Capítulo 2 - Garoto Atrevido

Parte da série A vingança de Ícaro

- O que você quer em Ícaro? Veio rastejar para que o Danilo te aceite de volta.

- Não claro que não, até porque quem rasteja aqui é você.

- Como sabia que estaríamos aqui?

Perguntou o Danilo.

- Por favor, né? Eu conheço toda a sua rotina, mas vejam só como os dois ficam bem juntos, foram feitos um para o outro, mas é até bom vê vocês dois juntos porque assim não preciso repetir.

- Vai Ícaro diga logo o que você quer?

- É o que vocês fizeram comigo doeu, doeu sim eu reconheço, mas escutem bem há minha hora vai chegar e eu vou me vingar de vocês e quando isso acontecer vocês vão se arrepender de ter me conhecido.

Digo e saio daquele lugar e os dois continuavam estáticos com minha ameaça.

Sempre fingir uma riqueza que nunca existiu, há quatro anos atrás conheci o Danilo estudávamos juntos em uma escola particular graças há uma bolsa, o Danilo sempre foi o típico riquinho que acha que vai viver pra sempre esbanjando a riqueza dos pais, antes de ser meu namorado ele tinha um caso com o Aldo, um garoto arrogante que gostava de humilhar os menos afortunados, desde o primeiro dia em que o Danilo me viu ele se apaixonou por mim, não só ele mas como vários que assim como o Danilo ainda não tinham saído do armário, desde então o Aldo vem fazendo de tudo para me prejudicar e infelizmente hoje ele conseguiu o que tanto queria, mas não conheci somente pessoas ruins, eu tinha uma amiga chamada Amora, filha de um médico bem conhecido na cidade ela sempre soube das minhas péssimas condições financeiras e sempre me ajudou a manter o meu disfarce de menino rico, mas ao terminamos o ensino médio ela foi embora com o pai para a Europa e agora só mantemos contato por redes sociais.

Já perto de casa ainda dentro do taxi, olho em volta e sinto um enorme ódio, tanta pobreza, pessoas ignorantes, péssimas condições de moradia.

- Porque a vida para alguns sempre é mais difícil?

- Porque nem todos nasceram com o rabo virado pra lua, agora sai logo do carro eu estou com pressa.

Disse o taxista.

- E quem te perguntou alguma coisa?

Olho para ele irritado jogo o dinheiro sobre o colo dele e saio do carro.

- Vai tomar no cú veadinho.

Gritou e saiu cantando pinéu.

- VAI VOCÊ, ESPERO QUE BATA SEU IDIOTA.

Grito com raiva e ódio, com lágrimas nos olhos sigo rápido pela rua, Pedro assistiu a toda a cena.

- O que você está olhando.

Digo em meio a lágrimas de puro ódio. Ele estava sem camisa e lavava o carro, um táxi que o pai dele e ele revesavam com o serviço de pedreiro, seus músculos o deixaram ainda mais atraente, Pedro se levantou e caminhou até me alcançar.

- Você está bem?

Disse me olhando preocupado.

- Ele te fez algo?

- Não e não é da sua conta.

Ao dar o primeiro passo ele me puxa pelo braço e sem querer me choco contra seu corpo, ele estava suado, seus braços com veias destacadas ( amo homens que possuem veias visíveis nos braços rsrsrs me excita e não precisa ser malhado mas também não tão magro kkk), peitoral e barriga estava banhado por suor e começavam a me excitar, seus olhos castanhos claros me encaravam agora com firmeza, sua boca era vermelha, seu rosto era másculo e combinava perfeitamente com o corpo forte e esculpido.

- Porque me despreza tanto?

- Do que está falando?

- Você sabe muito bem de que eu sempre gostei de você.

- Eu nem ao menos sabia que você era gay.

- E não sou.

- Hã?

- Sou bissexual.

- Ahh que bom agora me solta.

Ele havia me abraçado e seu rosto estava a centímetros do meu.

- Não sem antes eu fazer isso.

Pedro levou sua mão a minha cabeça e me beijou, nesse momento sinto como se uma corrente elétrica percorresse meu corpo, sua boca macia devorava a minha, com as mãos sobre seu peitoral desço até sua barriga, quando descia a mão até seu bumbum sou puxado para trás com força me fazendo cair, ao olhar para cima vejo o Danilo partindo para cima de Pedro.

- Desgraçado vou acabar com você.

Os dois estavam no chão e Danilo estava por cima de Pedro e desferia vários golpes em seu rosto, tento separa-los mas Danilo me empurra para trás.

