Penúltimo Capitulo

Conto de B Vic Victorini como (Seguir)

Parte da série O Seu Assistente

Depois que todos estavam devidamente alimentados e da sonequinha da tarde, qual André dormiu mais que todos, fomos pra praça que tinhas umas pistas de skate, isso quando o sol tava mais fraco, umas 4 horas da tarde, bermuda rasgada, camisa de algodão básica e o tênis da Adidas branco com vermelho, não gostava de usar proteção, o Luca também colocou uma bermuda, só que era azul caneta, colocou um All Star preto e uma camisa roxa ele sim eu fiz questão de por os equipamentos de segurança, capacete, joelheira e cotoveleira, chegamos a praça e tinha algumas pessoas arriscando nas manobras, dei uma voltas como demonstração pro Luca e ele subiu na prancha dele, bem desajeitado kkk, segurando na mão dele ele andou alguns metros, aí ficamos nisso, depois ele tentou sozinho, embora fosse com o pé mais no chão que em cima do skate, só mais umas aulas ele estaria andando sem problemas, daí as manobras é outra história né? Ele ficou sentando em baixo de uma arvore com uma sombra bem legal de onde dava pra ver agente dando umas manobras ele ficava rindo e gritando com os meninos, enlouquecia com as manobras que o Alex fazia, era até engraçado de ver, a Manu não tinha ido conosco, só veio aparecer com o Pedro depois que voltamos, o Pedro nem tinha ido no futebol, estava praticando outro tipo de esporte em conjunto com a Manu.

-Ô pai, já tá tudo pronto pra festa da Ale? – Perguntou o Luca tomando um gole de agua da garrafinha que ele tinha levado.

-Praticamente, só mais uns detalhes, sabia que seus tios e avós lá do sul vão vir pra festa da Ale? –Exatamente, eles tinham ligado antes pra confirmar, viriam em peso, até o Richard estava adiantando umas coisas na empresa dele pra vir conhecer o nordeste, ia ser farra na certa.

-Sério? Ah, será que eles vão gostar de mim? –Perguntou um Luca meio receoso.

-Ô moleque, e tem como não gostar de você? Impossível meu amor. –Dei um beijo na bochecha dele que riu.

-Coloca água na minha boca. –Disse abrindo a boca, ele apertou a garrafinha que é daquelas de esportista e a água foi pra garganta me aliviando.

-Obrigado. –Sorri pra ele.

-Obrigado você... por existir! –Ele disse me olhando com aqueles olhinhos azuis que às vezes me parecia cinza, me emocionei e dei um abraço apertado nele.

Chegamos em casa e os meninos estavam assistindo jogo de futebol na TV, o Pedro quase assistia, quando a Manu desgrudava dele, o Flavio só ficava no chameguinho com a Sami, fofos, passamos por eles, eu dei um beijo no André que falou “Salgado” eu ri do comentário, eu tava suado, claro que tava salgado, o Alex jogou um beijo pro Vitor que ficou vermelho kkk, esses ia dar namoro eu tava certo.

-Vem tomar um banho comigo Luca. –Disse pro Luca que não se opôs, no banheiro agente fez guerrinha, além de tomar banho é claro, ele não sentiu vergonha, ainda bem, éramos pai e filho, não deveria existir vergonha, além do mais eu ensinei como limpar nos lugares escondidos, se me entendem. Depois do banho fomos pra cozinha ver o que a Maria tinha feito pra alimentar o batalhão, só sei que foi muita comida, kkk.

Mais tarde um filme de aventura, nada de romance ou terror, mais uma vez casais formados e Anderson a ver navios, disse pra Manu se controlar pois tinha o Luca na sala e era muita coisa pra cabeça daquele pobre ser né gente? O Luca sentou no colo do Anderson que ficou explicando as cenas do filme (que eu não lembro o nome) pra ele, acho que o Luca notou o deslocamento do Anderson, muito fofo meu filhote.

