Capitulo II - Primeiras Impressões, desilusão logo de cara

Conto de Felipak como (Seguir)

Parte da série Amores Proibidos Oficial

Uma suave musica tocava ao fundo, era hora de acordar, Jean amanheceu muito bem. O friozinho na barriga ja dava lugar à vontade de conhecer e desbravar o seu futuro naquele lugar. Logo que olhou para o lado, novamente viu Cleber ainda dormindo. Permaneceu olhando para o rosto daquele rapaz, um rosto sóbrio, pele branca, cabelos castanhos cacheados, Jean estava gostando de ficar ali olhando Cleber, era estranho, nunca havia parado e observado um homem assim e gostado. Começava seus questionamentos. "O que é isso Jean, o que esta acontecendo com você?" Pensou ele, e balançando a cabeça como forma de esquecer tal pensamento levantou-se e foi fazer sua higiene pessoal.

Pela manha teve sua primeira formação com os freis do seminário. Jean não conseguiu aproveitar muito bem pois Cleber ficou à sua frente então para Jean era impossível não olhar e prestar atenção. Cleber tinha uma mania que Jean gostou bastante, ele mordia seu lábio Inferior o que deixa bem sexy, sem contar as vezes que ele tirava seus cabelos longos que caiam frente a seus olhos. Jean estava confuso, não sabia o que estava acontecendo, mas estava gostando de olhar para aquele rapaz que na noite passada foi um tanto rude e grosso com ele. Ao mesmo tempo em que Jean se sentia bem por olha-lo, se revoltava pela grosseria que recebeu.

A saudade de casa foi aumentando no decorrer da semana. Domingo à noite foi cruel para o coração desse jovem garoto, a saudade era tamanha e não conseguia conter suas lagrimas, lagrimas de tristezas, saudades, lagrimas que agradeciam por estar ali e que ao mesmo tempo faziam lembrar do Cleber. "Porque estou com esse cara na minha cabeça? Não estou entendendo nada Senhor, porque o Senhor esta fazendo isso comigo? Se é para me provar que assim seja, mas me ensina a compreender o que esta acontecendo." Orava no silencio do seu coração.

-Jean!? Uma voz rouca e profunda o chamou.

-Sim, sou eu! Respondeu ele. - Quem é?

No meio do escuro apareceu Frei Pedro.

-Frei Pedro. Esta tudo bem? Perguntou.

-Sim frei, é apenas saudade da minha mãe!

-Sei como é filho, mas como eu disse quando você chegou: você vai se acostumar!

-Assim espero Frei Pedro. Sussurrou ele quase não dando para entender. - Alias, o reitor disse que poderíamos conversar com os outros freis aqui da casa se precisarmos não é mesmo?

-Sim claro, apenas eu, Frei Paulo e Frei Osmar, porque não somos responsáveis por vocês, nós não interferimos na sua permanência, diferente de você conversar com o reitor ou com o seu formador, eles podem entender algo diferente e te mandar embora, nós não! Explicou Frei Pedro. - Mas o que te incomoda? Quer conversar?

- Se o senhor puder me ouvir e me auxiliar eu fico agradecido.

- Claro que sim, pode falar.

- Frei, estou com medo, eu nunca tive amigos, nunca conversei muito tempo com alguém que não fosse da igreja, não tive experiencias no mundo, não namorei, não gostei de ninguém. Mas desde quando cheguei ha uma coisa que me incomoda e que eu preciso entender. É estranho falar isso, ainda mais para mim que estou dentro da igreja e sei dos preceitos e tudo mais. Mas, toda vez que olho para o Cleber eu sinto uma coisa estranha. Ao mesmo tempo que sinto raiva por ele ter sido grosso comigo no primeiro dia, eu me sinto bem perto dele, quando eu o vejo, meu coração acelera, da uma euforia em mim. Estou com medo do que isso possa ser. Sei que é pecado, nunca senti isso antes, mas será que sou gay por causa disso?

- Filho, você não pode controlar o que sente pelas pessoas. E não é gay apenas por sentir-se bem perto de outro rapaz. Mas ore à Deus e peça para que Ele te oriente e te ajude a compreender seus sentimentos. Ah! E não fale nada para ele.

- Obrigado Frei, agora tenho que ir dormir. Boa Noite

Jean foi fazer suas higienes pessoais, demorou uns 10 minutos. Ao deitar-se lembrou que deixara a luz da cozinha acesa quando foi beber água, então tinha que voltar lá para apagar. Notou que todos estavam já deitados e dormindo exceto o Cleber o que deixou curioso para saber onde estava. Passando próximo o refeitório que ficava antes da cozinha ouviu vozes alteradas.

- Não se aproxime dele, se eu souber que você fez algo de ruim pra ele eu serei o primeiro a ir falar com o reitor.

- E quem você pensa que é? Não é porque é frei que eu não sei de coisas do seu passado.

- Cleber, não ouse usar minha história para justificar a sua.

- Frei, olha para aquele garoto, ele é uma bixinha, não quero uma bixa perto de mim. Você já viu como ele olha pra mim? Parece que ta querendo algo comigo.

- Você não sabe nada dele. Talvez ele te olhe apenas por olhar. Não faça nada para ele Cleber.

- Ta dito: não quero ele perto de mim, vou fazer o possível para ele sair desse lugar.

Jean ficou com as pernas tremulas, o frio na espinha subiu, seu coração acelerou, era dele que estavam falando e ainda alterados, o que estava acontecendo? Voltou rápido para sua cama e ali ficou, o sono não vinha pois sua cabeça estava atormentada. Passado alguns minutos Cleber voltou para o quarto, Jean percebeu e fingiu estar dormindo, Ele se aproximou de Jean e passou a mão em seu rosto. "Espera, o que foi isso" pensou Jean quieto e fingindo dormir. A noite foi longa, ele não conseguiu dormir. Muitas perguntas vinham em sua cabeça. Ora ou outra olhava em direção a Cleber, via um lindo rapaz dormindo, que ali não aparentava odiar tanto a ele. Jean gostava de acordar durante a noite e ficar olhando para Cleber. Mas naquela noite estava olhando com certo receio. Não entendia o que estava acontecendo. Porque Cleber passou a mão em seu rosto? E porque não o queria próximo a ele? jean só sabia de uma coisa: estava apaixonado por um cara que o odiava. "Opaaa", sera que realmente era ódio que Cleber sentia por Jean?

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CONTINUA...

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