(Capítulo 03)- Buscas e Dor.

Conto de Fagner como (Seguir)

Parte da série Uma cidade chamada Oregon.

Então pessoas, eu meio que sumi né... Rsrs Desculpem, estava com uns probleminhas aí.

Mas voltando a série , vamos responder os comentários:

Luan Silva: Hey, fico feliz que tenha gostado, esse talvez tenha saído um tanto confuso. Espero que goste também. Um abraço nego. Perdoe-me pela demora. E obrigado pelo elogio.

Luã: Oi moço da mesa 09 Hehehe. Oh, espero não desapontar nesse, mas talvez tenha ficado confuso. Rsrs obrigado pelos elogios e eu tô precisando ler os capítulos de OGDM09 (Abreviei legal). Quanto ao Smith, só foi um passatempo.. Hehehehehe. Um abraço nego.

Edward: Hey Sr. Cullen. Me diga do que teve medo.. Hahahaha.. Obrigado pelos elogios e eu leio sua adaptação de Crepúsculo e gosto bastante. Na verdade eu super me interesso por crepúsculo. Quero só ver quando chegar no ultimo livro. Vamos ter uma Renesmee? Heheh Um abraço.

Lino: Eu adoro esse nome(Lino). Rsrs. E agradeço pelo comentário, é tão bom ver que estão gostando. Olha, eu acho que te desapontei, porque você pediu para não demorar e cá estou, super atrasado. Perdoe-me, faço a ti uma promessa de que não demorarei. Okay? Obrigado nego. Um abraço.

Henry Meirelles: Que nome chique menino. Hehehe. "Eu quero mais."... Gostei disso... Bom, mais uma vez peço que não se desaponte, pois esse capítulo pode estar um tanto confuso. Agradeço por ter comentado e te mando um super abraço.

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O sol surge em meio a névoa. Os raios tentam passar entre a fumaça, como se tivesse sendo impedido.

No Jornal os funcionários mostravam todo seu potencial.

Eva fazia questão de mostrar também que é superior. Talvez a ausência de Anthony a deixasse estressada. Por um momento se arrependeu de ter mandado o jovem na reportagem em Oregon, e logo cai em devaneios. Pensar em Anthony a deixava confusa, feliz, estressada e triste. Um misto de sentimentos inexplicáveis. Quaisquer assunto sobre o jovem que chegasse aos ouvidos da mulher, já era motivo de desespero. Ela não tinha notícias de sua equipe.

-Pense Eva, você liga ou não liga?

As palavras saíam enquanto teclava rápido.

-Será que estão bem?

Por um instante teima com o telefone na orelha.

Em Oregon a névoa ainda residente tentava esconder qualquer movimento. Parecia ser aliada de maus feitores, escondendo-os. Seria uma ótima maneira de fugir em meio a névoa, se a mesma não se mostrasse tão perigosa.

Num casebre um baú se encontrara trancado, o que há ali, ninguém sabe, muito menos porquê o mesmo está trancado.

Na noite anterior, uma criatura se divertia em carregar o corpo do guia, hoje não restara quase nada que possa assemelhar a fisionomia de Smith. Totalmente desfigurado. Morto por uma arma branca.

Talvez tivesse feliz por ter salvo a vida de Louis, outrora tivesse triste por não poder aproveitar o corpo do jovem. Aproveitar da maneira mais sexy, quente e gostosa que se podia aproveitar. Talvez isso fosse sua maior tristeza depois da morte. Apenas talvez.

Capítulo 03 - Buscas e Dor.

-Oi.

-Oi.

-Está melhor?

-Apenas minha cabeça dói.-O jovem coloca a mão na cabeça dando um leve gemido.

Jullia se mostra pronta em ajudar o rapaz depois do incidente. Ainda estavam confusos com todo aquele alvoroço da noite passada.

-Você desmaiou ontem Louis. -Ela sorri enquanto passa a mão sobre o ombro do rapaz num gesto de carinho. -Ficamos preocupados.

Num pequeno surto, o cérebro do rapaz logo trabalha, trazendo de volta toda a cena da noite passada. Lembrar de Smith o fez segurar com força os braços de Jullia. Parecia estar louco.

-Nós temos que sair daqui rápido Jullia. -Olha para os lados com medo e aperta mais os braços da jovem que permanece quieta. -O Smith morreu Jullia, ele morreu.