Foi todo mundo dormir feliz, do mesmo jeito da noite de ontem, Manu e Alex fora de casa.

-Gostou mais de bola né? Pode falar a verdade, seu pai fica bravo não. –Disse o André rindo, enquanto estávamos deitados, o Luca estava deitado em cima de mim, o André estava com a cabeça no meu travesseiro bem próximo a mim e a perna direita em cima de mim também, eu estava me sentindo sufocado, mas isso era bom, kkk.

-Ah pai, são coisas diferentes, eu gostei dos dois, não me faz escolher não. – O Luca ficou em cima do muro e olha que essa resposta surpreendeu a mim e o André, que moleque inteligente caramba!

-Nossa, até me calo depois dessa, vou te por na melhor escola particular de Recife, você vai ser nosso gêniosinho e quando agente tiver velho vamos ser sustentados por seu dinheiro. –O André falou e todos nós rimos.

-Só se vocês não forem velhos rabugentos, tipo aquele da casa monstro “Saiam do meu gramado” – Disse o Luca e rimos com a imitação que ele fez daquele velhinho que eu não sei o nome. Casa Monstro o desenho, conhecem?

-Ah, aí é com seu pai, eu acho que ele que vai ser o velho rabugento, eu não. – O André falou, eu não conseguia parar de rir.

-Já chega suas duas gralhas, vamos dormir né? Ta na hora.

-Mais agora que a brincadeira tava ficando boa? –Disse o André imitando voz de criança, era aquele quadro do zorra total que adultos faziam crianças sentadas em um sofá bem grande, eu gostava, vocês lembram?

-Tá bom, vamo ficar conversando, até pegar no sono, beleza? –Eles concordaram, ficamos falando bobagens, o Luca é claro, apagou rapidinho, depois eu, digo que fui eu porque a ultima coisa que eu ouvi foi o André falando que amava muito kkk.

Acordei cedo e fiquei vendo o Luca dormindo agarrado ao André, cena engraçada, fofa e de encher meu coração.

Fiquei fazendo cafuné nos dois, deixei eles lá e fui pra sala, meus convidados já estavam se arrumando pra ir embora.

-Já Toni?

-Já sim Bruno, queria que agente ficasse aqui pra sempre é? –Disse ele rindo.

-Não seria má ideia não.

-Você fala isso agora, já ouviu um ditado que diz assim: Família na sua casa é igual peixe, depois de três dias cheira pior que carniça. Acho que serve pra amigos também não é? –Disse ele rindo.

-Pode ser, kkkk, mas volta outro dia, as portas estão abertas. –Me despedi do Max da Sami e o Flavio e Pedrinho com Rique que iam com eles de carona, eles falaram pra eu dizer pro Luca e o André que não se despediram pois não tinha dado tempo, a Manu me mandou um whats dizendo que o Pedro a levava em casa, que não se preocupasse, respondi com um OK, Vitor também levaria o Alex pra casa... ou não!

Logo estávamos a sós em casa, não tinha muita bagunça e a que tinha Maria dava um jeito com os outros empregados, voltei pro quarto e André estava acordado com o Luca sobre o peito ainda dormindo e babando por sinal, kkkk deitei ao lado dele e fiz carinho no Luca.

-Um amor ele né? – Disse o André passando as mãos nas costas do Luca.

-É sim, muito lindo, acorda ele pra gente tomar café junto, os outros já foram, mandaram beijos e abraços. – O André fez que sim com a cabeça, chamou o nome dele algumas vezes e ele despertou, sentou na cama, bocejou e coçou os olhos, deu um bom dia e um beijo na bochecha de cada um, pedi pra ele ir pro quarto dele se higienizar e descer pra comer, ele foi, eu e o André também nos higienizamos e descemos, minutos depois o Luca aparece.

-Escovou bem esses dentes? –Perguntou o André. Era assim, até comigo ele regulava rs.

