02. Esgrimas, valsas e danças.

Conto de Gabzamon como (Seguir)

Parte da série O universo além de você

Amanheço com a luz da cara batendo em meu rosto, e percebo que já são 9 horas. Fora do normal, que acordo umas 12 horas, eu não sei o motivo de eu ter acordado cedo. Movo meu celular que está de baixo do travesseiro para mim, e na mesma posição de bruço, que estou, vejo mensagens de amigos, pais, grupos no meu Whatsapp. Acordo com uma batida na minha porta, e ouço o barulho do Jonathan falando.

- Eu já to saindo, eu deixei a chave em cima da mesa pra você não se perder. Ah, antes que eu me esqueça, o sanduíche que você deixou ontem a noite está na geladeira. — Ouvi passos depois da porta, e um estrondo na porta de saída —

Além de Jonathan ser meu amigo íntimo, eu acho uma sorte de eu estar morando este tempo em São Paulo com ele. Porém, vamos à vida.

Levantei, vi que o meu cabelo liso estava meio bagunçado, arrumei a parte uval, do meu corte Undercut está para trás. Como prefiro para o lado direito, eu arrumei e consegui ver a luz do sol novamente batendo na minha cara. Abri mais a janela do meu quarto, fazendo com que o sol bata completamente no meu rosto. Deito novamente na minha cama e me lembro do papel que o Luccas me deu. Me sento sobre a cama quase de casal, e vasculho no meu bolso da minha calça que usei ontem. Até que enfim achei. Peguei o número e coloquei no meu celular e depois coloquei no Whatsapp. Aparece o contato do Luccas. "Luccas Schwitz Alves ". Bem, é hora de ver e papear um pouco com ele. Mando uma mensagem pra ele: " Bom dia, seu morcegão. " Ele responde em menos de 1 minuto, acho que ele esperava eu falar alguma coisa. Ele visualizou e respondeu: " Bom dia, seu louco pelos livros. " Eu respondi de volta, com um: " Sou mesmo, até porque os livros ajudam na leitura. " A partir daí, ele visualiza e não respondeu mais. Me levanto novamente, pego meu roupão e vou ao banheiro. Retirei todas as partes de peças de roupa de mim, e coloquei em cima da mesinha que está distante do chuveiro. Me ensaboo, passo shampoo em meus cabelos, me lavo novamente e fim. Peguei meu roupão e dei um nó no meio. Escovo meus dentes, passei um fio dental e enxaguante bucal. Vou até o meu quarto, passando pela cozinha e vejo a TV ligada. Apesar de tudo isso, a TV passou algo sobre a faculdade em que estou estudando. A jornalista segue com o discurso:

- Hoje a faculdade São Judas Tadeu estará fechada por motivos de paralisação dos professores, uma greve.

Me senti um pouco feliz, já sabendo que não vou pra faculdade. Devo aproveitar esse dia livre, fazer uma passeata pelo Ibirapuera, ou qualquer coisa que me desconcentre desse mundo de estudos. Voltei-me ao quarto, me vesti com uma cueca boxer branca, uma blusa preta com listras cinzas e com uma bermuda marrom clara. Sequei meu cabelo com o secador, e arrumei ele do jeito que eu queria.

- Bingo. — Digo isso por não acertar o jeito que quero todo dia. —

Uma notificação do meu Moto G 3° geração surge, e vou ver. É o Luccas, mandando uma mensagem de voz.

- Henry, vamos hoje até a escola de esgrima? Tenho uma coisa pra mostrar pra você. Aposto que você já viu na TV que a escola está fechada hoje. Bem, eu já estou indo na sua casa. — Puta que pariu! Como ele sabe meu endereço? Hm... Deve ter sido o Jonathan, aquela puta louca. —

Estou sentado agora na cadeira entre a mesa, com um pão francês na mão com uma colher quase cheia de manteiga no verso da colher e passando no pão, quando ouço um barulho no corredor. É o Luccas que tava lá. Ele bate na porta e abre, sorrindo pra mim.

- Oi. — Diz ele, feliz. —

- Oi, entra aí. — Mando ele entrar e ele obedece, sentando na cadeira ao meu lado. — Quer tomar café?

- Aceito. — Ele pega um pão francês, corta e põe a mortadela que tinha no centro da mesa. Enquanto isto, eu vou até a cozinha pegar uma xícara para ele beber café ou o suco. — Toma. — Pego o leite frio na geladeira e ponho na mesa. —

- Valeu. E aí, topa ir até lá comigo? — Diz ele sorridente, depois mastigando o pão francês. —

- Pode ser, já que não tem nada pra fazer hoje. — Também sorrio pra ele, me sentindo bem com alguém que me faz feliz. Mastiguei o pão francês por completo, bebendo o café com leite e depois pegando alguns pães de queijos que estavam dentro de um saco branco no canto da mesa. —

- Você mora sozinho? — Diz ele, pertinente e centralizado ao café. —

- Não, essa casa é do meu amigo Jonathan, ele tá deixando eu morar por aqui enquanto eu arrumo uma casa pra mim. — Quando termino de falar, mastigo os pães de queijo. —

- Hmm... Que bom você ter um amigo assim.

