Prólogo
Parte da série O Primeiro e Único Rafael
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Meu nome é Gabriel Mendez, tenho 21 anos de idade e moro na cidade do Recife-PE .Na época que eu conheci o Rafael, eu tinha dezessete anos de idade e ainda estava no último ano do ensino médio. Ele era um amigo de trabalho da minha irmã que era uns dois anos mais velho que eu. Toda vez que ele ia lá em casa - mesmo que inocentemente nessa época - eu ficava super agitado com as visitas dele lá em casa. Ele sempre jogava playstation comigo e eu ria muito das palhaçadas dele. Na época eu tinha uma namorada que se chamava Luíza, era tipo uma amiga de infância que foi a minha primeira namorada. Eu só namorei pela primeira vez com 15 anos e foi com ela, estávamos juntos até aí.
Um dia em especial, quando Rafael foi lá para casa pois haveria um churrasco lá no prédio e ia ter banho de piscina, eu reparei nele pela primeira vez. Não o que qualquer reparia, mas tipo, as coxas grossas, a bunda empinadinha, o corpo dele era um pouco definido, ainda estava se desenvolvendo. Foi a primeira vez que eu vi que ele era realmente lindo, e eu que já estava só de sunga fiquei de pau duro com essa visão. Para ninguém ver eu pulei na água e fiquei submerso. O que estava acontecendo? Eu tava admirando um macho e me excitando? Só podia ter ficado louco! Era a única explicação.
Quando voltei para a superfície, Rafael estava conversando com a Luíza. Meu pau já havia ficado mole, até por que eu era muito "friorento" e estava morrendo de tanto tremer. Eu saí da piscina e peguei uma toalha numa das cadeiras que tavam por lá. Eu ia subir para tomar um banho e me vestir todo, tinha perdido a vontade de ficar na piscina. Mas aí a Luíza me chamou e eu fui até eles:
" Nem falo comigo né, mano?" Rafael sorriu, brincalhão. "Chega batendo, fera!"
"E aí, Rafa".
Bati com a palma da mão na dele e apertei. Sorri meio sem graça. No Recife tava fazendo um sol desgraçado nesse dia, e eu já comecei a suar.
"Eu vou lá pra cima. Vou tomar um banho e trocar de roupa".
" Ué, vai ficar na piscina não, brother?"
"Não. Vou não".
"Tá. Então vai lá, amarelo" ele disse dando um tapinha nas minhas costas.
Ele virou as costas e foi falar com a minha irmã. Luíza falou mais umas coisas comigo e depois eu fui para o meu quarto. Me olhei no espelho ainda de sunga quando passei pelo do meu quarto. Eu sou meio "amarelo", não sou forte e nem definido, nem nada. Mas o fato de eu ser bonito compesava isso. Mas olhos eram de um tom cor de mel e meus cabelos eram bem negros e um pouco grandes, eu usava como franja lá com meus 14 anos, mas depois passei a usar topete.Tirei a sunga e entrei no banho.De repente, me vejo pensando em Rafael e meu coração dispara. Imaginei ele ali agachado, chupando meu pau e logo fiquei duro. Não aguentei e me aliviei, gozando na minha barriga toda.
Depois que eu percebi o que tinha feito, comecei a chorar em silêncio. Eu estava me sentindo muito confuso. O que eu estava fazendo? No que eu estava me tornando? Apartir desse dia eu comecei a evitar mais o Rafael e a passar mais tempo com a Luíza. Eu a beijava o tempo todo e passava quase todos os meus dias com ela, mas eu ainda não conseguia tirar a idéia de Rafael da minha cabeça. Então eu troquei uma idéia com Luíza e quando eu percebi... estava eu fodendo ela no meu quarto. Foi quando eu perdi a minha virgindade. Fiquei meio preocupado, por que em meio a tudo esquecemos de usar a camisinha.
No outro dia, Luíza me perguntou com o que eu estava sonhando e eu achei estranho. Arregalei os olhos quando ela me contou que eu fiquei falando o nome de Rafael durante a noite. Comecei a ficar desastrado - o que acontecia quando eu tava nervoso - e me cortei com a faca que eu tava cortando cenoura. Preocupada comigo, Luíza esqueceu esse assunto. Mas eu não esqueci. E tava foda.
Quando eu vi que ficar com a Lu não tava funcionando, eu terminei com ela. Ela não fez escândalo nem nada, só ficou meio cabisbaixa - passamos um bom mês sem nos falar. No natal, Rafael foi lá pra casa e eu fiquei muito nervoso. Ele tava me causando aquelas coisas horríveis! Ele tava me transformando num viado. Evitei ele durante toda a celebração lá em casa.
Quando todos estavam dentro comversando, eu desci para o parquinho que ficava no condomínio e me sentei num balanço lá. O carro de Rafael entrou no condomínio - ele tinha ido levar uma amiga bêbada da minha irmã para casa. Ele e minha irmã desceram do carro conversando, mas quando ele me viu, disse algo para ela e ela foi ma frente. Quando percebi que ele estava vindo até mim, quis me levantar mas continuei estático naquele momento.
"Ei, mano. Tá fazendo o que aqui sozinho?".
Eu não olhei diretamente para ele, só falei baixinho.
"Tô tomando um ar" . Vi que ele sorriu e depois ele sentou na balanço ao lando do meu.
"Por que você tá evitando tanto, mano?". Ele já não sorria mais agora.
"Eu não tô te evitando". Menti.
"Tá sim".
"Não tô".
"Tá sim".
"Já disse que não tô, caralho. E outra sai daqui, velho". Eu gritei. "Vai embora que eu quero ficar sozinho".
"Não fale desse jeito comigo, Gabriel. Eu não te fiz nada, porra".
" Sai. Daqui. Caralho".
Ele se levantou e ficou na minha frente com uma cara de irritado.
"Não vou". Estávamos sendo super crianças. Me achei ridículo, mas o orgulho falou mais alto.
Me levantei e empurrei o Rafael no chão. Ele tropeçou no meio-fio e caiu no chão dando um gemido alto de dor. Eu não tinha a intenção de machucar ele, aí quando eu fui ajudar ele me deu um soco.
"PORRA, SEU VIADINHO DE MERDA! POR QUE TU FEZ ISSO, FILHO DA PUTA!".
Eu não gostava de brigas. Me senti ofendido e meu rosto doía; ele só estava com raiva e eu ia começar a pedir desculpas. Mas aí ele me deu mais um soco e um chute que me jogou para trás. Eu, com muita raiva, me levantei e soquei a cara dele.
"Eu odeio você, seu idiota!" Eu gritei.
E de repente, nós odiávamos um ao outro profundamente.