Uma Manhã Agradável?!
Parte da série No Final Tudo Começa
Lá estava eu em casa deitado sobre a cama com uma pessoa olhando pra mim,que eu mal conhecia,as únicas coisas que eu sabia era o nome dele e a idade fora isso não sabia mais nada.
-e...e...e... Eu não sei por que vim aqui, eu só queria minha pulseira e mais nada.-disse o Daniel.
-Não seja estraga prazer Daniel! Daniel sua pulseira está aqui em casa por isso te trouxe aqui.- respondi.
Procurei por um tempo pela casa até me lembrar que estava no meu bolso.
- toma!- entreguei a ele.
-obrigado, seria um problema eu dormir aqui, sabe e que meu pai...aí é meio embaraçoso...
-sem nenhum problema, tem o quarto ali ao lado e a hora que é também.- disse.
Aquele quarto já estava tudo organizado; organizado para uma possível chegada, a chegada de um filho. Não estava tudo perdido já que ainda poderia ter meu lindo filho.
-que lindo!-disse ele.
-obrigado,mas sério, isso está uma bagunça.- respondi.
Ele respirou e disse:
-Melhor que meu quarto pelo menos,mas esse quarto não seria de uma criança ou sei lá?!
-e bem provável-respondi.
Ele não disse mais nada,talvez tivesse percebido meu rosto meio tristonho ou não. Tentei dormir na cama, porém era impossível; cheguei a ir parar na sala e ouvir com mais nitidez o barulho do chuveiro, não sei se foi esse som a me acalmar,entretanto eu acabei dormindo.
-Daniel! Ei.- ouvia alguém me chamando.
-Daniel...
Eu acordei e não havia ninguém realmente para me acordar, eu estava enlouquecendo. Tomei um banho e sai para comprar pão e outras coisas. Ainda eram 6hrs da manhã e provavelmente o Daniel não acordaria tão cedo assim. Chegando em casa, como um ótimo cozinheiro que sou fiz alguns Crepes suíços e deixei sobre a mesa junto com o pão e seus acompanhantes.
-bom dia!- disse ele chegando até a cozinha meio encabulado.
-bom dia! Está afim de um café da manhã?- perguntei.
- pra falar a verdade eu acho que só acordei pelo cheiro.- disse ainda meio envergonhado e se sentou na mesa junto comigo.
-o que pretende para hoje?-perguntei.
Ele olhou pra baixo e respondeu:
-enfrentar a fera de casa e dar uma saída talvez.
-legal, talvez isso possa parecer uma cantada,mas você poderia me dar seu número pra gente conversar!?- perguntei.
-se você não fosse homem, eu diria que você estava me cantando dês da festa,mas sim eu passo.- respondeu com convicção.
O café da manhã estava sendo bem alegre, nos estávamos conversando de tudo. Cada coisa que ele me contava sobre suas aventuras e primeiros encontros que sempre falharam, enquanto eu com as minhas aventuras loucas, estava sendo o café da manhã mais alegre de que eu possa me lembrar.
A campainha toca e eu vou atender. Quase tinha me esquecido que hoje eu tinha que trabalhar e na minha frente estava olhando meu irmão de cara feia.
-bom dia senhor dorminhoco, eu poderia entrar?- disse ele.
-pode, ao vou tomar meu banho e a gente já vai.-respondi entrando primeiro que ele.
-Dani, eu posso te chamar de Dani?
-pode,pode sim.-respondeu o Daniel.
-bom e que eu tenho que ir trabalhar,mas eu vou te deixar lá na sua casa.- não esperei ele retrucar e já entrei no banheiro.
Quando sai chamei pelo meu irmão,mas o Daniel disse que ele havia saído furioso da minha casa. Com toda certeza estava irritado por que eu quase me esqueci de ir ao trabalho.
-já que ele saiu irritado, vamos então.Vou te levar na sua casa. Vamos!-disse.
Durante o caminho até a casa dele ele não disse nada. Talvez estivesse nervoso por causa do pai ou estava pensando no que responder para ele.
-depois eu te dou uma ligadinha pra combinar um saída com a galera,pra você se enturmar, tudo bem?-disse.
Ele confirmou com a cabeça e saiu do carro meio nervoso. Eu segui até a empresa ouvindo algumas músicas que a rádio tocava.
-senhor Daniel, seu pai confirmou uma reunião hoje as 3hrs e solicita a presença de todos da empresa.- disse a Gabriela,minha secretaria.
Normalmente quando meu pai faz isso é pra mostrar o grande esforço que o Danilo faz aqui ou pra fazer ele subir mais um cargo.
- maninho, posso falar com você?- disse o Daniel.
-fala Daniel!- respondi.
-dês de quando você leva serventes para a sua casa e deixam eles dormirem lá?- disse ele meio bravo uma pouco de deboche.
-e dês de quando eu tenho que te dar satisfação, independente de você ser meu irmão. Chefinho, vou ir trabalhar!- disse e sai andando até a minha sala deixando meu irmão ainda mais puto.