Um Início

Parte da série No Final Tudo Começa

Seis longos anos de vida com um cara que em troca de tudo isso recebi a traição. Seis longos anos de traição na minha própria casa,na nossa cama,foram seis anos de uma felicidade que desceu por água a baixo. Para mim esse seis longos anos foram de felicidade total, piqueniques,festas,tudo jogado fora; trocado,traído,um lixo.

Como toda manhã o despertador me acorda e desse vez me encontro sozinho na cama, minha cama. Não tinha o que fazer,sentei na cama e coloquei a mão na cabeça de modo que meus cabelos caíssem no olho. Algumas lágrimas desciam pelo rosto, o silêncio vazio era horrível, era ele que me alegrava, ele que me ajudava. O telefone toca novamente me fazendo acordar que não adiantaria mais chorar.

Desliguei aquele barulho que já estava me irritando e ao chegar na sala meu telefone residencial toca e digo ao atender:

-alô!

-oi maninho! Me desculpa por ter sumido,desculpa por não estar nesse momento crítico com você.-ele ficou em silêncio,talvez esperando eu falar e terminou de dizer- maninho estou na sua rua.

Não respondi nada só sai lá fora ainda de cueca e abri o portão para ele que ao me ver me abraçou e ficou pedindo perdão pelo tempo que não esteve aqui para me ajudar,para me consolar,mas que agora ele estaria aqui para isso. Típico do meu irmão.

-danilo,eu tenho que tomar banho,como sabe tenho que ir trabalhar!- disse e ele me olhou meio triste.

Puxei ele para dentro e fechei o portão; ele se jogou no sofá e ficou observando tudo que tinha lá enquanto eu entrava no banheiro pra tomar meu longo banho. Banhos que são normalmente longos,entretanto que aumentaram após o término desse namoro/noivos. Todos esse longos banhos acabavam em choro e eu sentado no chão do boxer enquanto a água caía na minha cabeça. Daquela vez não foi diferente,porém a entrada do meu irmão no banheiro e seguindo para me abraçar me atrapalhou,no entanto me ajudou a chorar mais,o suficiente para que não nos chegássemos atrasados.

Essa atitude do meu irmão de sempre querer me ajudar não era nada nova,ele sempre foi assim, sempre pronto para me ajudar no que fosse independente do que ele fosse fazer até se molhar como agora.

-Daniel,meu irmão não vai adiantar chorar pelo que aquele cara fez,eu sei que é duro passar por isso, mas você pode superar!- ele jogou o travesseiro em mim e terminou dizendo- sorte a tua que eu sou chefe,se não.

-chefe não! Chefinho- disse e apontei rindo para seu pênis que estava encolhido no meio das pernas.

-vai a merda Daniel! Eu aqui tentando te ajudar e você tirando com a mim. Disse ele.

Eu olhei pra ele é comecei a sorrir ainda mais. Nos éramos irmãos e sempre tivemos a liberdade de ver um ao outro pelado, tínhamos muita intimidade a ponto de que ele sempre foi meu confidencial e me defendia no que era preciso e eu sempre tentava ajudá-lo no que era possível.

-sabe como é né Danilo,embora sejamos irmãos esse competição ainda existe. Eu Disse.

Ele me olhou e disse:

-achei que gays não mediam tamanho e sim chupavam.

Olhei em seus olhos e disse:

Como esses caras que são heteros esquecem que os gays também são homens e tem pinto. Vamos logo vai!

Ele me olhou fixamente,porém voltou a andar.