O Filho do amigo do meu pai

Parte da série O Filho do Amigo do meu Pai

Bom gente, esse conto na verdade não é meu, e sim de um amigo meu, por isso todo os direitos de escrita vão a ele, (Dream) Espero que gostem

Introdução

“Meu nome é Guilherme e tenho 18 anos, desde pequeno sempre fui muito quieto, na minha, sempre fui uma criança tímida, e sou ate hoje, talvez ate mais que quando moleque. Ate meus 16 ate então eu não sabia o que era o amor, nunca senti muita curiosidade de saber também. Tive meu primeiro beijo com 13 anos, desde então não parei, ficava sempre com as meninas, mais nunca passava de beijos. Todos na escola me viam como o pegador, aposto que muitas achavam que eu já nem era mais virgem com 14 anos. Era uma ou duas garotas por dia, pra falar a verdade ficava mais com elas por meus amigos porem fogo do que por minha vontade, sempre gostei quando me elogiavam, o jeito como me tratavam e tal. Aos 15 veio aquela fase da adolesencia, ali eu já começava a entender e conhecer algumas coisas relacionadas ao sexo. Tinha ficado com algumas meninas que já tentavam alguma coisa, mais por alguma razão eu não conseguia nem sentia vontade, talvez por vergonha ou medo delas não gostarem, não sei. O tempo foi passando e fui amadurecendo, fui deixando de ser aquele moleque que satisfazia a vontade dos amigos so pra se sentir superior a eles. Fui cansando disso e sendo quem eu realmente era, quem eu realmente gostava e queria ser. Confesso que pedi muitos amigos com a minha mudança, mais eu não me importava, eu era feliz com os poucos amigos que me restaram.

“O filho do amigo do meu pai” é uma historia real, claro que como todos os outros contos relativamente baseados em historias reais, haverá partes fictícias, caberá a vocês destinguir o que seria verdade e o que seria ficção. Tudo começa aos meus 16 anos, quando na rua onde moro chega o Lucas, filho do amigo do meu pai que por ironia do destino passou a estudar na mesma escola que eu, o que facilitou nossa aproximação, aproximação na qual me fez conhecer o real significado da palavra amor e vários outros sentimentos.”

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Manha extremamente fria, era sempre assim todos os dias quando eu me levantava para ir ao colégio. Tinha que colocar o despertador do celular sempre as 05:30 da manha para assim eu poder criar coragem de levantar as 06:00. Sempre fui muito preguiçoso e de manha então, quem que não é? Alem de tudo eu sou totalmente desastrado, devo ter tropeçado umas quatro ou cinco vezes enquanto cambaleava ate o banheiro para tomar meu banho. A água... sorte minha, estava morna, fiquei uns 20 minutos no banho criando coragem pra sair e ter que enfrentar a escola que ainda estava na segunda semana de aula.

- Guilherme... – escutei meu pai chamando na porta do meu quarto.

- Fala pai... – respondi enquanto saia do banheiro me secando com a toalha.

- Vai rápido que tenho que chegar cedo no hospital hoje. – disse ele entrando.

- Já vou me arrumar rapidão e saio. – falei.

- Caramba que orgulho do meu filho.. – disse meu pai. Olhei pra ele sem entender e so ai me toquei que ela falava do meu pau.

- OW PAI, PARA COM ISSO POW... – falei me cobrindo com a toalha rindo.

- Para de besteira moleque, já vi isso um monte de vezes, eu que fabriquei! – ele disse todo se achando. Eu ri e ele saiu.

Eu e meu pai sempre fomos muito unidos, ficamos ainda mais quando minha mãe morreu, eu tinha 10 anos, ela morreu no parto do meu irmão, o Gustavo, no começo eu odiava ele, o culpava pela morte da minha mãe, mais eu era uma criança, não entendia as coisas ainda, com o tempo fui vendo que ele não tinha culpa, hoje eu ate daria minha vida pelo meu irmão que já ta com 7 anos, ele e meu pai são tudo que eu tenho. A convivência com meu pai sempre nos tornou muito íntimos e amigos, mas quando ele queria dar um de pai chato ele sempre conseguia.

Terminei de me arrumar, peguei minha mochila e desci. O Gustavo já tava terminando de tomar café quando cheguei.

- Ei pirralho... – falei bagunçando o cabelo dele.

