Capitulo III - Beija-me
Parte da série Amores Proibidos Oficial
***- Jean venha comigo; Chamou Cleber.
- O que quer comigo? Perguntou Jean.
- Venha, quero te mostrar um lugar.
Cleber o levou até uma parte do jardim mais afastada da casa principal, um jardim lindo, com um poço do meio, alguns bancos aos redor e uma mangueira enorme que os cobria. Cleber foi se aproximando de Jean, levou a mão até sua nuca. Olho no olho, pele com pele. Jean olhava fixamente para o seu amado, finalmente estavam juntos. O que mais queriam estava acontecendo seus lábios quase se tocando, podiam sentir a respiração ofegantes de ambos. Cleber ainda se esquivava um pouco, mas aos poucos foi se entregando à sua verdadeira paixão. Seus braços passaram por de trás de Jean como se fosse o abraçar, procurando e descobrindo casa centímetro que poderia naquele momento. Embaixo da mangueira o sol ultrapassava as folhagens verdes e atingiam os rostos dos enamorados que se entregavam um ao outro, agora o medo dava lugar a paixao e enfim se beijaram apaixonadamente, nada poderia atrapalhar aquele momento. Um beijo doce, longo, um beijo apaixonado, fogoso, vibrante. Estavam se entregando finalmente. Jean estava soltando fogos de artificio por dentro, a alegria era imensa, ele estava ali com quem realmente amava.
- QUE NOJOOOOO, VOCE É UMA BIXA! Começou a gritar Cleber
- Ca ca callmaaaa, por favor! Amedrontado respondeu Jean e assustado com uma reação tão inusitada que acabava tragicamente com aquele momento
- CALMA NADAAAAAA VIADO FILHO DA PUTA.
- Mas Cleber, foi você quem me beijou, me trouce aqui, passou suas mãos em mim.
- EU NÃO TE QUERO COISA ALGUMA ÔÔÔ ABERRAÇÃO, FOI APENAS UM TESTE PARA VER SE VOCÊ REALMENTE ME QUERIA E ERA UM VIADINHO DE MERDA, AGORA VOCÊ VAI TER QUE VIRAR MACHO. VOU ESMURRAR SUA CARA VIADINHO DE MERDA.***
JeaN assustado levantou-se de súbito de sua cama, era apenas um sonho.
-Ufaaaaaaaa, foi apenas um sonho. Calma Jean, foi apenas um sonho. Dizia ele para ele mesmo.
Um sonho que o deixou com medo, tomou um pouco de água que deixara no criado mudo, olhava ao redor e havia apenas escuridão, exceto uma janela próxima à sua cama que deixava o espaço entre ele e Cleber bem iluminado. Ali deitado e já recuperado do sonho/pesadelo, ficou fitando o rosto de Cleber. As lagrimas voltaram a rolar pela sua face, lagrimas de tristeza por não entender o que esta acontecendo. lágrimas por estar se descobrindo justamente onde ele queria mais estar. Jean sentia seu coração bater lentamente, e uma forte dor o invadia. Sua vontade era a de levantar e sentar-se aos pés da cama de Cleber e ficar alisando o seu rosto, pedindo perdão por estar o amando, porem o medo dele acordar era maior, o que o impedia. Depois desse sonho, Jean, não conseguiu mais dormir. Ali, em sua cama, e frente a frente com o seu "amor", passou o restante da madrugada.
Os passarinhos começaram a cantar, o sol ja mandava os primeiros raios por entre as venezianas semi abertas. Levantou-se e foi andar pelo jardim interno antes da oração da manha. Como sempre o pensamento estava longe, Jean sonhava sempre acordado. Era um garoto sonhador. Tinha um coração tão bom e generoso, não seria capaz de matar uma formiga, e ajudava a todos que dele precisavam. Mas carregava consigo essa sua nova dor, a dor de estar se apaixonando por alguém que com certeza não o amava, alguém que tinha ódio por ele, a dor de estar amando outro homem.
- Bom dia moçinho. O que faz aqui? Perguntou Frei Pedro.
- Bom Dia Frei Pedro. Estou apenas pensando na vida, e naquilo que lhe contei.
