Perdido,Garoto Estranho!
Parte da série Amor? O Que é Isso?
Estar errado e um dos problemas mais frequentes em nos mesmo, nos esconder atrás desses erros para não mostrar a cara. Talvez um problema da sociedade e saber que um erro já te machucou,porém se manter errando.
Bom, me chamo Gabriel Danilo tenho 19 anos e talvez essa pode ser uma história clichê; estou na fase mais conturbada e corrida da vida, a faculdade e a mudança da casa do meu pai para a minha casa, embora ainda esteja morando com ele para não deixá-lo só.
-Gabriel vai assim pra faculdade?- disse meu pai me dando um susto.
-ah! Oi pai, vou sim, e o famoso trote.- respondi.
Ele me olhou dos pés a cabeça e saiu rindo da minha cara. Sentou na mesa comigo e quebrando o silêncio disse:
-vai levar alguma coisa pra "sua casa"?
-pra falar a verdade hoje não, só vou dar uma organizada mesmo.- respondi e tirei um sorriso seguido de um "eu te amo meu filho".
Eu respondi que também o amava,porém eu não sei o que é amar, nunca senti isso por ninguém,nem mesmo pelo meu próprio pai; muitas vezes que digo que amo na verdade só sai da boca pra fora, pra deixar a outra pessoa feliz, o que é o amor?
-pai estou indo!- respondi levantando da mesa e pegando as chaves do carro.
O caminho dessa vez não era o mesmo, eu estava indo por outro lugar, uma outra forma de pegar dois dos meus amigos. O lugar era realmente lindo, as casa sendo elas azuis ou Rosa,Verde ou amarela, porém todas com seus jardins lindos, flores e árvores e aqueles bonecos de barro/porcelana como decoração a mais para o Jardim. Com minha atenção desviada para as casas me meti em uma rua desconhecida, um lugar que nem me lembrava por onde entrará.
Pedir ajuda nunca é demais e ver um rapaz quase da minha idade com óculos e espinhas pelo rosto,agarrado aos livros que estava levando, tenho certeza que não foi uma boa hora,porém estava perdido então perguntei:
-ei garoto!
-não por favor me deixem em paz eu...eu...eu-ele já chorava.
-se acalme rapaz, eu só quero saber como chegar até o Centro, eu meio que me perdi! Poderia te ajudar em alguma coisa?- ele parecia estar aliviado por saber que eu não faria nada,entretanto lágrimas ainda caiam de seu rosto.
Ele me explicou como chegar ao Centro com certa confiança e terminou dizendo:
-muito obrigado, mas não precisa eu moro aqui perto.
-muito obrigado...
-Pedro!- ele completou minha frase e saiu um pouco feliz.
Pra falar a verdade eu achei até engraçado a forma como ele ficou com medo de mim, não pensei que pudesse ser confundido com um cara que batesse em pessoas,até por que sou tão pacífico que nem uma pessoa irritante consegue me tirar do sério, e até engraçado.
- pensei que teria que ir de ônibus hoje! -disse Gabriela com um tom de ironia que me fez rir e dizer:
-Talvez devesse ter deixado, todos do ônibus iriam adorar esse sua roupinha!
Ela me olhou com cara feia e disse:
-eu também te amo viu Gabriel, porém nos somos só amigos e mesmo que tivéssemos uma amizade colorida, você é gay e tem Pinto pequeno!
-ser gay não é problema,mas o Pinto pequeno que você diz mede 18cm, tenho certeza que ninguém jamais com Pinto maior te comeu.- respondi.
-aí que nojo Gabriel!
Fui rindo o caminho todo mesmo com o Henrique que não entendia nada das minhas gargalhadas.
-agora chega né bie!- disse ela dizendo o apelido que odeio.
-putz! Chamou de bie!- disse Henrique.
Fiquei sério e nem olhei pra ela. Bie,pensei que nem ouviria mais isso, odeio esse apelido, dês do dia em que tive que ser uma garota numa peça de escola. Eu odeio esse apelido idiota. Talvez seja uma das coisas que mais me tiram do sério.
-ei cara, e ai? Vamos sair hoje?
-o sumido enfim apareceu,pra falar a verdade pior que hoje não dá!-respondi Ao Guilherme que dava uma leve risada.
a aula sempre começado mesmo jeito, com o professor de sociologia falando.Não posso negar que era um quanto chato.
Cozinhar e um dos meus maiores fortes, embora sempre achei que isso nunca levaria a nada,tanto infuências quanto por gosto.
Um dos meus lugares preferidos na faculdade sempre será a biblioteca,aqueles livros, ação, ficção científica-nada de romance, acho eles muito chatos; quase sempre terminando da mesma maneira.- nada e mais legal que uma biblioteca.
As aulas acabam e eu vou em direção a minha casa, a mais nova casa e por incrível que pareça dou de cara com o mesmo garoto que encontrei quando me perdi. Era engraçado pensar que ele me confundiu com os caras que batem ou o xinga. Sai do carro em frente a minha casa e o chamei:
-ei garoto!
Ele olhou pra trás e levantou um sorriso, se aproximou de mim e disse:
-o que faz por aqui? Está me perseguindo?
-capaz mesmo, estou chegando agora na minha casa.-respondi.
Ele ficou por um tempo em silêncio e disse:
-Tenho que ir minha mãe deve estar me esperando.
-pera la, você não morava lá naquele bairro lindo!? O que faz aqui?
-eu disse que morava por perto. Tenho que ir.-disse ele nervoso.
-quer uma companhia?-perguntei.
- eu moro nesse prédio!
Eu fiquei com a pulga atrás da orelha já que antes ele já tinha "mentido",mas não teria o que eu ficar já que mal conhecia o garoto.
Entrei com o meu carro e estacionei. Subi até o 9˚ andar e segui até a porta do meu apartamento; ele já estava quase pronto, eu já poderia dormir lá, já estava tudo arrumado só falta comprar os móveis da sala e da cozinha. Meu pai me fez prometer que não iria morar aqui enquanto tudo não tivesse arrumado e mesmo que tivesse teria que ir visita-lo todos os dias.
O barulho da campainha atrapalhou meus pensamentos e dei de cara com a pessoa que eu mais odiava.