Parte da série A vida de John.

Velório, Enterro , muito choro e eu ali. Sem esboçar uma reação, não consigo chorar, não consigo me mostrar grato por o Miguel ter entregado sua vida por mim. Nós nem éramos tão amigos mas tenho certeza que seríamos.

Apos terminar o enterro, eu vou embora com minha mãe e Jenny vai com o Victor.

Sarah - como você está ?

John - não sei. Tanta coisa passando na minha cabeça.

Sarah - eu sei que deveria ter dito que o Max é perigoso mas eu achei melhor não te preocupar já que ele era nosso vizinho.

John - tudo bem mãe, espero que ele fique bastante tempo na cadeia.

Sarah - se depender de mim vai. Mas, e o Bruno ? Falei com a Ruth, ela disse que ele não quer sair do quarto. Você tem ideia de porque ele está assim ?

John - não.

Claro que eu menti. Mas minha mãe ja sabia que eu estava escondendo algo dela. e de qualquer forma eu estava e eram bastantes coisas.

Sarah - filho, você sabe que pode confiar em mim né ?

John - claro mãe.

Sarah - e eu vou amar você sempre, de qualquer jeito.

Eu senti vontade de chorar nessa hora, abrir logo o jogo e contar tudo dos meus sentimentos pelo Bruno e do nosso beijo mas fiquei na minha.

Chegamos logo em casa e eu só queria ficar sozinho no meu quarto. Mas como eu não tenho querer a Jenny vai até meu quarto investigar como sempre.

John - entra...

Jenny - não gosto de ver você assim.

John - não gosto de ficar assim.

Jenny - também sei que essa sua tristeza não tem só a ver com o Miguel.

John - posso confiar em você ?

Jenny - claro John. É o Bruno né ?

John - como você sabe ?

Jenny - eu sou sua irmã. E eu vi ele indo embora todo estranho e agora ele não quer sair de dentro do quarto.

John - ele me beijou.

Jenny - eita.

John - eu to apaixonado pelo meu melhor amigo.

Jenny - eita vezes três. Agora eu entendi tudo.

John - ele deu uma de doido e foi embora do nada, dizendo que não pode, que nós somos amigos e que não sabia porque fez aquilo.

Jenny - da um tempo pra ele. E pra você também. Aconteceu muita coisa ao mesmo tempo.

John - será que sou eu que to errado ? Eu não deveria ter deixado ele fazer aquilo.

Jenny - e ficar com dúvidas ? Errado é ele de ter te deixado sozinho. Ele tinha que ter te pegado de jeito.

John - para de me fazer rir !

..............

Eu melhorei após alguns dias, a Alice foi embora com os pais e a vida parece ter voltado ao normal, menos por um detalhe. O Bruno passou os últimos dias na casa de praia em Angra, uma casa que pertence tanto a minha mãe quanto aos pais dele. Ele trabalhou de lá, foi o que minha mãe me falou. Eu não podia acreditar que ele ia ficar nessa criancice de fugir de mim mas era o que ele estava fazendo.

Eu só me sentia mais culpado, tentei me destrair com alguns projetos da empresa de minha mãe mas era em vão, eu só pensava no Bruno, o tempo todo.

Jenny - vai atrás dele e diz tudo, põe pra fora.

John - não, deixa ele achar que eu não o ligando.

Jenny - ta difícil te ajudar.

John - desculpa. Mas não quero fazer nada. Vou pra piscina.

Eu saio e vou pra piscina tentar relaxar um pouco. Vejo Victor vindo em minha direção.

Victor - e aí ?

John - vai me dar sermão ?

Victor - não. Eu vou dizer pra você ser o que você é, não ter medo e ser feliz. Se for com o Bruno ou não.

John - Jenny te contou ?

Victor - eu não sego nem surdo. Você ja falou com sua mãe ?

John - não, ela não vai gostar. E isso pode refletir ma amizade dela com os pais do Bruno e consequentemente na empresa.

Victor - não... Não vai ser isso que vai abalar as relações. Ja aconteceu coisa bem pior, vai por mim.

Victor fica conversando comigo por alguns minutos e eu acabo tendo coragem para falar com a minha mãe. Saio da piscina e ventro em casa, vou devagar e tomando mais coragem até o escritório onde minha mãe está.

John - queria falar com você ...

Sarah - oi meu filho. Senta, ta tudo bem ?

John - ta sim, eu só queria te contar uma coisa.

Sarah - fala

John - ta.

- Respira John você consegue.

John - eu... é.... eu.... acho que eu sou... é... gay.

Sarah - isso é novidade ?

John - mãe !!!?

Sarah - ué meu filho, eu ja sabia, você devia ter uns 14 anos, eu ouvi você dizendo pra sua irmã sobre suas dúvidas.

Eu começo a rir.

John - to me sentindo ridículo.

