Capitulo 23

Parte da série O Seu Assistente

-Quanto deu moço? –Perguntei pro taxista.

-20 reais senhor. –Paguei e sai, entrei na Agência e dei bom dia a Lu que ficava na recepção, ela deu um bom dia bem chocho, sem nem me olhar, o que eu achei estranho por que ela sempre foi alegre e sorridente, deixei passar e fui pra onde ficava minha mesa, perto das outras, separadas por tipo uma meia parede tudo de madeira, cada uma era de uma cor, o que dava um tom descontraído e alegre a sala, todos me olharam torto quando entrei, agora sim estava estranho, fui pra minha mesa e tirei minha bolsa do ombro, quando ia sentar a Marina que era uma das minhas amigas de lá veio falar comigo.

-Bruno, não senta agora, vai lá na sala do chefe, acho bom você se preparar, vem chumbo grosso por aí. –Nem esperei ela falar direito e fui direto pra sala do Camargo, (sobrenome), bati e ele disse que entrasse.

-Disse que queria falar comigo?

-Sim, olhe, vou ser rápido e grosso, não quero que você fique dando em cima dos outros funcionários aqui na agencia, eu já não admito namoro na empresa, agora que um funcionário que nem efetivado está fique por aí dando em cima dos outros atrapalhando o serviço deles, eu realmente não tolero. –Como assim produção?Deixa eu me situar!

-Camargo, do que você está falando, eu não estou entendo nada. –Minha cabeça já estava rodando.

-Ah garoto, por favor não se faça de idiota agora, você deu em cima do Fernando e ele me disse que não é de hoje, olhe, você é um ótimo estagiário, seus trabalhos são dez, mas é só isso, você é estagiário, pode rodar a qualquer momento, quero que vá para casa e pense nos seus atos, não vou lhe demitir, mas esse é o ultimo aviso que lhe dou. –Eu fiquei sem saber o que falar.

-Eu não fiz nada com o Fernando, eu tenho marido, é ele que dá em cima de mim e... –Ele nem me deixou completar o que eu ia falar, levantou a mão pedindo pra parar de falar e pediu pra me retirar da sala dele, que só precisava ir para agencia no outro dia, levantei desnorteado e sai da sala, onde todos me olhavam, eu nem liguei, peguei minha bolsa e fui me retirando, a Marina me parou.

-Bruno o que ele fez? Te demitiu? –Perguntou Marina me olhando apreensiva.

-Ele fez pior, me humilhou, só faltou me chamar de puta, só não me demitiu por que tenho certeza que meu trabalho é muito melhor que de muitos aqui, eu vou embora, amanhã vejo o que fazer, Tchau Mariana, cuidado com as cobras.

O dia definitivamente estava acabado, peguei um taxi e fui direto pra casa, chegamos lá paguei e fui pra dentro, o André estava na piscina com a Alessa e os filhos da Maria, a Carina e o Matias, ele me olhou surpreso.

-Oi meninos! (eles me responderam) André agente tem que conversar. –Ele não disse nada, pediu pra Carina cuidar da Ale que estava na parte com sombra, parecido com uma lâmina d’água, 15 centímetros de água que a Ale morria de se divertir com os brinquedos infláveis. Ele pegou um roupão e nós entramos, fomos pro quarto.

-Que foi Bruno, porque chegou cedo hoje? Aconteceu alguma coisa? –Perguntou sentando numa poltrona que tinha no nosso quarto.

-Aconteceu, eu vou te falar tudo e quero que não fique bravo, só escuta. –Ele deu um suspiro e ficou calado me olhando sério, eu então comecei a contar de todas as vezes que o Fernando deu em cima de mim, eu só tinha contado a primeira vez e ele tinha ficado irado querendo ir lá, me pediu até pra sair do trabalho, mas eu não queria ser dependente financeiramente do André, e acho que despejar tudo em cima dele sem contar a ultima vez não foi lá muito legal, mas enfim.

-Eu disse, eu te pedi pra sair desse trabalho, você não me ouviu, não quis nem saber. –Falava ele andando de um lado pro outro.

-André eu já disse que não queria depender de você pra tudo, além do mais essa era uma ótima oportunidade, você sabe que era meu sonho e...

