Detalhes,Encantos Escondidos
Parte da série Amor? O Que é Isso?
Estávamos todos nós na sala concentrados no filme,bom, eu não estava totalmente. Era um filme de terror que eu já havia assistido mais de milhões de vezes então não estava tão ligado o que iria acontecer, eu já sabia. Mas o que me fazia levantar um sorrisinho no canto da boca era ver o Pedro se agarrar a irmã ou esconder a cara quando uma cena de susto acontecia, era hilário.
Toda vez que ele me via olhando pra ele nessas partes do filmes ele ficava envergonhado e se agarrava ainda mais a irmã que pelo jeito já estava findo meio irritada. Era engraçado quando o assassino aparecia de relance e lá ia ele se agarrar a irmã que dessa vez se irritou e empurrou o irmão que ficou sem saber o que fazer. Era evidente a sua cara de medo perante ao que estava acontecendo ao filme e bem aonde ele foi empurrado. Parecia que queria chorar. A Pamela olhou pra ele é disse:
-vem cá Pedro, mas pare de querer entrar dentro de mim!
Ele ficou alegre ao perceber os braços abertos da irmã para dar confiança a ele. Eu parecia estar bobo observando cada coisa que o garoto fazia, era engraçado e constrangedor.
Sem muito o que fazer resolvi ir pegar pipoca que os dois preguiçosos não quiseram pegar.
-já vou avisar, quando voltar pra sala não pego mais nada!- disse pegando o pote e um copo de guaraná.
-ei Gabriel trás aquela barra de chocolate que eu comprei- ouvi ela gritar lá da sala.
Eu quase derrubei tudo que estava na minhas mãos ao ver o Pedro entrando pela porta da cozinha, ele também se assustou pelo meu susto. Ele ficou estático, estava em estado de choque. Meu coração estava a mil,mas mesmo assim não consegui conter a risada. Por um instante ele me olhou e deu meia volta; ele parecia ter ficado irritado.
-até que enfim trouxe a pipoca!- disse a Pamela colocando a mão dela no pote.
-hahahaha! Essa pipoca e minha, se quiser a sua vá fazer, pedi pra você pegar e você não pegou então é toda minha- disse batendo na mão dela.
No canto dos olhos pude perceber o brilho dos olhos do Pedro perderem o brilho quando disse que o pote seria só meu.
-corrigindo, meu e do Pedro, pode pegar Pedro- disse e mostrei um sorriso Largo pra ele que virou a cara e se aproximou de mim.
Eu e a Pamela estávamos a um sofá de distância, o suficiente pra ver o Pedro morrer de medo comendo a pipoca, era engraçado,mas lá no fundo eu estava sentindo dó pelo moleque. Vendo a situação chamei:
- ei Pedro vença, pode deitar aqui, fica nesse medo todo sozinho não!
A Pamela olhou pra mim e sorriu, já o Pedro olhou dentro dos meus olhos e foi se aproximando do meu colchão devagarzinho, como se eu fosse um cachorro que iria morde-ló. Quando chegou perto do colchão adentrou rapidamente dentro do cobertor, eu segurei o riso, mas o medo do garoto era forte, ele estava tremendo de tanto medo, ficava olhando fixamente pra tela.
Em um dos momentos mais assustadores do filme, só o vi pular de onde estava e ir para entro os meus braços me abraçando fortemente. Eu fiquei sem reação, não sabia o que fazer em respeito a ele. Tudo que eu tinha achado engraçado pareceu estar me dando remorso.
Quando percebeu que estava agarrado a mim me largou imediatamente e ficou corado,muito mais que um tomate, suas Buchechas estavam vermelhinha e seu rosto baixado.
-me desculpa é que...
- Sem pânico garoto, tudo bem, era um momento de susto, até eu levei,Mas pode ficar aqui se ainda quiser.- interrompia suas desculpas.
Ele levantou o rosto com um sorrisinho bobo que automaticamente foi retribuído por mim que pela primeira vez havia ficado envergonhado em frente ao garoto. Ele pareceu gostar de saber que eu estava envergonhado, por que caiu na risada é se aproximou do meu colchão e deitou ainda rindo enquanto assistia aquele filme.
Eu fiquei bobo e envergonhado por saber que havia me envergonhado por nada. De alguma forma eu pareci dar confiança e proteção para o garoto, por que ele assistia olhando fixamente sem levar quais quer susto.Quando o filme terminou em uma alegria só ouvi ele dizer:
-Vamos ver outro?
-por mim esse foi muito fraco!- disse a convencida da Pamela.
Levantei um sorriso de canto e disse:
-alguém tem medo de assombração? Tenho um filme que e muito foda!
Todos me olharam fixamente trocar o cedo por outro.
-lhes apresentado atividade paranormal!- eu disse.
Pedro pareceu desistir de querer assistir a esse filme, já a Pamela queria assistir.
Foi engraçado a cena dos dois logo nas primeiras cenas. Eu sabia que o filme daria medo, porém também tinha em mente que era um filme perfeito para saber quanto eles aguentaria como se os filmes fosse uma forma de medir os medos das pessoas.
Dessa vez quem foi buscar algo na cozinha foi a Pamela que não pegou e voltou correndo quando ouviu eu derrubar a cadeira. Fiz aquilo de propósito e foi hilário, a reação dos dois era engraçada parecia que haviam ensaiado tudo só para "me alegrarem".
-nada legal isso Gabriel!- disse ela me olhando brava.
-não era para ser legal mesmo, era para ser engraçado e pelo jeito paguei por um e levei dois, vocês dois são muito engraçados.- respondi e ela ficou brava e voltou pra cozinha pra pegar sua tão amada Barra de chocolate. Que a propósito eu nem havia comido se quer uma única Barra, nem eu nem o Pedro, ele parecia não ligar muito para nos dois,mas ainda sim levava susto. Eu tratei de argumentar:
-pode passar metade da Barra ai pra mim dividir com o Pedro!
-não! Não pra você, toma maninho!- disse ela pra me provocar.
-não vai me dar né!? Muito bem!- levantei e ouvi o Pedro dizer:
-fica com a minha parte, ouvi dizer que chocolate da espinha e quero preveni a não ter mais. Pode pegar!
Eu não sabia o que responder,mas mesmo assim parti pra cima da Pamela que sorriu e me deu metade da Barra.
-sorte a tua que meu irmão e legal!- disse ela pra me provocar.
*
Capítulo extra.