Sarah - desculpa meu filho. Mas esse negócio de que mãe sente é mentira, a gente fica é ouvindo atrás da porta mesmo.

John - tudo bem.

Sarah - eu sei que você tem mais coisa pra me falar.

John - acho que não.

Sarah - é ? E porque o Bruno ta estranho ?

John - não sei .

Sarah - você ta mentindo pra mim mocinho.

John - ta, ele me beijou e pirou. Pronto.

Sarah - isso explica bastante coisa.

John - e agora eu to louco por ele mas ele não me quer perto dele. Até foi embora.

Sarah - ele foi só esfriar a cabeça, ele disse que ia voltar hoje.

John - ata. Vou tentar conversar com ele, não quero perder a amizade dele por causa disso.

Sarah - faça isso meu filho. E se ele não quiser nada com você a vida segue em frente. Eu amo você.

Eu abraço minha mãe e saio, encontro Jenny no corredor me procurando, conto a ela o que acabei de fazer e ela pula de alegria.

Jenny - eu e o Victor estamos indo na praia ver o pôr do sol e você vai também.

John - ta, deixa só eu trocar minha roupa.

Chegamos na praia e sentamos, conversamos, fiquei olhando aquela luz linda do outono que se mistura a neblina criada pela brisa do mar e um lindo pôr do sol com seus tons de laranja e amarelo.

Logo escurece e os refletores da praia são acesos.

Jenny - aquele ali não é o Bruno ?

Victor - é sim.

John - ele viu a gente ?

Jenny - viu sim, ele ta vindo pra cá

Ele provavelmente estava correndo na praia.

Bruno - oi gente.

Jenny - oie

Victor - e aí cara.

Não respondi, afinal ele não estava falando comigo.

Bruno - oi.

John - oi.

Bruno - preciso falar com você.

John - fala.

Bruno - a sós.

Eu levanto e a gente se afasta um pouco.

Bruno - me desculpa por ter sumido.

John - tudo bem, a vida é sua né ?

Bruno - não fica assim.

John - e você quer que eu fique como ? Fala, que eu juro que não to entendendo.

Bruno - você acha que é fácil pra mim encarar você depois do que eu fiz ?

John - você fala como se tivesse cometido um crime.

Bruno - esse beijo mexeu comigo caramba !

John - e comigo ? Você acha que não ? Bruno, eu finalmente pude ter certeza do que eu sentia por você e do que eu sei que sou. Por mais que alguém diga que não parece eu sou gay. Porque é o que eu sinto e não o que eu aparento ser.

Ele fecha a cara mais ainda.

Bruno - John, eu não sou assim, desculpa mas eu não vou ficar com você.

John - você é um palhaço. JENNY ! eu vou embora !

Bruno - pera aí John.

Eu saio andando e com raiva eu vou saindo da praia e atravesso a avenida sem olhar. Ouço uma buzina vejo uma luz forte e tudo fica escuro depois.

Eu acordo num lugar todo claro com uma luz em cima de mim. (Pronto, morri) mas eu fico aliviado quando vejo minha mãe e Jenny na porta do quarto. Tem um rapaz também, sentando na poltrona.

Jenny - hey, olha quem acordou !

Sarah - meu filho, que susto você me deu.

John - o que aconteceu ?

Jenny - você foi atropelado, por ele ali ó. ta com o pé imobilizado

Thomas - é.... oi. Eu sou o Thomas.

Caraca ! Ele era muito lindo !

Thomas - cara, me desculpa. Eu não vi você, eu tava destraído.

John - não, acho que eu atravessei sem ver.

Bruno - CADÊ ELE !!!!

Ouvimos a voz de Bruno gritando no corredor e o Victor tentando conter ele. Ele entrou no quarto e foi pra cima do tal Thomas.

Bruno - você quase matou ele !!!!

Jenny - BRUNO PARA !

Sarah - gente calma !

Victor - Bruno !!!

John - JÁ CHEGA BRUNO !!! SE TEM ALGUÉM QUE É CULPADO DO QUE ACONTECEU É VOCÊ !!!

Ele parou, se fez um silêncio. Ele soltou o Thomas e saiu, Victor foi atrás dele.

Thomas - caramba, eu nunca vi o Bruno assim.

John - vocês se conhecem ?

Thomas - somos amigos desde o colégio.

Jenny - eu também ja conheço ele se você por acaso está perguntando isso.

John - era minha proxima pergunta.

O médico entra no quarto e diz que eu vou receber alta ainda hoje, minha mãe saiu com ele pra poder cuidar de tudo e Victor voltou sozinho.

Jenny - e aí ?

Victor - o nervosinho foi embora. Sua mãe passou por mim ali e pediu pra eu ajudar você a se vestir.

Jenny - vou esperar lá em baixo.

Thomas - eu... vou... também.