-QUE SE DANE SEU SONHO! –Gritou ele me fazendo calar imediatamente, ele nunca tinha gritado comigo e aquilo que ele disse foi cortante.

-Eu sabia que se você continuasse lá esse cara ia continuar dando em cima de você, mas você quis ficar, quem me garante que o que ele disse não foi verdade, quem me garante que você não dava abertura? Que não ficou mesmo com ele? –Bom, por essa eu não esperava, primeiro desmereceu meu sonho e depois disse na minha cara que não sabia se acreditava em mim ou em um cara que nem conhecia, quer dizer que ele não confiava em mim? Por essa eu realmente não esperava, de meus olhos escorreram lágrimas amargas, ele estava vermelho de raiva, sem noção, ele sabe que eu não admito traição, eu nunca trairia o André, o cara que eu mais amo no mundo, mas ele estava me saindo um belo de um filho da puta, que me desculpe a mãe dele que eu adorava.

Balancei a cabeça afirmativamente, não sabia como estava meu rosto, com certeza uma bela carranca, não discuti com ele nem revidei com palavras, eu tava meio que tremendo, e depois, eu queria que ele visse por si só o que ele falou era um absurdo total sem noção, peguei minha bolsa que estava todos os meus documentos e sai pela porta sem nem olhar pra cara dele, quando terminei de descer as escadas ele apareceu no topo.

-Vai pra onde? –Disse ele preocupado, talvez tivesse visto a cagada que fez, um pouco tarde.

-Pra bem longe de você! –Foi só o que eu disse, sai quase correndo de casa e fui pra rua, por sorte um taxi ia passando bem na hora e eu praticamente me joguei na frente, ainda vi pelo retrovisor o André olhando pro taxi e puxando os cabelos em claro sinal de desespero, talvez agora ele tenha notado que o que ele falou era totalmente absurdo, de todos, o que eu menos esperava desconfiança era o André, ele não, ele eu não admitia.

Pedi pro taxista me deixar num hotel bem agradável longe dali, fiz Chek-in e já paguei por uma noite, entrei e me joguei na cama, derramando mais incontáveis lagrimas, pensei que nunca mais ia chorar por alguém dessa forma, é, estava enganado, e magoado pode-se de dizer assim, mas eu ainda o amava com todas as forças, droga coração, DROGA!

O celular tocou, mais uma vez, ele não parava de tocar e eu simplesmente ignorei, tocou de novo e eu fui ver quem era, era a Marina, resolvi atender.

-Oi Mari!

-Oi Bruno, como você tá? Olha, você não sabe o que eu descobri, deixa eu contar (Pois é, quando ela começa a falar nem te deixa responder, parece um monólogo rs) Ainda agora eu fui tomar um cafezinho pra relaxar sabe né? Aí eu vi o Fernando conversando com aquele amigo gato dele, o Cleber, e adivinha do que eles falavam? De você Bruno, então o que eu fiz, peguei o celular e filmei bem de butuca, eles nem perceberam, vou te enviar o vídeo, tu vai livrar tua cara amigo! –Eu nem acreditava no que ouvia.

-Mari, tem certeza que eu vou livrar minha cara com esse vídeo? –Perguntei ansioso.

-Absoluta amigo, olha vou ter que trabalhar, mas vou te enviar o vídeo, samba na cara dele amigo! Tchau. –Nem deu tempo de dizer tchau, ela já desligou, vivia de cafezinho, por isso era elétrica desse jeito rs.

O vídeo chegou via Whatsapp, quando abri quase pulei de felicidade, o Fernando tinha a seguinte conversa com Cleber.

Cleber: Brother, você acha que não vai ter confusão pro teu lado?

Fernando: Claro que não, o viado não quis me dar e se fudeu, vive me esnobando só porque tem marido e família e blábláblá,por isso que espalhei que ele dava em cima de mim, mais é muito gostosinho porra, a bundinha dele rebolando pra lá e pra cá a todo momento aqui na agencia, como eu ia resistir? Agarrei mesmo, mas o chutão que ele me deu tá doendo até agora, é melhor assim, quanto mais difícil melhor Hahaha.