-Escovei sim pai, olha! –O Luca abriu os lábios mostrando os dentes.

-Muito bem, acho que precisa de aparelho nos de baixo hein? O que você acha Bruno?

-Acho que ele vai sofrer muito usando aparelho. –Falei rindo.

-Báh tchê! Tu ao invés de me ajudar com o guri, ficas sendo do contra? –Disse o André rindo e todos riram na mesa do sotaque dele.

Depois do café da manhã, colocamos uma roupa leve e fomos a praia mais ou menos umas 8 da manhã era o horário perfeito pra ir com as crianças, mesmo assim não dispensamos muito protetor solar, foi divertido lá, enquanto eu ficava com a Alessa no guarda-sol o Luca ficava jogando vôlei com o pai.

Umas 9:30 voltamos pra casa, todo mundo pro chuveiro tirar o sal, dei um banho na Alessa e passei hidratante de alo-e-vera nela pra ela ficar calminha e relaxada, deixei ela com a Ana e fui tomar meu banho, o André já tava na cozinha com o Luca, tomei um banho rápido e desci, o dia foi bem legal, ficamos brincando e jogando conversa fora, o Luca dormiu no quarto dele aquela noite o que possibilitou o André e eu fazermos uma sacanagem das boas, troca-troca daqueles, a sorte era os quartos serem a prova de som, se bem que as vezes isso nem impedia de sermos ouvidos rs.

No outro dia eu levei o Luca pro lar, era caminho da faculdade, me despedi dele e fui pra minha aula, como sempre, passei na cantina antes de entrar na sala, o Jaelton tava com a turminha dele, eles me olharam torto, eu dei um tchausinho super cínico pra ele, que só abaixou a cabeça, dava vontade de gritar bem auto pra ele “Se joga Fernando” é uma parodia do Galo Frito de novo, outra que eu morro de rir, fala pro cara sair do armário kkk. O nome é gays X héteros.

Contei tudo nos mínimos detalhes pro Alan da minha briga com André, não tinha falado na piscina porque não era o momento, ele ficou revolts (como ele mesmo disse), do que o André pensou sobre mim, mas eu entendi o lado do André, insegurança é foda, mas agente ia trabalhar isso, a aula foi muito boa, até mais do que eu esperava praquela segunda, que são tediosas pra caralho, sabiam que o dia que mais se comete suicídio é na segunda-feira? Pois é amigos, o tedio pode sim matar. P.S.: Informação tirada da pagina Fatos Desconhecidos, do facebook, alguém curte essa pagina no face? Eu curto.

Eu almocei com meus amigos naquele dia, o Alan ficou paquerando um carinha da mesa ao lado da nossa, era um cara até gato, tipo machão e homens assim que curtem afeminados tem que agarrar e não soltar por nada, eles são raros, foi o que eu disse pro Alan, ele ficou pensando, claro, sem tirar os olhos do gato que ficava passando a língua nos lábios, alisando a barba, dando em cima mesmo na maior cara dura, e gente, eu vi o Alan ficar vermelho, isso era raríssimo, ainda mais em se tratando de paquera, porque era ele quem dava em cima dos machos.

-Vai lá bicha! –Disse a Karen.

-Tá louca, eu nem sei se ele curte, olha a cara de macho desse homem... Deusss! –Ele disse e se abanou, fazendo todos na mesa rirem.

Não sei o que deu em mim, eu anotei o numero do Alan em um guardanapo e escrevi assim: “numero do Alan, o carinha que C tá afim, ele precisa de um macho hein? Tem que cuidar”.

-Gente, vou no banheiro, dá licença tá! –Eles nem se importaram, continuaram a falar das possibilidades do cara estar ou não afim do Alan, naquela hora até quem estivesse fora do restaurante teria notado o interesse do cara. E que se dane, se ele fosse homofóbico eu não ia apanhar muito não, eu ia bater também, ele não era dois e eu não sou indefeso coisa nenhuma.