A agonia do jovem fez a garota temer suas palavras.

-Calma Louis.-Tenta acalmá-lo.-Fique calmo. Quer me contar o que aconteceu?

...

Longe dali, Lucinda e Carl procuravam por Smith, sem sucesso. Acreditar nas palavras de Louis não era bem a melhor decisão, já que o mesmo se encontrara completamente alucinado na noite passada.

-Acha mesmo que ele morreu? -Toma um gole d'água e suspira cansado de procurar.

-Não sei Carl. -Lucinda aparenta estar calma, mas as veias em sua testa e as gotas de suor em seu pescoço, não escondem sua preocupação. -Louis não parecia estar bem, mas não creio que ele inventaria isso.

O olhar duvidoso e com coragem da moça, talvez desse uma esperança de encontrar algo em meio aquele deserto de cidade.

-Vamos voltar. -Ela diz ofegante.

-Daqui a pouco voltamos. Vamos só olhar dentro daquela casa. -Carl aponta para um único casebre em pé, no meio da poeira.

A casinha parecia estar intacta em meio aquele cenário pós apocalíptico da cidade. Mas não se nega que o cheiro vindo daquele local, não é nada convidativo.

...

-E o facão atravessou as costas dele. - O garoto chora ao terminar a ultima frase do seu relato sobre a morte do Guia. Jullia o abraça, e num olhar sincero demonstra compaixão com o amigo.

Na porta Thony observa a cena, mas não se mostrou fraco. Talvez seu espírito de liderança na equipe, tenha dado a ele o poder de ser líder, mesmo numa quase sentença de morte dos seus amigos.

-Temos que sair daqui. -Ele comenta.

Os amigos o observam.

-Isso mesmo... -Louis se levanta rapidamente, caminhando até o líder da equipe. -Temos que sair daqui. Tem alguma coisa aqui...

Jullia que ainda estava de joelhos no chão, também se levanta e caminha até os dois.

-Vamos esperar Carl e Lucinda voltarem. Louis, pegue a câmera.-O rapaz imediatamente o faz.- Você vai filmar tudo.

-Tudo bem, vamos esperar que eles voltem com notícias boas.

Na porta do casebre estavam os três olhando a rua deserta e esperando a volta dos amigos. Quem sabe na esperança de voltarem com Smith vivo, esperança tola, já que do mesmo só restaram os ossos.

(Carl)

Longe dos outros, Lucinda e eu observávamos um casebre que parecia intacto.

Só aparência mesmo, pois o cheiro daquele lugar era repugnante. Tão repugnante que meu estômago revirava com ânsia.

Entramos e logo de cara vimos o porquê daquele odor. O lugar não era limpo há bastante tempo, também pudera, estamos numa cidade abandonada. Não há nada aqui, além dessa carniça e desse mistério que envolve a morte de Smith.

-Carl? -Lucinda me chama.

-Oi?

-O que é aquilo?

Me virei e não pude acreditar no que vi. Parecia uma conserva de algo, mas não era uma conserva comum de alimentos. Eram dedos, estranhamente dedos humanos dentro de um pote. Lucinda logo levou a mão na boca.

-Meu Deus. O que é isso?-Ela pergunta assustada, mesmo já sabendo o que era.- Porque alguém faria isso Carl?

-Não sei, deve ser alguma pegadinha de algum malandro que viu a gente entrando aqui. Só pode.

Não sabia o que dizer para Lucinda, mas era óbvio que havia algo ali.

Não existia nenhum malandro. Nem sei se Lucinda vai acreditar nisso. Podia ter pensado numa mentira melhor. Vê-la assustada me deu um aperto.

Estávamos revirando a casa e nos surpreendendo com o que encontrávamos. Muito lixo e muitas coisas novas. Celulares, bolsas e muitas chaves de carros. Coisas que não deveriam existir dentro de uma cidade abandonada. Mas porquê isso? Perguntei pra mim mesmo, e como resposta ouvi um barulho de objetos caindo no cômodo vizinho.

-Meu Deus. -Lucinda cochicha.

-Calma. -Falo baixo. -Vou ver o que é isso.