Cleber: Tu viu como ele saiu daqui? Deu até dó, minha mesa fica perto da sala do Camargo edeu pra ouvir ele gritando com ele.

Fernando: Ah to nem aí!

Eles riram e o vídeo acaba,tava com ódio, o celular tocou de novo, era o André, resolvi atender.

-Bruno? Bruno onde você tá? Me desculpa meu amor, vem pra casa Bruno, não faz assim! –Ele tava com a voz embargada.

-Hoje não André, quem sabe amanhã, quem sabe... –Tinha que deixar ele sofrendo um pouco né? E pelo visto se arrependeu muito antes do que eu imaginava.

-Bruno, já pedi desculpa, por favor, volta pra casa, eu não aguento mais, eu sei que fui um estúpido com você, por favor meu amor, me perdoa! –Ele agora chorava, e eu também.

-Hoje não, amanhã André, pensa nas coisas que você me falou e aguarda uma coisinha que eu vou te mandar. –Desliguei o celular sem esperar por resposta.

Via Whatsapp eu enviei o vídeo pra ele, queria ver a cara dele ao abrir o vídeo e ver o quão injusto ele foi comigo, dizendo que eu dei abertura pra um filho de uma égua véia, como aquele louco do Fernando. Depois disso desliguei o celular, queria me desligar do mundo, só fiquei preocupado com a Alessa e o Luca, obvio que eu não ia me separar do André, mas caso acontecesse, o que seria de Luca e Alessa?Não, incogitável essa idéia.

Sei lá depois de quanto tempo eu dormi, só sei que demorou, era um sono cortado, que você dorme e acorda, e quando pensa que dorme pra valer e olha pras horas nem se passaram 15 minutos, acordei com o sol entrando pela grande janela do quarto, levantei e fui tomar um banho bem relaxante, olhei no espelho e tava com o rosto amassado, os olhos vermelhos e o cabelo todo bagunçado, esse não era eu!

Depois do banho de banheira, UII!Com muitos óleos aromatizantes e sais eu fui pro quarto com um roupão que tinha lá, eu tinha pagado a estadia até a hora do almoço, liguei pra recepção e pedi o café da manhã no quarto, meia hora depois ele chega e eu devoro tudinho que tem lá, mentira! Tinha muita coisa pra uma pessoa só!

Vesti as mesmas roupas do dia de ontem, sorte que eram bonitas e eu sempre andei cheiroso, e não suo como um porco, o André até falava que meu suor tinha um cheiro ótimo, eu não acreditava, mas pensando bem, o cheiro natural dele era coisa de louco, parecia uma droga que eu inalava e ficava viciado, ai que saudade bateu do meu homem, aquele estúpido!

Liguei o celular, e como previsto, pipocou mensagens, até do Alan dizendo que o André tinha ido lá pra saber se eu tava com ele, obvio que eu não fui pra lá, era o primeiro lugar que ele ia procurar, respondi dizendo que depois explicava direito, também tinha um monte de mensagem do André dizendo que foi burro, pedindo perdão, e gente, que açúcar ele tava, pensei que ia pegar diabetes, ainda tava com raiva dele, mas já tava passando, ele também estava preocupado, lembra que se eu ficava nervoso desmaiava e tals? Então, não tinha mais, êeeh! Mentira, tinha sim, mas tinha ficado mais resistente a essas coisas hehe.

Fiquei a manhã pensando no que fazer em relação ao meu trabalho, uma coisa de cada vez, com o André eu lidava depois, mas uma coisa estava bem clara na minha cabeça, eu não ia mais trabalhar naquela agencia, o amigo da minha sogra que me desculpe, nem fudendo eu pisava mais lá pra trabalhar, ele mesmo me disse que eu era apenas um estagiário, que podia rodar a qualquer momento, me chamou de idiota e tudo, que se foda.

Enviei o vídeo pro Whats dele também, queria chegar lá e ver ele me babando antes de dizer que não trabalhava mais lá.