- Oi mano... – respondeu ele meio triste.

- Que ele tem? – perguntei pro meu pai enquanto comia no balcão.

- Ele qué ir pro cinema ver o homem aranha, e falei que não tinha tempo... – explicou meu pai.

- Hum... vou ver se posso levar ele depois. – falei piscando pro Gu. Ele logo abriu um sorriso. – Então, vamos? – perguntei.

- Ta ok. – respondeu meu pai.

Saimos, como meu pai tava atrasado aquele dia ele me pediu pra deixar o Gu no colégio, fazia isso as vezes, o colégio dele é por trás do meu.

Paramos em frente ao meu colégio e nem entrei, fui deixar meu irmão no colégio, o caminho todo ele pulava de felicidade querendo assistir o homem aranha que aquela época tava nos cinemas, acho que nem era o quatro ainda, seila.

Quando chegamos fiquei na entrada esperando ele entrar e fui voltando pra escola. Acabei encontrando com a Bia, uma amiga minha que estudava comigo, digamos que era a minha melhor companhia no colégio, sentávamos juntos, fazíamos todos os trabalhos também juntos, e ela era a pessoa com quem eu me abria, ela sabia praticamente TUDO sobre minha vida, tava sempre ali disposta a me escutar. Além disso ela é muito linda, uma das garotas mais bonitas ou talvez ate a mais da escola. Loira, olhos verdes, corpo perfeito, parecia ate um boneca, confesso ate que já fui caidinho por ela quando a conheci, mais a convivência me fez acostumar com a beleza dela.

- Meu amor... que ta fazendo aqui? - perguntou ela quando me viu. Veio direto me abraçando.

- Uia... vim deixar o Gustavo na escola minha linda... – respondi já caminhando do lado dela em direção ao colégio. Notei que ela me olhava diferente, meio que dos pés a cabeça. Fiquei meio vermelho com o jeito dela que riu quando percebeu. – Que que foi Bia? – perguntei.

- Nada ué, uma garota não pode mais admirar um garoto? – disse ela passando seu braço em volta do meu.

- Hoje você me olhou estranha.. – falei rindo.

- É que hoje você ta mais gato que nunca... – disse a Bia bem direta. Continuei rindo.

- Cara quando você qué, você consegue me deixar encabulado pow... – disse todo desajeitado.

- Não sei porque isso, sabe que eu to certa, você é muito lindo, se não fosse como um irmão pra mim eu te arrancava o pedaço... – disse ela rindo. Depois disso não soube muito bem o que dizer, apenas respondi com um sorriso. A Bia sempre foi muito direta nas coisas, não tinha vergonha de nada nem de ninguém, as vezes ela me deixava sem jeito com seu jeito meio maluca. Mais apesar de tudo eu gostava quando ela ficava me elogiando assim, não me acho feio, mais também não me acho tão bonito como ela fala, digamos que sempre fui muito vaidoso, gosto de me vestir bem, de deixar o cabelo legal, de ficar cheiroso, essas coisas...

Sobre mim não tenho muito o que falar, moreno, olhos castanhos claros, cabelo meio grande ate a nuca, alto, e mais ou menos malhado, sempre que fico sem fazer nada, eu fico malhando na academia da minha casa.

Bom, chegamos no colégio e fomos direto pra sala, o professor já estava começando a aula. Todos pararam pra nos olhar, puxei a Bia pro fundo antes que ela falasse alguma coisa. Ficamos sentados no fundo com o Renan, um amigo que sentava sempre com agente.

Renan também era um grande amigo, mais não tinha tanto proximidade dele como eu tinha da Bia, sem falar que ele era apaixonado por ela, que se fazia de difícil com o cara mais também era caidinha por ele, problema é que nenhum tem coragem de chegar no outro.

Aquele dia so tivemos 3 aulas, um dos professores tinha faltado e nos liberaram. Chamei a Bia e o Renan pra irem pra minha casa e eles toparam. Fomos a pé, minha casa não era tão longe da escola. O caminho todo eu que sempre tinha que ficar puxando assunto já que os dois não eram muito de se falarem. Quando chegamos, percebi logo que tinha um movimento estranho na rua, umas meninas cochichavam nas calçados e alguns vizinhos curiosos do lado de fora de suas casas. Meu pai tava do lado de fora com um cara, logo lembrei dele, era um dos médicos do hospital onde meu pai trabalha.