Pra sorte a mesa dele era no caminho pro banheiro, passei bem próximo e ele me olhou, eu dei um sorrisinho de lado e disfarçadamente coloquei o guardanapo em cima da mesa ele me olhou e devolveu o sorriso, eu fui pro banheiro, lavei as mãos e o rosto e sai, passei pela mesa do cara e ele disse um baixo porem audível “valeu” eu respondi “disponha” também baixinho, fui pra mesa eles continuavam a falar do cara e de outras coisas, sobre facul, sobre trabalho, eu disse que tinha me demitido e eles falaram que foi o certo, dado momento o cara terminou seu almoço e se retirou sem olhar pra cara do Alan, que ficou chochinho na mesa, eu ri interiormente.

-Viu, eu disse que o cara era macho, ele tava olhando era pra tu Karen. – Disse o Alan.

-Ah gente, eu tinha certeza que era pra você Alan. – Ela rebateu.

O celular do Alan tocou com numero desconhecido, com uma cara estranha ele atendeu.

-Alo? –Ele fez uma cara ainda mais estranha quando atendeu, eu tava com um sorrisinho pequeno nos lábios, ele pediu licença e saiu do restaurante.

-Que foi isso? –Disse o Cassiano.

-Gente, vocês não sabem o que acabei de fazer... –Falei.

-Conta logo seu viado chato. –Disse o Cassiano impaciente.

-Ei, mais respeito com o pai de família meu amigo. –Rebati sorrindo, eles mandaram falar logo.

-Sabe quem o Alan atendeu? O macho da outra mesa. Eu dei o número do Alan pra ele Hahaha.

-Fala sério, C tá de brincadeira né? –Disse a Karen.

-Nem é! Aguardem e verão.

Continuamos a conversar das possibilidades do Alan, pedimos sobremesa e quase acabando o Alan entra no restaurante com o rosto vermelho e o olhar perdido, o sorriso bobo na cara era impossível não notar. Ele sentou na mesa e se abanou.

-Fala, o que aconteceu? –Disse Cassiano, esse era fofoqueiro que só.

-No telefone... o macho da outra mesa... que delicia! –Ele deu um suspiro e passou os dedos nos lábios, que tavam vermelhos.

Todos na mesa riram.

-E aí, o que rolou, detalhes mona! –Disse Karen.

-Ele me ligou e pediu pra ir lá fora no estacionamento, disse que era o cara da mesa ao lado, eu fui como vocês viram, cheguei todo chocho lá, aí ele disse assim: “eu não pedi sobremesa, acho que você também não, então por isso agente vai ter nossa sobremesa agora”, gente, ele me agarrou de um jeito bruto e me lascou o linguão, me arrochou todinho, fiquei todo mole nos braços dele e parece que ele não perdia o folego, olha aqui, vê se ele deixou uma marca aqui. (ele mandou a Karen olhar o pescoço dele e ela afirmou que tinha), aí ele disse assim: “pra você não me esquecer, se quiser ampliar isso aqui agente combina de sair, você é meu numero”, me arrochou mais um beijo com amasso, me fez sentir aquela tora dura na minha coxa e se mandou, antes ele disse pra agendar aquele numero.

Agente riu ainda mais.

-Espera aí, como ele sabia meu numero? –Ele olhou pra todos na mesa.

-Não precisa me agradecer não mona, só não deixa passar, lembra o que eu te disse outro dia.

-Ah seu viado metido a pai de família, eu vou te dar na bunda. –Disse ele mexendo o pescoço pra lá e pra cá tipo Fat Family.

