Capítulo 4: Histórias

Conto de GarotoComum como (Seguir)

Parte da série Epifanias

Eu tenho fé. Tenho fé que um dia eu serei feliz. Tenho fé que um dia meus pesadelos serão do passado e meus medos serão superados. Eu tenho fé que um dia farei algo importante, não por mim ou para mim, mas, para, e pelo mundo. Eu tenho fé que eu serei grato e serei ouvido. Eu quero ser ouvido...por que mesmo que eu chore, mesmo que eu caia, mesmo que doa. Eu quero continuar cantando. Eu tenho fé!

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- E então...eu posso? - perguntou-me Eduardo perceptívelmente desconfortável por eu ainda não ter respondido.

Eu na verdade não estava ali. Eu estava em meu mundo. Em minha mente confusa. Pensava à espeito de meus medos e anseios. Percebi que depois da pergunta fiquei feliz. Não sabia ainda o por quê daquilo, mas o fato de ter Eduardo em minha casa me enchia de uma pitada de felicidade.

- Ops..Desculpe. Estava "longe". Claro que sim. Mas e seu pai? Não vai reclamar?

- Meu pai está no trabalho, daqui a pouco ele liga e eu avisarei onde estou. E outra. É até bom porque assim nós adiantamos o trabalho.

- Entendi. Então de boa. Minha avó sempre diz que eu devo levar alguém lá pra casa, para ela conhecer. - Ele me olhou de forma estranha. - "Alguém", no caso, algum amigo que nãoo seja a Gabriela. - eu sorri.

- A tá. Entendi hehehe.

- Então vamos. Já é na próxima parada.

Seguimos em direção a mimha casa. Estava um tempo gostoso, nem quente, nem frio. Eu gosto de climas assim.

A rua estava tão calma que a única coisa que podiamos ouvir eram nossos próprios passos. Fomos conversando à respeito de nosso trabalho. Chegamos e minha flor veio com todos os tipos de agrados que uma dona de casa pode fazer para que a visita se sinta confortável. Perguntou até se ele queria tomar banho. Enquanto isso eu a admirava. Minha avó é o tipo de pessoa que se doa demais para os outros. Ela sempre foi assim com todos...já se decepcionou muito com as pessoas e é por isso que eu também a protejo.

- Vamos almoçar. Meu filho, leve o moço para a mesa e arrume todos os pratos.

- Sim, flor...estou a caminho.

- Flor? - perguntou Eduardo com uma cara risonha.

- Sim. O nome dela é Rosa hehe.

- Agora entendi. Achei que era um daqueles apelidos irônicos ou algo do tipo.

- Eu não sou assim....dudu.- nós rimos.

O almoço estava ótimo. Assim como a conversa. Minha avó falava muito e pergunta muito. Eu já estava ficando meio constrangido. Mas eu não podia censurá-la. Isso seria desrespeitoso.

Logo que terminamos. Subimos para o meu quarto para começar a dar início ao trabalho. Eduardo, antes, ligou para o seu pai o avisando de seu paradeiro. Quando entrou no meu quarto ficou parado na porta olhando para os mínimos detalhes.

- Seu quarto é tão....organizado.

- E isso é ruim? - Perguntei enquanto ligava meu notbook.

- Não. Não é. Só não estou acostumado em ver um garoto de nossa idade com o quarto tão organizado como este rsrsrs.

- Eu não sei o por quê. Mas não consigo vê-lo desorganizado. Me agonia. Acho que eu tenho TOQ. Bricadeira...

- Pensei nisso quando entrei haha..

- Tá. Agora deixa de pensar besteira e vamos fazer nosso trabalho. Você pesquisa os principais acontecimentos no país entre os anos 1964 até 1989. Eu pesquisarei os principais acontecimentos no mundo e de que forma eles influênciaram nossas ideologias.

- Ok..chefe - falou eduardo levando sua mão direita até a sua testa como um soldado. Eduardo era muito palhaço e parecia gostar de me fazer rir.

Iniciamos o trabalho com sucesso. Acho que estávamos em sintonia. Na verdade, acho que quando tenho algo a fazer, foco muito naquilo de forma que incito outros a focarem da mesma forma. Meu pai sempre disse que eu tenho uma tendência à liderança. Não é algo que eu goste por me tornar responsável e "visível. É apenas...algo meu.

- Descanso? - perguntou Eduardo, sentando-se na cama.

- É. Acho que sim. Hehe

- Engraçado... - disse ele ao olhar para mim.

- O quê? - perguntei curioso.

- É que quando te conheci não achei que eras tão nerd.

- haha...é recíproco.

- Mas eu não sou nerd. Eu estudo. Sei o básico...mas não sou. Só estou me esforçando por sua causa.

- Minha? Por quê? - enquanto eu perguntava surpreso ele me olhava desconcertado. A impressão que deu foi que ele falou sem querer. Foi realmente estranho.

- Ah...é que...é que eu não quero que você pense que estou me escorando. Quero que façamos o trabalho juntos..é isso hehe....o que mais podia ser? - Disse ele coçando o cabelo. Eu sorri. Achei muito legal de sua parte dar o seu melhor para que eu não me esforçasse sozinho.