- Que aconteceu? Chegou cedo... – perguntou meu pai quando me viu.

- Um professor faltou e agente veio embora. – respondi olhando o movimento. – Que é isso? Esse povo todo na rua? – perguntei curioso.

- Você sabe como é esse pessoal, um bando de curioso Guilherme, tão ai pra ver a mudança do Renato, ele vai morar na casa que tava a venda... – disse ele apontando. Foi ai que vi o caminhão de mudança.

- Ei rapaz, vamos ser visinhos agora. – disse Renato dando um tapinha no meu ombro.

- Que legal! – sorri.

Ficamos um pedaço na calçada vendo aquele movimento. Eu e o Renan entramos pra guardar as mochilas e a Bia ficou na calçada conversando com umas meninas que estavam por ali.

Quando voltamos, quase arrepiei quando cheguei no portão e vi a Bia conversando com um garoto. Ela estava de costas pra mim, ja ele mirava o olhar na minha direção. Travei, não consegui me mexer. Depois de alguns segundos foi que finalmente o Renan me sacudiu.

- Cara quem é aquele la... – disse ele meio ríspido.

- Não sei... – falei ainda olhando pro garoto.

- Era só o que me faltava. – reclamou Renan. Essa hora ate soltei um riso. Logo depois a Bia percebeu agente e veio com o carinha na nossa direção.

- Meninos esse aqui é o Lucas, é filho do amigo do seu pai Gui. – apresentou ela.

- Oi sou o Guilherme, esse aqui é o Renan... – estendi a mão e ele foi rápido ao pegar a minha. O Renan não estendeu a mão, apenas ficou encarando ele que nem percebeu.

- Eu acho que já te vi algumas vezes em algumas festas dos médicos do hospital... – disse o Lucas.

- Ah.. não to muito lembrado, mais deve ter sido isso mesmo. – respondi.

- Então... feliz? Perguntou ele.

- Hã? Por que?

- Por que vamos ser seus vizinhos ué... – ele riu.

- Não curto muito intrusos nessa rua. – respondi e todos riram.

Ficamos um bom tempo batendo papo, o Lucas era um cara legal, muito parecido comigo. No mesmo instante em que eu o vi, eu tinha me odiado por telo achado lindo. No primeiro momento me senti com raiva de mim mesmo por estar o admirando tanto, eu já sabia o que se passava na minha cabeça, e nem queria pensar na ipotezi de me interessar por um cara. Mais realmente, não tinha palavras pra beleza dele, era impossível controlar meu pensamento e desviar-lo do Lucas. Ele tinha a pele clara, era branco meio corado, tinha os olhos verdes que de longe chamava a atenção, meio alto, da minha altura mais ou menos, cabelo preto, tava penteado meio de lado, todo arrumadinho e ele parecia ser malhado, notei pelo braço dele que parecia forte.

Estávamos na sala quando meu pai e o Renato apareceram:

- Então, estão se dando bem ai? – perguntou meu pai se juntando a gente.

- Claro... – respondeu Lucas.

- Ei filho vamos, você tem que arrumar tuas coisas la. – disse o Renato pro Lucas.

- Tudo bem. – respondeu ele se levantando. Ele me olhou assim que estava de pé, e apenas me deu um sorriso. Estremeci.

Ele foi saindo com o pai dele quando a Bia o chamou:

- Ei Lu, hoje a tarde vamos no clube, não qué ir com agente? – perguntou ela. Já o chamava ate de Lu.

- Não sei se vai dar, mais qualquer coisa venho aqui e aviso ao Guilherme... – ele falava me fitando. – Posso vim né? – disse Lucas.

- Ah sim, claro, mais se eu estiver dormindo não me acorde... – brinquei. Ele riu e se foi.

Não demorou muito e a Mãe da Bia tinha ido buscar-la. O Renan morava apenas duas ruas depois da minha, então foi a pé. Assim que eles foram embora, eu fui direto pro meu quarto tomar um banho. Em baixo do chuveiro eu refletia tudo o que se passava na minha cabeça, eu não era nenhum carinha inocente, já entendia as coisas muito bem e já imaginava o que podia acontecer se eu não fugisse desse sentimento.