-Ei, quem me dá na bunda é o André viu? E para de mexer o pescoço assim que C sabe que me irrita. –Todos riram, nós terminamos de comer, pagamos e saímos, dei carona pro Alan e o Cassiano pra Karen, ele nunca chegava junto com medo de estragar a amizade, eu acho que se ele investisse ela caia, falo isso porque já vi ela de olho nele umas vezes que eles tinham ido lá pra casa tomar banho de piscina, ele tava de sunga, bem bonito de corpo ele, nada que chegue no nível André, mas ele dava um caldo, o Alan se jogava que era uma beleza pra cima dele, que dispensava com cada fora que se fosse com outro destruiria a amizade deles, mas o Alan safado que era nem ligava, só maneirou mais depois que o Cassiano disse que curtia a Karen, isso sem ela saber claro, talvez eu desse uma de cupido mais uma vez, talvez.

-Bruninho meu amor, valeu por me empurrar pro macho lá viu. –O Alan disse quando estacionei na frente da casa dele.

-Relaxa more, fiz porque sou seu amigo, agora aquieta o facho porque esse né de bagunça não viu.

-Tudo bem papi, olha eu até te faria um boquete pra agradecer, mas eu quero me doar somente pra esse macho. –Ele disse rindo.

-E você acha que eu ia querer essa boca de chupeteiro na minha rola? Nem morto queridinha! –Nós gargalhamos e ele saiu do carro, jogou um beijinho no ar e entrou na casa dele, ele morava com a mãe, mais desbocada que nada, uma figura ela, e acabou que eu nem perguntei o nome do macho, mandei um whats perguntando pra ele quando cheguei em casa, ele respondeu dizendo que era Daniel, “humm, Daniel, ainda não tenho nenhum no meu ciclo de amizade, quem sabe ele não se torna mais um”.

Pra não perder o costume eu fui fazer uns desenhos e trabalhos da faculdade, tinha que me preparar pra procurar novo emprego agora, tava desempregado não morto, quanto mais trabalho melhor e o quanto antes melhor ainda.

Com a Alessa nos braços eu ia organizando tudo pra festa dela, era uma festa infantil não badalada, era de um ano, o que ele ia lembrar dessa época? Então era mais uma desculpa pra reunir a família e amigos, mesmo assim não dispensamos luxo e glamour... Mentira Hahaha, foi tudo simples, quer dizer, não SIMPLES, SIMPLES, o tema foi Monster High, ia ter maquiador pra fazer uns desenhos nos rostos das crianças, que eram na sua maioria as crianças do lar, alguns filhos dos nossos vizinhos de condomínio também iam, nós éramos amigos de todos no condomínio, não burlávamos as regras do condomínio, apesar de eu ser sempre do contra as regras, sabe as manifestações de junho e julho? Eu tava lá, defendendo meus direitos como cidadão, não era só 20 centavos, era muito mais que isso. “O gigante acordou”, mas acho que ele dormiu de novo, pena né? :’(

***

Os dias se passaram tava tudo organizado e encaminhado, uma semana antes a família do André chegou em casa, o Rich veio também, Clarisse babou na Alessa quando a viu, assim como o sogrão e Rich, o dia que eles chegaram eu tinha pego o Luca pra passar o dia conosco, ele logo se enturmou com o Luan e a Luana, tinham a mesma faixa de idade o que facilitou essa aproximação, o seu Marcos e a dona Marta só faltaram matar o menino de tanto abraço e beijo, trouxeram presentes pra ele e pra Ale, em particular a Marta conversou comigo sobre o Camargo e ela disse que ele a confessou que o que tinha feito comigo tinha sido burrada das grandes, que perdeu alguns clientes que só estavam na agencia por causa do meu trabalho, e era verdade, eu tinha os contatos desses clientes e eles me ligaram perguntando se eu tinha criando uma agencia só minha, que quando criasse uma eram os primeiros clientes a serem aderidos na empresa, enfim, eu era adorado por essas pessoas, e gente, eu era estagiário, imagina sendo efetivado, eu sentia pelo Camargo... Mentira! Peguei vocês de novo né? Hahaha.

-Ô Matheus, bora no shopping com os pequenos? –Perguntei ao Matheus.