- E você, mora com quem? — Digo curioso, apesar de ele sair e fazer tudo que quiser a qualquer hora. —

- Eu moro sozinho, tenho uma casa própria. — Ele engasga um pouco, enquanto fala. Eu bato nas suas costas pra aliviar ele —

- Calma. — Sinto a maciez da sua pele passar sobre a minha mão e nesse momento eu me sinto de outro universo —

A gente termina o café e eu vou diretamente pra sala, ligar a televisão junto com a Netflix. Ele vai beber água e lavar a minha louça e a dele. Ele senta ao meu lado com uma almofada encima de seu colo. Como uma pessoa pode ser tão atraente sentada? Coloquei Scream Queens para assistir, o episódio 06.

- Eu já assisti até o 08. — Diz ele, mas espera que eu termine de assistir. —

Sinto levemente uma mão encostando no meu pescoço. Isso me deixa excitado, mas eu tento fingir que não sinto nada e começo a rir de uma parte engraçada da série. Eu peço para ele pegar pipoca para mim e ele obedece. Até que o momento ele chega com a pipoca na mão e senta-se ao meu lado com o balde de pipoca em cima do seu colo. Eu pego a pipoca, e coloco na boca, mastigando. Em um momento, na hora em que eu fui pegar outra pipoca, ele coloca a mão dele sobre a minha, e eu me viro para ele e ele vê que estou vermelho por isso ter acontecido. Deixei que ele pegasse primeiro, depois foi eu. Terminei de assistir até o episódio 08, e eu vou até o meu quarto pegar uma roupa para sairmos, já são 14hrs. Me visto com uma calça jeans preta, uma blusa azul com manchas brancas pelo designer da roupa e um tênis branco. Saio do quarto e vejo que ele já está em pé, de forma que vamos sair. Peguei as chaves do apartamento e tranquei a porta do apartamento com ele ao meu lado. Peguei o elevador vazio com ele. Vejo que ele se aproxima de mim e diz:

- Eu to começando a gostar de você. — Isso me causou arrepios. —

- Eu também. — Eu vou para perto dele, de forma em que o calor do corpo dele e o meu se tocam, estamos num clímax. Eu beijo ele de forma suavizada, atraente e lenta, como um beijo de cinema. —

O elevador já chega ao térreo e eu saio com o Luccas ao meu lado. Ele começa a andar para fora do apartamento, e eu sigo ele, pois não sei o caminho até essa tal escola de esgrima. Quando segui ele, eu vi um grande salão branco a minha frente, cheio de homens e mulheres. Teve até uma que tinha mechas vermelhas na franja e seus cabelos curtos negros até o pé da orelha. Ela tem um sotaque francês, atraente e lindo.

- Olá, entón serr esta pessoa que trrouxe até aqui, Luccas? — Me impressionei com seu sotaque, e ela arqueia os olhos para mim e para ele. —

- Sim, o nome dele é Henry. — Interrompi ele e digo depois. —

- Prazer, qual seu nome?

- Fiorra Laurent, muito prrazer. — Ela dá uma risada e volta à aula de esgrima —

Ela faz uma valsa com a esgrima, quando luta sem os devidos equipamentos. Acho que ela é uma das experts no assunto esgrima. Achei legal o modo de como ela dançava com o florete. Eu me diverti tanto que até entrei na ciranda. Eu peguei os equipamentos e tentei lutar contra ela. Na hora que eu fui dar um touchét nela, ela já me passa despercebido com uma cambalhota e tocando a ponta do florete à minha barriga.

- Touchét! — Disse ela e eu me arrepio e rio por baixo do capacete de véu. —

- Uau, você é muito boa nisso.

- Que nada, você está no auge da vitórria do aprrendizado. — Ela se distância e retira o capacete de véu negro. —

Também me distâncio, e sento-me no banco que estás na parede do salão branco. Vejo o Luccas e a Fiora lutando, até que um certo momento meu celular desperta com um toque.É minha mãe ligando.

- Oi filho, como você tá?

- Oi mãe, eu to bem na facul. E como você tá?

- Ai filho, aqui em Jaú tá um saco, minha patroa só me permitiu ligar por um instante, pois estou em um evento que dá muito dinheiro.

Desliguei e continuo.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Louis em 2016-04-11 22:46:22
Me deixou la 3m baixo agr cm esse cptl :-p