O internato, a vida de Lukas. Cap 2

Parte da série O internato, a vida de Lukas

Depois daquela noite eu e Matheus ficamos muito amigos e com um pouco mais de tempo viramos quase irmãos.

Quatro meses depois.

Como já disse nesses quatro meses Matheus e eu fiamos bem mais próximo, em um dia ele me contou sobre a sua família de que sentia falta, mas ele não disse o porquê dessa briga entre eles, não sei se foi briga, digo isso por que eles não falam com Matheus desde quando o trouxeram para o internato, a mesma minha situação.

Nosso comportamento, já que não tínhamos amigos, era exemplar, então a diretora nos trocou de quarto, nos trocou para outro maior com duas camas de solteiro com um criado-mudo as separando, um guarda roupas e uma escrivaninha.

Lukas: Eai Mat, (chama ele assim) gostou do quarto;

Mat: Sim mano, temos mais espaço agora. Qual a cama vai ser a sua?

Lukas: Pode escolher primeiro;

Mat: Valeu;

Olhando pela janela, vi que estava escurecendo e ainda era apenas 3 horas da tarde.

Lukas: Pelo visto vem chuva e acho que não e só chuva;

Mat: A não. Falou já se tremendo de medo.

Lukas: Mat fica tranquilo. Tive uma ideia, vamos tirar esse treco ai entre nossas camas e vamos juntar as duas;

Mat: Não se preocupa, vou ficar bem, falou entrando para o banheiro pra tomar banho antes que faltasse luz, mas quando ele saiu só com uma toalha enrolada na cintura, (Não disse mais tínhamos essas liberdades um com o outro).

Mat: Eu disse que não precisava. Quando ele falou isso, a luz apagou e já ouvimos os outros internos gritando, Mat levou um susto que acabou deixando a toalha cair.

Lukas: Precisa sim, mas... Nossa que gatinho esse meu colega de quarto nu. O Matheus fico vermelho de vergonha.

Lukas: Calma Mat, mas serio mesmo você e muito bonito, com ou sem roupa e mais não precisa ficar com vergonha não, somos quase irmãos.

Mat: Obrigado pelo elogio, e não somos quase irmãos, somos irmãos sem esse quase. Falou me dando um abraço.

Lukas: Você sabe que te amo que faria tudo por você, se tivéssemos presos em um lugar frio e você estivesse com pouca roupa, eu tiraria a minha e te daria sem pensar duas vezes, se eu pudesse morrer ali.

Matheus apenas me observava com atenção, e em poucos segundos começou a chorar, e eu também, eu o abracei forte não querendo que acabasse.

Mat: Eu não sei o que falar, só posso dizer que te amo. Falou entre uma lagrima e outra.

-Lukas?

Lukas: Fala Mat.

Mat: Tenho que contar uma coisa, ou melhor, duas coisas.

Lukas: Pode falar, seja o que for, vou estar aqui sempre.

Mat: Minha família me deixou aqui por que achou no meu histórico da internet uns sites pornô gay. Falou chorando.

-Lucas, por favor, não me deixa por eu ser gay, você e a única pessoa que eu tenho.

Lukas: Qual a segunda coisa que ia me contar.

Mat: Responde-me.

Lukas: Fala logo.

Mat: Eu te amo não como amigo, eu te amo estou apaixonado por você.

Nessa hora ele se levantou e correu para o banheiro, e eu cai ajoelhado no chão chorando. Já me recuperado me dei por conta à tempestade já havia começado e estava muito mais forte que da ultima vez, e o Matheus ainda estava trancado no banheiro. Cheguei perto da porta e bati.

Lukas: Matheus sai dai, vem para cá, a tempestade esta forte e você vai acabar desmaiando ai.

Mat: Sai me esquece, eu quero isso, quero morrer.

Então comecei a dar chutes e socos na porta.

Mat: Para com isso.

Lukas: Não vou deixar você morrer, ou abre você ou vou morrer tentando te tirar dai. Falei jogando meu corpo contra a porta e caindo e batendo a cabeça.

Mat: Lukas? Lukas? Eu sei que esta ai, Lukas.

Matheus abriu a porta e eu estava caído no chão.

Mat: Lukas acorda, por favor, acorda. Falou dando leves tapas em meu rosto, fui acordando devagar.

Mat: Porque fez isso.

Lukas: A tempestade, sua fobia tinha que te ajudar tenho que te distrair.

Mat: Quase se matou para me distrair por causa da fobia?

Lukas: Sim.

Matheus me ajudou a me deitar na cama, e ficava só me olhando.

Lukas: Meus pais me largaram aqui por que eu também sou gay, tem outra coisa, Eu te amo.

Nessa hora fui me aproximando do Matheus que estava ao meu lado, fui me aproximando e encostando minha boca com a sua, devagar foi se tornando um beijo, e logo estávamos abraçados nos beijando, um beijo calmo e com muito amor, e no fundo a tempestade e o barulho dos raios.