Já era meio dia e o meu pai já tinha ido buscar o Gustavo na escola. Almoçamos e meu pai teve que sair e me pediu pra cuidar do Gustavo. Não seria problema, tanto eu como o Gustavo gostávamos de dormir a tarde. O Ruim é que eu so tinha ate uma da tarde pra dormir, as 13:30 tinha marcado de ir ao Clube dar uma volta com a Bia e o Renan.

Acabei acordando com o despertador do meu celular tocando. Parecia que eu so tinha dormido 10 minutos, ainda estava meio cansado mais resisti e fui tomar um banho rápido.

Vesti uma sunga caso eu resolvesse entrar na piscina. Sai do banheiro com a sunga vermelha, estava com a toalha sobre a cabeça sem ver nada. Quando a tirei, meu olhar foi direto na cama, o Gustavo ainda dormia feito pedra nela. Girei em direção ao meu guarda roupa e gelei inteiro quando o vi parado me observando perto da janela. Nunca havia sentido meu coração disparar tanto, não sabia se de vergonha, de nervosismo ou de raiva.

- Te assustei? – disse o Lucas que finalmente tirou os olhos do meu corpo e me olhou.

- Tem duvidas? – eu disse enrolando a toalha na minha cintura.

- Foi mal, teu pai falou que eu podia subir... – explicou ele que coçava a nunca num ar meio tímido.

- Tudo bem. – respondi.

Ficamos parados um de frente pro outro por uns longos minutos, ele observava meu corpo do pés a cabeça, e sinceramente, ele não conseguia disfarçar, era como se ele não percebe-se o que estava fazendo. Eu por outro lado analisava seu rosto, tentando entender o por que dele me olhar daquele jeito.

- Ta olhando o que? – acabei perguntando.

- Ah.. é... que? – disse ele parecendo não entender minha pergunta. Fitei ele com os olhos e bufei.

- Nada, esquece. – eu disse enquanto caminhava ate o guarda roupa. Não tive mais coragem de olhar pra ele, aquilo tava estranho, e eu tinha quase certeza de que ele voltou a me olhar naquele instante.

Peguei uma bermuda azul e uma camisa regata branca e vesti o mais rápido que pude. Ele continuava la me observando, de vez em quando eu o olhava, mais tinha vergonha de encarar-lo. Fui no banheiro e penteei o cabelo.

Quando sai o Lucas não tava mais perto da janela, ele tava sentado numa poltrona que ficava quase de frente ao banheiro. Ele sorriu quando o olhei.

- Então... – tentei fazer-lo falar.

- Hum... eu vim avisar que não vou poder ir pro clube com vocês... – disse ele.

- Tudo bem então. – eu disse tentando não demonstrar minha leve decepção.

- Vai achar estranho se eu perguntar uma coisa?

- Pergunta.. – falei.

- Gostei do seu tanquinho... como conseguiu? – perguntou ele meio que com medo da minha reação. Dei uma olhada rápida pra minha barriga e ri, não acreditando naquilo.

- Você é muito estranho... – comentei.

- Esquece que eu te disse isso.... – disse Lucas enquanto saia do meu quarto, quase correndo. Esse cara é maluco, pensei.

Tentei levar aquilo como algo normal, por mais que não tivesse sido, era melhor que eu pensasse que era brincadeira.

Bom, tá ai o primeiro capitulo, espero que gostem (P.S Esse eu postarei diariamente.)

Comentários

Há 9 comentários.

Por Oi em 2013-07-05 15:51:32
Legal!Muito bom!Mas coloca as falas separadas tipo: -acordei legal hoje...-disse -e como você está?-disse lucas -bem...-respondi *IRIA FICAR MAIS LEGÍVEL!MAIS AINDA ESTÁ PERFEITO!PARABÉNS
Por em 2013-02-15 20:01:19
muito legal..bom mesmo...
Por em 2013-02-08 17:32:23
otimo
Por Jay Jackson em 2012-11-05 19:41:47
gostei!
Por em 2012-11-03 01:45:36
Adorei!!!!!!!!!!!
Por em 2012-11-02 21:08:59
Muito show!!!!
Por juju em 2012-10-31 16:58:35
muito bom amei
Por diiegoh' em 2012-10-24 03:25:25
mtu bom
Por em 2012-10-18 23:11:34
Muito bom, continue :)