Almocei no hotel e logo depois de fazer o Check-out, peguei um taxi que me deixou na oficina do Petros, ele me disse que o carro estava tinindo, ele fez de tudo, trocou o óleo, calibrou os pneus, enfim, tudo, paguei até mais que ele tinha me pedido e fui pra agencia, pra não aparecer com a mesma roupa de ontem coloquei a touca verde escura e meu cardigã, que sempre iam na minha bolsa por precaução, eu sou muito friorento, e mesmo morando em Recife que é quente pacas, eu usava esses looks, e nem ligava pra quem olhava, tava lindo e nem aí pros outros.

Deixei minha bolsa no carro, coloquei os óculos escuros e entrei, nem dei bom dia a Lu e passei direto sem nem olhar na cara dela, quando cheguei todo mundo me olhou, alguns perceberam que eu não estava com minha bolsa ostentação, o que indicava que eu não vim pra trabalhar, a Mari veio logo falar comigo, perguntou o que eu ia fazer, disse que ia falar com o Camargo e que logo ela ia ficar sabendo de tudo, dei um beijo no rosto dela e fui pra sala do Camargo, o Cleber me olhou quando passei por ele eu dei um sorriso super diabólico pra ele que não falounada e só me encarou serio rs, eu não ia me vingar não, queria distancia de todos isso sim!

-Entra! –Disse o Camargo depois de eu bater na porta. –Bruno!Te aguardava, como vai? Olha pode voltar a trabalhar normalmente, vou resolver as coisas com o Fernando e...

-Não vou mais trabalhar aqui! –O cortei, ele me olhou surpreso.

-O que? Porque não? Não já está tudo resolvido?

-De certa forma está, mas você acha mesmo que eu vou continuar aqui depois de tudo o que você me falou, acha que eu vou fingir que nada desse constrangimento aconteceu?

-Bruno, não tem porque, se é o Fernando eu vou falar com ele, já disse.

-Esse é um dos motivos também, mas não é só isso, eu sinto que já posso alçar voos maiores, além do mais você nem me deixou explicar meu lado, “só porque eu sou um estagiário e é só” (Disse imitando a voz grossa dele, ele se constrangeu kkk). Só vim aqui pedir minhas contas, te agradeço por tudo mesmo, pela oportunidade que você me deu, obrigado, mas definitivamente já deu pra mim aqui.

Ele se deu por vencido, com uma cara de tacho disse pra mim passar no RH, sai da sala com o nariz em pé, parei lá no meio e pedi pra todos ligarem os celulares.

-Hoje foi meu ultimo dia aqui, graças a Deus, tomem cuidado em quem acreditam e de quem são amigos, até mais... nunca! –Mandei o vídeo pra todos e eles olhavam com surpresa, o Fernando trabalhava em outro setor mas também receberia o vídeo já que eu enviei pro grupo da agencia.

-Quando tiver minha própria agencia quero que trabalhe comigo ouviu? –Disse dando um beijo no rosto da Mari que tinha um sorrisão no rosto.

-Mas é obvio!

Depois de passar no RH eu sai dali pra nunca mais voltar, agora tinha uma nova etapa, o André, vamos ver o que meu marido tem a me dizer...

Quando pisei na rua sinto alguém segurar meu braço (De novo rs) pra variar é o Fernando, ele tava com uma cara, sei lá, de choro?

-Larga meu braço. –Disse sério olhando pra ele.

-Me perdoa, eu não sei o que deu em mim, não precisa ir embora, por favor fica! –Né bom? O cara te difama de puta da agencia e quer que eu fique lá, na presença dele, mais é muita cara de pau, foi o que eu pensei.

-Não tem mais volta, já pedi minhas contas, agora por favor, me larga! –Falei mais calmo e ele soltou, me virei e sai andando até escutar um alto e sonoro “Eu te amo”, estaquei os passos.

-Eu te amo, por favor, não vai assim, só de te ver eu já fico bem, sem você aqui isso vai ficar uma merda, não precisa me aturar, eu fico na minha, só não me priva da tua presença. –Disse a ultima frase com a voz embargada, o que minha mãe passou em mim quando criança? Açúcar? Nossa, como é ruim ser gostoso! Me virei pra ele e o encarei, seus olhos estavam úmidos.