- Cala a boca seu vadio.

Com segundos de distração, Pedro consegue levantar e revida com socos mais fortes.

- Parem com isso, alguém me ajuda por favor eles vão se matar.

Grito, meu pai e os outros vizinhos saíram para ver o que acontecia.

- Pai eles vão se matar.

Meu pai e mais alguns homens conseguem tirar o Pedro de cima do Danilo.

- Me solta, eu vou matar esse desgraçado.

Pedro tentava se soltar, nesse momento não reconheci o rapaz sorridente que me cumprimentavam todos os dias, sua feição era de fúria, podia ver veias em sua testa e músculos saltarem para fora.

- Vai leve-o para dentro de casa.

Digo ao meu pai, eles arrastam o Pedro para minha casa e volto a atenção para o Danilo que estava caído no chão.

- O que você fez seu idiota?

Digo o levantando do chão, sua boca estava sangrando e havia arranhões e um pequeno corte perto de seu olho direito.

- Eu estava certo, você sempre me traiu com aquele morto de fome.

- O que? A Cala a boca deveria ter deixado o Pedro te matar.

Curiosos comentavam a cena, irritado mando todos para o inferno, vejo o Mateus que corria em minha direção.

- Até que em fim você apareceu.

- O que aconteceu?

- Vem me ajuda, depois te explico.

Levo o Danilo para a casa do Mateus e cuido dos seus ferimentos.

- O que deu em você para fazer um absurdo como este?

- Eu queria te pedir perdão pelo o que houve.

Disse ele enquanto limpava sua boca.

- Só pode estar brincando, depois de toda humilhação que você me fez passar, acha que com um simples perdão vai resolver tudo?

- Não, sei que o que fiz foi errado mas essa noite prometo que as coisas vai ser dife.... Aahhhhhh....

Aperto com força o algodão em sua boca com raiva, fazendo com que ele gritasse de dor.

- Você só pode ser maluco, depois de tudo que você fez, de me humilhar diante de toda a faculdade, você quer me levar pra cama? Eu deveria ter deixado o Pedro acabar com você, eu te odeio Danilo e eu juro que você e o Aldo vão comer o pão que o diabo amassou.

- Desgraçado, você so queria o meu dinheiro.

- Ah Cala sua boca porque nem todos são como você, agora vai embora e nem pense em denunciar o Pedro porque juro que seus pais adorariam saber de nós dois, como eles reagiriam lá na Alemanha?

- Eu te odeio Ícaro, isso não vai ficar assim.

Danilo se levantou furioso e saiu da casa do Mateus batendo a portar, sento na cadeira de uma vez.

- Ícaro o que foi que aconteceu?

- Onde você estava Mateus? Sempre que preciso de você nunca te encontro.

Conto tudo para ele que ficou pasmo com tudo o que aconteceu, algum tempo depois volto para casa, mas não havia encontrado meus pais por lá sigo para meu quarto que estava escuro, uma mão me puxa me assustando.

- Calma sou eu.

- Pedro? O que faz aqui e onde estão os meus pais?

- Eles me deixaram aqui esfriando a cabeça enquanto foram ver a Marília que está prestes a dar a luz.

- Hum agora vá embora preciso tomar banho.

Digo me soltando dele e lingando a luz do quarto, Pedro me agarrou por trás e beijando minha nuca disse...

- Quem era aquele cara?

- Um idiota, agora me solta e vai embora.

- Está bravo comigo?

- Não porque não foi sua culpa.

- Então porque está me expulsando daqui?

- Cara mal conheço você e já está aqui no meu quarto, me beijando, acho que está indo rápido demais.

Me solto de seus braços e vou até a porta do quarto abrindo-a.

- Tem razão desculpa.

Andou em direção a porta parando em minha frente.

- Mas antes de ir quero isso.

Me beijou novamente e saiu com um sorriso do meu quarto.

- Você é muito atrevido.

- E você é muito lindo.

Disse sorrindo e jogando beijos para mim. Fecho a porta do quarto e sento no chão.

- O que foi isso?

Digo sorrindo passando a mão nos labios.

Contínua...

Obrigado pop afro, Nando Martinez e will, pelos comentários, espero que gostem desse capítulo, continuem comentando porque é muito importante para mim saber que estão gostando, sabem, escrever tem sido um alívio para mim porque posso tentar esquecer uma uma doença, então muito obrigado mesmo, fiquem todos a vontade para elogiar, criticar dar sugestões...