- Ontem eu tive uma conversa com o Cleber, e ele me disse que acha que você esta gostando dele. Cuidado meu filho, esse caminho não tem volta, cuidado com os seus sentimentos, não confunda uma simples carência, e tome mais cuidado ainda com o Cleber...
- Frei, eu ouvi a conversa de vocês ontem a noite!
- Como assim? O que você ouviu?
- Desde a hora que ele falava para não se aproximar de mim, até quando ele falava que não me queria perto dele e que faria o possível para me tirar daqui. Frei isso me doeu muito o coração, chorei muito durante a noite.
- Jean... Não era para você ter ouvido isso, mas infelizmente ouviu. Agora você sabe que não terá chance alguma com ele.
Jean não contou o que houve depois da conversar, sobre o fato de Cleber pensar que ele estava dormindo e ter acariciado seu rosto.
- Entendi frei, pode deixar, fica tranquilo que vou mudar meus pensamentos. Agora vamos? Acho que ja esta na hora da oração da manha.
O Dia foi de trabalho duro, havia muita coisa para ser feita fora da casa, era um terreno, muito grande.
- Bom Galera, vamos nos dividir em duplas, cada dupla ficara responsável por uma área,no jardim será o Vitor e Alisson, campo de futebol: Vinicius e Frei João, horta Carlos e Mario, Entrada 1: Renato e Marcio e assim Frei João, o reitor, foi falando até que... - Área dos pinheiros (a pior que tinha): Cleber e Jean.
Nesse momento Frei Pedro arregalou os olhos e olhou para eles, Jean ficou pálido, Cleber vermelho de raiva, mas como ordens são ordens tiveram que aceitar. Pegaram suas ferramentas e la foram.
O Silencio reinava entre eles, o único contato que tinha era quando ora ou outra tinham que colocar as folhagens na charrete e juntos contavam até três pois era pesado o fardo. No entanto inesperadamente Cleber quebra o silencio e pergunta:
- Jean, porque você fica me olhando?
Jean assustou-se, não esperava nenhuma palavra dele, mas respondeu:
- Eu não fico te olhando.
- Olha sim, eu percebo.
- É impressão sua Cleber. Agora vamos parar essa pequena conversa porque, como você vê, temos muito o que fazer.
Voltaram os afazeres. Fardo e mais fardos de folhagem seca dos pinheiros eram colocados na charrete e levados para um canto perto do muro para serem queimadas. O silencio continuava, o clima ficou pesado, mal conseguiam se suportar. Jean sempre que podia olhava em direção à Cleber. Cleber não percebia pois tinha se focado no trabalho. Novamente o silencio é quebrado, até que Jean dessa vez não aguenta e o indaga.
- Cleber, porque durante a noite você acariciou o meu rosto?
Cleber sim ficou assustado com a pergunta, mas não respondeu, apenas desviou o rosto impedindo que Jean visse sua cara de medo, susto e sei la mais o que poderia estar passando na cabeça de Cleber naquele momento.
- Responda por favor Cleber. Puxando Cleber pelo braço.
Cleber saiu correndo, mas Jean queria saber a resposta e foi atras dele. Correram muito, até que Cleber tropeçou e foi ao chão. Jean consegiu alcança-lo e puxando pelo braço pergunta gritando e com raiva.
- CLEBER, PORQUE VOCE PASSOU A PORRA DA SUA MÃO NO MEU ROSTO??????????????????
A expressão de raiva que Jean trazia em seu rosto jamais fora vista antes, até por ele mesmo, nunca teve uma explosão de raiva desse tamanho. Caiu, encostando-se numa arvore e levando as mãos ao rosto começou a chorar, chorava muito, igual a uma criança. Cleber assustado com sua reação de raiva foi se aproximando. Abaixou os braços de Jean, levou sua mão até seu rosto e disse calmamente
- Você quer saber porque eu acariciei seu rosto durante a noite Jean?
Entre soluços Jean respondeu:
- Sim, quero.
Cleber foi se aproximando do rosto de Jean, suas mãos o segurava ternamente e exclamou
- É por causa disso aqui...
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CONTINUA...