-Vamos, tenho que comprar umas bermudas, aqui faz muito calor guri! – Disse ele se abanando.

Falamos para os pimpolhos se arrumarem, André, Marcos e Rich estavam na piscina bebendo, Clarisse e Marta estavam na cozinha tricotando com a Maria e a Ana, eu ainda ouvi um “Pois é, ele realmente fez isso” e elas caíram na gargalhada, com certeza era sobre mim e o André, dei de ombros, o Matheus colocou uma bermuda minha, ele só tinha trazido calças mesmo, a bermuda ficou justinha nele, ele tinha um pouco mais de perna que eu, pois praticava futebol, ele ficou bem gostoso naquela bermuda e eu não podia perder a oportunidade de dar uma zoada.

-Fiu Fiu! Que gajo mais gostoso hein? Olha só essa bunda! –Botei pra rir.

-Ah cala tua boca, a culpa é tua de usar bermuda apertada só pro meu irmão passar a mão. – ele falou emburradinho arrumando o cabelo na frente do espelho.

-Posso fazer nada se ele gosta meu amor. –Dei de ombros ainda rindo e descemos, as crianças já tavam esperando.

O Luca tinha se arrumado sozinho, ele adorava a bermuda cor cáqui, ainda dobrava na barra pra dar um charminho, colocou um All Star vermelho e uma camisa preta do Sepultura que eu comprei pra ele, tava até de perfume passado, a Luana era tipo uma mini patricinha, adorava roxo e rosa e o Luan era o mauricinho, tudo roupa de moda e bem alinhada, eles eram super fofos, eu tava de bermuda jeans rasgada nas barras, ela acabava antes do joelho, um coturno marrom e uma camisa preta gola V que o Alan tinha customizado uma galáxia na frente, eu vi ele fazendo o desenho, só sei que mistura um monte de tinta e respinga um outro monte pra parecer estrelas, e no final, o resultado é 10, o Matheus tava com a bermuda coladinha na bunda e pernas (risos) e uma camisa polo mais soltinha branca e um All Star branco, todos prontos e de carteira em mãos saímos pra garagem, antes passamos pela piscina avisando que íamos sair com as crianças, o André disse que o Matheus estava com uma bunda muito linda e ele mandou o André se ferrar, todo mundo riu, até as crianças, aí o Rich disse pra ele relaxar que mulher gostava de homem com bunda grande, eu assenti e ele então ficou se sentindo Hahaha, o Marcos pediu pra trazer um Whisky pra eles, o mais caro que achasse, nós fomos de carro, o Matheus do meu lado e as crianças atrás.

No shopping Luca foi segurando minha mão e Luan e Luana as mãos do Matheus, esses se desgrudaram quando viram tudo em volta, pedimos pra não se afastarem, o Luca como já falei antes era bem maduro ele ia todo comportadinho do nosso lado, comentando alguma coisa que via, a mulherada olhava pra gente, mais pro Matheus eu devo admitir, umas me davam uma secada, um sorrisinho e eu nem retribuía, ia de nariz em pé com meu óculos Chilli Beans no rosto e com cara de entojado e riquinho Hahaha, (Li num comentário da net que, se seu namorado usa óculos Chilli Beans, ele provavelmente beija garotos kkk vai saber né?) Matheus por outro lado piscava pra todas, mandava beijinhos, nossa parecia que tava no cio, cheirou os cabelos de uma mulher que olhava umas vitrines e disse “cheirosa”, ela só deu um sorrisinho, caraca que cara tosco kkkk.

Compramos as roupas que ele queria, algumas coisas pras crianças, como roupas, livros, DVD’s e tudo mais que elas pediam, claro, aquela freada básica era imposta a elas também, crianças precisam de limites pra crescerem adultos responsáveis.