Então saí. Na ponta dos pés tentei conter o barulho da madeira rangendo. Mas foi em vão, logo o gato que tinha derrubado umas garrafas me olha e faz aquela coisa que os gatos fazem, mostrando os dentes, arrepiando os pêlos e chiando pra mim. Particularmente nunca gostei de gatos mesmo. Principalmente esse que era magro, pêlos acinzentados, parecia que toda a mutação sofrida pela cidade, foi parar naquele gato. Bicho estranhamente feio.

-Tudo bem?

Lucinda aparece com uma faca me perguntando se estava tudo bem. Aceno com a cabeça e começamos a revirar o cômodo onde o gato estava, quando novamente ouvimos outro barulho, e dessa vez não era um gato, parecia um carro, mas logo para, por um instante ficamos aliviados, mas o barulho da maçaneta rangendo e a porta abrindo fez meu corpo se arrepiar por completo. Aposto que nem aquele gato consegue se arrepiar mais que eu.

Lucinda segurou meu braço num gesto de proteção. Retribuí, segurando em seu braço e tentando ver o que acabara de entrar pela porta. Somente uma sombra, apenas o que vi foi isso, a sombra de um homem enorme. Tapei a boca de Lucinda e a fiz se esconder embaixo de uma cama que havia no cômodo. Eu por outro lado não tinha onde me esconder, então encostei na parede e tentei recolher ao máximo minha respiração.

A sombra andou, saindo da minha visão. Aquilo com certeza me apavorou e eu não sabia o que fazer. Decidi deixar a adrenalina me levar, e foi isso que fiz. Peguei a faca que estava com Lucinda, saí do cômodo e nada daquela sombra estranha. Procurei nos outros cantos da casa e novamente não achei nada. Voltei para o cômodo onde Lucinda estava escondida, queria avisa-la que estava tudo bem, que não era nada. Mas eu consegui me precipitar, estava de frente para a cama onde ela estava escondida, tentei chama-la, mas a minha voz falhou, meu corpo então ficou lento e quente. A impressão que tive, foi que milhares de minúsculas formigas estivessem andando dentro de mim. Diria que a sensação seria boa, se não tivesse uma lança em minhas costas. Não sei de onde aquilo veio, não sei quem disparou. Eu estava ajoelhado, meu corpo se tornava cada vez mais lento. Por fim consegui ver Lucinda se debatendo em cima da cama e novamente a sombra estava em minha frente.

Dessa vez olhando para o alto consegui ver de quem era . Eu só nunca tinha visto nada parecido. Era alto, forte, com roupas sujas, cabelos grandes, mal tinha dentes na boca, os que tinha eram estranhos, pareciam ser pequenas serras.

Então acreditei que Louis estava certo. O mistério de Smith havia sido revelado, aquela coisa o matou.

Por fim eu caí, minha força se focou nos meus olhos e pude ver Lucinda ser arremessada no chão e aquele homem desproporcional ficar em frente ela e disparar chutes, e eu não pude fazer nada.

...

-Nada deles Thony? -Jullia segura no ombro do líder e o olha com incerteza na pergunta.

-Até agora nada Jullia. -Ele segura a mão da jovem em seu ombro.- Onde está o Louis?

-Está no quarto, lendo um dos livros que trouxe.

-Ele está abalado. O sumiço de Scott mexeu muito com a cabeça dele.- Acaricia a mão da moça, num gesto de compaixão.

-Você acha que ele está vivo Thony? Digo, será que o Smith não apenas sumiu?

-Eu não sei Jullia. -Ele solta a mão da moça e olha para fora do Casebre, observando o sol se pondo.- Eu não sei.

...

A equipe se tornara menor, apenas quatro jovens. O corpo de Lucinda já desmaiada era levado por aquele homem desproporcional. Ela não estava morta, mas não há motivos para que aquele homem a deixasse viva. O corpo de Lucinda é jogado na carroceria de uma camionete, e a mesma é amarrada e amordaçada para que não houvesse gritos, caso acordasse.

O Homem descomunal volta para o Casebre, dessa vez trazendo o corpo de Carl. Parecia vivo, já que seus olhos continuavam abertos, porém a lança cravada em suas costas, provava o contrário.

Num gesto de "humanidade", o homem passa a mão sobre os olhos de Carl e os mesmos se fecham. A humanidade do homem logo cai, quando arremessa o corpo do câmera na carroceria da camionete, deixando seu rosto colado com o de Lucinda.

Então ele sai, bastante feliz. A morte trazia felicidade para aquela criatura. A morte de outros era sua refeição.