-Fernando, me desculpa, mas eu já te disse milhares de vezes, eu tenho família, e quer saber? Não é assim que se conquista um amor, você queria o que? Me ter por perto ou me ver longe? Por que foi isso que aconteceu, (Ele me olhava calado), olha, definitivamente nunca vai rolar nada entre agente, eu amo meu marido, eu tenho filho, dois pra falar a verdade... Fernando, muda teu jeito de agir, não força nada, as pessoas gostam de você do seu jeito natural, seja você mesmo e não um estúpido, eu sinceramente espero que você encontre alguém que corresponda todo esse amor que você tem pra dar, boa sorte. –Me virei novamente, e mais uma vez ele segura meu braço, com mais delicadeza dessa vez.

-Obrigado, de verdade, ninguém nunca me disse nada sobre meu modo de agir, eu sei que na maioria das vezes eu sou idiota, mas eu vou mudar, eu tenho que mudar, já que não consegui conquistar teu amor, obrigado. –Uma lagrima escorreu pelo olho esquerdo dele, e eu instintivamente lhe abracei apertado, até ele se surpreendeu, mas correspondeu o abraço, depois de alguns segundos o soltei.

-Tchau! –Agora sim eu consegui sair dali e ir pra casa, fui no caminho pensando em como eu amo o André, muito mesmo, e essa era nossa primeira briga seria, apesar de tudo dito eu ia o perdoar, o amor que eu sentia era bem maior que tudo, que qualquer rusga existente.

Cheguei em casa e destranquei o portão eletrônico com minha chave entrei com o carro, estacionei ao lado do, do André, o que indicava que ele não tinha ido trabalhar, respirei fundo e sai do carro, abri a porta da sala e me deparei com o silencio, não tinha empregados em casa, o que eu achei bem estranho, mas o André estava lá, já que seu carro também estava, a não ser que ele tenha saído com alguém, deixei os pensamentos de lado e subi as escadas, abri devagar a porta do quarto e me deparo com o André deitado na cama em posição fetal, com o mesmo roupão de ontem, agarrado ao meu travesseiro e uma camisa minha usada, achei a cena fofa, serio, ele sentiu minha falta, dormia meio pesado, o sono dele era sempre pesado, a não ser quando a Ale chorava, ele acordava antes mesmo que eu, “Nossa! a Ale”, lembrei da minha filha e corri pro quarto dela, modo de falar, sai sem fazer barulho, ela tava lá no berço, brincando com um bichinho de pelúcia, toda sorrisinhos, quando a peguei no braço ela chamou “papa” derreti, enchi de beijos, ela dava aquela risada gostosa de bebê, levei ela comigo pro nosso quarto e sentei na cama ao lado do André que ainda dormia, botei ela sentada na cama e alisei o rosto dele, os cabelos, e ele aos poucos despertou, abriu os olhos vermelhos e me encarou com o olhar assustado, acho eu, pensando ser um sonho, depois sentou rápido na cama e me abraçou bem apertado, até eu dizer “Devagar”, ele me soltou e me olhou já chorando.

-Desculpa, não vai mais embora, eu morro se ficar sem você, me perdoa.

-Eu te perdoo, só não seja mais um idiota, eu te amo! –Beijei a boca dele, tinha um gosto ótimo, de saudades, de menta, de paixão e de lágrimas.

-Eu te amo tanto garoto que chega a doer, você é minha droga, meu vicio, me perdoa, eu não sei o que eu faria se te perdesse pra sempre, como eu sou idiota! –Disse ele com a testa colada na minha, a Ale se divertia com os próprios pés.

-Eu disse que te perdoava, agora para de pedir perdão. –Eu ri e ele me deu mais um beijo e vários selinhos estalados pelo rosto e pescoço, mordeu de leve minha orelha e eu gemi sentindo um arrepio.

-To morrendo de saudades do teu corpo, já disse que te amo? –Perguntou me encarando, enxugando as lagrimas que insistiam em cair.

-Agora a pouco, também to com saudades de você, mas a Ale ta aqui, cadê os empregados?

-Dei folga pra todos, se você não tava, não ia aturar ninguém a não ser a Ale, queria curti minha solidão merecida.

-Pode mandar todos voltarem. Agente precisa de um banho. –Ele me olhou safado.

