Encontros,Acasos Do Tempo
Parte da série Amor? O Que é Isso?
Odiar pessoas,objetos ou coisas alheias e uma das coisas mais normais entre nós; e eu não fico atrás, por mais que seja pacífico e tranquilo na maior parte das vezes, sempre tem algo que nos consegue tirar do sério como aquele apelido idiota e a chegada repentina do meu ex namorado. Eu realmente gostava dele, nada que me fizesse saber o que é o amor; tenho certeza que também tenho culpa por ele ter me traído,mas saber que ele me traiu não era o problema, o problema era que eu havia visto ele me traindo,traindo com meu melhor amigo.
Essa foi uma das únicas vezes que algo realmente me tirou do sério, algo que fez eu arrebentar meu ex-namorado e um amigo.
-vizinho?- disse ele num tom alegre.
-vizinhos?!- disse e revirei os olhos.
Ele respirou fundo e disse:
-não acredito que você ainda tem raiva de mim, cara por que isso? Pensei que depois de dois anos você sei lá poderia ter só me perdoado!
Respirei fundo e levantei um sorriso irônico dizendo:
-Sério Igor?! Ai ai você sempre foi ingênuo não é? Cara eu teria perdoado se eu não tivesse visto, mas ver já é outra história e com meu melhor amigo então-não sabia o que dizer-te tem ideia do que é isso! Meu melhor amigo transando com meu namorado! Você perdoaria? Acho que aquele soco que te dei não deixou bem claro!
Ele não sabia o que dizer, respirava profundamente com os olhos vermelhos denunciando que poderia chorar. Só o vi dando meia volta e entrando no elevador.
Sei que de tal maneira fui muito grosso com ele, porém eu o odeio então isso era válido na minha cabeça independente se isso iria magoa-lo.
Entrei na minha casa e comecei a minha faxina. Limpei a sala e o quarto que estavam uma bagunça e cheios de pó. Após essa rápida faxina peguei alguns livros dentro da minha bolsa e deitei sobre a cama para dar uma estudada na matéria para não perder o ano. Meu telefone toca e atendo:
-Alô?
-Gabriel, aqui e a Pamela e precisava saber se você vai mesmo vir aqui hoje A noite?
-vou sim, mas antes vou dar uma passadinha em casa.
-tudo bem então.
Desliguei o telefone e voltei a estudar. Ao chegar em casa já fui bombardeado com as perguntas do meu pai.
-aonde estava que demorou tanto?
-calma pai, estava no meu apartamento estudando. Respondi.
-e não podia estudar aqui? Até por que você não iria só fazer a faxina na "sua casa"!?- perguntou ele é eu comecei a rir deixando ele bravo.
-calma pai, eu não vou sumir da sua vida!- respondi.
Ele olhou sério pra mim e disse:
-Não é o que parece com esses sumiços que você dá. Me deixar preocupado!
Eu comecei a rir ainda mais deixando ele ainda mais bravo. Disse em meio a risada:
-eu sei que sou seu filho único e que você se preocupa demais comigo, mas eu já tenho 19 anos e outra você me fez prometer que eu não iria sumir assim de não deixar notícias. Não sou mais seu garotinho, agora sou um homem!
Ele olhou dentro dos meus olhos e começou a rir comigo e disse:
-Acho que estou exagerando um pouco, mas você sabe eu me preocupo com você!
-e eu sei pai até demais, como se eu fosse uma menininha!- respondi, ele me olhou e tramou em dizer algo,porém não disse.
Meu pai sempre foi preocupado ao extremo comigo, sempre me dando bronca por não avisa-lo. Sempre sendo um pai coruja, de certa forma ele parecia me tratar como uma menininha, não digo por gostar de outros homens,mas sim pela forma como me defendia. Sabe aquele pai que não pensa duas vezes quando vê o perigo, agarra sua menininha e não deixa ela sair pra nada ou quando ela apresenta um namorado para o pai e ele fica irado e triste por ver a filha com um rapaz que só quer come-lá, e com medo de perde-la para ele,bom,esse é o meu pai. Ele me trata como uma menina.Acho que não tenho muito o que reclamar já que sempre dei essa brecha pra ele me tratar assim.
-Gabriel! Aonde você vai essa hora da noite?- disse meu pai entrando no quarto e me assustando.
-que susto pai! Eu vou na casa da Pamela, faz tempo que a gente não se vê então resolvemos nos ver hoje. É antes que eu me esqueça, já liguei pra pizzaria e trouxe alguns filmes para o senhor, não pretendo voltar hoje.- respondi.
-é deixando seu velho sozinho em casa nesse frio, pra sair com uma garota.- disse ele fazendo charme e me fazendo rir.
-chega de drama pai! Depois eu fico rindo e o senhor acha ruim e só uma noite não estou me mudando pra Antártica não!- respondi.
Ele começou rir e disse:
-nenhuma das minhas táticas funcionam mais, vou ter que ficar sozinho mesmo. Não me diga que pediu pizza de pepperoni eu odeio!- disse ele.
Olhei pra ele é comecei a rir e disse:
- eu pensei em pedir,porém lembrei daquela vez que o senhor comeu e quase me matou. É que táticas são essas?
Ele ria junto comigo. Mostrei os filmes que sei que ele gosta e sai em direção a casa da Pamela. No meio do caminho recebi uma ligação dela:
- Gabriel já está vindo?
-já.-respondi.
-teria um problema se meu irmão estivesse aqui?-ela perguntou com uma voz desconcertante
-não por que?-respondi a ela.
-que bom, assim você conhece minha família direito, te esperamos aqui!- disse ela já alegre.
A casa dela ela longe, era na Cidade ao lado quase uma hora de viagem,bom, era cansativo essa viagem,principalmente sozinho,entretanto valia a pena, eu estava indo a encontro da minha minha melhor amiga.
Ao chegar lá,fui muito bem recebido por ela é me surpreendi ao ver o irmão dela. Eu nunca pensei que poderia ser...