Com o som ligado da camionete já velha, de cor alaranjada, arranhões por toda a parte da lataria e carroceria de madeira, o homem descomunal dirige em uma velocidade normal, em direção a sua casa.

Oregon não era uma cidade grande.

O que trazia fama para a cidade, era sua Usina. Depois do acidente, Oregon foi esquecida, só não pelos ataques da natureza, que insistiam em moldá-la. Teimava em plantar seus brotos na cidade numa terra infértil, contaminada,totalmente sem vida. Poderia ser considerada burra, de tanto insistir em algo morto. Mas é notável a atitude de tal em tentar trazer a vida de volta para a Cidade. Em vão.

Lucinda geme baixo, sente que falta oxigênio e tenta aspirar o máximo que consegue, até perceber que estava amordaçada. Seu primeiro desespero foi notar que ainda estava viva, na carroceria de um carro e machucada. Logo a cena vem em sua cabeça, então se lembra de Carl. Se arrepende em questão de segundos de ter aberto os olhos, pois em sua frente, estava o corpo do Câmera. Ela não hesita em derramar lágrimas, é seu companheiro de equipe que está ali, morto.

O carro para, trazendo para Lucinda uma das piores sensações. Numa atitude de proteção, fecha os olhos novamente fingindo estar morta.

Então sente duas mãos fortes a puxarem pelos pés amarrados e a derrubarem no chão. Logo o mesmo processo é feito com o corpo de Carl. Com uma das mãos, Lucinda é levada ao ombro do homem. Com a outra mão, Carl é arrastado pelos pés.

Abrir os olhos, é brincar de chamar a morte.

Esse era o pensamento de Lucinda, que até então não questionava a ideia de abri-los. Sequer se dava ao luxo de saber onde estava. Se fingir de morto era uma defesa animal, porquê não abusar disso? Porém era preciso respirar, então seu plano "perfeito" foi por água abaixo, quando aspirou forte buscando a maior quantidade de ar que pudesse. Abriu os olhos e viu que estava num corredor escuro, Carl havia sido deixado um pouco mais atrás. Forçava em tentar ouvir os risos que vinham de todos os cantos daquele lugar. Buscou com os olhos algo assemelhável a uma pegadinha no local. Desistiu ao sentir seu corpo ser arremessado numa mesa, suas mãos sendo presas por correntes e uma mão maior caminhar por sua barriga, até apalpar seus seios. Num total escuro, só ouvia risos e uma dor em seus pulsos devido as correntes. Buscou mais uma vez com o olhar naquele quartinho e viu há poucos metros dali o que parecia ser um rapaz, também amordaçado, acorrentado nos pulsos, em pé pelas correntes eu seus braços. Talvez pudesse se sentir feliz com aquilo, pois não era a única. Mas o alvoroço em seu coração só a fazia ter mais medo e insegurança.

...

-Eu vou atrás deles...

Thony teimava com Jullia que observava Louis dormir.

-Thony, pense um pouco. -Ela fala baixo.- Você não pode sair sozinho. Não sabe o que tem lá fora.

As palavras confortantes e de total verdade, ditas por Jullia, o faziam teimar consigo mesmo. Por um lado sabe que sozinho é inútil naquele lugar, por outro, quer ajudar, mas não sabe a quem fazer e onde fazer.

-Tudo bem Jullia...

Ela o interrompe.

-Amanhã sairemos juntos, okay? Os três.

Ele concorda com a cabeça.

...

A Noite cai rápido, e com ela o frio se torna intenso. Era estranhamente estupido, o clima. Na cabana, Jullia e Louis dormiam,Thony permanecia acordado. A ideia de ajudar seus amigos, não saía da cabeça e num impulso levantou-se e saiu, deixando apenas um simples alerta para seus amigos. Numa armadilha simples para que os mesmos acordassem, caso houvesse alguma tentativa de invasão na casa.

A noite impedia seus olhos de verem há poucos metros. O que o ajudava, era apenas sua lanterna. Se abraçava com apenas um braço devido o frio. O outro insistia em tremer segurando a lanterna.

Thony sempre foi um rapaz esperto. Desde a Faculdade sempre se mostrou talentoso com o que faz, sempre ganhou reconhecimento por tudo, sempre foi o "melhor", mas a pressa é inimiga da perfeição, e sair desarmado naquele emaranhado de poeira e névoa era um tanto quanto lesado.