Victor me ajuda a tirar aquela roupa de hospital e colocar a minha, depois eu desço apoiando nele.

Ganho umas muletas e consigo ir até o carro. Antes de eu entrar Thomas vem falar comigo.

Thomas - posso te levar pra jantar amanhã ? Como desculpas.

John - hm, acho que sim.

Thomas - como amigo claro, não quero que você pense que eu estou dando em cima de você.

John - por que pensaria isso ?

Thomas - é.... nada, deixa pra lá.

John - ok então. Até amanhã !

Eu entro no carro da minha mãe e saímos do hospital. Fomos até um restaurante, jantamos e depois fomos pra casa.

Victor subiu comigo nas costas ( me senti um idiota ) e eu fui para o meu quarto.

Jenny - toc, toc.

John - entra.

Jenny - Thomas é um gatinho né ?

John - é, ele tava na festa ?

Jenny - cheguei a ligar, mas ele não estava no Brasil. Vai jantar com ele mesmo ?

John - acho que sim, o médico disse que amanhã eu ja vou poder tirar a bota e eu acho que vai ser legal.

Jenny - vai sim ele....

John - ele o que ?

Jenny - deixa pra lá, você vai ver.

Acho que ela estava me escondendo alguma coisa.

No outro dia eu acordei tarde, tirei aquela coisa do pé porque ja estava me sentindo melhor.

Passei o dia fazendo nada como de costume e quando chegou a noite eu me arrumei e fiquei esperando o Thomas. Eu desci e Thomas estava me esperando na sala de estar com um buquê de flores na mão.

Thomas - pra você.

John - oi ?? Não sei se você reparou mas eu não sou mulher. E tenho alergia a flores.

Thomas - opa, vacilei.

John - ta, deixa aí que eu falo pra minha mãe que você trouxe pra ela.

Não queria ser chato, mas flores é um pouco de mais né ?

Nós entramos no carro dele e seguimos até um restaurante australiano famoso aqui no Rio. Fizemos o pedido e ficamos conversando enquanto não chegava.

Thomas - não sei o que eu digo pra mostrar o quão eu quero que você me perdoe por ter te atropelado.

John - já disse, a culpa foi minha. Eu atravessei sem olhar.

Thomas - pelo que eu sei nós dois estávamos no mundo da lua. O que aconteceu com você ?

John - história longa.

Thomas - acho que a gente tem tempo.

Resolvi me abrir, falei toda a verdade já que ele era amigo do Bruno.

Thomas - engraçado. Eu não diria que você é gay.

John - eu também não diria. Tive certeza depois do beijo dele.

Thomas - sabe, eu também sou.

Rapaz.... agora sim eu fiquei de queixo caído.

John - sério ?

Thomas - sim, mas nunca tive um namorado. Meu pai... bem, ele é meio complicado.

John - entendo.

Thomas - mas o Bruno, eu fiquei sabendo que ele tinha beijado o Max. Mas achei que tinha sido coisa de adolescentes.

John - mas ele fez o que fez comigo. Ele não quer "ser assim" como ele diz.

Thomas - caramba, ele não podia fazer isso.

John - pois é. Mas vai passar.

Thomas - vai sim

Desmos sorrisos. E o sorriso dele era incrível, não só isso, ficamos conversando e eu fui descobrindo que o Thomas era um guerreiro. Pois o pai dele é um cara duro, ja foi militar, então nada de ser mole com os filhos. Eles descutiam sempre e quando ele me atropelou ele estava dando uma volta pra esfriar a cabeça de uma briga com o pai.

Ele também tem dois irmãos que moram na Suíça com a Mãe dele.

Depois nós fomos dar uma volta na praia, andamos bastante conversamos e rimos muito. Parecia que a gente já se conhecia. Chegamos na ponta da praia e paramos perto do quebra mar. Ele ficou de frente pra mim. A gente deu as mãos.

Thomas - eu não tinha uma noite boa a dias.

John - obrigado por hoje, foi bom.

Ele colocou a mão no meu rosto e ficou me olhando nos olhos, o que me deixou nervoso.

Thomas - posso te dar um beijo ?

John - acho melhor não, eu...

Thomas - sei... Você gosta do Bruno.

John - não é isso. A gente acabou de se conhecer.

Thomas - é, me desculpa eu não sou disso mas você mexeu comigo desde que eu te vi no chão da rua ontem rsrs.

John - não vou negar que você me atrai, mas.... ah quer saber ?

Só levei meu corpo pra frente e deixei a física cuidar do resto. Beijei ele, um beijo que me mostrou que eu não posso ficar chorando pelo Bruno.

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Gente, sou novato aqui rsrs, mas to gostando de colocar essa história a disposição de outros.

Quem estiver acompanhando, comente pra eu ver se estão gostando. Obrigado !!

Comentários

Há 1 comentários.

Por edward em 2017-07-03 15:42:28
Tá incrível