-Nós três, de banheira, sem gracinhas, vai ficar na vontade um pouquinho pra aprender. –Dei um sorriso triunfante, fui encher a banheira em quanto ele ligava pros funcionários virem no próximo dia, afinal já era quase fim de tarde não adiantava mais, tomamos um banho bem divertido, conversamos sobre a agencia, ele ainda queria ir tirar satisfação com o Fernando, e eu disse que não trabalhava mais lá, ele ficou com uma cara meio de culpa, por que nunca quis que eu trabalhasse lá, mas eu disse que já tinha dado, trabalhava lá a quase seis meses e nada do Camargo falar em me efetivar, não sei o que faltava, ele concordou, a Ale apagou depois da mamadeira e André e eu fomos pra cama mais cedo, deixei ele de castigo a noite toda, embora eu estivesse louco de vontade de tomar no cu, eu não cedi! Hahaha. Antes de dormimos ele me pediu desculpas mais algumas vezes, também por desmerecer meu sonho de ser designe e ser financeiramente independente, ele me disse que nada do que falou foi verdade, que na raiva agente fala coisas irreais apenas pra machucar, e percebendo o erro dói mais em você que no outro que foi magoado, se disse um idiota, burro, estúpido, e eu claro concordei hehe.

Acordei no outro dia com o som uma musica eletrônica no Home Teather ele me olhou safado e mandou ficar apreciando, ele dançou feito um gogo boy, sensualmente, me fazendo ficar durão e de cu piscando, tirou a camisa, eu fui pra cima dele, mas ele me empurrou na cama e fez que não com o dedo, dançou mais gostoso ainda e tirou a calça de algodão exibindo um volume delicioso na frente, usava uma cueca vermelha, mas não era qualquer cueca, era uma Jockstrap, quando ele ficou de costas e rebolou aquele bundão duro e branco eu quase explodi de tesão, ele riu da minha cara de prazer, pegou minhas mãos e alisou o seu peitoral e abdômen sarados com ela, segurou minha cabeça e me fez cheirar o volume da cueca dele, aquilo estava me enlouquecendo, depois ainda segurando minha cabeça me fez chupar seu cuzinho com pelos, delicioso, “Chupa meu cu gostoso, soca a língua vai”, os pelos só o deixavam mais macho do que já era, eu que pedia pra ele manter, apenas pra aparar, já ele pedia pra eu deixar minha bunda lisinha, adorava deixar minha bunda toda marcada, voltando, ele riu e me deitou na cama, tirou todo a minha roupa e me enlouqueceu com a língua, chupou todos os cantos possíveis do meu corpo, deixou marcas no meu pescoço, que se foda, eu queria mesmo era mostrar que eu tinha dono, em contra partida eu arranhava toda suas costas, nós gemíamos, ele me virou e socou a língua no meu cu, me fazendo delirar, fizemos um 69 eu engoli por completo aquela tora de nervos, ele me fez soltar seu pauzão e me pôs de frango assado, pincelou algumas vezes meu cu que piscava, socou com tudo, sem chances de eu me acostumar com seu falo, eu gemi alto, “Isso, geme pro seu macho meu putinho, geme que eu gosto” dizia ele chupando meu pescoço enquanto estocava fundo dentro de mim, “Aiii caralho, me soca André, forte, mais forte”, quanto mais eu pedia mais ele afundava, se é que era possível, ele me colocou de ladinho, me abraçando com as duas mãos grandes e macias, apertando meu pau e naquela posição mesmo gozamos, adormecemosmais uma vez, um nos braços do outro, depois daquele delicioso sexo matinal, mais felizes que qualquer casal existente na face da terra, éramos só nos dois, meu amor e eu!

Pode parecer que foi uma rápida reconciliação pra quem brigou tão serio, mas vejam nossos lados, como podem duas pessoas que se amam ficar tanto tempo separados? Ele percebeu o erro dele praticamente na mesma hora que o cometeu, e eu perdoei tempo depois, claro, depois de refletir bastante sobre agente, não dava pra desistir facilmente de tudo só por causa de uma briga que mesmo sendo seria, era insignificante diante de tanto amor envolvido, enfim!

***

Tudo isso faz parte né? enfim!