Já passava das quatro da tarde quando descemos para comer algo. Minha avó havia saído para o banco, mas deixou o café pronto. O café de minha flor é o melhor. Assim que acabamos de comer ele se ofereceu para me ajudar com a louça. Limpamos o que havíamos sujado e subimos para o meu quarto.

- tá. Agora não estou afim de estudar ou fazer algo parecido.

- Sinceramente...eu também - disse eu me sentando na cama. Ele se sentou do meu lado.

- E então...qual a sua história? - perguntou Eduardo, enquanto me fitava com seus olhos cor de mel.

- Como assim?

- Ah....sei lá. Me fala mais sobre o Adam.

- Bom. Sou assim rs...Brincadeira. Convivi sempre com meu pai, minha mãe, meu irmão e minha avó. Há quatro anos foi descoberto um tumor em meu irmão. Lutamos duramte esses anos e há alguns meses ele faleceu. Meus pais se separaram e foram viver suas vidas, enquanto eu fiquei aqui com minha avó.

- Nossa, cara. Você perdeu seu irmão. Nem imagino como deve ter sido. Sinto muito.

- Eu penso nele todos oa dias...não posso esquecê-lo.

- Entendo. Você é diferente sabia?

- Como assim?

- Você não é previsível. É maduro..e uma grande pessoa.

- Mas você neme conhece direito, Edu.

- Tá vendo só. Conheço o bastante para dizer que tens caráter. E outra. Você devia ouvir mais o que as pessias dizem a seu respeito.

- rs...Obrigado. Disse eu fitando o chão. Mas e você? Sua história. Sua vida. Quem é você?

- Bom. Minha mãe vive nos states com o marido. Desde que eu me entendo por gente meus pais são separados. Convencionalmente fiquei com meu pai. Ele trabalha bastante e quase não conversa comigo. De qualquer forma..eu sou um pé no saco mesmo hehehe...meu pai foi chamado pelo conselho tutelar por minha causa. Eu bati o carro dele enquanto ia para uma festa. Apareceu um emprego novo por aqui e ele decidiu vir. Fim da história.

- Nossa...seu irreponsável rsrsrs

- É. Eu sei. Mas estou arrependido. Vou ganhar a confiança dele de novo.

- Se precisar de alguma ajuda. Acho que já pode confiar em mim.

- É. Eu acho que sim....Ei. aquele quadro - ele disse apontando para um quadro que pintei aos 14 anos. Um quadro em que a ilustração era do Nemo. - você que pintou?

- Ah..foi sim. Faz um tempão rs.

- A Gabriela disse que você canta. Quero ouvir.

- Não.

- Por quê? Eu prometo não gravar nem nada. Só quero ouvir...só uma palinha.

- Desculpa...mas não dá. Preciso de muito para me expor assim rsrsrs.

- Ok então. Não quero ser incoveniente. De qualquer forma tenho que ir...meu pai pediu para que eu chegasse antes do pôr-do-sol. Já estou atrasado então rsrs..

Descemos a escada e eu o levei até a porta. O sol já estava se pondo. O tempo estava agradável e a iluminação natural, estava belíssima. O tom alaranjado dava uma beleza distinta sobre a cidade. Enquanto Eduardo saia, eu fiquei na porta. De repente ele se virou e voltou em minha direção.

- Esqueci de pedir que você agradecesse sua avó por mim. O almoço estava uma delicia e..nossa.- Ele parou quando chegou perto

- O que foi? - disse eu olhando para traz. Achei que ele tinha se assustado com algo, mas nada vi.

- Seus olhos. Estão...muito bonitos. Tipo..já falaram que os meus são belos, mas tem algo de diferente nos seus. Desculpa hahaha...foi involutário.

- Que nada. Valeu pelo elogio - disse meio sem graça.

- Bom. Era isso. Tenho que ir. Até amanhã. - acenamos um para o outro. Ele se virou e foi em direção a parada. Eu entrei. Minha avó estava se organizando para preparar a janta. Me aproximei dela e perguntei.

- Dona Rosa. Meus olhos são bonitos?

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Ryan: Você como sempre, por aqui. Acompanhando. Bom. Há muito de se esperar do Adam. Ele é maduro mas possui um lado sensível. Acho que os dois precisam aprender algo , um com o outro. Adam sente-se curioso a respeito de Eduardo. Logo logo eles se aproximarão.

Historiador: te afirmo que apesar de ser alguém simples, Adam complica algumas coisas, as quais não sabe lidar. Como a paixão. Ele precisará amadurecer a emoção para viver algo novo. Obrigado por estar acompanhando. Abraços.

Cyrus: Olha que eu acho que é rsrs...as vezes me pergunto como. Como consigo fazer tanta coisa. Não sou o melhor mas sempre tive essa aptidão. Passei isso para um personagem como forma de dizer que sim...existem pessoas por todo o canto escondidas. Que sao muito talentosas. Obrigado por acompanhar.

Olivera: Eu gostei do fato de você estar comentando rsrs...obrigado por acompanhar.

Simon: Que bom que está. Obrigado por estar acompanhando e comentando... abraços!

Comentários

Há 2 comentários.

Por igoroliveira em 2015-07-08 02:48:36
Top top top... To apaixonado pela série ^^
Por Cyruz em 2015-01-17 08:05:34
Esse Adam é uma raposa assim com eu, mostra ter versatibilidade e isso é bom, eu acho. Adoro é ver a meiga relação dele com a avó.