Deixamos as crianças em um Playground sobre olhares de uns cuidadores e fomos a uma loja de bebidas especializadas, entre muitos whisky que vimos um nos agradou, e o preço era em conta, mesmo assim eu achei caro, o Matheus disse que o pai comprava uns que custavam mais de 6.000 reais, então aquele tava ótimo pra ocasião, levamos o Whisky Johnnie Walker Black Label 12 anos, saiu por 1.600 e pouco, comparado a os que ele bebia tava barato mesmo e esse até eu ia beber haha.

O Matheus ainda comprou outro tanto de bebidas pra festa, cervejas Smirnoff entre tantas outras, vodcas, energéticos e tal, os caras mandariam entregar, ainda recebemos descontos e um cartão fidelidade, isso na primeira compra hehe, depois fomos pra cantina e pedimos lanches, o Matheus ficou esperando a senha e eu fui pegar as crianças, que já estavam suadas por sinal, elas correram e se jogaram em cima de mim quase me derrubando kkk.

Fomos à praça de alimentação e tinha uma mulher meio estranha dando em cima do Matheus, alisava o braço dele e tudo, coitado, tava com cara de “Me ajuda por favor, eu não sei quem é essa louca”, rapidamente pensei, chamei as crianças e disse pra elas chamarem o Matheus de papai, elas sorriram divertido e foram correndo e o chamando de papai, a mulher estranha, que era mais velha e mau vestida além de gordinha, olhou estranho pras crianças, mas não arredou o pé da cadeira que estava sentada, aí eu pensei, “ah não, sai daí vadia gorda”, cheguei perto deles e dei um beijo na bochecha do Matheus que se surpreendeu com meu ato, a mulher se assustou mais ainda, deu pra ver na cara dela.

-Quem é sua amiga amor? –Ele gaguejou,tava pálido, a mulher calada estava calada ficou hehe. - Não importa, porque você não foi pegar nossos filhos? Eles estavam com saudades de você né crianças? –As crianças continuavam sorrindo como se tudo fosse uma enorme brincadeira, o que na verdade era.

-É papai, porque você não foi pegar agente? –Disse a Luana, o Luan já tava no colo do Matheus sorrindo.

-Pai, você viu o anel que meu pai te comprou? -Me perguntou o Luca, esse moleque era anão disfarçado de criança só pode.

-Ah sério amor? –A mulher ainda estava estática, mas por fim o Matheus entrou na nossa.

-Ah Luca, não era pra falar pra ele, era uma surpresa pro seu pai. –Ele riu, a mulher levantou meio brava e se foi, agente riu tão alto que as pessoas em volta nos olharam estranho.

-Deus do céu, valeu Bruno, eu não sabia como dispensar essa mulher.

-Quem manda sair piscando pra todo mundo que você vê? Ela deve ter pensado que era pra ela coitada hehe. - As crianças foram chamando o Matheus de papai até em casa, todo mundo rindo no carro, foi a maior algazarra da vida, até estranharam agente chegar todo alegre, aí explicamos pra eles que riram da falta de sorte do Matheus, pra “abusar” o André ele disse assim: “O Bruno beija bem pra caralho André.” Pra que ele fez isso? “Como?” ele perguntou, aí nós rimos mais ainda, eu expliquei que foi um beijo na bochecha e o Matheus mandou o André relaxar, que ele não tinha mudado de time não, o Matheus só falou isso pra mudar o foco da zoação, que passou a ser com o André, eu tinha contado pra Marta da minha briga com o André, ela tinha brigado com ele, que ouviu tudo de cabeça baixa, o Marcos juntou na briga e eles só faltaram tirar o coro do bichinho, ele disse: “Eu sei mãe, eu não vou fazer mais”, foi engraçado, depois de tudo agente ficou de chameguinho, o Luca brincava com os primos, o Matheus saiu pra paquerar, a Clarisse foi pra praia com Richard e a Marta com o Marcos foram conhecer os pontos turísticos da cidade, dali uma semana foi a festa da Alessa.

***

Peguei todos de suurpreza né? hahah

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