Se queixava de ter que andar, olhava para o céu em negatividade ao ver os relâmpagos dando um show de iluminação. Não havia sinais de que pudesse chover, mas Thony não queria arriscar. Em vão novamente, já que logo se encontrou de frente o casebre onde outrora Carl foi morto. Como se fosse proposital, a lanterna em sua mão cai, deixando visível os rastros de pneus saindo daquele lugar. Pensou duas vezes antes de seguir o rastro, mas logo já se encontrava correndo na direção em que o carro tomou.

...

(Lucinda)

Abri os olhos , depois de um pequeno sono naquela mesa fria, o cheiro de sangue impregnado naquele lugar, podia se sentir de longe. Ao meu lado há um rapaz que parece estar dormindo, tentei ver sua aparência, mas estava muito escuro para que pudesse vê-lo perfeitamente.

Busquei algo que pudesse me libertar daquelas correntes, mas não há nada aqui que possa me ajudar. Olhei novamente para o rapaz, e percebi que ele agora me olhava. Fixei meu olhos nos seus e vi que ali não havia nada, eu estava perdida. Ele me olha com carinho, mas já temendo o que pode acontecer. Agora a história de Louis faz sentido. Aquilo não podia ser uma pegadinha como Carl falou, longe estava de ser uma pegadinha.

Tremi quando vi um clarão na pequena janela que há no teto, provavelmente estaria vindo uma bela tempestade. Por um momento me veio a esperança de sair dali, aquela "janela" no teto, cabia meu corpo perfeitamente. Mas as correntes me impediam de ter qualquer pensamento de sair. Tentei me soltar, mas a dor só aumentava em meus pulsos, olhei para o rapaz que me olhava negativamente, ele sabe que meu esforço é tolo, eu jamais vou sair daqui sozinha.

Tremi novamente, mas dessa vez não foi um clarão no céu, foi novamente o barulho de uma fechadura. Alguém estava vindo até nós. Me debati novamente naquela cama de metal. A agonia me tomou por completa, não posso fazer nada.

Então ele entra, com um facão na mão ele me observa. Agora pude ver claramente seu rosto. Cego de um olho, cabelos compridos e sujos, dentes podres, mesmo assim insistia em sorrir, nariz grande e queixudo. Encostou seu rosto na minha barriga e a explorou com a língua.

Nojo... Senti isso de mim mesma quando ele tocou seus lábios imundos nos meus. Aquele sorriso mais imundo ainda, permanecia em seu rosto. Ficou novamente de pé me observando, e dessa vez passou a mão nas minhas pernas. Tentei não chorar e pensar que tudo aquilo fosse um pesadelo que logo acabaria, mas ele teimava em passar a mão em mim. Me deixando apenas de calcinha, explorava minha parte mais íntima, o que me fez desistir de tudo, até mesmo de chorar.

Senti a pior sensação de todas, quando aquele homem encostou a lamina do facão em minha calcinha. Olhei para ele pedindo que não o fizesse. Ele apenas deu um riso alto com superioridade. Então pude sentir uma dor que nunca havia sentido antes, o facão estava rasgando minha calcinha e penetrando minha vagina da forma mais dolorosa. Senti o corte daquela arma centímetro por centímetro. Agonizei para que ele pudesse parar, mas ele não me ouviu. Me preparei para morrer, mas parece que minhas preces foram ouvidas, quando senti o corte parar, consegui olhar para o lado e vi o rapaz olhando assustado para a porta do casebre. Só pude ouvir um grito...

-LUCINDA...

Era Anthony.

Comentários

Há 3 comentários.

Por will taiso em 2016-02-08 14:57:46
Fagner tenho acompanhado suas sereis desde muito tempo, as suas e as do escritor da noite, pra mim vocês são uns dos melhor escritor do RG, tenho um pedido para te fazer fiz minha própria série e gostaria de pedir para você da uma olhada e mim dizer o que você achou dela, será uma honra ter sua observação sobre a história. De já agradeço e um abraço.
Por edward em 2016-02-06 06:44:24
To apavorado,acho que a história já estar no final,e não vejo a hora de saber se alguém vai sobreviver.Ah fico feliz em saber que vc ler minha serie ,comenta la bjs
Por luan silva em 2016-02-04 22:03:30
Cara que tenso, tô mega ansioso pelo próximo!!